Do UOL
Em Quito
(Equador)
A Assembleia Nacional do Equador pediu nesta sexta-feira (17) ao Governo de
seu país que solicite uma reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas a
fim de evitar que o Reino Unido use a força e entre sem autorização na Embaixada
equatoriana em Londres para deter o fundador do site WikiLeaks, Julian
Assange.
Em uma longa sessão extraordinária encerrada já na madrugada
desta sexta (17), o Parlamento do Equador resolveu rejeitar a "ameaça" do Reino
Unido e convocou os equatorianos a unir-se em torno da defesa da soberania
nacional.
Na quarta-feira (15), o chanceler equatoriano, Ricardo Patiño,
disse ter recebido um comunicado britânico no qual as autoridades do Reino Unido
ameaçavam entrar na Embaixada equatoriana para localizar e prender Assange, para
depois extraditá-lo à Suécia, onde é acusado de ter cometido delitos
sexuais.
Um dia depois, o Equador decidiu dar asilo a Assange e disse
acreditar que Londres concederia um salvo-conduto para que o ativista pudesse
viajar a Quito, mas as autoridades britânicas rejeitaram tal possibilidade.
A tensa situação entre Equador e Reino Unido motivou o presidente da
Assembleia equatoriana, o governista Fernando Cordero, a convocar uma reunião
extraordinária para tratar do assunto.
Em sua resolução, aprovada por 73 dos 80 legisladores presentes, a Assembleia
Nacional recomendou ao Governo que "solicite uma reunião urgente" do Conselho de
Segurança das Nações Unidas para evitar a "ameaça" britânica.
O Parlamento equatoriano também pressionou a comunidade internacional a
"rejeitar toda ameaça ou uso da violência como mecanismo para a resolução de
conflitos entre Estados soberanos".
Nesse sentido, lembrou ao Reino Unido
que se deve buscar "soluções pacíficas em qualquer tipo de controvérsia", sempre
sob os princípios da "independência e igualdade jurídica dos Estados".
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