sexta-feira, 19 de março de 2010

GESTÃO: CGU constata irregularidades em dez municípios baianos

Da Redação CORREIO
Dos 120 municípios fiscalizados pela Controlodoria-Geral da União (CGU), 110 apresentaram algum tipo de problemas em suas licitações - inclusive os 10 municípios baianos que participaram do Programa de Fiscalização por Sorteio: Cocos, Ibirapuã, Itapicuru, Presidente Tancredo Neves, Santo Amaro, Antônio Gonçalves, Fátima, Igrapiúna, Itabuna e Potiragua. A cidade de Aparecida de Goiás é a que tem maior número de irregularidades, segundo o órgão.
Segundo a CGU, as irregularidades mais comum são a dispensa indevida do processo licitatório (51,8%), a simulação, montagem e favorecimento durante licitações (45,45%). Em 4,54% dos casos foi constatada a existência de conluio entre os licitantes.
BahiaEm Cocos, a 898 km de Salvador, a CGU detectou indícios de simulação em duas licitações para recursos repassados pelo Ministério da Educação. Na primeira, que teria acontecido em 2008 para aquisição de materiais elétricos, os preços propostos pelas empresas que participaram do certame tinham a mesma diferença percentual para todos os 51 ítens licitados. Na segunda licitação, de 2009, que foi realizada para reforma e ampliação de escolas municipais, o valor proposto pela empresa vencedora era igual ao estimado pela prefeitura, mesmo sem um orçamento preliminar que evidenciasse como o valor foi obtido. O prefeito alegou que o caso era de uma mera 'coincidência'.
Em Santo Amaro, a CGU constatou que a prefeitura dispensou a licitação para a reforma de escolas, no valor de R$ 2,4 milhões, com base em falsos motivos emergenciais. Apesar de ter sido decretado estado de calamidade pública no município, observou-se que apenas uma das escolas visitadas estava carente de reforma total. As demais necessitavam, emergencialmente, apenas de revisões no telhado e no sistema elétrico, casos em que cabia a realização de um processo licitatório.
Na licitação para construção de sala de aula em escola municipal, a empresa vencedora apresentou, no seu credenciamento, documentos e certidões de natureza tributária e não-tributária falsos. Na sua contestação, o gestor municipal argumentou que, à época do certame, o acesso à internet no município era irregular e de baixa qualidade. Por isso, não teria sido possível conferir a veracidade das certidões.
No município de Fátima, a fiscalização da CGU identificou o desvio de recursos através de simulação de folha de pagamento, no valor estimado de R$ 259 mil. A título de abono salarial, foram pagos, aproximadamente, R$ 40 mil a professores do município, mas foram sacados R$ 299 mil da conta do Fundeb para fins de pagamento desse mesmo abono, com base em uma folha de pagamentos produzida tão somente para justificar o saque a maior. Nenhum dos professores entrevistados pelos auditores reconheceu sua assinatura na folha salarial apresentada pela prefeitura - que mostra o pagamento de R$ 1,075 mil para cada um. Segundo os professores, na folha que assinaram, o valor pago a cada um foi R$ 147.
Todos os outros sete municípios baianos apresentavam irregularidades já no primeiro ítem de avaliação, que é justamente o do Ministério da Educação. Em Potiragua, a prefeitura e´acusada de pagar salário a uma senhora de 97 anos, fazendo-a passar por professora.
Fiscalização por sorteioFuncionando desde 2003, o programa já chegou a 1.701 municípios, um total de 30,5% dos municípios brasileiros. Os relatórios dos 120 municípios fiscalizados desta vez, equivalentes ao 28º e 29º sorteios, já estão no site do CGU.
Clique aqui para conferir os relatórios detalhados de todos os anos e todas as cidades.
(Com informações da CGU)

POLÍTICA: César Borges faz duro discurso contra Wagner

Do POLÍTICA HOJE


O senador César Borges (PR) deve disputar a reeleição na chapa liderada pelo governador Jaques Wagner (PT). Entretanto, não faz muito tempo, Borges era o maior crítico da administração petista. Vejo o vídeo em que o republicano discursa sobre o que ele pensa do possível novo aliado. Borges agora terá que se esforçar e pedir aos eleitores para que esqueçam tudo o que ele disse...ou não. E Wagner terá que exercitar o poder do perdão. Ou não? (Cíntia Kelly)

Comentário: A se confirmar o senador César Borges na chapa de Wagner, o que eu não acredito, terá o PT e o seu candidato a governador que se explicar a todo tempo durante campanha sobre as declarações de Borges contra os petistas, e destes contra o senador.

E o pior é que os petistas mais "ortodoxos", digamos assim, lançaram Waldir Pires como um contraponto a César... Caso Wagner "renegue" Waldir, estará a renegar o expoente histórico da esquerda baiana em benefício de um ex-carlista, travestido de neo-petista. Será (ia) o pragmatismo levado à sua mais alta expressão. Vá entender...!

CONCURSO: Caixa Econômica Federal abre inscrições para concurso

De A TARDE On Line
Começa nesta sexta-feira, 19, as inscrições para o concurso da Caixa Econômica Federal que formará cadastro de reserva para o nível inicial do cargo de técnico-bancário novo. A instituição lançou dois editais: um deles será para lotação exclusiva nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo, enquanto que o outro oferece oportunidades para os demais estados, inclusive a Bahia. O valor da inscrição é de R$27.
Os interessados em participar do concurso para os estados do Rio de Janeiro e São Paulo, podem se inscrever pelo site da organizadora (
clique aqui e acesse) entre os dias 19 de março a 6 de abril. O mesmo período vale para inscrições visando à lotação em outros estados, que podem ser feitas pelo endereço eletrônico da Cespe/Unb (acesse aqui ).
A Caixa oferece uma remuneração no valor de R$ 1.452, para uma jornada de 6 horas diárias, além de vantagens como participação nos lucros e resultados, possibilidade de participação em plano de saúde e em plano de previdência complementar, auxílio-refeição e ajuda para compra de alimentos.A contratação será efetivada quando houver o surgimento de vagas no quadro de funcionários da instituição financeira. No ato da inscrição, o candidato deverá indicar onde pretende trabalhar. No entanto, o local para realização da prova pode ser em outro município. Os concursos terão prazo de validade de dois anos.Provas – As seleções serão realizadas por meio de provas objetivas de responsabilidade do Cespe/UnB. Os candidatos do concurso para Rio de Janeiro e São Paulo realizam provas dia 9 de maio (data que pode sofrer alteração). No dia 16 de maio, está prevista a realização das provas para os candidatos ao posto em outros estados, que serão realizadas nas cidades relacionadas em edital.
Nível Superior – A Caixa oferece também vagas no concurso nacional para formação de cadastro de reserva nos cargos de advogado, arquiteto e engenheiro, nas áreas civil, elétrica e mecânica. O prazo para as inscrições é o mesmo, mas a taxa custa R$ 60. A inscrição é feita no site da organizadora (
clique aqui para acessar).
A remuneração é de R$ 6.571 e a data de aplicação da prova objetiva é 9 de maio. A contratação será efetivada quando surgir vaga no quadro de funcionários da Caixa. A maioria das provas objetivas será realizada em todas as capitais e em Brasília (DF).
Somente para os cargos de engenheiro nas áreas elétrica e mecânica, as provas serão aplicadas nas cidades de Salvador (BA), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), Belo Horizonte (MG), Curitiba (PR), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Porto Alegre (RS), São Paulo (SP) e Brasília. O concurso também contará, posteriormente, com avaliação de títulos dos candidatos.
SERVIÇO Concurso: Caixa Econômica Federal
Cargos: Técnico-bancário Novo e Nível Superior para advogado, arquiteto e engenheiro
Vagas: Cadastro de ReservaInscrições: 19 de março a 6 de abril
Taxas de inscrição: R$ 27 - R$ 60
Remuneração: R$ 1.452,00 - R$ 6.571Provas objetivas: 9 de maio para Rio de Janeiro e São Paulo e para nível superior - 16 de maio para demais estados

MERCADO FINANCEIRO: Bolsa fecha abaixo dos 69 mil pontos; dólar ganha 2% na semana e beira R$ 1,80

Do UOL
Da Redação, em São Paulo
A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) fechou esta sexta-feira em queda de 1,25%, aos 68.828,98 pontos, na quarta baixa em cinco dias. Com este recuo, o Ibovespa (principal índice da Bolsa paulista) fechou a semana em queda de 0,74%. Os ganhos das duas semanas anteriores, porém, garantem alta acumulada de 3,5% no mês.
Na contramão, a cotação do dólar comercial encerrou com alta de 0,62%, a R$ 1,799 na venda. Na semana, a moeda acumulou ganho de 2,04%, mas, no mês, a perda ainda é de 0,44%.
A volta das preocupações em relação à Grécia, que ameaçou pedir ajuda ao Fundo Monetário Internacional (FMI) para financiar sua dívida caso não receba uma promessa de apoio mais consistente da União Europeia, "gerou uma fuga dos ativos de risco", disse o estrategista-chefe do Credit Agricóle, Vladimir Caramaschi, em São Paulo.
As acões preferencias da Petrobras recuaram 2,13%, para R$ 36,23, em dia de baixa no preço do petróleo no exterior. A estatal divulga ainda hoje seus resultados referentes ao quarto trimestre e, além disso, existe a expectativa de que a companhia apresente também seu plano de negócios para o período de 2010 a 2014.
Já as ações preferenciais da
Vale caíram 1,14%, a R$ 46,80. A mineradora propôs às siderúrgicas chinesas um aumento de até 100% no preço do minério de ferro que vende ao país. As fabricantes de aço da China ainda precisam fixar os preços para o minério com Vale e outras duas grandes fornecedoras, Rio Tinto e BHP Billiton , depois de terem falhado em conseguir o corte de preço acentuado que queriam em 2009.
A maior queda do Ibovespa foi registrada pela ação do frigorífico JBS, que cedeu 5,22%, a R$ 7,80. A JBS anunciou pela manhã acordo para compra da australiana Rockdale Beef por meio de sua subsidiária Swift Australia.
Na ponta positiva da carteira teórica, as ações da Embraer exibiram ganho de 4,45%, a R$ 10,80. A fabricante brasileira de aeronaves reverteu o prejuízo dos últimos três meses de 2008 e lucrou 167,5 milhões no quarto trimestre do ano passado, mesmo com a queda de 32,4% na receita líquida.
O dia não contou com divulgação de indicadores importantes. Ajudou na valorização do dólar hoje a nova onda de preocupações com o
endividamento da Grécia, depois que o primeiro-ministro grego, George Papandreou, disse que o país está a um passo da impossibilidade de tomar empréstimos, e apelou para sindicalistas apoiarem seus esforços para escapar da crise da dívida.
Um estudo da OIT (Organização Internacional do Trabalho) mostra que a crise econômica mundial, que teve seu auge em meados de 2008, destruiu cerca de
16 milhões de empregos pelo mundo. Deste total, quase 75% foram extintos em países desenvolvidos.
A edição de hoje do jornal britânico "Financial Times" afirma que o banco norte-americano Merrill Lynch havia alertado o governo dos Estados Unidos sobre os problemas contábeis de seu rival
Lehman Brothers meses antes que ele pedisse concordata em 2008.
(Com informações da Reuters )

ECONOMIA: Governo promove maior corte da era Lula

De O FILTRO
O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, anunciou ontem que serão bloqueados R$ 21,805 bilhões do orçamento de 2010. O ministro afirmou que o maior corte feito durante os anos de governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é necessário para adequar as despesas com a previsão de arrecadação de impostos prevista na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), muito acima das novas projeções de receita feitas pelo governo. Segundo reportagem do Estadão, o objetivo é mostrar compromisso, mesmo em um ano eleitoral, com o cumprimento da meta de superávit primário equivalente a 3,3% do PIB neste ano.

MUNDO: Estados Unidos fazem lobby a favor de exportação a Cuba

De O FILTRO
Por causa da perda de mercado nos últimos meses, deputados e senadores americanos ligados ao agronegócio se mostraram a favor na última semana pela aprovação de propostas de lei para facilitar a exportação de alimentos para Cuba e liberar viagens de americanos para a ilha. Segundo reportagem da Folha, parlamentares afirmaram que as restrições no comércio de alimentos com Cuba não atingiram seus objetivos de pressão política e “entregaram um mercado de exportações no nosso quintal nas mãos de brasileiros, europeus e outros”. A pressão é pela aprovação da Lei de Reforma das Restrições de Viagens e Fortalecimento das Exportações, apresentada no mês passado no Congresso americano.

GERAL: Desbloqueio de celular será gratuito

De O FILTRO
A partir de agora o desbloqueio de aparelho celular não terá multa ou custo. A decisão foi tomada pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que aprovou ontem por unanimidade a medida. Segundo o jornal O Globo, a decisão beneficiará cerca de 176 milhões de usuários da telefonia celular no país. A expectativa é que a medida acirre ainda mais o mercado de telefonia móvel.

DIREITO: TJ/MG assegura criação de pássaros em cativeiro

Do MIGALHAS
Até que ponto a criação de pássaros em cativeiro configura crime ambiental? "A preservação do meio ambiente e a aplicação de penalidades, até pouco tempo irrelevantes, têm sentido mais educativo e devem atender às condições e motivação do infrator. Comprovado que os animais recebem cuidados adequados e que foram recolhidos para tratamento de doenças e ferimentos, não se justifica qualquer penalidade".
Esse foi o entendimento da 6ª câmara Cível do TJ/MG, ao negar provimento ao recurso do Ministério Público contra professor de História Natural da UFMG que mantinha 128 pássaros em cativeiro.
O relator do processo, desembargador Ernane Fidélis, considerou que, muito embora não se deva desprezar a preocupação dos órgãos próprios de defesa do meio ambiente, as formas repressivas devem ser utilizadas sem excesso de penalidade. No caso julgado, o desembargador confessa não entender e considera excessivo o cálculo realizado por um técnico ambientalista, de multa no valor de R$120 mil a ser aplicada como dano ambiental.
O desembargador assegura que, conforme as provas colhidas, a finalidade do cativeiro é mais de proteção aos animais tanto que o próprio órgão responsável nomeou o acusado depositário dos mesmos.
O desembargador Edílson Fernandes manifestou-se favorável ao voto do relator, justificando que, no caso em análise, as provas confirmaram que o criador dos pássaros não teve a intenção de degradar o meio ambiente. Ao amparar aqueles animais, capturados por terceiros, com auxílio de duas veterinárias prestava uma contribuição ao ambiente ecologicamente preservado, que é o único propósito da norma constitucional.
O desembargador Maurício Barros também acompanhou o voto do relator.
Processo : 1.0024.04.531015-8/002

DIREITO: Acusados de matar Celso Daniel conseguem HC


O ministro Marco Aurélio do Supremo Tribunal Federal, em decisão liminar, concedeu Habeas Corpus aos acusados de assassinar o ex-prefeito de Santo André (SP) Celso Daniel, em 2002, nesta quarta-feira (17/3). O pedido já havia sido negado pelo Superior Tribunal de Justiça. José Edison da Silva, Elcyd Olifeira Brito e Marcos Roberto Bispo dos Santos estavam presos há 8 anos sem julgamento, desde a época em que ocorreu o crime. Sergio Gomes da Silva, o Sombra, acusado de ser mandante do crime, também foi preso preventivamente, mas está em liberdade desde 2004, por decisão do STJ.
Na ação, os advogados de defesa Sidney Luiz da Cruz e Paulo Jacob Sassya El Amm pediram que os réus aguardassem o julgamento em liberdade, por conta do excesso de prazo da prisão provisória. Segundo os advogados, a Justiça precisa ouvir o corréu Sergio Gomes da Silva, antes de decidir sobre o caso. “Ou seja, não há demora por responsabilidade da defesa dos ora pacientes, não podendo ser a eles atribuída a excessiva demora.”
Os pedidos nos tribunais superiores contestam decisão da 11ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo, que também negou o pedido de liberdade. Segundo Cruz, o STJ negou o pedido em decisão liminar. Os advogados questionaram a decisão do Superior Tribunal de Justiça no STF, que levou 11 meses para apreciá-la. A defesa decidiu encaminhar um pedido de urgência de apreciação do processo ao ministro Marco Aurélio. No meio tempo, o STJ julgou o mérito reiterando a negativa, mas o ministro do Supremo decidiu conceder a liberdade.
Em
parecer favorável à liberdade dos três homens presos em 2002, o Ministério Público Federal os aponta como executantes do crime, junto com José Erivan Aleixo da Silva e outras pessoas não identificadas. O MP também cita Sergio Gomes da Silva como mandante do crime, cometido com a intenção de ocultar a “prática de crimes contra a administração pública de Santo André e também contra particulares que concorriam com suas atividades empresariais”. No entanto, concordaram com a alegação de excesso de prazo.
O ex-prefeito Celso Daniel (PT-SP) foi sequestrado em 18 de janeiro de 2002 e levado para um cativeiro em Juquitiba, à beira da Rodovia Régis Birttencourt (BR 116), na saída de São Paulo para Curitiba. Conforme relatório do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o ex-prefeito foi sequestrado por engano e, quando a quadrilha percebeu o fato, seu chefe ordenou a soltura dele. Entretanto, outro integrante entendeu de forma errada a ordem e determinou a um menor, membro do grupo, que matasse Celso Daniel.
Clique
aqui para ler a petição e aqui para ler o parecer do Ministério Público Federal.
HC 98.885

DIREITO: TSE confunde

Do blog do NOBLAT
Deu em O Globo
De Merval Pereira:
Passadas apenas 24 horas da divulgação de uma cartilha especialmente permissiva do advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, sobre a participação de autoridades na campanha presidencial, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) veio confundir mais ainda as coisas com duas decisões distintas sobre o tema.
O ministro Joelson Dias multou o presidente Lula por ter feito campanha antecipada da candidatura oficial da ministra Dilma Rousseff à sua sucessão, numa inauguração no Rio.
No mesmo dia, o plenário do TSE rejeitou outro pedido da oposição, desta vez relativo a uma inauguração em Minas.
A votação a favor do governo foi apertada — 4 a 3 —, o que mostra que o Tribunal está tendo dificuldades para traçar uma linha entre o permitido e o proibido nas campanhas eleitorais, especialmente quando se trata de um presidente com a popularidade de Lula, que não se contém diante de limitações legais, cujo alcance luta para ampliar, e está disposto a tudo para eleger sua sucessora.
O valor da multa, R$ 5 mil, é irrisório, mas o que simboliza pode ser fundamental para recolocar uma perspectiva republicana à campanha deste ano, que está se desenrolando dentro critérios absolutamente inadequados ao objetivo declarado da legislação eleitoral de equilibrar as condições da disputa, impedindo que o peso da máquina pública favoreça um dos contendores.
Leia a íntegra do artigo em TSE confunde

SEGURANÇA: Assaltantes invadem pousada e roubam hóspedes em Patamares


Da Redação CORREIO

Quatro assaltantes renderam funcionários e invadiram a Pousada Terraço, no início da Avenida Pinto de Aguiar, em Patamares, na manhã de quinta-feira (18). Os criminosos aproveitaram o momento em que o faxineiro colocava o lixo na calçada e entraram na pousada.
Lá dentro, dois deles, armados com pistolas, renderam uma funcionária da recepção, enquanto os outros saqueavam um casal de hóspedes: uma baiana e um turista do Arizona, Estados Unidos. Dele, os criminosos levaram R$ 120, um notebook, uma máquina fotográfica e celulares. Dos três funcionários da pousada foram levados objetos pessoais.
Pouco tempo antes do assalto, um grupo de hóspedes deixou a pousada para ir à praia. Outra hóspede que sofre com problemas de locomoção dormia na hora do assalto, mas o quarto dela não chegou a ser arrombado.
Após recolher os objetos de valor, os assaltantes fugiram num Fiat Palio preto. O carro é de uma seguradora e substituia o Gol usado para aluguel, mais um serviço da pousada. O caso está sendo investigado pela 9ª Delegacia, Boca do Rio. Não há pistas dos criminosos.

POLÍTICA: Manifesto contra Borges circula na cidade

Do BAHIA NOTÍCIAS

Os problemas internos no PT têm se intensificado cada vez mais com a indefinição da aliança do governador Jaques Wagner com o senador César Borges. Os contrários à composição, sobretudo os defensores da candidatura de Waldir Pires à Câmara Alta do Congresso Nacional, têm pressionado o chefe do Executivo baiano para que o partido não seja preterido da disputa. O clima entre as alas petistas é de tensionamento e iminente racha. Os mais exaltados são os da corrente Articulação de Esquerda (AE), que tem no secretário estadual de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza, Valmir Assunção, pré-candidato a deputado federal, o seu grande líder. Além da insatisfação com a possibilidade de coligação com os republicanos, eles estariam inconformados com a indicação para que o parlamentar estadual Yulo Oiticica, que desertou recentemente do bloco, assuma o posto de titular da Sedes. Um novo protesto à união PT-PR passa a circular nas ruas e este, ao contrário dos muros pichados supostamente pelo PMDB para afetar a legenda (ver nota), é avaliado por integrantes da sigla como possivelmente originado em seu seio. Não há confirmação, contudo, de que o manifesto tenha saído realmente da AE, mas o fato é que panfletos reacionários com a mensagem “César bateu nos estudantes e quer derrubar Waldir. Não a César Borges. Senador é Waldir” começaram a ser distribuídos.

DIREITO: Lula pode ser réu do Mensalão

Do BAHIA NOTÍCIAS

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva poderá ter o seu nome como réu no processo do mensalão. A iniciativa é do ministro do Superior Tribunal Federal Joaquim Barbosa, que levará ao plenário da Corte uma questão de ordem em que pede a inclusão de Lula nas investigações. O ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) já havia pedido a inserção do chefe do Executivo nacional, por co-participação no esquema de propina. O líder petista deve reconhecer pelo primeira vez que ouviu em 2005, o alerta sobre a existência do fato.

POLÍTICA: Lùcio lamenta recusa de PT à verba da Integração

Do BAHIA NOTÍCIAS

O presidente do PMDB na Bahia e pré-candidato a deputado federal, Lúcio Vieira Lima, em contato com o Bahia Notícias, lamentou a atitude do prefeito Pedro Rocha Filho (PT), de Uibaí, que dispensou R$ 10 milhões em obras de saneamento, pelo Ministério da Integração Nacional, por questões políticas. “Como é que uma obra de saneamento básico não é prioridade? É saúde, implica no melhoramento do Índice de desenvolvimento humano, na queda da mortalidade infantil”, questionou. Para o peemedebista, com esta situação “cai por terra” a notícia “que o PT fica plantando” de que o ministro Geddel Vieira Lima (PMDB) privilegia os aliados na distribuição de verbas. “Essa é a prova de que não há beneficiamento, e sim o PT colocando questões menores da política acima dos interesses da população”, avaliou.

POLÍTICA: Uibaí: Petista rejeita verbas por serem do ministério de Geddel

Do POLÍTICA LIVRE

O prefeito de Uibaí, Pedro Rocha Filho (PT), abriu mão de R$ 10 milhões do Ministério da Integração Nacional, gerido pelo baiano Geddel Vieira Lima (PMDB), para esgotamento sanitário da cidade. Há quem diga que a motivação é política, porque o ministro é adversário do governador Jaques Wagner (PT) na eleição de outubro. A justificativa oficial foi outra. “Trabalho ouvindo o povo e o povo não elegeu isso como prioridade”, disse Rocha Filho ao site Calila Notícias. Uibaí é um pequeno município da região de Irecê com 14 mil habitantes e arrecadação de R$ 15 milhões/ano. Ao recusar os recursos, o prefeito ainda aconselhou. “Esses recursos devem ser aplicados nas cidades do São Francisco e não na minha querida Uibaí”, declarou. O vereador Marcos Cruz, o Marcão (PSDB), disse que no fato há dois absurdos: o prefeito é engenheiro sanitarista e as casas de Uibaí utilizam fossas. Informações da coluna Tempo Presente do jornal A Tarde.

DIREITO: Prisão preventiva que dura mais de 4 anos ofende dignidade da pessoa humana, decide Celso de Mello (íntegra da decisão)

Ao considerar que “ninguém pode permanecer preso por lapso temporal que supere, de modo excessivo, os padrões de razoabilidade”, o decano do Supremo Tribunal Federal, ministro Celso de Mello, concedeu Habeas Corpus (HC 101357) a A.R.N. que se encontrava preso, aguardando julgamento pelo júri, há mais de quatro anos.
Na decisão, o ministro Celso de Mello ressalta que “ a duração prolongada, abusiva e irrazoável da prisão cautelar de alguém ofende, de modo frontal, o postulado da dignidade da pessoa humana”, sendo este um dos fundamentos da República e do Estado Democrático de Direito.
No caso, A.R.N. foi preso em fevereiro de 2006, sendo encaminhado a julgamento pelo Tribunal do Júri (pronunciado) em dezembro de 2008, acusado de homicídio qualificado praticado por motivo fútil e mediante traição ou emboscada (art. 121, §2º, II e IV do Código Penal). Entretanto, o julgamento ainda não teria ocorrido.
“O excesso de prazo, portanto, tratando-se, ou não, de crime hediondo, deve ser repelido pelo Poder Judiciário, pois é intolerável admitir que persista, no tempo, sem razão legítima, a duração da prisão cautelar do réu, em cujo benefício – é sempre importante relembrar – milita a presunção constitucional, ainda que ‘juris tantum’ (relativa), de inocência”, finalizou o decano, determinando a imediata soltura de A.R.N., se não estiver preso por outros motivos.
Leia a íntegra da decisão.

DIREITO: Conflito de competência será distribuído pela regra da prevenção

A Segunda Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que “na distribuição de conflitos de competência observar-se-ão as regras de prevenção estabelecidas no Regimento Interno do Superior Tribunal de Justiça. Ressalvam-se, entretanto, os feitos já distribuídos, os quais deverão ser solucionados pelos atuais relatores”.
O entendimento foi firmado em questão de ordem suscitada no julgamento de petição em conflito de competência envolvendo o leilão da fazenda Piratininga, de propriedade da Agropecuária Vale do Araguaia Ltda, em execução trabalhista movida pelo Ministério Público do Trabalho contra a Vasp.
Durante o julgamento, os ministros identificaram que a distribuição automática dos processos que envolvem um único grupo econômico, e onde se discute a competência do juízo da recuperação judicial ou dos juízos trabalhistas e cíveis, estava tumultuando o andamento dos processos, já que os conflitos eram distribuídos para todos os integrantes do colegiado.
Assim, por unanimidade, a Seção deliberou que a distribuição de conflitos de competência envolvendo grupos econômicos, como Vasp, Varig, Guintex e outros, será feita por prevenção para um único relator.

DIREITO: STJ - MP é legítimo para propor ação sobre legalidade de cláusula de fidelização em contrato de telefonia móvel

O Ministério Público tem legitimidade para propor ação civil pública que discute direitos transindividuais – como a legalidade de inserção de cláusulas de carência e fidelização nos contratos celebrados pela empresas concessionárias de telefonia móvel com os consumidores. A conclusão é da Primeira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ao dar parcial provimento a recurso especial da Maxitel S/A contra o Ministério Público.
Tudo começou com a ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público de Minas Gerais contra as empresas CTBC e Maxitel, objetivando a proibição de inserção de cláusulas de carência e fidelização nos contratos celebrados entre as concessionárias e os consumidores.
O juiz da 5ª Vara Cível de Uberlândia concedeu tutela para determinar que as empresas requeridas se abstivessem de fazer constar dos contratos celebrados com os consumidores qualquer cláusula que obrigasse os usuários a permanecer contratados por tempo cativo, bem como se abstivessem da prática de cobrar qualquer multa ou valor decorrente de cláusula de fidelidade nos contratos vigentes, sob pena de multa diária de R$ 100 mil.
A Maxitel protestou, mas após examinar o agravo interposto pela empresa o Tribunal de Alçada do Estado de Minas Gerais negou provimento, reconhecendo a legitimidade do Ministério Público para a ação e legalidade do deferimento da tutela. “Configurado nos autos, os pressupostos de convencimento da alegação apresentada, fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação, deve ser deferida a tutela antecipada", afirmou o tribunal mineiro.
No recurso especial, a Maxitel alegou preliminarmente ofensa ao artigo 535 do CPC, sob o fundamento de que o tribunal a quo, a despeito da oposição de dois embargos de declaração, não apreciou questões relevantes à solução do caso. Sustentou também a ilegitimidade do Ministério Público Federal, a necessidade de a Anatel integrar o processo e a decisão ultra petita na concessão da tutela.
Ainda segundo a empresa, a cláusula de fidelização não acarreta qualquer dano ao usuário. “Pelo contrário, o usuário, ao optar pela cláusula de fidelização, recebe desconto na aquisição de aparelhos e no preço das tarifas, e bônus sob a forma de descontos em conta ou minutos gratuitos”, afirmou a defesa.
A Primeira Turma conheceu parcialmente do recurso especial, mas negou-lhe provimento. Reiterou ainda a legitimidade do Ministério Público para propor a ação. “O Ministério Público está legitimado a defender os interesses transindividuais, quais sejam: os difusos, os coletivos e os individuais homogêneos”, assentou o ministro Luiz Fux, relator do caso.
O ministro afastou, ainda, as alegações de decisão extra petita e a necessidade de a Anatel figurar no pólo passivo do processo. "Subjaz a ausência de interesse jurídico da Anatel no presente feito porquanto a repercussão dos efeitos da declaração de ilegalidade da inserção de cláusula de fidelização, assim como a proibição de cobrança de multa ou valor decorrente de cláusula de fidelidade nos contratos vigentes, não atingirá sua órbita jurídica, mas tão somente a da empresa concessionária”, considerou.
Mas ressalvou a participação dela no processo. "A Anatel, posto não seja parte no contrato entre o usuário e a concessionária, pode intervir, sem alteração da competência, como amicus curiae, no afã de verificar sobre a legalidade da prática contratual”, ressaltou.
Quanto ao mérito, afirmou que o recurso não merecia conhecimento. “O tribunal local – ao analisar o agravo de instrumento engendrado contra o deferimento da antecipação dos efeitos da tutela initio litis – limitou-se ao exame dos requisitos autorizadores da medida deferida, sob a ótica do art. 273 do CPC, que, consoante cediço, deve ser interpretado pelo juiz natural, sendo defeso ao STJ o reexame”, asseverou. “Assim, forçoso concluir que o exame dessas inferências demanda o revolvimento do contexto fático-probatório dos autos, insindicável em sede de recurso especial, em face do óbice contido na Súmula 07/STJ”, concluiu o ministro Fux.

DIREITO: TSE responde a consulta da senadora Kátia Abreu (DEM-TO) sobre desincompatibilização

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) reiterou, nesta quinta-feira (18), que deve ser de quatro meses o prazo de desincompatibilização para que os dirigentes - indicados ou eleitos - de serviços sociais e de formação profissional de autônomos, possam concorrer a mandato eletivo federal ou estadual. Os ministros também reiteraram, de acordo com a jurisprudência do tribunal, que não é obrigado o afastamento definitivo, podendo ser entendido como licença do cargo.
Os ministros seguiram o voto do ministro Marcelo Ribeiro (foto), relator de consulta feita pela senadora Kátia Abreu (DEM-TO).
Base legal
De acordo com o artigo 23, inciso XII, do Código Eleitoral, cabe ao TSE responder às consultas sobre matéria eleitoral, feitas em tese por autoridade com jurisdição federal ou órgão nacional de partido político. A consulta não tem caráter vinculante, mas pode servir de suporte para as razões do julgador.

DIREITO: TST - Sexta Turma: reabilitado só pode ser demitido com a contratação de outro na mesma situação

A Sexta Turma do Tribunal Superior do Trabalho decidiu que empregado reabilitado, após fim do auxílio doença, só pode ser demitido com a contratação de outro na mesma situação, como ocorre com os portadores de deficiência. Os ministros acataram recurso de trabalhador demitido da Brasil Telecom S.A e determinaram a sua reintegração à empresa.
Essa decisão reformou julgamento anterior do Tribunal Regional do Trabalho da Quarta Região (RS) favorável à Brasil Telecom. O TRT entendeu que não existe na Lei 8.213/91, que garante a cota reservada a deficientes físicas e reabilitadas, a estabilidade de emprego. Que a norma da lei que determina a contratação de trabalhador na mesma situação após demissão imotivada, não garante a reintegração do empregado, mas apenas na aplicação de “multa meramente pecuniária”.
O Tribunal Regional cita o artigo 133 da lei: “A infração a qualquer dispositivo desta lei, para a qual não haja penalidade expressamente cominada, sujeita o responsável, conforme a gravidade da infração à multa variável de R$ 665,50 a R$ 66.550,11”.
Ao julgar recurso do reclamante, o relator na Sexta Turma, ministro Maurício Godinho Delgado, explicou que o art. 7º, XXXI, da Constituição estabelece a “proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência.” Por isso a legislação teria “agregado restrição indireta à dispensa de empregados com necessidades especiais”, como a contratação de outro trabalhador na mesma situação.
Para o relator, trata-se, portanto, de norma autoaplicável, que traz uma limitação ao poder do empregador, “de modo que, uma vez não cumprida a exigência legal, devida é a reintegração no emprego, sob pena de se esvaziar o conteúdo constitucional a que visa dar efetividade.”. (RR-1127176-23.2003.5.04.0900) (Augusto Fontenele)

quinta-feira, 18 de março de 2010

POLÍTICA: Lula e os royalties: 'O Congresso que resolva o problema'

Do blog do NOBLAT

Momentos antes de voltar para o Brasil, depois de uma viagem de cinco dias ao Oriente Médio, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feiraque não vai se envolver na polêmica sobre os royalties, que provocou protestos e resultou em uma passeata com mais de 150 mil pessoas no dia anterior no Centro do Rio de Janeiro.
Lula disse que já havia alertado a todos os líderes sobre o risco de haver problemas este ano, devido às eleições, e avisou que a questão terá de ser resolvida no Congresso Nacional.
.- Já cumpri minha parte. Minha vontade era não votar os royalties este ano, pois sabia que era um ano político e que em ano de eleição todo mundo quer fazer gracinha. Disse que era para deixar para o ano que vem, pois tudo isso é para 2016. Não precisaria dessa pressa agora. Portanto, meus companheiros, a bola está nas mãos do Congresso Nacional e o Congresso que resolva o problema.
Leia mais em
Lula sobre royalties: 'O Congresso que resolva o problema'

DIREITO: Propaganda antecipada: TSE multa Lula

Do blog do CLÁUDIO HUMBERTO

O ministro auxiliar Joelson Dias, do Tribunal Superior Eleitoral, aplicou multa de R$ 5 mil ao presidente Lula por ter feito propaganda antecipada para a ministra-candidata Dilma Rousseff, em maio de 2009. Na ocasião, a dupla petista inaugurava um complexo poliesportivo em Manguinhos (RJ) e Lula fez um discurso improvisado.

DIREITO: TRE-DF publica cassação de Arruda e defesa tem três dias para recorrer

Do POLÍTICA LIVRE

O TRE do DF publicou nesta quinta-feira o resultado da sessão de terça-feira que cassou o mandato do governador preso José Roberto Arruda por desfiliação partidária. A partir de hoje, a defesa tem três dias para recorrer contra a perda do mandato.A expectativa é de que a Câmara Legislativa seja comunicada na tarde de hoje sobre a decisão. Com a notificação dos deputados distritais, a cassação passa a ter efeito. A defesa ainda avalia as vantagens para o ex-democrata de recorrer contra a cassação, tendo em vista que Arruda ainda responde a processo de impeachment na Câmara, que pode lhe deixar inelegível por oito anos a partir de 2011, e enfrenta dois pedidos do STJ aos deputados para que seja processado criminalmente. Os advogados de Arruda solicitaram na noite de ontem ao TRE local cópia da sessão que determinou a perda do mandato de Arruda. A estratégia é avaliar possíveis falhas dos juízes na sessão. Informações da Folha Online.

GESTÃO: Prefeito sanciona Lei do Plano de Saúde do Servidor

Do POLÍTICA LIVRE

O prefeito João Henrique acaba de sancionar, no auditório da Secretaria Municipal da Fazenda (Sefaz), no Centro, a lei que institui o Plano de Saúde do Servidor Municipal. Entre ativos, inativos e dependentes, serão 42 mil beneficiados. O custeio do novo plano será 60% feito pela Prefeitura e o restante pelos servidores. O próximo passo será a abertura de licitação para a contração da empresa de saúde que irá administrar o serviço.
Na solenidade, o prefeito também se comprometeu a dar início imediato ao processo de discussão com os sindicatos dos servidores para reformulação do Plano de Cargos e Salários. “Aprendi em casa os princípios e valores para tratar bem o servidor público” disse, referindo-se ao pai, o ex-governador João Durval que foi considerado um dos melhores governadores para o servidor público estadual.

ECONOMIA; Trabalhador poderá usar FGTS em consórcio imobiliário

De O FILTRO
Decisão do Conselho Curador do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) permitirá a partir de hoje que trabalhadores utilizem o fundo para liquidar, amortizar ou pagar parte das prestações de consórcios imobiliários. De acordo com reportagem da Folha, os trabalhadores interessados devem procurar a administradora de consórcio, que ficará encarregada de encaminhar a documentação e tomar as providências necessárias. A medida foi regulamentada pela Caixa Econômica Federal esta semana e pode beneficiar até 535 mil consorciados no país no segmento de imóveis.

DIREITO: Novo código penal cria medidas para diminuir prisões

De O FILTRO
O Código de Processo Penal de 1941 começou ontem a ser reformado no Congresso. Entre as medidas está criar alternativas para diminuir o número de prisões. De acordo com reportagem do Estadão, atualmente a única opção que o juiz tem para tentar impedir que o suspeito por um crime não fuja do país, cometa novos crimes ou tente coagir testemunhas é decretar a prisão provisória. Isso faz com que mais de 40% da população carcerária seja composta de presos provisórios, o que sobrecarrega o sistema carcerário brasileiro. Outras alterações como a diminução dos recursos judiciais que facilitam a prescrição dos processos também constam no novo código.

POLÍTICA: Votação de royalties do pré-sal pode ser adiada para depois das eleições

De O FILTRO
De acordo com o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), a votação da distribuição dos royalties do petróleo do pré-sal pode ficar para depois das eleições. Por causa das dificuldades em resolver as divergências, o líder defende que a discussão sobre royalties seja retirada dos projetos que fazem parte do marco regulatório do pré-sal, cuja votação é prioridade para governo. Disse à reportagem da Folha: “Eu prefiro que se tenha uma solução equilibrada. Se isso acontecer na próxima semana, ganham os estados, ganha o país, ganha todo mundo. Se tiver muito complicado, a votação dos royalties pode ficar para depois das eleições”, disse.
Comentário: Da série... e vamos jogar o lixo para debaixo do tapete!...

DIREITO: STF - Poder Público deve custear medicamentos e tratamentos de alto custo a portadores de doenças graves, decide o Plenário do STF

O Plenário do Supremo Tribunal Federal indeferiu nove recursos interpostos pelo Poder Público contra decisões judiciais que determinaram ao Sistema Único de Saúde (SUS) o fornecimento de remédios de alto custo ou tratamentos não oferecidos pelo sistema a pacientes de doenças graves que recorreram à Justiça. Com esse resultado, essas pessoas ganharam o direito de receber os medicamentos ou tratamentos pedidos pela via judicial.
O ministro Gilmar Mendes foi o relator das Suspensões de Tutela (STA) 175, 211 e 278; das Suspensões de Segurança 3724, 2944, 2361, 3345 e 3355; e da Suspensão de Liminar (SL) 47. No seu voto (
leia a íntegra), ele disse que se tem constatado a crescente controvérsia jurídica sobre a possibilidade de decisões judiciais determinarem ao Poder Público o fornecimento de medicamentos e tratamentos – decisões nas quais se discute, inclusive, os critérios para o fornecimento.
Gilmar Mendes afirmou que no âmbito do Supremo é recorrente a tentativa do Poder Público de suspender decisões judiciais nesse sentido. “Na Presidência do Tribunal existem diversos pedidos de suspensão de segurança, de suspensão de tutela antecipada e de suspensão de liminar com vistas a suspender a execução de medidas cautelares que condenam a Fazenda Pública ao fornecimento das mais variadas prestações de saúde – como fornecimento de medicamentos, suplementos alimentares, órteses e próteses, criação de vagas de UTIs e de leitos hospitalares, contratação de servidores da Saúde, realização de cirurgias e exames, custeio de tratamento fora do domicílio e inclusive no exterior, entre outros”, exemplificou.
O ministro contou que ouviu diversos segmentos ligados ao tema na audiência pública sobre a saúde, ocorrida em abril de 2009. “Após ouvir os depoimentos prestados por representantes dos diversos setores envolvidos, ficou constatada a necessidade de se redimensionar a questão da judicialização do direito à saúde no Brasil, isso porque na maioria dos casos a intervenção judicial não ocorre em razão de uma omissão absoluta em matéria de políticas públicas voltadas à produção do direito à saúde, mas tendo em vista uma necessária determinação judicial para o cumprimento de políticas já estabelecidas”, sublinhou.
Cautela
Apesar de julgar favoravelmente aos pacientes que precisam de medicamentos e tratamentos de alto custo, o ministro Gilmar Mendes foi cauteloso para que cada caso seja avaliado sob critérios de necessidade. Ele disse que obrigar a rede pública a financiar toda e qualquer ação e prestação de saúde existente geraria grave lesão à ordem administrativa e levaria ao comprometimento do SUS, de modo a prejudicar ainda mais o atendimento médico da parcela da população mais necessitada.
Mendes diferenciou, por exemplo, tratamentos puramente experimentais daqueles já reconhecidos, mas não testados pelo sistema de saúde brasileiro. No caso daqueles, ele foi enfático em dizer que o Estado não pode ser condenado a fornecê-los.
“Quanto aos novos tratamentos ainda não incorporados pelo SUS, é preciso que se tenha cuidado redobrado na apreciação da matéria. Como frisado pelos especialistas ouvidos na audiência pública, o conhecimento médico não é estanque, sua evolução é muito rápida e dificilmente acompanhável pela burocracia administrativa”, citou, lembrando que a aprovação de novas indicações terapêuticas pode ser muito lenta e, como resultado disso, pacientes do SUS podem ser excluídos de tratamentos já oferecidos há tempos pela iniciativa privada.
“Há necessidade de revisão periódica dos protocolos existentes e de elaboração de novos protocolos. Assim não se pode afirmar que os protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas dos SUS são inquestionáveis, o que permite sua contestação judicial”, completou.
Outros votos
O ministro foi acompanhado, em seu voto, por todos os demais presentes à sessão. O ministro Ricardo Lewandowski entendeu que os agravantes (União e estados) não demonstraram a potencialidade danosa à saúde, à economia e à ordem pública do fornecimento dos medicamentos ou tratamentos referentes às nove ações.
Já o ministro Celso de Mello julgou que a Justiça precisa agir quando o poder público deixa de formular políticas públicas ou deixa de adimpli-las, especialmente quando emanam da Constituição. “O direito à saúde representa um pressuposto de quase todos os demais direitos, e é essencial que se preserve esse estado de bem-estar físico e psíquico em favor da população, que é titular desse direito público subjetivo de estatura constitucional, que é o direito à saúde e à prestação de serviços de saúde”, completou.

DIREITO: Cirurgia para retirar excesso de pele faz parte do tratamento da obesidade e deve ser paga pelo plano de saúde

A cirurgia plástica para a retirada do excesso de pele (tecido epitelial) decorrente de cirurgia bariátrica (redução de estômago) faz parte do tratamento da obesidade mórbida e deve ser integralmente coberta pelo plano de saúde. A decisão é da Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) em processo relatado pelo ministro Massami Uyeda.
Por unanimidade, o colegiado concluiu que esta cirurgia não pode ser classificada como mero tratamento de rejuvenescimento ou de emagrecimento com finalidade estética, procedimentos expressamente excluídos de cobertura, nos termos do artigo 10 da Lei 9656/98. “É ilegítima a recusa de cobertura das cirurgias destinadas à remoção de tecido epitelial, quando estas se revelarem necessárias ao pleno restabelecimento do segurado acometido de obesidade mórbida”, ressaltou o relator.
No caso em questão, o Pró Salute Serviços para a Saúde Ltda. recorreu ao STJ contra decisão do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) que determinou o fornecimento e o custeio da cirurgia para uma paciente segurada. Ela perdeu cerca de 90 quilos após submeter-se à cirurgia de redução de estômago, o que ensejou a necessidade de remoção do excesso de pele no avental abdominal, mamas e braços.
Para o TJRS, a cirurgia plástica de remoção de tecidos adiposos e epiteliais necessária para dar continuidade ao tratamento da obesidade mórbida não se confunde com tratamento estético, não sendo admissível a negativa de cobertura com base em cláusula contratual que prevê a exclusão de cirurgias e tratamentos de emagrecimento com finalidade estética.
No recurso, a empresa de saúde sustentou que o contrato firmado entre as partes é bastante claro ao excluir, de forma expressa, o procedimento de cirurgia reparadora estética e que a própria legislação que disciplina a cobertura mínima dos planos de saúde exclui as cirurgias com essa finalidade.
Segundo o ministro Massami Uyeda, está comprovado que as cirurgias de remoção de excesso de pele consistem no tratamento indicado contra infecções e manifestações propensas a correr nas regiões onde a pele dobra sobre si mesma, o que, inequivocamente, afasta a tese defendida pela recorrente de que tais cirurgias possuem finalidade estética.
Assim, estando o tratamento da obesidade mórbida coberto pelo plano de saúde contratado entre as partes, a seguradora deve arcar com todos os tratamentos destinados à cura desta patologia: o principal - cirurgia bariátrica ou outra que se fizer pertinente – e os conseqüentes – cirurgias destinadas à retirada de excesso de tecido epitelial.
Em seu voto, o relator também ressaltou que todos os contratos firmados em data posterior à entrada em vigor da Lei 9656/98 necessariamente compreendem a cobertura assistencial médico-ambulatorial e hospitalar para o tratamento da obesidade mórbida, doença listada e classificada pela Organização Mundial da Saúde.

quarta-feira, 17 de março de 2010

POLÍTICA: Aécio salvou o mandato de Lula, diz Ciro

Do blog do NOBLAT

Do franco atirador Ciro Gomes (PSB-CE) em entrevista a Maria Inês Nassif publicada, hoje, no jornal Valor Econômico:
* Vou fazer uma justiça a Aécio. Quando a CPI dos Correios começou a arquitetar o golpe contra o presidente Lula, o Aécio teve um envolvimento estratégico. No meio da crise, eu, Dilma, Márcio Thomaz Bastos [então ministro da Justiça] e Jaques Wagner [então ministro das Relações Institucionais] nos reuníamos diariamente às 7h para definir uma estratégia que era “Infantaria e Diplomacia” – eu dei o nome.
Nós iríamos fazer o diálogo, a diplomacia. Fizemos uma lista daqueles nomes importantes da República e escalamos quem falaria com cada um. Bastos e [Antonio] Palocci ficaram escalados para conversar com o Fernando Henrique e com o Serra, e eu, com Geraldo Alckmin, Aécio Neves, Fernando Gabeira [PV-RJ], José Carlos Aleluia [DEM-BA] – esta era a estratégia de diplomacia.
E como infantaria, nós estimulamos um movimento para ocupar as ruas. O trabalho da diplomacia era dizer: ‘Daqui para trás: nós estamos vendo um componente golpista nisto, o presidente da República não será alcançado e nós não vamos tolerar isso’. Acabamos fazendo a manifestação na rua, só para mostrar que não estávamos blefando.
O Aécio entendeu. Passou não só a concordar, mas a agir para desarmar a bomba. Muitas vezes ele mandou um avião para me buscar em Brasília às 9h da manhã, mandava o avião para pegar fulano, ciclano e beltrano da CPI e íamos para o hangar lá em Belo Horizonte. Lá brigávamos muito, mas chegávamos a acordos avalizados pelo Aécio.
Ele nos ajudou a salvar o mandato do Lula. Invoco o testemunho de Gustavo Fruet [PSDB-PR] e Eduardo Paes [na época, PSDB-RJ]. O Aécio nos ajudou a desmontar a indústria da infâmia movida a partir do PSDB de São Paulo.
* No segundo mandato [de Lula], o PSDB deu ao Lula a crença de que, para governar, é preciso se alinhar – e com quem? O Brasil é tão medíocre nesta questão que são as mesmas pessoas – não são só os mesmo valores – que trabalham ao largo de qualquer moralidade. O Renan Calheiros [PMDB-AL], que foi ministro da Justiça do FHC, é lugar-tenente do Lula no Senado.
Eduardo Cunha [PMDB-RJ], que já conhecia como ligado ao esquema do PC Farias, é quem está dando as cartas aqui, com a delegação do Michel Temer [PMDB-SP], também ex-aliado do FHC. Eliseu Padilha, ex-ministro do FHC, é o presidente da Comissão de Justiça da Câmara. O Felipe Bornier [PHS-RJ] é presidente da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle. É a seleção às avessas: quanto mais decência e qualificação têm as pessoas, mais distante estarão dos cargos importantes no parlamento.
* Não sou contra [alianças políticas amplas], eu vi debilidade do governo Sarney. Eu conheço a tradição federativa, a tradição multipartidária brasileira; eu reconheço que a aliança é necessária. A questão é: para quê? Se a aliança é só para conservar o poder e suas bases são o assalto à máquina pública, não faz sentido.

POLÍTICA: PRP pede rompimento de deputados com Governo

Do BAHIA NOTÍCIAS

O presidente estadual do PRP, Jorge Aleluia, em contato com o Bahia Notícias, se mostrou insatisfeito com as queixas do seu liderado e deputado estadual Fábio Santana quanto ao desdém da ala do governo com a legenda (leia aqui). Ele afirma que o partido nunca pertenceu oficialmente ao bloco e que seus três parlamentares, em vez de reclamarem, deveriam adotar uma postura mais drástica. “O partido nunca apoiou o governo. Os deputados, por conta própria, procuraram refúgio e nunca ouviram o partido. A gente não ia indicar ninguém para a CPI do metrô. Se há uma insatisfação deles, eles devem chegar amanhã e sair da base, pois o partido apoiará a decisão”, disse. Apesar de contestar o comportamento dos legisladores, o dirigente também não corrobora a atitude dos governistas. “Eles acham que devem usar o partido na hora que precisam”, disparou.

POLÍTICA: PV baiano defende expulsão de Juliano Matos e Juca Ferreira

Do POLÍTICA LIVRE

Está cada vez mais evidente o racha do Partido Verde na Bahia. Nem mesmo a decisão da direção nacional em voltar atrás sobre a expulsão do ministro Juca Ferreira (Cultura), que integra o grupo dissidente local, arrefeceu os ânimos dos verdes. Na próxima segunda-feira, a executiva estadual se reúne para avaliar o relatório da Comissão de Ética da legenda, que tratará sobre as posições do secretário estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Juliano Matos, que contrariaram o estatuto do partido.
De acordo com Ivanilson Gomes, presidente do diretório estadual, o secretário Juliano Matos cometeu três erros graves em relação ao partido. Segundo ele, “o primeiro foi desobedecer a uma orientação da sigla, que aprovou a saída do governo Jaques Wagner, mas ele insiste em continuar”; o segundo ponto anotado por Gomes aconteceu durante a Lavagem do Bonfim, quando Juliano caminhou ao lado do governador com uma camisa do PT. Por último, ele citou a defesa que o secretário vem fazendo sobre a instalação de uma usina nuclear na Bahia, “fato que contraria o próprio estatuto do partido”. Leia mais na
Tribuna.

GREVE: Servidores da UFBA fazem paralisação nesta quinta

Do POLÍTICA LIVRE
O sindicato dos servidores da UFBA (ASSUFBA) decidiram, em assembleia, paralisar as suas atividades nesta quinta-feira e fazer um protesto em frente à Reitoria, às 10 h do mesmo dia. Os servidores afirmam que a paralisação é um protesto contra a decisão da Administração da UFBA em cortar a Hora Extra Incorporada (HEI) de quase 1200 servidores. Segundo o sindicato, a HEI é uma vantagem que os trabalhadores recebem há 20 anos e que foi cortada dos salários de forma incorreta conforme, tendo esta interpretação sendo reconhecida em nota técnica pelo procurador da UFBA, Eduardo Coutinho.

MUNDO: Anistia Internacional critica Brasil por não condenar Cuba

De O FILTRO
A Anistia Internacional criticou ontem a postura do Brasil em não condenar o tratamento cubano a presos políticos. De acordo com o jornal Folha de S. Paulo (para assinantes), o organismo questionou o silêncio brasileiro em relação a Cuba, afirmando que o país “deveria mostrar um nível maior de integridade em relação aos direitos humanos” para ocupar o papel que almeja no palco global. Segundo a reportagem uma carta que será publicada hoje pela entidade exorta o governo cubano a revogar as leis que permitem a repressão e a soltar todos os chamados prisioneiros de consciência.

SAÚDE: Remédios terão selo de autenticidade

De O FILTRO
As mais de 2 bilhões de caixinhas de remédios consumidas no país anualmente deverão até o primeiro semestre de 2011 ser identificadas com um selo de autenticidade. A etiqueta fixada na embalagem será parecida com a usada nos maços de cigarro e nas garrafas de uísque. A medida vale para todos os tipos de medicamentos. Segundo reportagem do Valor, a Casa da Moeda será responsável pela fabricação do selo, que será uma espécie de “RG” do remédio, com dados sobre seu fabricante, distribuidor e logística.

DIREITO: Chega ao STF parecer da PGR favorável à intervenção federal no DF

Chegou hoje (16) ao Supremo Tribunal Federal (STF) o parecer em que a Procuradoria Geral da República (PGR) opina pelo deferimento do pedido de Intervenção Federal (IF 5179) no Distrito Federal, feito pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel. No documento de 34 laudas, assinado pelo próprio Gurgel, ele enfatiza a inédita prisão de um governador de estado durante o exercício do mandato, a renúncia do vice-governador por temor de se submeter a um processo de impeachment, além da condução “trôpega”, na Câmara Legislativa do Distrito Federal, por um notório aliado de Arruda, da apuração da responsabilidade do governador e de deputados distritais envolvidos em diversos crimes.
“É preciso que fique definitivamente claro que o pedido interventivo não busca resgatar a extinta intervenção por corrupção. A medida ora reclamada impõe-se pela gravidade da situação vivenciada no Distrito Federal, bastante peculiar e distinta. Os fatos que serviram de fundamento à prisão preventiva do governador, cuja higidez foi afirmada pelo Supremo Tribunal Federal ao rechaçar o recente pedido de habeas corpus, e tantos outros evidenciam os contornos absolutamente singulares da situação de anormalidade institucional do Distrito Federal. Assim, entre os vários ardis utilizados pela organização criminosa, soma-se à manobra para corromper testemunha a interferência indevida do governador em investigação conduzida pelo Ministério Público e executada pela Polícia Civil”, afirma Gurgel.
O procurador-geral da República ressalta ainda que a intervenção não é uma violência aos Poderes constituídos. “Ao contrário, é um remédio para situações de ‘metástase institucional’, como bem qualificou o presidente do Supremo Tribunal Federal. Violência, de fato, foi a ação prévia não só de irresponsabilidade como de crime coletivo cometido pelos agentes públicos, bem assim a notória indolência quanto ao encargo de apurar responsabilidades”, assevera Gurgel. Para ele, a intervenção é a solução constitucional e institucional para casos como o do Distrito Federal e visa a restituir a integridade dos estados e municípios nos moldes determinados pela Constituição.

POLÍTICA: Governo recua em plano de direitos humanos

De O FILTRO
A polêmica que girou me torno do novo plano de direitos humanos fez o governo recuar ontem. Segundo reportagem do Estadão, as críticas da sociedade e de entidades sociais fizeram com que o governo anunciasse a alteração de todos os pontos polêmicos do decreto que instituiu, em dezembro passado, o terceiro Programa Nacional de Direitos Humanos. As medidas foram anunciadas ontem pelo ministro Paulo Vannuchi, da Secretaria de Direitos Humanos, autor do plano. As novas medidas devem ser anunciadas ainda no primeiro semestre.

EDUCAÇÃO: Universidades têm vagas não preenchidas pelo sistema do Enem

DE O FILTRO
Reportagem da Folha (para assinantes) mostra que pelo menos sete universidades que selecionaram novos estudantes pelo Enem não preencheram todas as vagas reservadas aos calouros. Segundo o jornal, as federais de SP (Unifesp), do Pampa, tecnológica do Paraná, do Vale do São Francisco, do Recôncavo Baiano, de Lavras e de Mato Grosso seriam as universidades com vagas em aberto. A expectativa é que 6 mil vagas não tenham sido ocupadas, pouco mais de 10% do total disponível. Os dados oficiais deverão ser divulgados hoje pelo Ministério da Educação.

POLÍTICA: Mercadante negocia alianças para disputar o governo de São Paulo

De O FILTRO
Apesar de ainda ser candidato à reeleição para o Senado, o senador Aloizio Mercadante (PT-SP) já negocia alianças para disputar o governo de São Paulo. De acordo com o Blog do Josias, o líder petista reuniu-se ontem em segredo com o deputado Paulinho da Força Sindical, mandachuva do PDT-SP. Segundo a reportagem, Paulinho teria aceitado a proposta de Mercadante desde que o PDT tivesse o poder de escolher o vice na chapa que concorrerá ao governo de São Paulo.

POLÍTICA: Para defesa, “Arruda ainda é governador”

De O FILTRO
A defesa do governador cassado do Distrito Federal, José Roberto Arruda, afirmou que recorrerá da decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), que decretou ontem à noite a perda do mandato por 4 votos a 3 do ex-democrata por desfiliação partidária. Segundo reportagem da Folha>, a defesa afirmou que vai recorrer ao próprio TRE e ao TSE para tentar anular a cassação. Segundo a advogada Luciana Lóssio, “Arruda ainda é governador”.

DIREITO: Condições gerais incluídas no contrato de seguro podem limitar o valor da indenização

A Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça reconheceu a limitação da cobertura securitária inserida em cláusula contratual não constante da apólice. Por unanimidade, o colegiado entendeu que as condições gerais fazem parte do contrato de seguro e podem limitar os riscos e valores previamente ajustados. O processo foi relatado pelo desembargador convocado Vasco Della Giustina.
No caso julgado, a apólice do seguro contratado pela Varejão São Paulo Frutas e Legumes Ltda, estipulou o limite da indenização securitária para o caso de “roubo de dinheiro e cheque” em R$ 30 mil, mas nas condições gerais do seguro, sob a rubrica "em poder de portadores", o valor era de R$ 2 mil. Como os valores roubados estavam em poder de portador, a seguradora aplicou o disposto nas condições gerais. A empresa segurada recorreu.
O Tribunal de Justiça de Minas Gerais entendeu que como a cobertura securitária é restrita aos termos da apólice, qualquer cláusula limitativa da indenização não inserida na apólice fica desprovida de eficácia, mesmo que haja manifesto conhecimento de sua existência pela parte segurada. Para o TJ, ao interpretar literalmente os artigos 1.434 e 1.460 do Código Cível, percebe-se que o legislador de 1916 sempre se reporta ao termo da apólice para tratar de qualquer previsão contratual na seara securitária.
Segundo o tribunal mineiro, se naquela quantia de trinta mil reais, elencada na apólice como teto máximo a ser pago em caso de roubo de dinheiro e cheques, existisse algum outro diferenciador que reduzisse este teto, isto deveria estar registrado na apólice, nos termos do Código Civil de 1916, e não em condições gerais inseridas em um documento separado da apólice.
A seguradora recorreu ao STJ, sustentando que mesmo que a restrição não esteja inserida na apólice, as condições gerais do seguro fazem parte do contrato e podem limitar os riscos previamente ajustados. Para o relator, a literalidade dos artigos 1.434 e 1.460 do Código Cível de 1916 não pode desvirtuar a natureza do contrato de seguro, bem como a intenção das partes ao contratarem.
Citando doutrinas e precedentes, Vasco Della Giustina ressaltou que a apólice não é o próprio contrato, mas sim o instrumento que evidencia o contrato de seguro, motivo pelo qual a cláusula restritiva de cobertura deve ser levada em consideração na solução do litígio.
Assim, diante da existência de conhecimento da parte contratante sobre a cláusula restritiva de indenização, não é possível ater-se ao formalismo e negar-lhe vigência, afirmou o relator, ressaltando que ao analisar avenças securitárias, o STJ tem dado prevalência ao ajuste entre as partes aos rigores formais do contrato.
“Ante ao exposto, dou provimento ao recurso especial para reconhecer a limitação do risco inserido nas condições gerais do seguro a fim de limitar a indenização securitária naqueles termos”, concluiu o relator.

DIREITO: STJ - Indenização por doenças decorrentes do tabagismo prescreve em cinco anos a contar do conhecimento do dano

O pedido de indenização de males decorrentes do tabagismo prescreve em cinco anos, iniciando-se a contagem do prazo a partir do conhecimento do dano e de sua autoria. O entendimento foi firmado pela Segunda Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) em julgamento de recurso interposto pela Souza Cruz S/A contra acórdão do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) que concluiu ser a prescrição vintenária.
No caso julgado, um consumidor de 62 anos de idade, que começou a fumar aos 15 anos, propôs ação de indenização por danos morais e materiais por ter desenvolvido diversas doenças decorrentes do tabagismo. Alegou que seu vício foi estimulado pela publicidade abusiva e enganosa por parte da Souza Cruz, que incentivaria o consumo de cigarro sem esclarecimentos quanto ao potencial viciante da nicotina e quanto aos possíveis danos causados à saúde dos usuários.
A ação foi extinta pelo juízo de primeiro grau em face do reconhecimento da prescrição quinquenal, já que o usuário recebeu orientação médica para deixar de fumar em 1994, teve a doença diagnosticada em 1998 e propôs a ação de indenização em 2000. A sentença foi reformada pelo TJSP, com o fundamento de que a ação indenizatória por danos materiais e morais movida por usuários contra a fabricante de cigarros prescreve em 20 anos, por se tratar de ação pessoal regida pelo Código Civil.
A Souza Cruz recorreu ao STJ, alegando que a decisão, além de violar vários artigos do Código de Processo Civil e do Código de Defesa do Consumidor, constitui dissídio jurisprudencial em relação a julgados proferidos pelos tribunais de justiça do Rio de Janeiro e do Ceará. Sustentou ainda que o prazo prescricional regente da matéria é o previsto no Código de Defesa do Consumidor, não podendo ser aplicado o prazo geral, previsto no art. 177 do Código Civil de 1916, em detrimento do contido na legislação específica.
Para o relator do processo, ministro Fernando Gonçalves, o prejuízo físico experimentado pelo consumidor, decorrente dos vícios de segurança e de informação (má orientação quanto ao modo de utilização do produto e aos seus riscos), é regulado pelo Código de Defesa do Consumidor. “Assim, como há legislação especial a regular a prescrição relativa à matéria trazida a juízo, não há como aplicar o prazo prescricional geral do Código Civil”, afirmou em seu voto.
Citando vários precedentes da Corte, ele ressaltou que ambos os vícios – segurança e informação – determinam um tipo de responsabilidade denominada “responsabilidade pelo fato do produto”, regulada pelo art. 12 do CDC e cujo prazo prescricional é o previsto no art. 27 do mesmo diploma legal, que assim dispõe: “Prescreve em cinco anos a pretensão à reparação pelos danos causados por fato do produto ou do serviço prevista na Seção II deste Capítulo, iniciando-se a contagem do prazo a partir do conhecimento do dano e de sua autoria."
Segundo Fernando Gonçalves, se o prazo prescricional começa a correr do conhecimento do dano e o autor foi avisado que deveria parar de fumar em 1994, sob pena de morte prematura, é desta data que deve se iniciar a contagem do prazo, pois nesse momento já foi verificada a existência de problemas causados pelo uso do cigarro.
Como a ação foi proposta em agosto de 2000, a Segunda Seção, por maioria, acolheu o recurso da Souza Cruz, reconheceu a prescrição e extinguiu o processo. Ficou vencida a ministra Nancy Andrighi, que votou pela aplicação do prazo mais favorável ao consumidor.

terça-feira, 16 de março de 2010

DIREITO: "Bancoop é incorporadora, não cooperativa", diz juiz


A Cooperativa dos Bancários de São Paulo deixou de atuar como cooperativa exclusiva dos sócios do sindicato dos bancários e passou a funcionar como uma verdadeira incorporadora de imóveis. Por isso mesmo, ela tem as obrigações de uma empresa comercial e está sujeita às determinações do Código de Defesa do Consumidor.
O entendimento é do desembargador Francisco Loureiro, da 4ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo, em
voto que confirmou sentença de primeiro grau e condenou a Bancoop a promover os registros imobiliários e a constituir o condomínio dos apartamentos do conjunto residencial Orquídeas. Também desobrigou os mutuários a pagar os resíduos dos contratos de financiamento.
O Ministério Público de São Paulo investiga um suposto esquema de desvio de recursos da Bancoop para financiar a campanha eleitoral do PT e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2002. João Vaccari Neto, ex-presidente da Bancoop e atual tesoureiro do PT, é apontado como o pivô do esquema.
Uma rápida busca na internet revela a existência de mais de 570 processos contra a Bancoop. São 368 decisões em primeira instância, 161 em segunda instância e 45 no Superior Tribunal de Justiça. Segundo o desembargador Francisco Loureiro, a Bancoop "lançou dezenas de empreendimentos imobiliários, com promessa de entregar milhares de apartamentos, expressiva parte dela não cumprida, lesando uma multidão de compradores".
A ação contra a Bancoop foi movida pela associação de moradores do conjunto habitacional. Em primeira instância a cooperativa foi condenada a fazer a incorporação mesmo sem o pagamento por parte dos associados dos resíduos do preço. A Bancoop também ficou impedida de inserir nos cadastros de restrição ao crédito, como SPC e Serasa, os nomes dos associados em razão do não pagamento dessas parcelas.
Para o juiz Jairo de Oliveira Júnior, da 1ª Vara Cível de Santo André, que cuidou do caso na primeira instância, o registro do empreendimento imobiliário no Cartório de Registro de Imóveis é pressuposto da venda de unidades autônomas e a cooperativa deveria regularizar imediatamente a incorporação. Ele negou, contudo, pedido para desconsideração da personalidade jurídica da incorporadora, para alcançar bens dos dirigentes que praticaram os supostos ilícitos.
Desta decisão, recorreu a Associação dos Adquirentes de Apartamentos do Condomínio Conjunto Residencial Orquídeas, que pretendia, dentre outras coisas, o reconhecimento da inexigibilidade do resíduo e suprimento de consentimento na celebração de contrato definitivo de compra e venda.
Apreciação do recursoAo analisar o pedido, o relator do caso, Francisco Loureiro, destacou que a sentença de primeira instância e sensata e merece ser mantida, mas fez uma ressalva: rejeitou o pedido dos associados para que não fossem estabelecidas multas para o caso de descumprimento do contrato.
Para se defender, a cooperativa habitacional alegou que a Associação não tem finalidade estatutária de qualquer direito difuso e nem foi constituída a mais de um ano para representar os associados. Reforçou que o regime cooperativista admite a cobrança de saldos residuais independentemente de qualquer cláusula contratual por conta do autofinanciamento pelos próprios cooperados, não se aplicando o Código de Defesa do Consumidor. “O contrato é claro ao permitir a cobrança de resíduo em apuração final, de modo compreensível ao adquirente”, registrou a Bancoop.
Os argumentos da cooperativa foram rejeitados. Para o relator, a sentença de primeira instância não desviou um centímetro do pedido inicial, ao determinar o registro da instituição do condomínio, “providência pertinente a regularização da situação dominial dos adquirentes. Diga-se de resto, que de algum modo a questão se encontra superada, pois a própria Bancoop, ao ser intimidada da decisão anterior, se apressou em instituir o condomínio dentro do prazo de 180 dias, evitando a imposição de astreintes”.
Francisco Loureiro também destacou que a cooperativa desviou de seu escopo original, pois passou a constuir em larga escala e comercializar unidades a terceiros não sindicalizados ao sindicato dos bancários. Para ele, ao contrário do que se afirmou, a relação entre a Bancoop e os compradores das unidades é regida pelo Código de Defesa do Consumidor.
“Após julgar dezenas de casos da Bancoop, constato que, sob o falso rótulo de regime cooperativo, lançou dezenas de empreendimentos imobiliários, com promessa de entregar milhares de apartamentos, expressiva parte dela não cumprida, lesando uma multidão de compradores. Não vejo como não deixar de aplicar o regime protetivo do CDC aos contratos de adesão preparados pela Bancoop, nem como acolher o falso argumento de que todos os compradores são cooperados e associados em um empreendimento do qual não tinham controle, nem fiscalização eficiente dos custos e muito menos do destino dos pagamentos que efetuavam”, fundamentou o desembargador.

POLÍTICA: Politicamente, o que será ?

Do POLÍTICA & ECONOMIA NA REAL

Definido, então, o que é Dilma ou Serra, os exercícios que começam a ser feitos agora é saber como será um governo Serra ou como será um governo Dilma. As especulações do lado econômico, já frequentam as análises que chegam à direção das grandes empresas. Mas há uma questão anterior : as condições políticas para realizar os programas de governo. E neste ponto, a chave se chama Partido dos Trabalhadores. Tanto para Dilma quanto para Serra, o papel dos petistas no jogo político é uma incógnita. De uma equação complicada.
Com uma vitória da oposição
Se por hipótese Serra vencer, o que se precisa definir é como será a atuação do PT na oposição. Se será um partido mais moderado, escaldado nas dificuldades que enfrentou em sua fase governista, ou voltará ao passado, "contra tudo que estará aí". E na escada rolante do PT estarão acoplados as centrais sindicais, os movimentos sociais, incluindo o MST, as ONGs financiadas com o dinheiro público e o funcionalismo - todos os segmentos em "estado de graça" durante os oito anos de Lula. A oposição será selvagem ou civilizada ? As previsões são sombrias : parece difícil para o PT, nas circunstâncias, aceitar serenamente uma derrota para os "neoliberais" se assim podemos chamá-los...
Com uma vitória da situação
A ascensão de Dilma Rousseff, uma neófita em política eleitoral e partidária e que, apesar de todos os esforços, não está conseguindo se despir de seu figurino tecnocrático, meio contundente, de pouca cintura, suscita outra dúvida : até que ponto ela terá ascendência para controlar seus aliados, principalmente o PT. É improvável controlar como Lula controlou, levando o PT a aceitar políticas que ele nunca sequer sonhou apoiar, a contrariar sua própria natureza. Com uma presidente com menos liderança, menos influência e menos respeitada politicamente, os planos do PT, postos no documento de seu último Congresso, que o presidente Lula diz não serem necessariamente as diretrizes do governo, podem virar programas governamentais, parcial ou integralmente. Quem dobrará quem, é a dúvida.

DIREITO: AGU lança cartilha sobre eleições 2010

Do blog do CLÁUDIO HUMBERTO

A Advocacia-Geral da União (AGU) lançou nesta terça (16) uma cartilha para orientar servidores públicos sobre condutas que devem ser evitadas durante o período eleitoral. Segundo o Advogado-geral da União, Luis Inácio Adams, o documento ajudará ministros, secretários-executivos e até o presidente Lula sobre a questão.Adams explicou que o material é uma compilação da legislação eleitoral e foi realizada a partir de um trabalho conjunto da AGU, Casa Civil, Ministério do Planejamento e Controladoria Geral da União (CGU).

EDITORIAL: Subir de nível

Do blog do NOBLAT
Deu em O Globo

O mensalão, escândalo que passa à História como símbolo do abalo na imagem do PT como legenda ética, pode ressurgir na campanha deste ano para atazanar o projeto de poder petista.
O caso de supostos desvios de dinheiro da Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo (Bancoop) para o caixa dois petista na campanha de Lula à Presidência em 2002 já exumara a operação dos aloprados, de 2006.
Da Bancoop, dirigida pelo atual tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, principal alvo das investigações mantidas pelo Ministério Público de São Paulo há quase três anos, também teriam saído aqueles maços de dinheiro apreendidos antes de serem entregues em troca de um dossiê falso contra Serra, candidato ao governo de São Paulo, naquele ano.
Agora, na última edição de “Veja”, o doleiro Lúcio Funaro estabelece ligações entre João Vaccari, o esquema de suprimento de dinheiro ilegal do mensalão e fundos de pensão de estatais, sob controle de sindicalistas da CUT/PT. Funaro é um homem-bomba a ameaçar o PT.
Para não ser acusado pela Procuradoria Geral da República no processo do mensalão, em 2005, Funaro fechou com o MP federal um acordo de delação premiada — informações e provas em troca de redução de pena. Diz Funaro que, em 2003 e 2004, quando os dutos do mensalão transportavam altos valores em dinheiro vivo, João Vaccari Neto recolheria propinas em negócios intermediados por ele entre alguns desses fundos e empresas interessadas em entrar neste mundo, em que as cifras são contadas em bilhões.
As comissões iriam para o caixa dois petista. No circuito estaria ainda o indefectível Delúbio Soares, então tesoureiro do PT, peça importante nas engrenagens do mensalão.
A importância do relato está em unir a ponta da coleta de fundos ilegais para o partido com o braço sindical e financeiro sob controle de militantes do PT e da CUT.
O poder de mobilizar dinheiro desses fundos é gigantesco. E, teoricamente, a capacidade de gerar comissões e induzir doações de empresas a partidos, também. A história é de alta combustão, por envolver nomes estrelados do PT e ser levantada em período eleitoral.
Semana passada, a Justiça de São Paulo, preocupada com a contaminação política do caso, rejeitou pedido do MP para bloquear contas da cooperativa, e pediu mais informações antes de decidir sobre a quebra de sigilo bancário de João Vaccari Neto.
Fazem sentido os cuidados. Mas todas as dúvidas e suspeitas precisam ser checadas e avaliadas. Só com a iluminação desses meandros, a política brasileira tem chances de subir de nível.

HUMOR

Do blog do NOBLAT
Charge - Néo

MUNDO: Província argentina aprova uso de castração química contra condenados por abuso sexual

De O Globo
RIO - O governador da província argentina de Mendoza, Celso Jaqui, assinou decretos autorizando que, em até três meses, os condenados por abuso sexual comecem a ser submetidos à castração química como forma de evitar a reincidência, informa nesta terça-feira o jornal "La Nación". O procedimento consiste em administrar substâncias que diminuem os níveis de hormônio e a libido do paciente.
A castração não será obrigatória para os condenados, já que o governo quer evitar reações judiciais de grupos de direitos humanos que possam impedir a aplicação da medida. Mas os condenados que não aceitarem o procedimento perderão benefícios como indultos e reduções de penas. A decisão já é alvo de críticas.
- Esta medida não é apenas inconstitucional, como também vai responsabilizar o Estado nacional nos tribunais internacionais porque viola o Pacto de San José da Costa Rica - disse ao jornal o advogado Pablo Salinas, professor da Faculdade de Direito da Universidade Nacional de Cuyo, considerando que a medida viola "garantias judiciais e direitos de integridade pessoal e psíquica" consagradas neste pacto.
Já o sexólogo José Rodríguez, também citado pelo "La Nación", disse que "os tratamentos farmacológicos podem diminuir quase 60% da reincidência dos violadores, segundo estudos de Estados Unidos, França e Espanha".

POLÍTICA; Mensalão: recurso transforma Lula em réu

Do blog do CLÁUDIO HUMBERTO

Lula ainda não se livrou totalmente da rebordosa: dia 1º, foi finalmente anexado ao processo de 177 páginas, pelo ministro-relator Joaquim Barbosa, o recurso apresentado pelo ex-deputado Roberto Jefferson, presidente nacional do PTB, para que o Supremo Tribunal Federal transforme o presidente Lula de testemunha em réu, no escândalo do mensalão do PT. O recurso de Jefferson é datado de maio de 2009.

POLÍTICA: Stédile revela que o Incra é informante do MST

Do blog do CLÁUDIO HUMBERTO

Em reunião com jornalistas governistas para criar uma “rede contra a criminalização de movimentos sociais”, João Pedro Stédile fez uma revelação estarrecedora: o Incra informa o MST sobre os alvos de suas invasões. Ele admitiu que foi um erro invadir a fazenda do grupo Cutrale, em São Paulo, mas culpou o Incra por haver “repassado” ao MST uma informação errada: que a fazenda seria área pública.

POLÍTICA: Dirceu e PT ganharam por fora R$ 5,5 mi, diz corretor

Do POLÍTICA LIVRE

Em depoimentos prestados ao Ministério Público Federal (MPF) em 2005, o corretor de valores Lúcio Bolonha Funaro acusou o deputado cassado e ex-ministro da Casa Civil José Dirceu de ter se beneficiado pessoalmente em negócios fechados por fundos de pensão sob controle do PT. Funaro afirma que em duas operações do Portus – fundo de pensão dos servidores do setor portuário – Dirceu e o PT teriam recebido, “por fora”, comissões de R$ 5,5 milhões, valor superior ao divulgado na época.
Nos depoimentos, Funaro aponta o atual tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, como responsável por gerenciar os negócios dos fundos de pensão ligados ao partido. Vaccari é alvo de um pedido de quebra de sigilo bancário feito pelo promotor José Carlos Blat, por suspeita de envolvimento em um suposto desvio de recursos da Cooperativa Habitacional dos Bancários (Bancoop) para o PT. Informações da Agência Estado.

GREVE: Professores da rede estadual fazem paralisação hoje

Do POLÍTICA LIVRE

Os professores da rede estadual de ensino fazem uma paralisação hoje de todos os colégios estaduais. O sindicato deve realizar uma assembleia hoje para decidir se mantém a rotina de paralisações ou se vão deflagrar greve. (Thiago Ferreira)

ECONOMIA: Petrobras faz descoberta na Bacia de Sergipe

De A TARDE
Agência Estado

A Petrobras anunciou hoje descoberta de óleo leve na área de Piranema, na Bacia de Sergipe. Conforme comunicado da companhia divulgado nesta manhã, o volume de óleo economicamente recuperável é estimado em 15 milhões de barris. A descoberta do óleo leve, de 44 graus API, ocorreu em reservatórios areníticos do pós-sal, a 2.693 metros de profundidade, após conclusão da perfuração do poço exploratório 3-PRM-12-SES. O poço fica no extremo norte da área de concessão de produção de Piranema, a cerca de 28 quilômetros do litoral de Sergipe, em lâmina dágua de 800 metros.A Petrobras afirma estudar a possibilidade de interligar o poço à plataforma de produção que já opera em Piranema, aproveitando assim a infraestrutura de produção e escoamento instalada na área. "A descoberta será objeto de avaliações adicionais para melhor entendimento do reservatório e perfuração de um segundo poço produtor", segundo a nota.

DIREITO: Juiz autoriza demolição de 137 barracas de praia na Orla

Do CORREIO DA BAHIA
Felipe Amorim Redação CORREIO

O juiz da 13ª Vara da Justiça Federal Carlos d’Ávila Teixeira autorizou a prefeitura a demolir 137 barracas nas praias de Piatã, Placafor, Jaguaribe, Terceira Ponte, Jardim de Alá e Pituba. A decisão do juiz, emitida em 11 de fevereiro, mas divulgada na segunda-feira (15), atende a um pedido feito pela própria prefeitura para retirar as barracas, baseado num laudo de inspeção da Vigilância Sanitária municipal (Visa), feito em agosto do ano passado.
A Vigilância encontrou irregularidades sanitárias e de higiene em 95% dos estabelecimentos. A decisão não obriga a prefeitura a fazer a demolição, mas lhe confere esse poder, segundo explica o advogado da Associação dos Comerciantes em Barracas de Praia da Orla de Salvador (ABCPOMS) João Maia Filho. “O juiz está autorizando a prefeitura a escolher as barracas que quer derrubar. Mas a decisão não atinge as barracas de Ipitanga e Flamengo”, afirma Maia.
O secretário de Serviços Públicos (Sesp), Fábio Motta, explica que a Vigilância vistoriou apenas as barracas cujas obras estavam inacabadas. Em 2006, uma primeira decisão judicial suspendeu as reformas dos estabelecimentos. Ontem (15), o prefeito João Henrique (PMDB) afirmou não ter ainda conhecimento da decisão, mas garantiu que irá discutir o caso com os barraqueiros antes da demolição.
O presidente da ABCPOMS, Allan Rabellatto, diz que os barraqueiros estudam entrar com ações judiciais individuais para impedir a demolição. Ele calcula que das 137 barracas, 30 já foram demolidas por meio de acordos com a prefeitura. O juiz Carlos d’Ávila também marcou uma audiência pública, em abril, para definir o destino das outras barracas. Segundo a Sesp, a orla de Salvador possui um total de 516 barracas de praia, do Subúrbio a Ipitanga.

POLÍTICA: PDT cobra espaço na chapa do PT

Da TRIBUNA DA BAHIA
Evandro Matos

Dirigentes do PDT voltaram à cena ontem para afirmar que não vão aceitar ficar de fora da chapa majoritária encabeçada pelo governador Jaques Wagner (PT). Sem meias palavras, o presidente estadual da legenda, Alexandre Brust, disparou que “chegou a hora de a onça beber água” e que sabe a necessidade e importância do partido para essa composição.
Brust argumentou que à época da consolidação da aliança, cujo acordo foi firmado, o partido tinha apenas três deputados estaduais e três federais. “Agora, o PDT está com seis deputados estaduais, incluindo o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Marcelo Nilo, e dois deputados federais (podendo chegar a quatro, a depender do julgamento do TSE). Isso sem falar que, com os novos aliados, o partido pulou de nove para aproximadamente 60 prefeitos”, avaliou.
É diante dessa nova realidade que os pedetistas avaliam ter condições de indicar um nome para compor a chapa majoritária de Wagner. Perguntado sobre quem o partido indicaria, Alexandre Brust não vacilou: “Nosso nome é Marcelo Nilo, na vice”. O brizolista avalia que, “assim com os outros partidos estão reivindicando a participação na chapa, o PDT também mantém o seu pleito e a expectativa do seu acolhimento. Hoje, nós estamos cacifados para a disputa”.
Segundo o dirigente, a entrada da sigla no governo teve a participação direta do ministro Carlos Lupi, presidente licenciado da legenda. Conta Brust que Lupi veio à Bahia duas vezes para conversar com o governador Jaques Wagner para tratar da questão.
“Num desses encontros em que nós fomos chamados para conversar, na Governadoria, Wagner esteve com Lupi numa área reservada para acertar detalhes da aliança, pelo menos por uns 30 minutos. Quando eles voltaram para a mesa, foi colocado pelo próprio governador que Lupi havia lhe feito essa condição e ele teria dito que na hora oportuna avaliaria a questão”, disse Brust.
Acordos na proporcional
Sobre as discussões referentes à chapa proporcional, o presidente Alexandre Brust defende o equilíbrio entre as chamadas “forças de centro-direita com as de centro-esquerda”, como pretende o governador Jaques Wagner. “Na estadual, a nossa proposta é que haja no mínimo duas coligações envolvendo os partidos da base do governo, tendo em vista o elevado número de candidatos a deputado estadual”, avaliou o pedetista.
Já para a Câmara Federal, o PDT concorda que haja o “chapão”, abrigando todos os partidos da base governista, inclusive o PR. Alexandre Brust informou que já houve uma conversa entre o seu partido, Jonas Paulo, presidente estadual do PT, e Luiz Caetano, Prefeito de Camaçari e apontado como o coordenador da campanha de Wagner. “Nós tivemos uma conversa preliminar, mas não ficou nada decidido. Para nós, acho que o chapão é vantajoso”, colocou o brizolista.
Procurados para falar sobre o assunto, os deputados estaduais Euclides Fernandes e Roberto Carlos, os dois mais antigos da legenda, não foram localizados. Contudo, o presidente Alexandre Brust disse que todos os deputados estão cientes e concordam com as posições defendidas pelo partido sobre a participação na chapa majoritária e discussões sobre a proporcional.

DIREITO: Ministro do STF arquiva habeas corpus de prefeito denunciado por desvio de verbas do Fundef

O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, arquivou Habeas Corpus (HC 102707) em que a defesa do prefeito de Oliveira dos Brejinhos (BA), Silvando Brito Santos, pedia para trancar a ação penal em curso no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) por suposto desvio de verbas públicas do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef). O atual prefeito foi denunciado pelo Ministério Público em razão de suposto pagamento irregular quando exercia a função de tesoureiro municipal, em novembro de 1999.
No HC, a defesa do político sustentava que o processo deveria tramitar na Justiça estadual (Tribunal de Justiça da Bahia) e não na Justiça Federal, que seria incompetente para processar e julgar ilícitos praticados por prefeito em decorrência da aplicação irregular de verbas federais repassadas ao patrimônio da municipalidade. Isto porque o desvio ou emprego irregular desses valores seria crime contra o município, em cujo patrimônio as verbas já estariam incorporadas.
De acordo com Lewandowski, a superação da Súmula 691, do Supremo Tribunal Federal, somente seria justificável no caso de flagrante teratologia, ilegalidade manifesta ou abuso de poder, “situações nas quais não se enquadra a decisão”. “Ainda que em juízo de mera delibação, não encontro naquela decisão as hipóteses antes mencionadas, aptas a justificar a superação da Súmula 691”, disse o ministro.
Ele salientou que a decisão do Superior Tribunal de Justiça, apontada como o ato coator, apenas assentou a necessidade de um exame mais aprofundado da matéria, o que deverá ocorrer no julgamento definitivo do HC pela Turma julgadora. “Não há nesse ato ilegalidade flagrante, tampouco abuso de poder”, considerou.
Assim, segundo o relator, é conveniente aguardar o pronunciamento definitivo do STJ, “não sendo a hipótese de se abrir, nesse momento, a via de exceção”. Por esse motivo, o ministro Ricardo Lewandowski negou seguimento [arquivou] o HC, restando prejudicado o exame da medida liminar
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