sexta-feira, 26 de setembro de 2014

ECONOMIA: Bovespa sobe 2,23%, maior alta em um mês; Petrobras salta 5,5%

Do UOL, em São Paulo

O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou em alta de 2,23%, a 57.212,38 pontos nesta sexta-feira (26). É a maior variação positiva desde o dia 25 de agosto, quando a Bovespa tinha subido 2,27%.
O resultado foi puxado, principalmente, pelas ações da Petrobras (PETR4), que tiveram a maior alta do dia, de 5,54%, e fecharam a R$ 20,94.
A ação da Petrobras foi uma das mais influenciadas pelas expectativas com pesquisas eleitorais, o que resultou em uma semana de altos e baixos. Na terça-feira, a ação caiu 2,23%, e a baixa acumulada em quatro dias chegou a 9%.
Após a oscilação intensa, o papel fechou a semana com pouca variação em relação ao fechamento de sexta passada: apenas 0,14% acima dos R$ 20,91 anteriores.
Com o resultado de hoje, a Bolsa conseguiu reduzir as perdas da semana para 1% (até ontem, o resultado era negativo em 3,16%); no mês, no entanto, ainda tem baixa de 6,65%. No acumulado do ano, a Bolsa subiu 11,08% até agora.
No mercado de câmbio, o dólar comercial fechou queda de 0,57%, a R$ 2,416 na venda, depois de ter registrado a maior alta em dez meses na véspera e fechado a R$ 2,43.
Apesar da queda no dia, o dólar ainda fechou a quarta semana seguida de ganhos, com alta de 1,82%, e está subindo 7,91% no mês até agora. No ano, a moeda acumula valorização de 2,48%.
Ações do 'kit eleição' estão entre maiores altas
As ações que mais têm sofrido efeitos das pesquisas eleitorais registraram os maiores ganhos da Bovespa nesta sexta.
Além da preferencial da Petrobras, que teve a maior alta do dia, a ordinária (PETR3) também registrou ganhos expressivos, de 5,31%, a R$ 19,82.
O papela do Bradesco (BBDC4) subiu 4,41%, a R$ 38,39; o do Itaú (ITUB4) teve ganhos de 4,2%, a R$ 37,70; a Eletrobras (ELET6) avançou 1,44%, a R$ 10,55.
Usiminas lidera quedas após demissão de presidente
O papel da Usiminas (USIM5) fechou com a maior queda do dia na Bolsa, perdendo 5,82%, a R$ 7,12, após a demissão de seu diretor-presidente.
Julián Eguren deixou o cargo após uma reunião do Conselho de Administração na véspera, e foi substituído temporariamente por Rômel Erwin de Souza. 
O Conselho também destituiu o diretor vice-presidente de Subsidiárias, Paolo Bassetti, e o diretor vice-presidente Industrial, Marcelo Chara, de suas funções.
Bolsas internacionais
A maioria das Bolsas de Valores europeias fechou em alta, com destaque para a alta das ações dos bancos. Investidores estão otimistas com os esforços dos Banco Central Europeu para combater a deflação.
A Bolsa da Itália foi destaque de alta, subindo 1,88%; a da França ganhou 0,91%; Portugal avançou 0,67%. O índice da Espanha fechou em alta de 0,63%; o da Inglaterra subiu 0,15%. A Alemanha foi na contramão da região, e fechou em queda de 0,2%.
A maioria das Bolsas da Ásia e do Pacífico fechou em queda, acompanhando o resultado da véspera nas Bolsas dos Estados Unidos.
O índice da Austrália fechou em baixa de 1,28%; o Nikkei, do Japão, recuou 0,88%, após a divulgação de dados mostrando que a inflação no país desacelerou em agosto.
A Bolsa de Hong Kong teve queda de 0,38%; Taiwan perdeu 0,24%; e Cingapura fechou quase estável, com leve alta de 0,04%. A Bolsa de Xangai, na China, subiu 0,11%. (Com Reuters)
(Com Reuters)

ECONOMIA: Para negar ‘choque fiscal’, Dilma usa dados errados sobre dívida pública

Da FOLHA.COM
POR DINHEIRO PÚBLICO & CIA

A presidente e candidata Dilma Rousseff se valeu de dados errados sobre a dívida pública para negar a necessidade de um “choque fiscal”, ou seja, de um corte amplo e imediato nos gastos do governo.
Na argumentação da petista, a medida é desnecessária porque o governo brasileiro teria uma das menores dívidas do mundo, como proporção da economia do país.
“O Brasil tem uma das menores dívidas líquidas sobre Produto Interno Bruto do mundo, 34%. Todo o resto do mundo, tirando uns seis países, tem dívidas líquidas acima de 100% ou perto de 100%”, disse Dilma nesta quinta (25).
A dívida pública líquida -ou seja, descontando os valores dos créditos que os governos têm a receber- brasileira equivale a 35,1% do PIB, segundo os dados de julho do Banco Central. É na comparação com o resto do mundo que a presidente comete o equívoco mais grosseiro.
Dívida líquida é um conceito pouco utilizado na economia global. Na base de dados do FMI (Fundo Monetário Internacional), apenas 99 países calculam o indicador. Desses, 41 têm dívida igual ou menor que a do Brasil.
E apenas 9 têm dívida na casa dos 100% do PIB ou mais: Antígua e Barbuda, Cabo Verde, Grécia, Granada, Irlanda, Itália, Japão, Líbano e Portugal.
O conceito mais utilizado internacionalmente é o de dívida bruta (total), para o qual o FMI tem dados sobre 178 países. Nessa lista, são 16 os que têm dívida semelhante ou superior ao PIB. A brasileira, estimada em 66,7%, é a maior entre os principais emergentes.
Informações erradas à parte, o arrazoado de Dilma omite que o mais preocupante na dívida pública do país não é o tamanho -é o custo.
União, Estados e municípios pagam a cada ano o equivalente a 5% do PIB em juros, uma proporção raríssima no mundo. Levantamento com dados de 2011 apontou que só Grécia e Líbano pagavam mais em encargos da dívida pública.

DIREITO: Toffoli determina prisão imediata de ex-senador Luiz Estevão

Da FOLHA.COM
SEVERINO MOTTA, DE BRASÍLIA

O Ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Dias Toffoli determinou nesta quinta-feira (25) a prisão imediata do ex-senador Luiz Estevão, acusado de superfaturamento do Fórum Trabalhista de São Paulo.
Entre os processos que responde, Estevão foi condenado a 3 anos e 6 meses por falsificação de documento. De acordo com o Ministério Público, a fraude teria ocorrido em livros contábeis para alterar valores das obras do Fórum numa tentativa de ocultar o superfaturamento. Com isso, ele evitaria que seus bens fossem bloqueados pela Justiça para ressarcir danos ao erário.
A decisão de Toffoli será enviada para a Justiça Federal de São Paulo, responsável pela execução penal do ex-senador. Para o início de sua prisão, basta a confecção do mandado, o que pode acontecer no plantão judiciário do fim de semana ou somente na próxima segunda-feira.
Apesar de a legislação permitir que penas de inferiores a quatro anos sejam cumpridas no regime aberto ou através de medidas alternativas –como a prestação de serviços comunitários– Estevão, devido ao histórico de irregularidades e à tentativa de enganar a Justiça com documentos falsos, não obterá o benefício e deve ir para o semiaberto.
Jarbas Oliveira - 12.set.2000/Folhapress 
O ex-senador Luiz Estevão na saída do Forum Criminal de SP, em foto de 2000
Neste regime, o preso passa a maior parte do dia fora da cela, mas dentro do pátio da cadeia. Se obtiver uma autorização da Justiça, pode trabalhar fora do presídio, precisando somente passar as noites na prisão.
A decisão da prisão de Estevão foi tomada após o ex-senador apresentar um recurso ao STF que foi considerado como meramente protelatório por Toffoli. Ou seja, a finalidade do recurso, na visão de Toffoli, era impedir o início do cumprimento da pena.
Além disso, o ministro destacou a primeira condenação de Estevão por falsificação de documento aconteceu em 2003. Com isso, caso a pena não fosse iniciada, ela poderia prescrever.
O caso de superfaturamento do Fórum Trabalhista de São Paulo aconteceu em 1992. A construtora Incal venceu a licitação e se associou ao empresário Fábio Monteiro de Barros.
Em 1998, auditoria do Ministério Público apontou que só 64% da obra do fórum havia sido concluída, mas que 98% dos recursos haviam sido liberados. A obra do fórum foi abandonada em outubro do mesmo ano, um mês após o então juiz Nicolau dos Santos Neto, o Lalau, deixar a comissão responsável pela construção.
Uma CPI na Câmara investigou a obra em 1999. A quebra dos sigilos mostrou pagamentos vultosos das empresas de Fábio Monteiro de Barros, da Incal, ao Grupo OK, do ex-senador Luiz Estevão.
Durante as investigações, foi descoberto um contrato que transferia 90% das ações da Incal para o Grupo OK. O ex-senador teve o mandato cassado no ano 2000.
Em valores atualizados, o desvio das obras chega a pouco mais de R$ 1 bilhão de acordo com cálculos da Justiça em São Paulo.
A Folha não conseguiu, até a publicação desta nota, falar com o advogado de Estevão, Marcelo Bessa.

CORRUPÇÃO: Paulo Roberto Costa deve ser solto até 2ª e usará tornozeleira eletrônica

Da FOLHA.COM
ANDRÉIA SADI
NATUZA NERY, DE BRASÍLIA

O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa deve ser solto até segunda-feira (29) e usará tornozeleira eletrônica em prisão domiciliar no Rio de Janeiro, segundo a Folha apurou.
Antes de ser preso na Operação Lava Jato, em março, o ex-diretor morava no Rio de Janeiro com sua família. Ele está preso na superintendência do Paraná. A tornozeleira eletrônica foi cedida à PF nesta tarde pelo governo do Paraná. Agentes da Polícia Federal farão a segurança da residência do ex-diretor.
A soltura deve ocorrer ao longo do final de semana para evitar que ele seja transportado em avião de carreira. A operação eleitoral da PF já começou, e as aeronaves do órgão ficam comprometidos com a movimentação de policiais entre os Estados.
A liberação de Paulo Roberto ocorre após o ex-diretor fechar um acordo de delação premiada com a Justiça Federal do Paraná. Ele decidiu contar o que sabe para deixar a prisão.
O ex-diretor da Petrobras foi preso pela segunda vez no dia 11 de junho, após as autoridades da Suíça informarem a Justiça brasileira que ele tinha contas com US$ 23 milhões naquele país. Ele havia sido preso inicialmente em 20 de março sob acusação de ocultar provas, mas foi liberado 59 dias depois por decisão do ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal.

No dia 29 de agosto, Paulo Roberto fez acordo com o Ministério Público Federal e a Polícia Federal para fazer delação premiada após saber que a PF poderia prender suas filhas. A Justiça havia autorizado operações de busca e apreensão em 13 empresas no Rio de Janeiro que pertencem a uma filha, um genro e um amigo de Costa.
Alan Marques - 17.set.2014/FolhapressAnteriorPróxima
A DELAÇÃO
Costa decidiu no fim de agosto revelar detalhes sobre subornos na Petrobras em troca de uma pena menor. Ele citou, segundo a revista "Veja", os nomes de 12 parlamentares que recebiam propina do esquema, entre os quais o do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-SP), e do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). Todos negam com veemência que tivessem recebido recursos do doleiro.
Na última sexta-feira (19), a presidente Dilma Rousseff (PT) disse que pedirá ao STF o acesso a dados da delação pois não confia na informação, vinda da imprensa, de que ao menos um ministro de Estado foi citado na lista de políticos envolvidos com esquema de corrupção na estatal.
A declaração ocorreu no mesmo dia em que Paulo Roberto ficou calado diante de parlamentares que integram a CPI.
Editoria de Arte/Folhapress 


-PAULO ROBERTO COSTA
Diretor de Abastecimento da Petrobras de 2004 a 2012, é suspeito de intermediar negócios entre a estatal e grandes fornecedores, recolhendo propina das empresas e distribuindo dinheiro a políticos 
Reprodução
A 1ª prisão Em 20.mar, Costa foi preso pela Polícia Federal por tentar ocultar documentos e provas que o incriminavam em esquema bilionário de lavagem de dinheiro comandado pelo doleiro Alberto Youssef (foto). Em 19.mai, ele foi solto por ordem do STF
Os indícios de propina A PF apreendeu na casa do ex-diretor uma tabela contendo nomes de empresas e executivos, com anotações que indicam possíveis pagamentos a campanhas eleitorais
Nova prisão Em 11.jun, Suíça bloqueou US$ 23 milhões em contas atribuídas ao ex-diretor e seus familiares. As contas estavam em nome de empresas estrangeiras sediadas em paraísos fiscais. Costa foi preso novamente
A delação O ex-diretor da Petrobras deu o nome de 12 senadores, 49 deputados federais e um governador –ligados ao PT, PMDB e PP– a quem ele teria repassado 3% do valor dos contratos da estatal
O acordo Em 22.ago, a PF cumpriu mandados em empresas ligadas ao ex-diretor. Costa aceitou fazer um acordo de delação premiada com o Ministério Público para atenuar sua pena

FRASES


Tive a oportunidade de conviver com Marina e Eduardo e vi a afinidade que eles tinham. Eduardo pegou um pouco de Marina, e Marina pegou um pouco de Eduardo. Eles se complementavam e se entendiam muito bem.

RENATA CAMPOS, VIÚVA DE EDUARDO CAMPOS

ELEIÇÕES: "Não querem assumir compromisso com o Brasil", diz Marina sobre Dilma e Aécio

JB.COM.BR

Pessebista alerta para um retorno da inflação em comício em Duque de Caxias, no Rio
Marina Silva, candidata à presidência pelo PSB, voltou a atacar seus principais concorrentes por ainda não terem apresentado um programa de governo, a poucos dias da eleição. Em comício em Duque de Caxias na noite desta quinta-feira (25), ela ressaltou que Dilma e Aécio se ocupam apenas de debater seu programa, e que fariam isso por duas razões, "para disfarçar que eles não têm um programa, e, segundo, porque não querem assumir compromisso com o Brasil". 
Ao lado de seu vice na chapa, Beto Albuquerque, que falou de um "Brasil de dificuldades" que não pode ter medo de mudanças e, sim, da "roubalheira", Marina destacou um retorno da inflação, aumento da violência e precariedade da saúde e da educação, citando que 18% dos jovens brasileiros entre 15 e 23 anos que terminam o segundo grau são analfabetos funcionais.
"Os nossos adversários, faltam apenas 10 dias para a eleição, ainda não apresentaram o programa. A presidente Dilma, o ex-governador Aécio, deveriam em primeiro lugar respeitar o povo brasileiro, dizer como é que vão fazer para não deixar a inflação voltar. A inflação está voltando. Quem vai ao supermercado, quem vai à feira, sabe que está comprando menos com o salário que tinha", alegou Marina. "A presidente Dilma ainda disse o seguinte 'não vou apresentar (o programa), porque vou continuar fazendo as mesmas coisas'. Isso significa, vai continuar o mal atendimento nos hospitais, nos postos de saúde, que a escola do rico não vai ser igual à escola do pobre", completou.
A questão da violência no país foi um dos tópicos abordados por Marina e por seu vice, que apontaram que 56 mil pessoas morrem por ano no país. Para ela, é preciso que o governo federal se ocupe também da questão da segurança pública. É daí que vai vir o dinheiro, de fechar a torneira da corrupção
Para resolver os problemas do país, acredita a candidata, pode-se conseguir verba para investimento apartir de escolhas corretas, do combate à corrupção e do planejamento. Aproveitando para salientar que, caso seja eleita, não acabaria com programas do governo petista como Bolsa Família, Minha Casa, Minha Vida, Pronatec, entre outros, declarou que o que pretende acabar é com a corrupção. "É daí que vai vir o dinheiro, de fechar a torneira da corrupção".
"Se for para ganhar mentindo, eu não estou disposta. Não vou mentir. Vou responder às mentiras deles não com a mesma moeda, mas com a outra face", disse Marina, falando ainda sobre um desespero dos adversários com seu desempenho nas pesquisas de intenção de voto, ainda que tenham mais tempo de propaganda na TV. Ela atacou ainda que eles teriam milhares de pessoas pagas nas redes sociais para mentir, em um esquema que a pessebista apelidou de 'mensanet'.

MUNDO: Pentágono garante que debilitou maior parte das refinarias do EI

ESTADAO.COM.BR
O ESTADO DE S. PAULO

Porta-voz do Pentágono, o contra-almirante John Kirby, disse que caças americanos, sauditas e dos Emirados Árabes Unidos destruíram 12 refinarias
O Pentágono está dedicando entre US$ 7 e 10 milhões por dia para as missões no Oriente Médio
WASHINGTON - O Pentágono garantiu nesta quinta-feira que a "maioria" das refinarias controladas pelos jihadistas do autoproclamado Estado Islâmico (EI) na Síria foram debilitadas nos bombardeios de ontem.
O porta-voz do Pentágono, o contra-almirante John Kirby, disse em entrevista coletiva que caças americanos, sauditas e dos Emirados Árabes Unidos destruíram 12 refinarias móveis operadas pelo EI, uma das principais fontes de financiamento do grupo.
Apesar de Kirby ter garantido que o Pentágono ainda está avaliando a efetividade dos ataques, considera que os mesmos foram bem-sucedidos e são um passo essencial para privar os jihadistas de uma fonte de financiamento que, segundo analistas, proporciona mais de US$ 2 milhões por dia.
Kirby explicou que cada uma das instalações móveis tem capacidade para processar entre 300 e 500 barris de petróleo por dia, que eram depois vendidos pelos jihadistas no mercado negro.
"Assumimos que o EI provavelmente controla várias outras refinarias, estamos analisando essa situação, mas acredito que as 12 constituem a maioria", disse o porta-voz.
Kirby exibiu vídeos e fotografias dos ataques no centro-leste e no nordeste da Síria, nos quais era possível observar como, em alguns casos, parte das instalações petrolíferas, como as torres dos poços, foram poupadas para que a oposição possa operá-las de novo no futuro.
"O que está claro é que não vão poder ser operadas num futuro próximo", explicou Kirby diante das dúvidas suscitadas pela ausência de uma oposição moderada na Síria, que ainda não começou a ser treinada para ocupar o terreno controlado até agora pelo EI.
O Pentágono, que começou a atacar posições jihadistas na Síria nesta semana, informou que, por enquanto, não detectou "uma reação muito grande" entre os extremistas por consequência dos bombardeios nos últimos dias.
Na última rodada de ataques, foram lançadas 41 bombas teleguiadas e de "precisão", enquanto a maior parte dos aviões da missão - dez de um total de 16 - eram de bandeira saudita e dos Emirados Árabes.
Kirby disse que a estratégia na Síria é ir atrás da parte logística, financeira e de suprimentos do EI, enquanto no Iraque o objetivo é debilitar a parte militar e de infantaria.
Pela primeira vez, o porta-voz apresentou uma estimativa preliminar sobre o conteúdo da missão "ofensiva" contra o EI, que foi anunciada em 10 de setembro pelo presidente Barack Obama.
Segundo Kirby, o Pentágono está dedicando entre US$ 7 e 10 milhões por dia para essas missões, mas ainda estão tentando determinar um número mais concreto./ EFE

CORRUPÇÃO: Procuradoria pede 47 anos de prisão para doleira da Lava Jato

ESTADAO.COM.BR
Por Fausto Macedo e Mateus Coutinho

Nelma Kodama, que foi presa em março com 200 mil euros na calcinha, é acusada de lavagem de dinheiro, organização criminosa e corrupção
O Ministério Público Federal (MPF) pediu 47 anos e mais 15 dias de prisão para a doleira Nelma Mitsue Penasso Kodama, apontada como um dos pilares da Lava Jato, super esquema de lavagem de dinheiro que pode ter alcançado R$ 10 bilhões. Em alegações finais no processo contra Nelma, em curso na Justiça Federal do Paraná, o MPF acusa a doleira de participação em organização criminosa, evasão de divisas, 91 operações irregulares de instituição financeira, falsa identidade a terceiro para operação de câmbio, lavagem de dinheiro e corrupção.
A estrutura da organização desmontada pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal, era mantida por quatro doleiros, entre eles Nelma Kodama, que foi presa em flagrante na madrugada de 15 de março – dois dias antes de a PF deflagrar a missão – tentando embarcar para Milão, na Itália, com 200 mil euros escondidos na calcinha. Quando foi presa, ela alegou que o dinheiro era destinado à “aquisição de móveis, pois participaria de um encontro de empresários estrangeiros do ramo de decoração”.
A Lava Jato gerou a abertura de 10 ações penais, uma delas contra Nelma e outros 8 denunciados. Nelma, segundo a acusação, era “a líder do grupo criminoso, mandante e executor dos crimes”. É pedida também a condenação de Iara Galdino da Silva, “braço direito de Nelma, principal administradora das empresas de fachada e responsável pela execução das transações financeiras ilegais, por elas recebendo comissões”. A Procuradoria da República requer 26 anos e 11 meses de cadeia para Iara Galdino da Silva.
O processo contra a doleira está em sua etapa final. Os procuradores da República Antonio Carlos Welter e Diogo Castor de Mattos sustentam que a manutenção da prisão cautelar de Nelma “encontra fundamento para a garantia de ordem pública, econômica e para assegurar a aplicação da lei penal”.
A ação mostra que, por meio de sua casa de câmbio, a Da Vinci, Nelma corrompeu um ex-gerente do Banco do Brasil para realizar operações ilícitas. Apenas pelo crime de corrupção os procuradores pedem a condenação de Nelma a 12 anos e 4 meses de prisão.
Ao sustentar a necessidade de a doleira permanecer “segregada cautelarmente”, os procuradores atribuem a ela 7 situações. 1) por ser a líder da organização criminosa; 2) por não possuir atividade lícita; 3) por aparecer nas interceptações telefônicas falando de operações da Polícia Federal ainda não deflagradas; 4) por planejar uma fuga frustrada nas vésperas da deflagração da operação Lava Jato; 5) por admitir ter inclusive corrompido um delegado de polícia para ter acesso a dados de um inquérito policial que figurava como investigada; 6) por ter conhecimento dos depósitos mantidos pelo grupo no exterior, o que facilita a sua eventual fuga; 7) por ter conhecimento da localização de possíveis provas de outros crimes cometidos pela organização criminosa.
Os procuradores também pedem aplicação de multa para a doleira, “considerando o seu papel de líder da organização criminosa, como também o fato de ter construído significativo patrimônio com as atividades ilícitas, possuindo carros e apartamentos de luxo”. Durante a instrução do processo, Nelma se disse disposta a colaborar. Mas a Procuradoria avalia que a colaboração da doleira foi insuficiente para livra-la.
Os procuradores atribuem a Nelma “cinco elementos negativos: antecedentes, culpabilidade, motivos, circunstâncias e consequências”. “As consequências do crime são negativas, sobretudo em face dos grandes valores movimentados e remetidos ao exterior. Os antecedentes da denunciada Nelma também devem ser valorados negativamente, uma vez que contumaz criminosa, acusada da prática de ilícitos extremamente graves, já contando com anterior condenação por crimes da mesma natureza”.
Os procuradores abrem exceção para Luccas Pace, que trabalhou para Nelma e fez delação premiada, na qual revelou detalhes da organização. “Considerando o montante das reprimendas fixadas, todas acima de oito anos de reclusão, o regime inicial de cumprimento da sanção privativa de liberdade dos réus deverá ser inicial fechado, salvo em relação ao denunciado Luccas Pace que, por firmar o acordo de colaboração premiada, tem direito ao regime aberto.”

ELEIÇÕES: 'Tem muito petista sem dormir', diz Aécio sobre delação de doleiro

ESTADAO.COM.BR
GUSTAVO PORTO - O ESTADO DE S. PAULO

Candidato do PSDB rebateu falas de ministro da Justiça indicando que o governo não estaria preocupado com os depoimentos de Alberto Youssef, preso na Lava Jato
Ribeirão Preto - O candidato a presidência da República Aécio Neves (PSDB) respondeu, em entrevista à Rádio Bandeirantes, a fala do ministro da Justiça José Eduardo Cardozo indicando que o governo não estaria preocupado com a delação premiada do doleiro Alberto Youssef, preso na Operação Lava Jato."Ao contrário do que disse o ministro da Justiça, tem muito petista sem dormir com a delação premiada", afirmou.
O tucano também voltou a criticar o discurso de quarta-feira, 23, da presidente Dilma Rousseff na abertura da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), como "um dos mais tristes episódios da política externa brasileira". Segundo o tucano, a adversária e candidata à reeleição utilizou a tribuna da ONU para fazer discurso eleitoral, "o que lhe gerou incredulidade aos que assistiam.
Aécio considerou ainda "uma mancha na política externa" do País o fato de Dilma ter pregado o diálogo com o Estado Islâmico, ao contrário do bloco de países liderados pelos Estados Unidos. "Ela prega o diálogo com o estado islâmico que está decapitando pessoas, enquanto é preciso uma ação forte", afirmou. 
Ainda sobre relações externas, Aécio reafirmou que, se eleito, mudará as relações com países vizinhos que "fazem vistas grossas" ao tráfico de drogas, permitindo, por exemplo, o cultivo de folha de coca. O candidato citou a Bolívia, como exemplo de país que é conivente com o tráfico e ainda recebe ajuda do governo brasileiro para o financiamento de obras.
Indagado se iria rever o Mais médicos, que tem a aprovação da população, Aécio afirmou que uma revisão do programa passaria pela renegociação com a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) para o fim da discriminação dos cubanos. Essa discriminação, segundo ele, ocorre pelo fato de grande parte dos salários dos médicos cubanos ser repassada ao governo daquele país.

ECONOMIA: Ibovespa opera com variação positiva e dólar segue avançando acima de R$ 2,40

JB.COM.BR
Jornal do Brasil / Rafael Gonzaga

Índice da Bolsa de Valores de São Paulo atingiu 1,24% de alta, moeda chegou a R$ 2,44
A Bolsa de Valores de São Paulo abriu estável nesta sexta-feira (26) e seguiu avançando no início da manhã. Às 10h44, o Ibovespa, índice que reflete o desempenho médio das cotações das principais ações negociadas na BM&FBovespa, avançava 1,24% aos 56.653 pontos. O dólar também continuava subindo na manhã desta sexta: a moeda, que fechou na véspera em R$2,429 já havia atingido a marca de R$ 2,441 por volta das 10h desta sexta. A marca é superior ao recorde dos últimos 12 meses – R$ 2,437 no princípio de fevereiro.
As ações ON da Petrobras alcançaram alta de 2,07% às 10h37, enquanto as ações PN da estatal do petróleo atingiam 2,42% positivos. As ações da Vale apresentavam resultados opostos, com avanços de 0,29% nas ações ON e leve queda de 0,04% nas ações PN.
As ações preferenciais do Banco do Brasil lideravam o quadro de altas, com 4,43% de variação positiva. Outros bancos também figuravam no quadro: ações do Bradesco avançavam 3,07% e ações do Itaú Unibanco subiam 3,04%. No quadro ainda estavam as ações BRF AS ON NM, que apresentavam alta de 2,71%.
Entre as quedas, o principal destaque estava para as ações Usiminas, que recuavam 3,70%, seguidas pelas ações Sid Nacional On, com perda de 1,66%. As ações da Light recuavam 1,55%; Cesp PNB N1 perdiam 1,44% e Cielo ON NM caiam 1,42%.
Banco Central tenta controlar alta do dólar
O Banco Central vem procurando alternativas para conter a alta do dólar desde o início da semana. As intervenções feitas pelo Banco Central no câmbio foram ampliadas durante a semana, quando houve uma ampliação dos leilões de swaps cambiais para rolagem, depois de o dólar fechar a R$ 2,40 pela primeira vez desde fevereiro. A medida levou investidores a avaliar que o Banco Central está buscando conter cotações acima desse nível, temendo os possíveis impactos inflacionários que o cenário pode causar.
Os leilões de swaps cambiais buscam manter mais moeda investida no mercado: a cotação do dólar sobe quando cai a disponibilidade da moeda no país, após a retirada de investimentos. Na quinta-feira (24), as medidas alcançaram resultados positivos, com a redução do dólar para R$ 2,383 – mas no dia seguinte, voltou a fechar em alta, marcando R$ 2,429.
*Do programa de estágio JB

ELEIÇÕES: Nove Estados devem definir governo no 1º turno

FOLHA.COM
DIOGENES CAMPANHA
PATRÍCIA BRITTO, DE SÃO PAULO

O mau desempenho de apostas dos grandes partidos e a ausência de um terceiro candidato competitivo contribuem para que nove Estados caminhem para definir as eleições para governador já no primeiro turno.
São Paulo e Minas Gerais são exemplos desse quadro.
Na eleição paulista, a aposta petista, Alexandre Padilha, segue estacionada abaixo dos 10% nas pesquisas, e Paulo Skaf, do PMDB, em torno de 20%, cenário que favorece a reeleição de Geraldo Alckmin (PSDB), perto dos 50%.
Para definir a eleição na primeira etapa da disputa, um candidato deve ter 50% dos votos válidos (sem brancos e nulos), mais um voto.
Editoria de Arte/Folhapress 
"Não sei se o efeito da Copa, o humor da sociedade, a demora para a campanha pegar' ou a escassez de recursos fez com que a intensidade de campanha do Padilha fosse sofrível no começo", afirmou Luiz Marinho, coordenador da campanha de Dilma em São Paulo. "Isso atrasou muito o processo de conhecimento dele no Estado."
Em Minas Gerais, quem não avançou nas pesquisas foi a aposta de "terceira via" do PSB, Tarcísio Delgado.
Escalado para dar palanque a Eduardo Campos e agora a Marina Silva, ele segue abaixo dos 10%, sem rivalizar com Pimenta da Veiga (PSDB) e comFernando Pimentel (PT), favorito para vencer já no próximo dia 5.
Também apresentam cenário parecido Alagoas, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Piauí, Santa Catarina e Tocantins. Neles, candidatos em terceiro lugar não chegam a 13% nas pesquisas.
Em outros nove Estados, os candidatos que lideram estão a poucos pontos de também conseguirem liquidar a disputa na primeira rodada.
São exemplos Paulo Souto (DEM), na Bahia; Eunício Oliveira (PMDB), no Ceará; e Beto Richa (PSDB), no Paraná, onde Gleisi Hoffmann (PT), ex-ministra da Casa Civil do governo Dilma Rousseff, não decolou e está na casa dos 10% nas pesquisas.
Pelo cenário atual, nove candidatos do PT, sete do PSB e cinco do PSDB não devem ir ao segundo turno.
Alguns desses nomes foram lançados na última hora, como Roberto Carlos (PT), no Espírito Santo, e Eliane Novais (PSB), no Ceará. "Foram candidaturas sem antecedência necessária para preparação na pré-campanha", diz Carlos Siqueira, primeiro-secretário nacional do PSB.
Em Alagoas, o PSDB, que governa o Estado, indicou o vereador Julio Cezar para substituir o procurador Eduardo Tavares, que desistiu em plena campanha. O candidato tucano aparece com 1% das preferências.
Os problemas apontados pelas legendas vão desde a baixa arrecadação até a morte de Eduardo Campos em acidente aéreo. "Todos ficaram atônitos durante certo período, tempo precioso para explorar fazendo campanha, e ficamos tentando entender as mudanças", disse Mendes Thame, deputado e secretário-geral do PSDB.

ECONOMIA: Juro do cheque especial chega a 172,8% ao ano em agosto, maior desde dezembro de 2008

ESTADAO.COM.BR
MARIANA CONGO - ECONOMIA & NEGÓCIOS

Cheque especial é o empréstimo mais caro do mercado; em todas as modalidades de crédito livre para o consumidor, juro médio apresentou primeira queda de 2014, de 43,2% para 43,1% ao ano
O juro médio do cheque especial para pessoa física chegou a 172,8% ao ano em agosto, acima dos 172,4% registrados em julho, informou o Banco Central nesta sexta-feira, 26. A taxa para o consumidor é a maior observada desde dezembro de 2008, quando estava em 174,9% ao ano. O cheque especial é a modalidade de empréstimo mais cara disponível no mercado.
Em dezembro de 2008, a taxa básica de juros, a Selic, estava em 13,75% ao ano. Hoje, está estacionada no patamar de 11% ao ano desde a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) de abril, quando foi interrompido o ciclo de alta da Selic iniciado um ano antes. 
Considerando todas as modalidades do crédito livre ao consumidor, a taxa média de juros se manteve no patamar de 43% ao ano. Em julho, estava em 43,2% ao ano, passando para 43,1% ao ano em agosto. A queda de 0,1 ponto porcentual foi a primeira redução do juro médio registrada neste ano.
Também no crédito livre, a inadimplência das famílias se manteve em 6,6% na comparação mensal, segundo o Banco Central.
O crédito livre abarca todos os empréstimos e financiamentos que não fazem parte das políticas de direcionamento do governo (como os recursos da poupança, que são direcionados ao crédito imobiliário). No crédito livre estão o cartão de crédito, o cheque especial, o crédito para compra de veículos, os empréstimos pessoais e outros.
No crédito pessoal, a taxa média caiu de 45,8% ao ano para 45,4% ao ano. Para veículos, os juros caíram de 19,5% ao ano para 18,7% ao ano.

DIREITO: STJ - Imóvel sem matrícula própria não pode ser reivindicado por adjudicação compulsória

Não é possível a adjudicação compulsória de lotes rurais não individualizados no registro de imóveis. A decisão, unânime, é da Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
A adjudicação compulsória é uma ação judicial destinada a promover o registro imobiliário necessário à transmissão da propriedade quando não há a escritura definitiva em solução de uma promessa de compra e venda de imóvel.
A relatora do processo, ministra Isabel Gallotti, destacou que “apesar de se tratar de um pedido de adjudicação de imóvel rural e não de imóvel em área urbana, é indiscutível que os lotes não possuíam matrícula específica, que caracterizaria o desmembramento jurídico das terras rurais reivindicadas”.
Promessa de compra e venda
O recurso negado pela Turma é do comprador de 23 lotes rurais localizados no Distrito Federal, com o total de 326 mil metros quadrados, que formam o Sítio Mirante do Vale. Os lotes integram uma área maior, denominada Fazenda Rajadinha. Há comprovação de que os lotes foram quitados.
Em razão da omissão dos herdeiros do vendedor em emitir a declaração de vontade para averbação dos contratos no registro imobiliário, ele entrou com a ação de adjudicação compulsória. O processo foi extinto sem resolução de mérito sob o fundamento de impossibilidade jurídica do pedido, pois os lotes não têm matrícula individualizada, conforme exige a legislação.
No recurso ao STJ, o autor da ação apontou violação a diversos artigos do Código de Processo Civil (CPC). Acrescentou que foram observadas as regras do artigo 83 da Lei Complementar 803/09, que aprovou a revisão do Plano Diretor de Ordenamento Territorial do Distrito Federal (PDOT), permitindo o desmembramento de terras rurais, observada a área mínima de dois hectares. Disse ainda que houve averbação de vendas anteriores de partes da mesma fazenda.
Matrícula indispensável
A ministra Isabel Gallotti afirmou no voto que lotes dentro de um todo maior, sem matrícula própria no registro de imóveis, não podem ser objeto de adjudicação compulsória. Para a relatora, “a simples intervenção jurisdicional para determinar, por via transversa, a titulação de domínio sobre terra não parcelada frustraria todo o ordenamento jurídico e a política agrária de parcelamento ordenado do solo rural”.
Isabel Gallotti disse ainda que os contratantes, antes de celebrar o negócio, deixaram de observar atos obrigatórios, o que tornou impossível o registro dos imóveis, além de não cumprirem as regras de parcelamento de gleba rural instituídas pelo Incra.Na conclusão do voto, a relatora explicou que mesmo não havendo resistência ao pedido por parte do espólio do vendedor, que reconhece a promessa de compra e venda e o pagamento, não há como conceder a escritura das parcelas enquanto o processo de regularização perante o governo do Distrito Federal não for concluído.

DIREITO: STJ - Indenização trabalhista após separação deve ser partilhada se o direito foi gerado durante o casamento

O direito ao recebimento de proventos (salário, aposentadoria e honorários) não se comunica ao fim do casamento. Contudo, quando essas verbas são recebidas durante o matrimônio, elas se tornam bem comum, seja o dinheiro em espécie ou os bens adquiridos com ele.
Para a Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), esse mesmo raciocínio deve ser aplicado à situação em que o fato gerador dos proventos e a sua busca na Justiça ocorrem durante a vigência do casamento, independentemente da data em que for feito o pagamento.
Por essa razão, a indenização trabalhista correspondente a direitos adquiridos na constância do casamento integra o acervo patrimonial partilhável. Esse entendimento está consolidado na Terceira Turma, e também há precedentes da Quarta Turma.
Uma das decisões já proferidas (REsp 1.024.169) aponta que a interpretação harmônica dos artigos 1.659, inciso VI, e 1.660, inciso V, do Código Civil de 2002 permite concluir que os valores obtidos por qualquer um dos cônjuges a título de retribuição pelo trabalho integram o patrimônio comum tão logo sejam recebidos. Isto é, tratando-se de salário, esse ingressa mensalmente no patrimônio do casal, prestigiando-se dessa forma o esforço comum.
O acórdão diz ainda que “à mulher que durante a constância do casamento arcou com o ônus da defasagem salarial, o que presumivelmente demandou-lhe maior colaboração no sustento da família, não se pode negar o direito à partilha das verbas trabalhistas nascidas e pleiteadas na constância do casamento, ainda que percebidas após a ruptura da vida conjugal”.
Origem da indenização
A tese voltou a ser discutida pela Quarta Turma no julgamento do recurso de ex-esposa que pleiteou a divisão de indenização trabalhista recebida pelo ex-marido após a separação.
Na primeira vez em que analisou o caso, a Turma determinou o retorno do processo ao Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) para que se manifestasse a respeito do período em que a indenização teve origem e foi reclamada em ação trabalhista.
Cumprindo a decisão do STJ, o TJSP julgou os embargos de declaração no caso, que acabaram rejeitados. O fundamento foi que não havia omissão a ser sanada, uma vez que seria irrelevante saber a época da reclamação e do recebimento da indenização, pois a verba permaneceria incomunicável na partilha.
No julgamento de novo recurso especial contra essa decisão, o relator, ministro Luis Felipe Salomão, reafirmou que é de extrema relevância para a solução do litígio identificar esse período. Como o STJ não pode averiguar matéria fática em recurso especial, a Quarta Turma deu provimento ao recurso para determinar novamente o retorno do processo ao TJSP.
Superada a questão da comunicabilidade da indenização trabalhista, a corte paulista deve agora verificar o período em que foi exercida a atividade laboral que motivou a ação trabalhista.
O número deste processo não é divulgado em razão de segredo judicial.

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

MUNDO: Nova York reforça segurança após ataques dos EUA contra o EI

ESTADAO.COM.BR
CLÁUDIA TREVISAN, ENVIADA ESPECIAL / NOVA YORK - O ESTADO DE S. PAULO

FBI diz que ação americana na Síria e no Iraque pode estimular a realização de atentados dentro do território americano 
Na segunda-feira, os EUA atacaram pela primeira vez bases do EI na Síria, duas semanas depois de iniciar o bombardeio a posições da organização no Iraque
NOVA YORK - As autoridades de Nova York anunciaram nesta quinta-feira, 25, o reforço da segurança na cidade, em resposta à elevação do risco de potenciais ataques terroristas em meio ao acirramento do conflito entre os Estados Unidos e organizações extremistas, entre as quais o Estado Islâmico (EI).
"O agravamento da tensão com a comunidade terrorista internacional é inegável. Também é inegável que esta região é um alvo potencial para atividades ofensivas", declarou o governador de Nova York, Andrew Cuomo. As medidas foram divulgadas antes de o primeiro-ministro do Iraque, Haider al-Abadi, ter anunciado a descoberta em seu país de planos de ataques aos metrôs de Nova York e Paris. Em entrevista na cidade americana, onde participa da Assembleia-Geral da ONU, Abadi afirmou que a ameaça ainda não foi debelada.
Abadi declarou que o plano envolve militantes estrangeiros do EI no Iraque, entre os quais americanos e franceses. "Hoje, enquanto estou aqui, estou recebendo relatos de Bagdá de que houve prisões de alguns elementos e havia redes dentro do Iraque (...) para atacar os metrôs de Paris e dos EUA", afirmou. "Eles não são iraquianos."
Na segunda-feira, os EUA atacaram pela primeira vez bases do EI na Síria, duas semanas depois de iniciar o bombardeio a posições da organização no Iraque. Os americanos também atingiram células do grupo Khorasan, que estaria planejando ataques aos EUA, segundo o governo de Washington.
Nota enviada pelo FBI e o Departamento de Segurança Interna a departamentos de polícia na terça-feira alertou para o risco de os ataques aéreos contra a Síria e o Iraque estimularem a realização de atentados por indivíduos ou grupos localizados dentro dos EUA.
A porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, Caitlin Hayden, disse nesta quinta que o governo americano ainda não havia confirmado o plano mencionado pelo primeiro-ministro iraquiano. Hayden afirmou que os EUA iriam revisar as informações antes de se pronunciarem. "Nós tomamos qualquer ameaça seriamente e sempre trabalhamos para corroborar as informações que recebemos de nossos parceiros."
Na quarta, o Conselho de Segurança da ONU aprovou por unanimidade resolução que tenta dificultar o fluxo de combatentes estrangeiros para as fileiras do EI e outros grupos extremistas. O serviço de inteligência dos EUA estima que 15 mil pessoas de outros países se juntaram às fileiras das organizações na Síria, dos quais 3 mil seriam ocidentais.

CORRUPÇÃO: Youssef desiste de tentar anular Lava Jato, exigência para delação

FOLHA.COM
ANDRÉIA SADI
SEVERINO MOTTA, DE BRASÍLIA

A defesa de Alberto Youssef desistiu de todos os recursos no Superior Tribunal de Justiça e demais tribunais para anular a Operação Lava Jato, da Polícia Federal. O pedido é uma exigência do Ministério Público para aceitar o acordo de delação premiada do doleiro e será feito ainda nesta quinta-feira (25), segundo a Folha apurou.
Entre os recursos da defesa, estão habeas corpus que pedem a anulação de todas as provas da Operação Lava Jato, por considera-las ilícitas, e o afastamento do juiz do caso. Com a desistência dos recursos, o acordo de delação premiada deve ser assinado nas próximas horas, segundo um advogado do caso.
A Folha revelou nesta terça-feira que o doleiro decidira fazer um acordo de delação, segundo o qual contará o que sabe sobre Petrobras e pagamento de suborno a políticos em troca de uma redução de pena.
Youssef é acusado de comandar um esquema que seria responsável pela lavagem de R$ 10 bilhões, com ramificações em estatais como a Petrobras e partidos como o PP, PT e PMDB.
Ele decidiu fazer o acordo por pressão da família e depois que outros quatro réus da Operação Lava Jato optaram por colaborar com a Justiça, entre os quais Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras entre 2004 e 2012.

MUNDO: Estado Islâmico planeja atacar EUA e França, diz premier do Iraque

JB.COM.BR

Abadi informou que os principais alvos seriam estações de metrô
Células do grupo jihadista Estado Islâmico (EI, ex-Isis) planejam atacar os Estados Unidos e a França, entre outros locais, advertiu hoje, dia 25, o premier do Iraque, Haider al Abadi.
Durante encontro paralelo a 69° Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) com o secretário-geral do organismo, Ban Ki-moon, Abadi explicou que os principais alvos de ataques seriam estações de metrô.
Ban por, sua vez, encorajou o governo de Bagdá a reforçar a cooperação com os países vizinhos "para combater a ameaça do EI". O secretário-geral ainda falou com Abadi sobre a dramática situação dos direitos humanos em algumas partes do Iraque, em particular aquelas que atualmente estão sobre o controle do grupo jihadistas.
Ban também "reiterou o apoio das Nações Unidas ao governo e ao povo do Iraque em seus esforços para consolidar o processo político e na luta contra o terrorismo". (ANSA)

ELEIÇÕES: Aécio condena discurso de Dilma na ONU

ESTADAO.COM.BR
LUCAS AZEVEDO - O ESTADO DE S. PAULO

Para candidato do PSDB, presidente utilizou o espaço na Assembleia Geral da entidade 'para fazer política eleitoral'

O candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves
PORTO ALEGRE - O candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, condenou o uso eleitoral do discurso da presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição, nessa terça-feira, na ONU. "A presidente utilizou o espaço para fazer política eleitoral."
A declaração foi dada durante coletiva na sede da RBS, filiada da Rede Globo, no Rio Grande do Sul, na manhã desta quinta-feira, 25. Aécio participou de uma entrevista a jornalistas da empresa, que foi transmitida ao vivo por rádio e que será veiculada pela televisão posteriormente.
Ao fim da gravação, Aécio foi questionado por outros jornalistas, a quem declarou: "É triste o que disse sobre propor diálogo com o um grupo que está decapitando pessoas. Essa não é a política externa do Brasil".
Aécio se referiu à resposta que a presidente deu a jornalistas, na ONU, sobre qual posição do seu governo em relação aos ataques iniciados pelos EUA na Síria. "Eu lamento enormemente isso. O Brasil sempre vai acreditar que a melhor forma é o diálogo, é o acordo e a intermediação da ONU. Eu não acho que nós podemos deixar de considerar uma questão - nos últimos tempos, todos os grandes conflitos que se armaram tiveram uma consequência: perda de vidas humanas dos dois lados", declarou a presidente.
Petrobrás. O tucano também aproveitou para criticar o escândalo de desvios de dinheiro envolvendo a Petrobrás revelado pela Operação Lava Jato, da PF. Ele disse torcer para que delações premiadas negociadas com os investigados pela operação sejam "feitas de uma vez só". "Meu pressentimento é que essa coisa seja muito mais grave do que é noticiado", disse o candidato ao comentar o acordo firmado entre o Ministério Público e o doleiro Alberto Youssef, preso desde março sob acusação de chefiar um esquema de lavagem de dinheiro envolvendo a Petrobrás.
O doleiro é mais um a decidir por colaborar com a Justiça. O ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa, também preso, aceitou fazer a delação. Aécio Neves disse não acreditar que a presidente Dilma Rousseff não tivesse conhecimento do que ele chama de "aparelhamento" da Petrobrás. "Isso não foi uma célula dentro da empresa. Essa coisa funcionou de forma orgânica na Petrobrás durante todo o governo do PT", afirmou em coletiva à imprensa.
"Dizer que ela não sabia o que estava acontecendo em uma empresa em que ela administrava com mão de ferro, primeiro como ministra de Minas e Energia, depois como presidente, e ela não mudar o quadro de diretores? Isso é inaceitável."

ECONOMIA: Dólar sobe quase 2%, maior alta em 10 meses, e vai a R$ 2,43, apesar do BC

Do UOL, em São Paulo

O dólar comercial fechou em alta de 1,95% nesta quinta-feira (25), cotado a R$ 2,43 na venda. É a maior alta diária desde o dia 5 de novembro do ano passado (1,98%) e o maior valor de fechamento desde 3 de fevereiro deste ano (R$ 2,44).
Na véspera, o Banco Central havia aumentado a oferta de contratos de dólar em leilões. Além da intervenção diária, que continua no mesmo volume desde junho, periodicamente, o BC tem realizado leilões adicionais para estender o vencimento de outros contratos.
Essa oferta mais que dobrou, saindo de 6.000 contratos para 15 mil ofertados por dia. Assim, o BC deve chegar perto de negociar todos os contratos que venceriam em outubro.
Mesmo com a medida, que era esperada pelo mercado, o dólar registrou ganhos significativos nesta sessão.
Segundo analistas consultados pela agência de notícias Reuters, investidores estariam comprando dólares para se "proteger" contra um possível avanço de Dilma Rousseff nas próximas pesquisas eleitorais.
A atual presidente do Brasil e candidata à reeleição tem sido alvo de críticas de investidores e especialistas por causa da condução da política econômica no país, considerada muito intervencionista.
Leilões de dólares
O Banco Central vendeu todos os contratos em um leilão de swap cambial (equivalente à venda de dólares no futuro), que faz parte de seu programa de intervenções no mercado; além disso, realizou um leilão extra para rolar contratos que vencem em outubro.
No leilão diário, foram vendidos 3.500 contratos com vencimento em 1º de junho de 2015, e outros 500 com vencimento em 1º de setembro do ano que vem. A operação movimentou o equivalente a US$ 198,2 milhões.
No leilão de rolagem, foram vendidos 2.000 contratos para 3 de agosto de 2015 e 13 mil para 1º de outubro de 2015, com volume correspondente a US$ 739 milhões.
Ao todo, o BC já rolou o equivalente a US$ 5,033 bilhões, ou cerca de 75% do lote total do mês que vem, que corresponde a US$ 6,677 bilhões. 
(Com Reuters e Valor)

ELEIÇÕES: Marina diz que política de Dilma para segurar inflação é irresponsável

FOLHA.COM

A presidenciável Marina Silva (PSB) afirmou que o represamento de preços para segurar a alta da inflação, feito pelo governo da presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT), é uma "irresponsabilidade para o Brasil" e tem que ser resolvido pela própria petista.
Em entrevista ao jornal "Bom Dia Brasil", da TV Globo, gravada nesta quarta (24) e exibida nesta quinta-feira (25), a pessebista foi questionada sobre como resolveria a situação em um eventual governo e respondeu que sua adversária "tem que assumir a responsabilidade".
"A presidente Dilma já está pondo a mão na consciência. Ela é a presidente da República, ela tem que resolver esse angu de caroço que colocou o Brasil, manipulando os preços administrados para ter bons resultados no que concerne a inflação –e, mesmo assim, ela está alta– para ganhar dividendos políticos", criticou.
Marina afirmou que, se eleita, teria como meta uma inflação de 4,5%. Há dez dias, o coordenador econômico da campanha do PSB, Alexandre Rands, foi desautorizado pela candidata ao defender um percentual mais alto. Segundo ele, é "hipocrisia" almejar 4,5% se o governo trabalhava sempre com o teto da meta, de 6,5%.
João Cotta/Divulgação/TV GloboAnteriorPróxima
A ex-senadora voltou a criticar a presidente quando foi indagada como atingiria o objetivo.
"Uma medida importante não será tomada por mim, será tomada pela sociedade brasileira. Escolher um presidente da república que recupere a credibilidade para que esse país volte a ter investimento", disse, acrescentando que o Brasil precisa de "confiança e credibilidade" que "só será possível em um governo com legitimidade" e que não se "aventure em política econômica".
Marina propõe a criação, por lei, de um "Conselho de Responsabilidade Fiscal", que averigue as contas do governo e ajude a dar eficiência à gestão.
Segundo a última pesquisa Datafolha, a pessebista tem 30% das intenções de votos, atrás de Dilma, com 37%. Em terceiro lugar, o tucano Aécio Neves está com 17%.

ELEIÇÕES: Vamos regularizar atuação de terceirizados, afirma Marina

ESTADAO.COM.BR
LILIAN VENTURINI E ANA FERNANDES - O ESTADO DE S. PAULO

Em entrevista, candidata do PSB à Presidência descarta mudanças na CLT e diz ainda que chorar não é sinal de fragilidade e lembra choro de Lula na posse
São Paulo - A candidata do PSB à Presidência, Marina Silva, afirmou nesta quinta-feira, 25, que em um eventual governo vai regulamentar o trabalho terceirizado no País. Tema de discussão jurídica e ainda sem lei clara, a atualização das regras da terceirização foi apresentada pela candidata durante entrevista concedida ao programa Bom dia Brasil, na Rede Globo, como meio para reduzir a informalidade no mercado de trabalho e garantir segurança jurídica ao empregador. Marina também rebateu que seu choro ao falar de ataques do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seja sinal de fragilidade.
Segundo a candidata, a sua proposta seria voltada somente às chamadas atividades meio desempenhadas pelo trabalhador e não à atividade fim - aquelas diretamente ligadas à atuação das empresas. "Fazer essa atualização para que aqueles que vivem na informalidade possam entrar no mercado formal de trabalho. E, ao mesmo tempo, aqueles que estão na atividade meio, que já estão no processo de terceirização - não a atividade fim, que fique bem claro que é o que já existe - que essas pessoas possam ter seus direitos respeitados. E que empregados e empregadores possam ter segurança jurídica. Esse é o esforço que nos estamos nos comprometendo para melhorar as condições dos trabalhadores e possa criar um espaço de segurança", afirmou Marina.
Incorporado ao cotidiano das empresas, o trabalho terceirizado ainda não tem lei específica e é alvo constante de contestações jurídicas entre empregados e empresas. O debate atualmente é regrado por meio da Súmula 331 do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que, em resumo, diz que as empresas podem terceirizar atividades meio, mas não as atividades fim. Uma ação sobre o tema também está em análise no Supremo Tribunal Federal (STF).
Marina voltou a dizer que não pretende mexer nas regras das leis trabalhistas. "Nós não vamos mexer na CLT. Nós queremos fazer uma atualização para que direitos possam ser ampliados e para que aqueles aspectos que ainda não estão sendo cumpridos adequadamente possam ser cumpridos."
Choro. A candidata admitiu na entrevista que chorou ao comentar os ataques do ex-presidente Lula, durante a conversa com uma jornalista. Marina, no entanto, disse que a reação não sinaliza fragilidade. "Não é fragilidade. Quem foi que disse que um presidente da República não tem emoções?", questionou, para em seguida lembrar que Lula também chorou quando assumiu a Presidência.
Marina reconheceu que a reação pode ter passado uma imagem de fragilidade para parte do eleitorado. Ela afirmou, contudo, que talvez alguns eleitores tenham feito essa imagem dela porque há muito preconceito com sua origem humilde. "Já vi tantas vezes líderes chorando e não é por isso que eles são mais fracos ou menos fracos. Sou uma pessoa sensível, mas não se pode confundir sensibilidade com fraqueza. As pessoas que não se deixam emocionar, essas sim podem ser muito fracas", disse.
Marina explicou que, no momento em que chorou, falava com uma repórter filha de um ex-companheiro do PT - o vereador José Américo. Segundo a candidata, ela falava das filhas, que têm a mesma idade da repórter, e sobre a lembrança delas da relação mantida com o PT e com Lula, e por isso se emocionou. "O álbum de fotografia delas, quando crianças, era sapatinho vermelho, chapéu vermelho, botão do PT, tudo do PT. (...) E a minha filha disse 'mãe, o que foi feito com a gente? A gente tinha tanto orgulho do nosso álbum, agora a gente não tem mais'", contou.

CIDADES: Primeira cota da reserva do Cantareira pode acabar em 57 dias, diz Arce

ESTADAO.COM.BR

Davi Ribeiro/Folhapress
Represa de Jaguari-Jacareí, em Joanópolis (SP), que integra o sistema Cantareira, tem nível cada vez mais baixo por causa da estiagem
O secretário paulista de Saneamento e Recursos Hídricos, Mauro Arce, disse nesta quinta-feira, 25, que a primeira cota do volume morto do Sistema Cantareira deve durar até o dia 21 de novembro, se o índice de chuvas na região dos reservatórios permanecer como está.
O governo Geraldo Alckmin (PSDB) conta com uma segunda cota da reserva profunda das represas para manter o abastecimento na Grande São Paulo até março do ano que vem sem adotar racionamento oficial de água.
"Nós agora temos um segundo volume que estamos preparando para usar. Vamos adiar o máximo", disse Arce, sobre os 106 bilhões de litros adicionais da reserva que a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) pretende utilizar.
"Se continuar assim, vamos liberar no dia 21 de novembro", completou o secretário, que participou de uma visita ao Parque Várzeas do Tietê, na zona leste de São Paulo, ao lado de Alckmin. O uso do segundo volume morto ainda não foi liberado pelos órgãos reguladores do manancial.
Nesta quinta, o nível do Cantareira chegou a 7,4% da capacidade, o mais baixo da história. Restam hoje nos cinco reservatórios que formam o manancial 72,2 bilhões de litros da primeira cota do volume morto, de 182,5 bilhões, que começou a ser bombeada no dia 31 de maio.
Alckmin tem apostado na próxima temporada de chuvas, que vai de outubro a março, para aliviar a crise de abastecimento e recarregar as represas. Para ele, há chances de não precisar utilizar a segunda cota do volume morto.
"Nós estamos preparados. Mas talvez nem precise da chamada da segunda reserva técnica", disse o tucano, que havia descartado retirar mais água da reserva há três meses.
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