quinta-feira, 16 de agosto de 2012

MUNDO: Israel desaparecerá dos mapas’, diz líder supremo do Irã



De OGLOBO.COM.BR
Com agências internacionais

Em resposta, fontes do governo israelense dizem levar a ameaça a sério


Líder supremo iraniano, Ali Khamenei, em evento em 2009
Foto: IRANIAN SUPREME LEADER'S WEBSITE / AFP
Líder supremo iraniano, Ali Khamenei, em evento em 2009 IRANIAN SUPREME LEADER'S WEBSITE / AFP
JERUSALÉM - Enquanto os EUA tentam segurar impulsos do governo de Israel de iniciar uma guerra com o Irã, o líder supremo iraniano, o aiatolá Ali Khamenei, continua a alfinetar o Estado judeu. Em um encontro na quarta-feira com veteranos da guerra com o Iraque - em comemoração ao Dia de Jerusalém (Al Quds) - o religioso disse que está confiante de que Israel deve “desaparecer do registro dos mapas” e que “a luz da esperança irá brilhar pela causa palestina e o território muçulmano será devolvido”.
Na mesma linha, Gholam Reza Jalali, chefe da Organização de Defesa Pacífica do Irã, acrescentou que a comemoração de Al Quds é uma prova de que a resistência é o único caminho para frear as agressões israelenses e para a “destruição de Israel”.
Em resposta, um funcionário do governo israelense disse ao diário “Jerusalém Post” que as ameaças de líderes iranianos são levadas a sério pelas autoridades e que todos os membros da comunidade internacional devem fazer o mesmo. Sem se identificar, a fonte ressaltou, porém, que os iranianos usam uma linguagem ambígua, mas que “as palavras falam por si só”.
Nas últimas semanas, a tensão entre os dois países têm aumentado, alimentadas pelo impasse sobre o programa nuclear iraniano. Os EUA e aliados acreditam que o Irã esteja enriquecendo urânio com o objetivo de criar um arsenal nuclear, enquanto o governo de Teerã argumenta que suas pesquisas são apenas para fins médicos e de produção de energia nuclear.
Autoridades israelenses têm usado declarações polêmicas para justificar uma possível ação militar contra o Irã. O premier Benjamin Netanyahu ressaltou que “uma república cujos dirigentes pregam publicamente a destruição de Israel não pode ter acesso a armas nucleares”, na intenção de pressionar aliados por uma ação contra o país.
Na semana passada, o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, defendeu a política de sanções e os esforços diplomáticos para impedir que o Irã desenvolva armas atômicas. Carney disse ainda que os EUA “têm visibilidade dentro do programa (iraniano) e nós saberia quando e se o Irã tivesse um avanço rumo às armas”.
No fim de semana, a imprensa israelense divulgou diversas notícias sobre um ataque iminente ao Irã, repletas de “fontes governamentais”, mas, até um momento, nenhuma das ameaças foi oficialmente confirmada.

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