sexta-feira, 29 de agosto de 2014

EDUCAÇÃO: Pela 3ª vez consecutiva, e 5ª na história, OAB não anula questões da 1ª fase do XIV Exame

Do UOL
ÚLTIMA INSTÂNCIA

Pela terceira vez seguida – a quinta na história – a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) não anulou nenhuma questão da 1ª fase do Exame de Ordem Unificado. Sem nenhum nome novo, a entidade divulgou na tarde desta sexta-feira (29/8) a lista de aprovados para a prova prático-profissional do XIV Exame, que será realizada no próximo dia 14.
De acordo com o critério de reaproveitamento, também poderão participar da prova de 2ª fase os examinandos que foram aprovados na primeira fase do XIII Exame, mas não conseguiram êxito na fase seguinte.
A prova prático-profissional é composta por uma peça profissional e quatro questões dissertativas, sob a forma de situações-problema. Esta fase é de caráter eliminatório e compreende as seguintes áreas de opção do examinando no ato de sua inscrição: Direito Administrativo, Direito Civil, Direito Constitucional, Direito Empresarial, Direito Penal, Direito do Trabalho ou Direito Tributário.
O Exame de Ordem pode ser prestado por bacharel em Direito, ainda que pendente apenas a sua colação de grau, formado em instituição regularmente credenciada. Também podem realizar o Exame os estudantes de Direito do último ano do curso de graduação ou dos dois últimos semestres.

ECONOMIA: Marina Silva diz que resultado do PIB é ‘lamentável’

ESTADAO.COM.BR
EFE - O ESTADO DE S. PAULO

Apontada como favorita para vencer Dilma no 2º turno das eleições, Marina atribuiu os números negativos à maneira como a política macroeconômica tem sido conduzida
A candidata presidencial do PSB, Marina Silva, classificou nesta sexta-feira como "lamentável" o resultado do Produto Interno Bruto (PIB), divulgado nesta sexta-feira. Segundo o IBGE, o PIB recuou 0,6% no segundo trimestre e teve o resultado de janeiro a março revisado para queda de 0,2% - configurando, assim, uma recessão técnica.
"É lamentável verificarmos que, por dois trimestres consecutivos, o Brasil está com um crescimento que, lamentavelmente, nos leva a uma situação de muita dificuldade" disse Marina durante a apresentação de seu programa de governo em São Paulo.
Apontada como favorita para vencer a presidente Dilma Rousseff no segundo turno das eleições de outubro, Marina atribuiu os números negativos à maneira como a política macroeconômica tem sido conduzida.
"Para ser próspero, é preciso investimentos corretos, manejo das macro e micropolíticas econômicas que nos assegure confiança para investimentos duradouros", comentou a candidata do PSB. 
Ela disse que o País atravessa um momento grave "em que há falta de confiança e de credibilidade". "Os investidores percebem nas propostas que temos apresentado a (nossa) credibilidade", destacou. Contudo, Marina argumentou: "Nunca tive a filosofia do quanto pior, melhor." 
Ministros. A candidata do PSB disse ainda que os seus coordenadores e as pessoas que a cercam na sua campanha farão parte de seu eventual governo, caso seja eleita neste pleito. Ela, no entanto, recusou-se a antecipar um nome para a pasta da Fazenda, como fez seu adversário tucano, o senador Aécio Neves, ao afirmar que seu eventual governo terá o ex-presidente do BC Arminio Fraga à frente dessa pasta. 
"Não há para nós a necessidade de nomear ministro antes de sermos eleitos", disse, em coletiva, após a apresentação do seu programa de governo, em São Paulo.
(Com informações de Carla Araújo e Ana Fernandes, da Agência Estado)

ECONOMIA: Desempenho negativo da economia é 'momentâneo', afirma Dilma

Da FOLHA.COM
JOÃO PEDRO PITOMBO, DE SALVADOR

A presidente Dilma Rousseff (PT) classificou como "momentâneo" o desempenho negativo da economia no segundo trimestre de 2014 e atribuiu o resultado a fatores como Copa do Mundo e queda no preço de commodities.
Dados divulgados nesta sexta (29) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apontaram que houve retração de 0,6% no PIB do país no segundo trimestre, em relação ao trimestre anterior.
Como o resultado do primeiro trimestre foi revisado para queda de 0,2% (contra alta de 0,2% informado anteriormente), o país entrou em recessão técnica, segundo parte dos economistas.
"Eu acredito que este resultado é momentâneo. Um dos motivos que explicam esse resultado é o número de feriados que nós tivemos. Por conta da Copa tivemos a maior quantidade de feriados em toda a história do Brasil nos últimos anos", disse Dilma, para quem o país terá uma "grande recuperação" no próximo trimestre.
Em entrevista nesta sexta, Mantega negou que o Brasil tenha entrado em uma recessão.
"Não dá pra dizer [que o país está em recessão]. Não há parâmetros universalmente aceitos para definir o que é uma recessão. O segundo trimestre foi influenciado pelo primeiro e se houver uma revisão, você deixa de ter dois trimestres negativos", disse o ministro.
"Não se deve falar em recessão no Brasil pois, para mim, recessão é quando se tem uma parada prolongada, de vários meses. Aqui estamos falando de um, no máximo dois [trimestres]. E recessão é quando se tem desemprego. O emprego continua crescendo e a massa salarial também. Não dá para dizer que a economia está parada. O mercado consumidor não está encolhendo."
CANDIDATOS
Marina Silva, candidata do PSB ao Planalto, criticou a contração da economia brasileira no segundo trimestre. Em discurso durante anúncio de seu programa de governo, ela afirmou que o país vive uma situação de recessão muito preocupante.
"É lamentável que tenhamos tido por dois trimestres seguidos um crescimento que deixe o país numa situação difícil", disse.
Já o senador Aécio Neves (PSDB) disse que o governo do PT levou a economia a um cenário de recessão técnica no país. "É triste, ao final do governo, o ministro da Fazenda [Guido Mantega] entregar esse quadro extremamente perverso para os brasileiros, de recessão econômica e de inflação fora de controle", afirmou.
Segundo Aécio, o legado do atual governo será de crescimento e investimento baixos, com inflação e juros altos.
MUNDO, SECA E COPA
Mantega culpou o cenário internacional fraco, a seca -e o consequente aumento de custo da energia- e a redução de dias úteis em função da Copa pelo resultado negativo da economia brasileira no segundo trimestre.
Um dia depois de o governo divulgar previsão de alta de 3% para 2015, entretanto, o ministro afirmou que o resultado do segundo trimestre "ficou aquém das nossas expectativas" e que a previsão de crescimento de 1,8% para este ano terá de ser revista.
O IBGE também evitou considerar as duas quedas consecutivas do PIB como recessão técnica. Já uma parte dos economistas avalia que o país vive, sim, um processo recessivo.
Editoria de Arte/Folhapress 

RECUPERAÇÃO
Dilma afirmou que a economia se recuperará neste terceiro trimestre. ELA esteve na tarde desta sexta em Salvador, para gravar imagens para o programa eleitoral. Visitou uma unidade do Senai que oferece cursos pelo Pronatec (Programa Nacional do Ensino Técnico), conversou com estudantes e gravou programa eleitoral. Em seguida, foi ao Pelourinho, onde visitou a sede do Olodum e também captou imagens para o horário político.
"No próximo trimestre nós teremos uma grande recuperação. O Brasil tem todas as condições para ter uma grande retomada, porque nós criamos estas condições."
A candidata citou ainda que China, Estados Unidos e Reino Unido foram os "únicos países" que registraram crescimento neste trimestre.
"Nos demais países você tem uma redução drástica do crescimento, inclusive na América Latina", disse a presidente, associando o baixo crescimento na região à queda no preço das commodities.
A desaceleração da economia internacional, segundo cálculos do Ministério da Fazenda, teve um impacto de 0,6 a 0,7% no PIB, considerando o número anualizado, e reduziu nossa capacidade de exportar.
Segundo o ministro Mantega, a maior parte dos efeitos negativos do período não deve se repetir no terceiro trimestre, que, acredita, será positivo. "No terceiro trimestre vamos ter 10% a mais de dias úteis. É como termos 10% a mais de produção e comércio."
Mas, na visão do ministro, o impacto externo não deve se repetir no segundo semestre. "Talvez tenhamos uma melhora no cenário internacional no segundo semestre", afirmou.
De acordo com o ministro, o segundo fator a puxar o PIB para baixo no trimestre, a seca e seus efeitos no aumento de custo da energia, também não devem gerar impacto no desempenho do segundo semestre. "A seca afetou a expectativa dos investidores e foi um fator importante que prejudicou o desempenho da economia", disse. "O impacto da seca já está absorvido."
Mantega disse ainda que o trimestre teve uma média de 20 dias úteis, abaixo dos 22 dias usuais, e que isso teve um impacto no comércio e na produção.
"No terceiro trimestre, vamos ter 22 dias úteis. Parece pouco, mas faz uma grande diferença. Sabemos que o terceiro trimestre será positivo e os dias úteis terão impacto nessa conta."
Segundo ele, as medidas do Banco Central para ampliar e baratear a oferta de crédito ao consumidor devem estimular a economia.
INDICADORES
O ministro disse ainda que os dados relativos ao mês de julho já indicam melhoras em relação ao segundo trimestre, em setores como papelão ondulado e vendas e produção de automóveis. Outro estímulo para a economia, segundo o ministro, virá dos investimentos nas concessões de óleo e gás, estradas e aeroportos.
"Os canteiros de obras dessas concessões já estão sendo instalados, mas vai haver um aumento do investimento na construção civil no segundo semestre."
Outro ingrediente que, na visão do ministro, vai ajudar a manter a atividade econômica é a massa salarial, que continua crescendo "de 2% a 3% na conta anualizada". "Massa salarial, mais crédito e menos inflação: pode-se dizer que o segundo semestre vai ser melhor."
Na sua opinião, parte dos problemas que afetaram a economia nos dois primeiros trimestres do ano foi "conjuntural, portanto passageira".
"A perspectiva é de crescimento moderado de forma que o ano vai terminar melhor do que começou", disse Mantega.
Renato S. Cerqueira/Futura Press/Folhapress 
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que vai rever a previsão de alta de 1,8% para este ano
Com o resultado do segundo trimestre, a economia brasileira acumula alta de 0,5% nos seis primeiros meses deste ano. Nos últimos quatros trimestres encerrados em junho, o PIB soma uma alta de 1,4%.
Do primeiro para o segundo trimestre, ditaram o tombo do PIB a indústria e os serviços, com quedas de 1,5% e 0,5%, respectivamente. A agropecuária teve leve alta de 0,2%.
Ao olhar a economia por outro ângulo (o destino da produção gerada por esses três grandes setores), o consumo das famílias, item de maior peso na composição do PIB, cresceu apenas 0,3%.
Já os investimentos em máquinas para a produção, transporte, agropecuária, energia, entre outros, e em construção civil tiveram forte retração de 5,3%. Esse componente é tido como dos mais importantes do PIB, pois sinaliza o quanto a economia terá capacidade de crescer no futuro por meio do aumento da sua capacidade produtiva e da infraestrutura.
Até mesmo o consumo do governo (na compra de insumos para saúde, educação e outros serviços públicos) recuou 0,7%.

ELEIÇÕES: Governo do PT terminou antes da hora, diz Aécio ao falar de PIB

ESTADAO.COM.BR
ELIZABETH LOPES E RICARDO CHAPOLA - O ESTADO DE S. PAULO

Para o candidato do PSDB à Presidência, resultado da economia no segundo trimestre, divulgado nesta sexta, reflete falhas da atual gestão
Durante a entrevista, o tucano criticou duramente o ministro da Fazenda, e afirmou que Guido Mantega "não tem autoridade para questionar quem quer que seja"
São Paulo - O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, afirmou nesta sexta-feira, 29, que o desempenho do PIB brasileiro, divulgado nesta manhã, mostra que o governo do PT "terminou antes da hora". "Hoje é um dia triste para o Brasil, que acaba de entrar em recessão técnica: pelo segundo trimestre consecutivo temos um PIB negativo. O governo do PT terminou antes da hora", disse.
O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil sofreu variação negativa de 0,6% no segundo trimestre de 2014 comparado ao resultado dos três meses imediatamente anteriores, segundo dados do IBGE. Para o instituto, o resultado não configura recessão técnica.
Ao avaliar a gestão do atual governo, Aécio disse que o legado da gestão petista será de crescimento e investimento baixos combinados com inflação e juros altos. "Há perda crescente da confiança da economia, com impacto nos investimentos e empregos", considerou o tucano, durante visita ao lado do governador de São Paulo e candidato à reeleição pelo PSDB, Geraldo Alckmin (PSDB), nas obras do monotrilho no bairro de Vila Prudente.
Durante a entrevista, o tucano criticou duramente o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e afirmou que Mantega "não tem autoridade para questionar quem quer que seja", em resposta às críticas do ministro à gestão tucana na economia e ao seu principal colaborador econômico, o ex-presidente do BC Armínio Fraga - nesta semana apresentado pelo tucano, se for eleito, como seu futuro ministro da Fazenda.
O candidato voltou a dizer que o modelo de gestão da economia fracassou. "É triste que, num final de governo, um ministro da Fazenda entregue um quadro extremamente perverso ao povo brasileiro, de crescimento baixo, recessão a partir de hoje e inflação saindo do controle", destacou, voltando a afirmar que, em razão deste cenário, Mantega não tem autoridade para fazer tais críticas.
Nas críticas a Mantega e ao governo do PT, o candidato lembrou que o ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso, ao assumir a Presidência da República, pegou uma inflação de 1.600% ao ano e a reduziu para 7%. Ele também rebateu as críticas feitas por petistas de que FHC entregou ao ex-presidente petista Luiz Inácio Lula da Silva uma inflação em alta. "Se a inflação aumentou para 12% no final de 2002 foi em razão do risco Lula", ironizou o candidato do PSDB.

COMENTÁRIO: O diabo a quatro

Por Dora Kramer - ESTADAO.COM.BR

A possibilidade de uma derrota na eleição presidencial já estava no radar do PT há algum tempo. O partido havia abandonado a esperança de vencer no primeiro turno desde que as taxas de rejeição e aprovação à presidente Dilma Rousseff se encontraram.
Os petistas consideravam que a disputa final seria um páreo duro. Perder para Aécio Neves, do PSDB, seria uma hipótese. Remota, é verdade. Principalmente diante da perspectiva de que o horário eleitoral desse à presidente uma dianteira, senão confortável, ao menos segura.
No fatídico dia 13 de agosto último, porém, tudo mudou. Eduardo Campos saiu da vida e Marina Silva entrou na disputa para presidente justamente numa quadra da história em que o País só quer saber de mudança e nada mais. A qualquer custo.
Veio a primeira pesquisa, a segunda, a terceira e as análises precisaram ser revistas. A derrota de Dilma já não se desenhava mais como uma hipótese remota. Enquadrava-se na moldura de uma possibilidade concreta.
Os especialistas em interpretações de pesquisas passaram a dizer que, mantida a tendência e salvo o imponderável, a candidata do PSB se elegeria presidente em segundo turno.
Observam esses mesmos analistas que em 2002 havia um clima semelhante. Na época, a tentativa de mudar começou em abril, com Roseana Sarney. Abatida em maio, com a descoberta pela Polícia Federal de dinheiro sem origem justificada em empresa de propriedade dela e do marido no Maranhão.
O eleitorado, então, fez nova tentativa voltando-se para Ciro Gomes. Subiu nas pesquisas, ficou com jeito de fenômeno em junho, dizimado pelo próprio destempero verbal. Em seguida, a ausência de opções (só havia Anthony Garotinho e o governista José Serra) levou o rio para o mar de Lula.
Hoje, visto do alto o panorama parece pior para o PSDB, que ficaria fora da disputa. Mas, olhando com visão pragmática, o partido perderia o que não tem. Contabilizaria mais uma derrota eleitoral. Péssimo para seus projetos político-partidários? Sem dúvida alguma.
Mas o dano maior mesmo seria para quem corre o risco de perder o que tem. O PT está mais perto de perder o poder do que nunca esteve antes nos últimos anos.
E por poder entenda-se não apenas o federal. Dos dez maiores colégios eleitorais só está em primeiro lugar nas pesquisas para governador em Minas Gerais. Em Estados importantes como São Paulo, Rio, Paraná e Bahia o PT fica entre os 3.º e 4.º lugares.
Nesse quadro, a perda do poder central seria especialmente desastrosa, pois enfraqueceria a legenda também no Congresso, reduzindo seu poder de fogo como força de oposição.
Por essas e várias outras questões relativas ao acomodamento dos companheiros (petistas ou aliados) máquina pública País afora, a inquietação toma conta dos que se veem ameaçados de voltar à condição de 12 anos atrás.
Essa mesma máquina está sendo mobilizada no afogadilho para trabalhar na campanha. Convoca-se o conselho político, reúnem-se assessores de segundo escalão de ministérios e empresas estatais para serem despachados a encontros e debates com o objetivo de defender o governo.
Ou seja, terror e pânico. O clima não chegou ao horário eleitoral. A presidente mantém artificialmente a fleuma e a ideia de que ainda pretende polemizar com o tucano Aécio Neves. Bobagem. Chuva que já choveu.
A inimiga real é Marina e contra ela é que está sendo feita a convocação geral para pôr em prática o uso do "diabo" anunciado pela presidente para ganhar as eleições.
Farão daqui em diante o diabo a quatro para impedir que seja interrompida não a implantação de um projeto de País, mas a execução de um plano de ocupação hegemônica de todos os instrumentos de poder.
Para isso anunciou-se a disposição de fazer "o diabo". Diante do perigo, não há dúvida: haverá de se fazer o diabo a quatro.

ECONOMIA: Dólar fica estável no dia, mas encerra o mês com queda de 1,36%, a R$ 2,239

Do UOL, em São Paulo

O dólar comercial fechou praticamente estável nesta sexta-feira (29), com leve queda de 0,01%, a R$ 2,239 na venda. Com isso, a moeda norte-americana se mantém no menor nível desde 29 de julho, quando encerrou a R$ 2,231.
O dólar encerra a semana com perdas de 1,82% e o mês, com desvalorização de 1,36%. No ano, a moeda acumula queda de 5,03%. 
Investidores analisaram a divulgação, nesta manhã, de dados sobre a economia brasileira. O PIB (Produto Interno Bruto) encolheu 0,6% no 2º trimestre em relação aos três meses anteriores. Além disso, os resultados do 1º trimestre foram revisados de alta de 0,2% para queda de 0,2%.
Com dois trimestres seguidos de resultado negativo, considera-se tecnicamente que o país está em recessão. Isso não acontecia desde a crise financeira global de 2008 e 2009.
"Essa recessão deve reforçar ainda mais o sentimento de que é necessária uma mudança no governo", afirmou um gerente de câmbio à agência de notícias Reuters.
O número vem em um momento em que pesquisas de intenção de voto mostram que a ex-senadora Marina Silva (PSB) derrotaria em segundo turno a atual presidente, criticada por investidores pela condução da política econômica, segundo a Reuters.
As intervenções do Banco Central no mercado de câmbio também influenciaram o dólar no dia.
Atuações diárias do BC brasileiro no mercado de dólar
O BC não fez nesta sessão leilão para rolar parte dos contratos de swap cambial tradicional (equivalentes à venda futura de dólares) que vencem na segunda-feira (1º).
Com isso, o BC rolou cerca de 88%, ou US$ 8,893 bilhões, do lote total correspondente a US$ 10,070 bilhões que vence no início do mês. No começo de outubro vence um novo lote de contratos de swap cambial tradicional, equivalente a US$ 6,677 bilhões.
O BC, no entanto, manteve seu programa de intervenções diárias no câmbio, com as novas regras anunciadas em junho. 
Foram vendidos 4.000 contratos de swap: 2.500 com vencimento em 1º de junho, e 1.500 para 1º de setembro de 2015. A operação movimentou o equivalente a US$ 197,9 milhões. 
(Com Reuters)

HUMOR

Do Blog do NOBLAT

POLÍTICA: Jogaram a toalha

Por Ilimar Franco - OGLOBO.COM.BR
Do Blog do NOBLAT

Os estrategistas da campanha do PSDB entregaram os pontos. Os da presidente Dilma ainda têm um fio de esperança. Os especialistas em pesquisas consideram que Marina Silva está a um passo do Planalto.
Explicam que Marina encarna o sentimento de junho de 2013, contra tudo que está aí. E que sua onda é consistente. Lembram que em 2010 ela se formou a uma semana do pleito. Agora, rebentou 40 dias antes.
A análise das pesquisas realizadas até aqui levam cientistas políticos a concluir que a presidente Dilma tem teto: 40%. Os atuais 34% são seu núcleo duro. Pesam contra ela: o cansaço com os 12 anos de PT, escândalos como o da Petrobras e o seu jeito de poucos amigos.
Os dados mostram também que Aécio Neves não parou de cair. O PSDB tem informes, de pesquisas estaduais, que reforçam essa projeção. Isso ocorre, diz um analista, porque a rejeição ao PT é forte, mas há também um sentimento contra o PSDB. Por isso, Aécio não convencia como sujeito da mudança. Essa qualidade foi incorporada por Marina, que ainda tem a vantagem de ser muito conhecida.

POLÍTICA: Vídeo falso em que Lula pede voto em Marina foi feito por militante do PSDB

Da FOLHA.COM
ALEXANDRE ARAGÃO, DE SÃO PAULO

Motivo de desentendimento entre as campanhas de Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PSB), o vídeo falso em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva aparece declarando apoio à candidata pessebista tem como autor um blogueiro filiado ao PSDB.
Leandro Lima do Nascimento, 26, admite ter sido o responsável pela montagem, mas afirma não ter tido intenções eleitorais com ela. Segundo ele, seu site é humorístico e isso está claro em várias mensagens na página.
Postado no YouTube na noite de quarta-feira (27), o vídeo veio à tona no dia seguinte e é uma edição feita a partir de peça publicitária da candidata ao Senado Marina Sant'Anna (PT-GO).
Lula aparece dizendo: "Eu conheço a Marina há mais de 30 anos. Por isso, tenho certeza de que ela é hoje a candidata mais preparada para ajudar a combater as desigualdades sociais". No original, o trecho termina com "em Goiás" –palavras suprimidas na montagem 
"Vi o vídeo da candidata a senadora Marina e vi a oportunidade de fazer uma piada", diz Nascimento, que é natural de Porto Alegre do Norte (MT), mas mora em Goiânia. "É pela piada, pela brincadeira. Como se diz na internet, pela zoeira."
Questionado pela Folha sobre sua filiação partidária, o blogueiro a princípio negou fazer parte de qualquer sigla. Entretanto, os registros do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) mostram Nascimento como integrante do diretório mato-grossense do PSDB.
Confrontado com a informação, Nascimento disse: "Já fui filiado a partido, mas hoje não estou filiado". "Acredito que na política partidária brasileira tanto faz quem ganhar que é a mesma coisa."
INQUÉRITO
Após a repercussão do vídeo falso, tanto a campanha de Dilma como a de Marina defenderam inquérito para apurar a autoria da peça. A montagem já foi retirada do ar pelo Google, controlador do YouTube, a pedido da coligação liderada pelo PT.
Os petistas também entraram com ação no TSE por propaganda eleitoral irregular e pediram que o MPE (Ministério Público Eleitoral) investigue o caso. Em nota, o PSB definiu o vídeo como "tosco e fraudulento" e afirmou que recorreria às mesmas instituições para descobrir o autor.

NEGÓCIOS: Bovespa tem melhor agosto em 11 anos, com alta de quase 10%

ESTADAO.COM.BR
PAULA AREND LAIER - REUTERS

Ganhos do mês foram amparados na forte participação de estrangeiros e no cenário mais difícil para a reeleição de Dilma; ações das estatais foram destaque e Petrobrás subiu mais de 20%
O principal índice da Bovespa atingiu a maior pontuação em 19 meses no fechamento desta sexta-feira, acumulando em agosto a maior alta mensal desde janeiro de 2012 e o melhor desempenho para o mês desde 2003.

'Efeito Marina' impulsiona Bolsa

14/0828/086200061000600005900058000570005600055000
Bolsa operava em queda até a morte do então candidato à Presidência pelo PSB, Eduardo Campos.De lá para cá, subiu 10,27% e, descontada a queda do início do mês, fechou agosto com alta de 9,78%
Os ganhos ao longo do mês foram amparados na forte participação de estrangeiros na Bovespa e na consolidação de um cenário mais difícil para a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT).
O Ibovespa encerrou o último pregão de agosto em alta de 1,65%, aos 61.288 pontos, maior pontuação desde 23 de janeiro de 2013. O volume financeiro somou R$ 10,9 bilhões.
Na semana, o índice acumulou ganho de 4,93%, maior alta semanal desde a última semana de março; enquanto em agosto índice valorizou-se 9,78%.
O mês foi marcado pelo trágico acidente aéreo que matou no dia 13 o então candidato do PSB à Presidência, Eduardo Campos, resultando em uma reviravolta no cenário eleitoral. A vice Marina Silva assumiu a candidatura e passou a liderar as pesquisas nas simulações de segundo turno.
Até o dia 13, o Ibovespa acumulava no mês queda de 0,44%. Do dia 13 até o final do mês, o índice contabilizou uma valorização de 10,27%. E os papéis das empresas estatais se destacaram na alta do índice.
As ações preferenciais da Petrobrás encerraram o mês com avanço acumulado de 22,25%, enquanto as ordinárias subiram 23,07%. O Banco do Brasil subiu 26,55%, enquanto a Eletrobras PN avançou 13,41% e ON ganhou 30,4%. O peso total dos papéis dessas estatais no índice é de 15%.
"Nos últimos 30 dias, o que era uma chance de 50%/50% para o resultado da eleição se tornou provavelmente algo como 90% de chance de Dilma perder. O mercado está feliz de que um acionista que não se importa com os lucros será substituído", disse o sócio da Leblon Equities Marcelo Mesquita.
"Mais importante também é que a taxa de juro de longo prazo caiu abaixo da taxa de juros de curto prazo, o que não era o caso no Brasil por um longo tempo no governo de Dilma Rousseff, apontando para a confiança a longo prazo em mudanças que devem ser excelentes para os lucros das empresas", acrescentou.
Nesta sexta-feira, às 16h30, o contrato de DI para janeiro de 2021 projetava 11,13% ao ano, enquanto o vencimento de janeiro de 2016 indicava 11,22%.
Mesquita vê as expectativas relacionadas às eleições "continuando a ditar 100% da performance dos mercados até a sua conclusão, definição de detalhes dos times..."
O mês foi marcado pelo trágico acidente aéreo que matou no dia 13 o então candidato do PSB à Presidência Eduardo Campos, resultando em uma reviravolta no cenário eleitoral
Sexta-feira. A dinâmica eleitoral também guiou a Bolsa no último pregão do mês. Números do IBGE mostrando recessão técnica da economia brasileira acabaram tendo efeito positivo pelo eventual impacto na intenção de voto, com agentes avaliando que reforçam o quadro mais difícil de reeleição de Dilma Rousseff (PT).
À tarde, as atenções voltaram-se para o programa de governo do PSB, que prometeu menor presença do Estado na economia, criando condições para elevar a presença do capital privado nos investimentos, assim como assegurou independência institucional ao Banco Central. Ainda esteve no radar pesquisa Datafolha, prevista para ser divulgada nesta sexta-feira à noite.
Petrobrás encerrou o dia em alta, também em meio a comentários sobre a empresa em relatório de bancos, entre eles o BofA Merrill Lynch, que elevou o preço-alvo das ações.
O setor bancário teve peso relevante para o avanço do índice, em meio aos ganhos de Itaú Unibanco, Bradesco e Banco do Brasil.
Cosan também chamou a atenção, registrando a sexta alta consecutiva, após Marina Silva defender na quinta-feira um marco regulatório "claro" para o setor de cana-de-açúcar e dar destaque ao setor em seu programa de governo.
Telefônica Brasil liderou os ganhos do Ibovespa. Mais cedo, a espanhola Telefónica disse acreditar que a operação e integração da GVT com seus negócios no Brasil proporcionará sinergias de 4,7 bilhões de euros.
As ações da Vale seguiram debilitadas pela fraqueza dos preços do minério de ferro na China, ainda abaixo de US$ 88 a tonelada. No mês, as preferenciais da mineradora caíram 10,85%.
(Edição de Raquel Stenzel)

ELEIÇÕES: Programa de governo de Marina promete presença menor do Estado na economia

UOL.COM.BR
Cesar Bianconi*, Em São Paulo

O programa de governo da candidata à Presidência pelo PSB, Marina Silva, prevê uma menor presença do Estado na economia, criando condições para elevar a participação do capital privado nos investimentos.
"A situação das finanças públicas e a rigidez do orçamento tornam imprescindível que deixemos de lado a prepotência e o dirigismo para criar as condições necessárias à atração de capital privado", diz trecho do documento de 124 páginas divulgado nesta sexta-feira.
Nesse sentido, o programa apresentado por Marina, que foi elaborado quando Eduardo Campos, morto em um acidente aéreo neste mês, ainda era o presidenciável do PSB, indica que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) terá um papel menor na economia no caso de vitória da ex-senadora.
"Acesso a recursos subsidiados pelo Tesouro Nacional, por meio dos bancos públicos, não pode ser o fator principal de sucesso das nossas empresas", diz o texto.
Em duras críticas à gestão da atual presidente Dilma Rousseff, que tenta a reeleição, o programa de Marina promete que seu "governo deixará de ser controlador para tornar-se servidor dos cidadãos".
"Deixará de ver o setor público como um fim em si mesmo e como algo superior, quase como o criador da sociedade. O Estado tem de servir à sociedade, e não dela se servir. Ou seja, inverteremos uma lógica dominante nos últimos quatro anos. Partimos do pressuposto de que a sociedade criou o Estado e o governo para servi-la. E não o inverso."
Ainda na questão do crédito, o programa de Marina aponta que um governo seu buscaria reduzir o domínio dos estatais Banco do Brasil na oferta de empréstimos ao setor agrícola e Caixa Econômica Federal no crédito imobiliário. "Os subsídios ao crédito agropecuário e aos programas de habitação popular deverão continuar, mas com maior participação dos bancos privados."
Marina foi anunciada como candidata à Presidência pelo PSB após a morte de Campos. Nas últimas pesquisas de intenção de voto, ela apareceu à frente do tucano Aécio Neves no primeiro turno e atrás de Dilma. Em simulações de segundo turno, a ex-senadora venceria a petista.
BC independente e tripé
O programa de Marina coloca no papel a promessa já feita pela candidata de assegurar a independência do Banco Central, "o mais rapidamente possível, de forma institucional, para que ele possa praticar a política monetária necessária ao controle da inflação".
"Como em todos os países que adotam o regime de metas, haverá regras definidas, acordadas em lei, estabelecendo mandato fixo para o presidente, normas para sua nomeação e a de diretores, regras de destituição de membros da diretoria, dentre outras deliberações", informa o documento, acrescentando que o modelo será mais detalhado após as eleições.
O programa repete o discurso de Marina sobre a importância do tripé econômico.
Um eventual governo da ex-senadora trabalhará "com metas de inflação críveis e respeitadas, sem recorrer a controle de preços que possam gerar resultados artificiais", com a promessa de corrigir "os preços administrados que foram represados pelo governo atual, definindo regras claras quando não existirem".
Ainda nesse ponto, menciona a criação de um cronograma de convergência da inflação para o centro da meta atual, de 4,5% ao ano, e a busca pela redução do nível de indexação da economia.
Sobre a questão fiscal, o programa diz que é necessário gerar um superávit primário (a economia feita pelo governo para o pagamento de juros da dívida pública) "para assegurar o controle da inflação". No médio prazo, "os superávits devem ser não só suficientes como também incorporados na estrutura de operação do setor público, de tal maneira que possam ser gerados sem contingenciamentos", diz o documento.
O programa prevê ainda a criação do Conselho de Responsabilidade Fiscal, independente e sem vinculação a nenhuma instância de governo, para verificar "a cada momento o cumprimento das metas fiscais e avaliar a qualidade dos gastos públicos".
Finalmente, sobre o câmbio, o programa promete manter a taxa livre, sem intervenção do BC. Mas deixa a porta aberta para que isso ocorra "ocasionalmente... para eliminar excessos pontuais de volatilidade, com vistas a sinalizar para o mercado que políticas fiscais e monetárias serão os instrumentos de controle de inflação de curto prazo".
Campanha presidencial 2014
29.ago.2014 - A candidata à Presidência da República pelo PSB, Marina Silva, e seu vice, Beto Albuquerque, posam para foto com as recepcionistas de evento do setor sucroalcooleiro em Sertãozinho, na região de Ribeirão Preto, em São Paulo. Presente no evento para tentar melhorar sua imagem junto ao agronegócio, setor com o qual ela teve relação atribulada quando foi ministra do Meio Ambiente, Marina adotou discurso pró-usineiros Leia mais Edson Silva/Folhapress
Reforma política e participação popular
O programa de governo defende uma maior participação popular, de modo a haver uma "democratização da democracia", dizendo que as eleições "são apenas o ponto de partida do processo".
O texto fala de uma "crise de valores" e que uma das causas dessa crise é "a reprodução da velha política", argumentando que os agentes dessa lógica são o presidente eleito e os líderes partidários, um trocando recursos pelo apoio dos outros.
Para deflagar uma reforma política, o programa propõe a unificação do calendário geral das eleições, o fim da reeleição e a adoção de mandato de cinco anos.
Diz que é preciso mudar as regras para a competição entre os partidos políticos, especialmente os modos de financiamento de campanha.
E em sintonia com as manifestações de junho de 2013, o programa aponta que é preciso criar novos mencanismos de participação, com o uso da tecnologia, além de fortalecer os já existentes, como plebiscitos, consultas populares e conselhos sociais.
"As manifestações recentes demandam que se ampliem os espaços públicos de discussão, maior inserção nos processos políticos e exercícios de cidadania", diz o texto.
"Os canais existentes devem ser fortalecidos mas novos instrumentos precisam ser desenvolvidos, mediante o uso de tecnologias da informação e comunicação, para que o cidadão participe mais ativamente das decisões." * (reportagem adicional de Eduardo Simões e Alexandre Caverni)

ECONOMIA: Brasil pode ter nota rebaixada após PIB e déficit público

ESTADAO.COM.BR
FABIO ALVES

Analistas apostam que as agências de classificação de risco vão esperar o fim das eleições e as primeiras medidas do presidente eleito para decidir sobre o rebaixamento
Mantega: “Não acredito” (Foto: Reuters)
A contração mais forte do que analistas e investidores esperavam do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre deste ano, além da divulgação do terceiro déficit primário consecutivo das contas do setor público, coloca sob forte pressão de rebaixamento o rating soberano brasileiro.
O IBGE divulgou que o PIB do segundo trimestre deste ano contraiu-se 0,6%, mais do que a mediana das estimativas, de queda de 0,4%. E o PIB do primeiro trimestre foi revisado de expansão de 0,2% para contração de 0,2%, confirmando as expectativas de uma recessão técnica no Brasil.
As agências internacionais de rating vêm colocando grande peso no crescimento econômico para avaliação da qualidade de crédito soberano do Brasil, mas a Moody’s e a Fitch, que ainda não reduziram a nota de classificação do País, demonstraram mais paciência, dando a entender que esperariam o final do ciclo eleitoral para tomar uma decisão.
“As agências de rating não vão mexer nisso até depois das eleições”, diz um respeitado economista com conexões em Brasília. “Aguardarão posicionamento do governo eleito a respeito, mas se não mudar nada, a Fitch deve mover-se antes, embora tenha que mexer no ‘outlook’ (perspectiva) primeiro, para negativo.”
Já um economista-chefe de uma importante instituição financeira é da opinião de que o “downgrade” (rebaixamento) da classificação de risco brasileiro só acontece com a reeleição da presidente Dilma Rousseff. “A oposição vai ganhar o benefício da dúvida”, afirma a fonte. “Quanto a quem sai na frente, sinceramente não saberia dizer, mas um rebaixamento da Moody’s teria um peso maior que o da Fitch.”
Em março deste ano, a Standard & Poor’s rebaixou o rating brasileiro de BBB para BBB-, com perspectiva estável. Ao anunciar a mudança, a S&P citou o fraco crescimento brasileiro e a deterioração das contas públicas entre as causas do rebaixamento.
Para um renomado economista de um grande banco estrangeiro, a dinâmica atual de desaceleração forte da economia – reforçada pelo PIB do segundo trimestre deste ano – e de piora dos resultados primários do governo não impedirá, inclusive, um novo rebaixamento pela S&P, a qual já se antecipou à Moody’s e à Fitch.
“O natural seria a Moody’s e a Fitch convergirem seus ratings para a nota da S&P em relação ao Brasil, mas elas não deverão fazer nada antes das eleições”, argumenta o economista do banco estrangeiro. “O rebaixamento não é inevitável desde que haja um anúncio de ajuste macroeconômico pelo próximo governo, todavia essa tendência atual de crescimento da economia e contas do governo leva a um rebaixamento, inclusive mais um da S&P.”
Em entrevista coletiva logo após a divulgação do PIB, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou não acreditar que “haverá revisão do grau de investimento” do Brasil em 2015.
Em julho deste ano, a diretora e principal analista responsável por América Latina da Fitch Ratings, Shelly Shetty, disse que a manutenção do fraco ritmo de crescimento econômico do Brasil e da deterioração das contas do governo teria impacto negativo no rating soberano do País, podendo levar a um rebaixamento da nota no futuro. A Fitch atribui ao Brasil um rating BBB, com perspectiva estável.
Já a Moody’s, também em julho, divulgou um relatório com uma mensagem mais dura sobre a avaliação da economia brasileira e a perspectiva sobre o rating soberano do País. A agência de rating tem uma classificação de grau de investimento Baa2 para o Brasil, com perspectiva estável.
Com o título “Brazil’s Slowing Growth and Increasing Inflation Are Credit Negative” (ou “A desaceleração do crescimento do Brasil e a inflação crescente são negativas para o crédito”, numa tradução livre do inglês), o relatório diz que as tendências negativas para o crédito com menor crescimento e maior inflação sugerem que as condições macroeconômicas não irão melhorar durante o resto do ano, mesmo após as incertezas acerca da eleição presidencial de outubro terem se dissipado.
O pessimismo em relação ao Brasil se agravou hoje depois da divulgação das contas do setor público consolidado (Governo Central, Estados, municípios e estatais, com exceção da Petrobras e Eletrobras), o qual apresentou déficit primário de R$ 4,715 bilhões em julho. É o terceiro mês consecutivo de déficit no resultado do setor público. Em junho, o resultado havia sido negativo em R$ 2,100 bilhões.
Para o economista-chefe de uma grande instituição financeira ouvido mais acima, o PIB de 2015 será ruim mesmo com vitória da oposição, pois receberá um “carry” (carrego) muito ruim e condições de renda e crédito igualmente negativas.
“A diferença relevante entre cenário de vitória de oposição versus reeleição será como 2015 termina e principalmente 2016, quando a melhora dos fundamentos reverteria trajetória de deterioração das expectativas, tanto entre consumidores como principalmente empresários”, explicou.
E como o próximo presidente terá que enfrentar a desaceleração da economia para evitar um rebaixamento do rating?
“Com retomada de confiança”, diz um importante investidor brasileiro. “Queda na confiança está ampliando efeitos contracionistas de política monetária: em um primeiro momento é preciso estabilizar isso com medidas que reduzam a incerteza no ambiente macroeconômico à frente.”
Para ele, a tese de altas na taxa Selic em breve perde força.
“Mas é preciso primeiro estabilizar a confiança para depois entender em que mundo estamos”, acrescenta. “Sem isso, e com inflação ainda elevada, cortes de juros no curtíssimo prazo podem piorar a situação”, diz.
* Fábio Alves é jornalista do Broadcast

ELEIÇÕES: Nova pesquisa deve mostrar Marina Silva na faixa dos 30% de intenções de voto

Do JB.COM.BR

Pesquisa Datafolha de intenções de voto, a ser divulgada em breve, deve mostrar a candidata do PSB, Marina Silva, chegando na faixa dos 30%.
E tudo leva a crer que o candidato do PSDB, Aécio Neves, deve registrar queda em comparação com a pesquisa do Ibope divulgada na última terça-feira (26), quando aparecia com 19%.

POLÍTICA: Após divulgação do PIB, Aécio diz que sucessor receberá "herança maldita"

Do UOL, em São Paulo

O candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, criticou duramente nesta sexta-feira (29) o governo da presidente Dilma Rousseff, que busca a reeleição pelo PT, ao comentar a queda do PIB no segundo trimestre deste ano, levando o país, tecnicamente, a uma recessão na economia.
"Hoje é um dia triste extremamente triste para o Brasil, porque estamos tecnicamente em recessão. Esse governo acabou antes da hora. Tudo que nós apontávamos - o pouco esforço do governo no combate à inflação e também esse absurdo intervencionismo em várias áreas da economia, e que o governo considerava uma bobagem - nos levou hoje a um quadro extremamente grave", afirmou Aécio em São Paulo.
"Mais do que nunca, é a hora de encerrar esse ciclo de governo e iniciarmos outro, que resgate minimamente a confiança de quem investe no Brasil. Infelizmente, esse governo deixará uma maldita herança para o seu sucessor", completou.
O Produto Interno Bruto do Brasil caiu 0,6% no segundo trimestre em relação aos primeiros três meses do ano, segundo dados divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira. Em valores correntes, o PIB do 2º trimestre alcançou R$ 1,27 trilhão.
Como o resultado do primeiro trimestre sobre os últimos meses de 2013 foi revisado para queda de 0,2%, o país entrou no que os economistas chamam de recessão técnica, que é quando a atividade econômica cai por dois trimestres seguidos. Esse cenário não acontecia desde a crise financeira global de 2008 e 2009.
Campanha presidencial 2014 
29.ago.2014 - O candidato à Presidência da República pelo PSDB, Aécio Neves, e o governador do Estado de São Paulo e candidato à reeleição, Geraldo Alckmin, visitam as obras do monotrilho na Vila Prudente, zona leste de São Paulo, nesta sexta-feira (29). Aécio Neves criticou duramente o governo da presidente Dilma Rousseff, que busca a reeleição pelo PT, ao comentar a queda do PIB no segundo trimestre deste ano. "Infelizmente, esse governo deixará uma maldita herança para o seu sucessor", afirmou Cris Faga/Fox Press Photo/Estadão Conteúdo
Também nesta sexta-feira, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse não considerar que o Brasil está em recessão. "Recessão é quando você tem desemprego aumentando e renda caindo. Aqui temos o contrário. Na minha opinião, não estamos em recessão", disse, durante entrevista coletiva após a divulgação dos dados do PIB.
O ministro afirmou que o crescimento foi afetado por causa da menor quantidade de dias úteis na primeira metade do ano, devido à realização da Copa do Mundo, e previu um terceiro trimestre "positivo".
* Com Reuters

GERAL: MERCOSUL VAI PADRONIZAR PLACAS EM 2016

UOL.COM.BR
Car and Driver

Mudança começa com ônibus e caminhões. Carros, apenas em 2018
Por Carlos Cristófalo (Argentina Autoblog) Fotos: Divulgação
Funcionários do governo da Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela se reuniram ontem (28) em Buenos Aires para dar sequência ao projeto de unificação das placas de veículos em toda a região. A ideia é que a nova forma de inscrição para o Mercosul comece em 2016, para os veículos de transporte de mercadoria e passageiros. Dois anos depois, será a vez dos carros de passeio.
Os políticos ainda trabalham para definir o layout que irá identificar os 100 milhões de carros. O formato e a composição alfanumérica ainda não foram definidos. O projeto de implantação tem um atraso de dois anos desde que foi anunciado, em dezembro de 2010 - deveria ter entrado em vigor no início deste ano.
Enquanto isso, na Argentina, as combinações possíveis para as placas estão quase esgotadas. Estima-se que o formato de três letras e três números tem apenas mais dois milhões de combinações disponíveis. No Brasil, segundo o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), até o fim de 2013 foram utilizadas 81.600.729 das 175.742.424 possíveis. Temos 94.141.695 placas disponíveis, o suficiente para 15 anos.
Copyright de AAB. Tradução e direitos exclusivos de reprodução para o Brasil de Car and Driver.

ECONOMIA: PIB cai 0,6% no segundo trimestre e Brasil entra em recessão técnica

ESTADAO.COM.BR
GUSTAVO SANTOS FERREIRA - ECONOMIA & NEGÓCIOS

Produção de bens e serviços da economia nacional também foi negativa no primeiro trimestre de 2014, em 0,2%, de acordo com correção anunciada pelo IBGE; indústria teve recuo de 1,5%
SÃO PAULO - O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil sofreu variação negativa de 0,6% no segundo trimestre de 2014 comparado ao resultado dos três meses imediatamente anteriores - informou nesta sexta-feira, 29, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em relação ao segundo trimestre do ano passado, a queda foi ainda maior: de 0,9%.
Nesta versão das Contas Nacionais, também foram revisados os dados do primeiro trimestre deste ano: a alta de 0,2%, anunciada em maio, foi corrigida para recuo de 0,2% ante o último trimestre de 2013. Foi revisado para baixo também o terceiro trimestre de 2013, da queda de 0,3% para 0,6%. Esse resultado e o do último trimestre só não foram inferiores ao do primeiro trimestre de 2009, quando a atividade econômica regrediu 1,7%. 
Fica constatada, assim, a recessão técnica da atividade econômica brasileira - embora essa tese não seja unânime (o IBGE, por exemplo, refuta a ideia). De todo modo, a recessão técnica ocorre quando, por duas vezes seguidas, a soma trimestral da produção de riquezas de um país é menor que a obtida anteriormente. Ou seja, na prática, boa parte de economistas e analistas de mercado do mundo inteiro considera agora que o PIB do Brasil entrou em processo de redução. 
A última vez que isso aconteceu foi no auge da crise financeira mundial, entre outubro de 2008 e fevereiro de 2009 - mostra a base de dados do IBGE. As turbulências da economia internacional eram incomparavelmente mais severas que as atuais - ainda que, até hoje, a economia mundial não tenha recuperado totalmente a prosperidade de antes.
Entre as três atividades econômicas componentes do PIB, a indústria teve o pior desempenho no segundo trimestre: queda de 1,5% - é a quarta queda seguida do setor. O segmento de serviços recuou 0,5%. A produção da agropecuária subiu 0,2%. Pela ótica do consumo, o das famílias cresceu 0,3%; e o do governo, caiu 0,7%.
O Brasil alcançou a metade do ano com uma taxa de poupança de 14,1% - quase a mesma do segundo trimestre de 2001, quando o índice ficou em 14,0% do PIB. Esse fator está diretamente ligado à capacidade investimento de um país, por representar o que sobra de dinheiro na economia quando excluímos o consumo das famílias e os gastos do governo. A taxa de investimento até junho foi de 16,5%. Está próxima dos 16,4% do PIB apresentados em período equivalente em 2006. 
Indústria apresentou queda de 1,5%
No segundo trimestre do ano, a chamada Formação Bruta de Capital Fixo (representada pela taxa de investimento) caiu 5,3% sobre os primeiros três meses do ano. Comparada ao mesmo período do ano passado, despencou 11,2%. Esse item é o estoque de bens duráveis, como máquinas e equipamentos e investimentos em infraestrutura, destinados a aumentar a produção. 
Cenário. Com esse resultado, o atual governo retoma, em seu último ano de mandato, cenário econômico semelhante ao do primeiro semestre de Luiz Inácio Lula da Silva na Presidência. A variação negativa do PIB no primeiro semestre de 2003, por outro lado, viria a ser revertida para uma taxa anual média de crescimento de 4,0%, conquistada entre 2003 e 2010 - bem acima do ritmo de expansão média de 2,3% por ano do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, entre 1995 e 2002.
O mercado aposta neste ano, mostra pesquisa do Banco Central, em avanço de 0,7% do PIB. Caso isso se confirme, a média de crescimento deste governo será de 1,7%. Na próxima segunda-feira, 1.º, nova consulta a analistas e consultorias será divulgada. Já por 13 vezes consecutivas a expectativa do mercado piorou.

Média anual de avanço do PIB

FHCLULADILMA *3210
* Projeções de mercado de 22/8/14
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