Do BAHIANOTICIAS
por Evilásio Júnior
por Evilásio Júnior
O delegado da Polícia Federal Maurício Salim,
em entrevista ao Bahia Notícias, revelou que o pedido de indiciamento do deputado
estadual Roberto Carlos (PDT) e oito servidores lotados em seu
gabinete na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) foi encaminhado ao Tribunal
Regional Federal da 1ª Região (TRF1), que julgará o caso. Ele informou que a PF
não notificará a AL-BA da solicitação de afastamento dos envolvidos no suposto
caso de funcionalismo fantasma, desbaratado pela Operação Detalhes
(ver aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e aqui também),
pois a Casa será comunicada da decisão pela própria Corte. “O
pedido ainda vai ser objeto de julgamento do tribunal, que pode deferir ou não.
É ele [TRF1] quem vai decidir”, explicou. De acordo com Salim, todos os acusados
de formação de quadrilha, peculato, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro foram
ouvidos e tiveram amplo direito de defesa, embora o pedetista reiteradas vezes
tenha argumentado que não tinha prestado
depoimento. “O deputado [Roberto Carlos] sempre alegou que nunca foi
convidado a depor e que nunca foi ouvido. Quando ele foi interrogado, ele se
utilizou do direito de ficar calado e permaneceu em silêncio”, desmentiu o
delegado. O presidente do Legislativo, Marcelo Nilo, também do PDT, prometeu
afastar todos os funcionários – assim que for comunicado –, mas se disse
impedido de empregar qualquer punição ao parlamentar. “Com ele, eu não posso
fazer nada, porque foi eleito pelo povo, mas os servidores eu afasto
imediatamente depois de ser comunicado”, informou o chefe da AL-BA, em
entrevista ao BN. Nilo prometeu ainda instalar o Conselho de Ética da Casa – que
terá poder até de pedir a cassação do deputado – na próxima
semana.
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