sexta-feira, 10 de maio de 2013

ECONOMIA: Bovespa opera em queda, e dólar avança nesta sexta

Do UOL, em São Paulo

A Bovespa operava em queda nesta sexta-feira (10). Por volta das 12h, o Ibovespa (principal índice da Bolsa) perdia 0,94%, aos 54.928,34 pontos.
O dólar comercial ganhava 0,39%, para R$ 2,024 na venda.
O euro tinha leve alta de 0,08%, a R$ 2,626 na venda. 
Bolsas internacionais
As ações japonesas subiram 2,93% e atingiram recorde em cinco anos e meio, com o dólar ultrapassando o nível simbólico de 100 ienes, mas as demais ações asiáticas caíram à medida que as ações globais também recuaram de altas recordes.
As ações sul-coreanas recuaram 1,75% após a queda do iene; a Bolsa de Hong Kong subiu 0,47%, enquanto o mercado em Xangai avançou 0,62%. A bolsa de Taiwan teve leve queda de 0,07%, enquanto Cingapura avançou 0,32%.
(Com Reuters)

SEGURANÇA: Empresário é morto após reagir a assalto na Barra

De ATARDE.COM.BR

Google Earth
Ladrão abordou vítima na Rua Silvino Marquês, no Morro do Ipiranga, na Barra
Um empresário de 60 anos foi morto na noie desta quinta-feira, 9, por volta de 19h30, na porta de sua casa, no bairro da Barra, em Salvador.
De acordo com informações da Superintendência de Telecomunicações das Polícias Civil e Militar (Stelecom), Alfredo Marinho Falcão Neto foi atingido por disparos de arma de fogo na região do tórax após reagir a um assalto.
A vítima chegava à residência, na Rua Silvino Marques, no Morro do Ipiranga, quando foi abordado por assaltantes, que acabaram levando seu carro, modelo Fiat Strada.
Ele foi socorrido por um vizinho para o Hospital Geral do Estado (HGE), mas já chegou ao local sem vida. O crime será investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

COMENTÁRIO: Sem folga na direção

Por Dora Kramer - O Estado de S.Paulo

Volta e meia sai uma pesquisa registrando índices de popularidade inéditos para a presidente Dilma Rousseff, em geral seguida de outra informando que, "se a eleição fosse hoje", ela estaria reeleita. No primeiro turno.
A mais recente, encomendada pelo PSDB, coincide com os dados divulgados pelo Ibope em março: Dilma tem 53% das intenções de voto. Isso em cenário de múltiplas candidaturas adversárias. Segundo o Ibope, a presidente teria 58% enfrentando três oponentes e 60% se os desafiantes forem apenas dois, Marina Silva e Aécio Neves.
Visto assim do alto, o quadro é extremamente favorável à presidente. Ainda mais se considerados dados do Ibope sobre as intenções de voto de Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio da Silva em 1998 e 2006, anos das respectivas reeleições.
FH tinha 25% na pesquisa espontânea e Lula, 27%. Nesse tipo de consulta em que não é apresentada ao pesquisado uma lista de nomes, Dilma apareceu com 35% em março último.
Mas há diferenças significativas. A antecedência da consulta, por exemplo. O índice de Lula foi medido seis meses antes da eleição, o de Fernando Henrique, três meses e o de Dilma, um ano e meio antes.
Na época, Lula estava às voltas com o escândalo do mensalão. FH enfrentava turbulências sérias na economia e na política, pois perdera a majestade com o esforço para aprovar a emenda da reeleição no ano anterior e sua base de sustentação no Congresso dava sinais graves de desgaste que viria a se consolidar depois no afastamento do então PFL (hoje DEM) e na dispersão do PMDB.
Ainda assim foram reeleitos. O tucano em primeiro turno com 53,06% dos votos e o petista no segundo, com 60,83%. Ponto a favor de Dilma? Não necessariamente.
A presidente em tese vive circunstâncias mais vantajosas: não tem oposição forte como tinha o tucano, não está na administração de um escândalo das proporções do mensalão, vive em campanha eleitoral aberta no pleno uso da máquina estatal, em suma: joga sozinha e com as "brancas".
Nessas condições, 53% de intenções de voto não é grande coisa: o jogo ainda não começou para valer, a economia patina, as insatisfações se explicitam nos setores mais diretamente interessados (empresariado e políticos) e a imagem de grande gestora e governante austera vai batendo de frente com a realidade de resultados parcos e fisiologismo deslavado.
Se o cenário não sinaliza perda do favoritismo, tampouco desenha vitória no primeiro turno.
Ética temporã. A Comissão de Ética Pública da Presidência da República vai examinar o caso do acúmulo de funções do ministro da Micro e Pequena Empresa, o vice-governador de São Paulo, Guilherme Afif Domingos, no próximo dia 20.
Duas semanas depois de oficializada a escolha. O natural seria que a questão tivesse sido analisada (e resolvida) antes da nomeação e não depois da enxurrada de questionamentos.
Para lembrar dois exemplos em que isso foi feito a tempo e a hora em governo do PT. Gilberto Gil só aceitou o ministério da Cultura mediante sinal verde da Comissão de Ética em relação às suas atividades artísticas. Márcio Thomaz Bastos, da Justiça, passou a administração de seus bens para uma instituição financeira e se desfez das cotas de seu escritório de advocacia, em operação aprovada previamente pela Comissão.
A propósito: a presidente disse ontem que Afif é a pessoa certa no lugar certo. Pode até ser, mas do jeito errado.

COMENTÁRIO: O campeão moral

Por Celso Ming - O Estado de S.Paulo

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, parece ter descoberto agora que a geração de postos de trabalho é o objetivo mais importante da política econômica. "Tão ou mais importante do que o PIB é a geração de empregos formais no País." Foi o que disse ontem, em Brasília, em exposição feita aos políticos do PT.
A declaração está correta, embora tenha sido feita com propósito compensatório. Explicando melhor: o governo Dilma é prisioneiro de armadilha fatal marcada pelo baixo crescimento com alta inflação. Não vem conseguindo entregar o pibão prometido, mas, em compensação, vai garantindo o pleno emprego.
O tom é quase o mesmo da declaração do então técnico da seleção brasileira, Claudio Coutinho, em 1978. Disse o treinador, logo após perder a Copa do Mundo da Argentina: "O Brasil não é o campeão do mundo, mas é o campeão moral".
Mas o ministro Mantega não deixa de ter razão quando se lembra do essencial: o principal objetivo da política econômica e do próprio crescimento, até aqui, foi a criação de postos de trabalho, e não, simplesmente, ostentar progressos recordes do PIB.
O avanço econômico em todo o mundo nas condições conhecidas parece estar com seus dias contados, pela simples razão de que o Planeta não aguenta. Muito antes de atingir os padrões de consumo dos Estados Unidos, a economia da China, por exemplo, tende a esbarrar em brutal travamento. Basta imaginar o que aconteceria com o trânsito urbano de veículos quando três em cada dez chineses puderem ter um automóvel. Mais cedo ou mais tarde, será inevitável alguma importante mudança no atual paradigma mundial de produção e consumo.
No entanto, por outras razões, as implicações da afirmação do ministro Guido Mantega são graves. Se o Brasil atingiu o pleno emprego mesmo com essa sucessão de pibinhos e se o custo da mão de obra na indústria de transformação vem aumentando, em média, quase 7% ao ano, então é preciso entender que o potencial de crescimento econômico do Brasil está seriamente comprometido pela impossibilidade de expansão do emprego. Não estamos mais no século 20. O Brasil vive um momento em que se esgotou a oferta ilimitada de mão de obra.
Colocado em outros termos, se o mercado de trabalho já está excessivamente aquecido (como adverte o Banco Central), mesmo com essa expansão medíocre do PIB, o que não acontecerá com a oferta e com o custo da mão de obra no Brasil se o governo conseguisse emplacar os tais 4,0% ou 4,5% ao ano de expansão da atividade econômica que vem prometendo?
Como tantas autoridades têm avisado, parece claro que o principal desafio da economia brasileira já não é mais aumentar os postos de trabalho, mas, sim, assegurar a elevação da produtividade da mão de obra. E isso se obtém somente com mais educação e mais treinamento, projetos que não têm condição de maturação no curto prazo.
No mais, resta dar ao ministro Mantega a mesma resposta que o técnico campeão do mundo de 1978, o argentino César Luis Menotti, deu ao técnico brasileiro da ocasião, Claudio Coutinho: "Cumprimento o Brasil pelo título de campeão moral".

POLÍTICA: Pastor Marcos ganha corrente de apoio na Alerj

De OGLOBO.COM.BR
FABÍOLA GERBASE  / ANA CLÁUDIA COSTA
 
Religioso já recebeu a Medalha Tiradentes, maior comenda da Casa
Marco Feliciano defendeu-o no Twitter
O pastor Marcos Pereira com o uniforme da Secretaria estadual de Administração Penitenciária (Seap) Divulgação/Seap
RIO — “Sua profissão durante muito tempo foi a de maître de restaurante na Zona Sul do Rio. Tempos depois foi proprietário de um restaurante na Baixada Fluminense. Neste período, vivia totalmente envolvido nas noitadas, bebedeiras e prostituição. Fazendo também parte assiduamente da torcida organizada do Flamengo, em seu vocabulário, de cada dez palavras, nove eram palavrões”. Com essa descrição sobre os anos passados longe de Deus pelo pastor Marcos Pereira, hoje acusado de estupro e investigado por homicídio, o ex-deputado estadual José Nader Júnior (PTB) abriu o texto do projeto apresentado em 2009 à Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) propondo a entrega da Medalha Tiradentes a Marcos, cuja conversão a religioso é contada no mesmo texto. A homenagem não foi aprovada na época, mas voltou ao plenário pelas mãos do hoje deputado federal Walney Rocha (PTB), que deu ao pastor a maior comenda da Casa em abril de 2011, motivado pelo trabalho de Marcos com ex-detentos.
Cerca de um ano depois, o pastor subiu à tribuna da Alerj para receber o título de benemérito do estado, dessa vez, por iniciativa do deputado estadual Paulo Ramos (PDT). É ele quem lidera agora uma corrente de apoio ao religioso na Alerj, argumentando que a investigação da Delegacia de Combate às Drogas (Dcod), que prendeu Marcos, é falha. Ramos questionará o trabalho da unidade junto ao procurador geral de Justiça, Marfan Vieira, ao lado de outros deputados. Um deles é Edino Fonseca (PEN). Assim como Ramos, ele diz que as mulheres que acusam o pastor de estupro são ligadas ao AfroReggae, ONG liderada por José Júnior, autor das primeiras denúncias contra Marcos.
— A mulher do pastor, que dizem ter sido estuprada por ele, falou (anteontem) em depoimento na Comissão de Direitos Humanos da Alerj que é mentira. Isso não passa de um linchamento público — diz Ramos.
Colega da Alerj, o deputado Geraldo Pudim (PR) deu apoio ao pastor comparecendo à Dcod na noite da prisão. Já o deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara de Deputados, defendeu-o no Twitter: “Imprensa tem provas contra Marcos Pereira? Talvez: um delegado sem crimes para investigar”.
Empresas de fiéis ajudariam a lavar dinheiro do tráfico
Além de ser acusado de estupros, o pastor Marcos Pereira é suspeito de lavar dinheiro do tráfico, por meio de empresas abertas em nome de fiéis da Igreja Assembleia de Deus dos Últimos Dias e da compra de imóveis. A Polícia Civil está levantando os nomes de empresas que estariam sendo usadas no esquema montado pelo pastor. Uma delas, citada no depoimento de uma testemunha, seria de uma das mulheres que sofreram abuso sexual por parte do pastor, mas que hoje seria uma espécie de tesoureira da igreja. A empresa, que negociaria máquinas, tem sua sede numa casa simples num bairro residencial de Nilópolis. No inquérito, segundo o “RJ-TV”, da TV Globo, já são citados 17 imóveis em nome da igreja de Marcos Pereira, sendo dez deles na Barra e dois fora do estado.
Em depoimento na Delegacia de Combate às Drogas (Dcod), uma testemunha disse que o pastor tem autorização do traficante Márcio Nepomuceno dos Santos, o Marcinho VP, para lavar todo o lucro do tráfico. Essa testemunha disse ainda à polícia que, para justificar os bens em nome da empresa, o pastor alega que tudo é proveniente de doações de fiéis. O apartamento na Avenida Atlântica, em Copacabana, onde Marcos mora, por exemplo, está em nome da Assembleia de Deus dos Últimos Dias e teria sido doação de um empresário à igreja.
TJ nega pedidos de liberdade
Preso em Bangu 2, o pastor foi denunciado na quinta-feira pelo Ministério Público por dois estupros. O Tribunal de Justiça indeferiu dois pedidos de liminar em habeas corpus impetrados em favor de Marcos Pereira. O religioso responde ainda a quatro inquéritos por estupro e outro por lavagem de dinheiro, associação para o tráfico e homicídios. Há ainda informações sobre o envolvimento do pastor em roubo de carga. Um dos casos de homicídio é o de uma mulher que denunciou irregularidades cometidas na igreja e as orgias promovidas pelo pastor.
De acordo com o promotor da 8ª Promotoria de Investigação Penal (PIP) do Ministério Público, Rogério Lima Sá Ferreira, se condenado o pastor poderá cumprir pena que varia de seis a dez anos de reclusão por cada vítima de estupro. A pena pode ser acrescida de um quarto em cada caso porque o autor dos crimes tinha poder de autoridade perante as vítimas. Em sua denúncia, o promotor chega a dizer que o pastor seria um “estuprador em série”.

ECONOMIA: Bovespa opera em queda, e dólar avança nesta sexta

Do UOL, em São Paulo

A Bovespa operava em queda nesta sexta-feira (10). Por volta das 11h20, o Ibovespa (principal índice da Bolsa) perdia 0,86%, aos 54.970,2 pontos.
O dólar comercial ganhava 0,32%, para R$ 2,022 na venda.
O euro subia 0,11%, para R$ 2,627 na venda. 
Bolsas internacionais
As ações japonesas subiram 2,93% e atingiram recorde em cinco anos e meio, com o dólar ultrapassando o nível simbólico de 100 ienes, mas as demais ações asiáticas caíram à medida que as ações globais também recuaram de altas recordes.
As ações sul-coreanas recuaram 1,75% após a queda do iene; a Bolsa de Hong Kong subiu 0,47%, enquanto o mercado em Xangai avançou 0,62%. A bolsa de Taiwan teve leve queda de 0,07%, enquanto Cingapura avançou 0,32%.
(Com Reuters)

POLÍTICA: Campos pode desistir de candidatura, avalia Lula

Da FOLHA.COM
DE BRASÍLIA
DE SÃO PAULO

Os recentes movimentos do governador Eduardo Campos (PSB-PE) estão deixando em dúvida o ex-presidente Lula e alguns petistas.
Em reunião ontem no Palácio da Alvorada com a presidente Dilma Rousseff, Lula disse ainda apostar nas chances de o aliado desistir de disputar a Presidência em 2014, conforme duas pessoas que ouviram relatos do encontro.
Também participaram da conversa o ministro Aloizio Mercadante (Educação), o chefe de gabinete de Dilma, Giles Azevedo, o presidente do PT, Rui Falcão, e o marqueteiro João Santana.
Internamente, a hipótese de desistência parte da avaliação de que o pernambucano optou por se recolher após meses de exposição e críticas veladas ao governo.
PROGRAMA
Em programa partidário exibido de ontem na TV, o PT atribuiu aos governos da legenda todos os avanços que fizeram o Brasil "decolar".
Após uma cena em que o país se descolava do globo terrestre e levantava voo, afirmava-se que Lula "fez a primeira mudança" e Dilma Rousseff faz a segunda.
Nove ministros participaram, com destaque para Guido Mantega (Fazenda), que fez discurso incisivo sobre o controle da inflação, tema que vem causando preocupação ao governo. "Vamos continuar combatendo a inflação de forma implacável."

EDUCAÇÃO: MEC dará bolsa de R$ 400 para universitário de baixa renda

Do UOL
Mariana Tokarnia
Da Agência Brasil, em Brasília

Estudantes das universidades federais com renda inferior a 1,5 salário mínimo, de cursos com carga horária de no mínimo cinco horas diárias, poderão participar do Programa Nacional de Bolsa Permanência anunciado hoje (9) pelo MEC (Ministério da Educação).
A bolsa será de R$ 400 mensais. Para estudantes indígenas e quilombolas, o valor será superior, R$ 900. Os estudantes receberão um cartão do Banco do Brasil. A bolsa será recebida por meio dele. 
O programa será disponibilizado a partir da próxima segunda-feira (13). Primeiramente, as universidades terão acesso e poderão cadastrar os pró-reitores de cada área como interlocutores. A partir de então, os estudantes poderão se cadastrar, explica o secretário de Educação Superior do MEC, Paulo Speller. As bolsas serão distribuídas conforme a necessidade de cada instituto.
Segundo Speller, o cadastramento será online, com duração permanente e atualizado a cada mês pelas universidades. O secretário disse que a bolsa deverá dar tranquilidade ao aluno que enfrenta dificuldades econômicas.

DIREITO: Demissões de domésticas aumentam enquanto parecer sobre regulamentação é adiado

De OGLOBO.COM.BR
EXTRA

Da reta final da aprovação da PEC, em março, até agora, as dispensas aumentaram em 50%, afirma sindicato
Adiamento foi mal recebido por representantes do setor
RIO - Mais uma vez, a apresentação dos projetos de regulamentação da Emenda Constitucional 72, que garante novos direitos às empregadas domésticas foi adiada. Ontem, o senador Romero Jucá (PMDB-RR), relator da comissão mista responsável por consolidar as novas regras, disse que o governo federal, por meio da ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, quer apresentar mais contribuições aos projetos na semana que vem.
O adiamento foi mal recebido por representantes do setor. Advogado do Sindicatos dos Trabalhadores Domésticos do Município de Niterói e Regiões, Gilmar de Almeida disse que a falta da regulamentação tem gerado muitas dúvidas tanto nas empregadas quanto nos patrões.
A expectativa é que com a regulamentação dos novos direitos, o número de demissões pare de crescer. Segundo o advogado, da reta final da aprovação da PEC, em março, até agora, as dispensas aumentaram em 50% no sindicato.
Novo prazo
Romero Jucá acredita que a proposta será discutida e votada na comissão até o fim deste mês. Uma nova reunião da comissão está marcada para a próxima quinta-feira.
— Quero liquidar esse assunto ainda neste mês. Nosso prazo é o mês de maio e estamos trabalhando com força total no sentido de fechar rapidamente a proposta — disse Jucá à Agência Senado.
Tramitação
Após mais de dois anos tramitando, a PEC das Domésticas foi aprovada no Senado em 26 de março.
Promessa
Em 28 de março, o ministro do Trabalho, Manoel Dias, anunciou que a regulamentação sairia em 90 dias, atendendo a um pedido da presidente. A regulamentação analisará itens pendentes como pagamento do FGTS, adicional por trabalho noturno e demissão por justa causa.
Promulgação
No dia 2 de abril, a PEC foi promulgada. No mesmo dia começaram os trabalhos da comissão mista do Congresso que está elaborando o projeto da regulamentação. Dois dias depois, o Ministério do Trabalho instalou uma comissão para analisar a regulamentação de itens ainda pendentes da emenda.

DIREITO: Tribunais de 12 estados e do DF já autorizam casamento civil de pessoas do mesmo sexo

De OGOBO.COM.BR
MARCELLE RIBEIRO

Autorizações também passam a facilitar alguns processos, como a adoção de crianças
O casal Ricardo Pedro Fernandes (esquerda) e Carlos Eduardo Nagliatti está entre os beneficários da lei - Michel Filho / O Globo
SÃO PAULO - Como o Brasil não assumiu a causa nacionalmente, com o Congresso relutando sobre o tema, virou missão do Poder Judiciário de cada estado autorizar o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo. E, aos poucos, homossexuais começam a enxergar avanços em relação aos seus direitos. Em 12 estados, além do Distrito Federal, o casamento entre pessoas do mesmo sexo já garante direitos até há bem pouco tempo inalcançáveis, como receber herança do parceiro. As autorizações às uniões homoafetivas também passam a facilitar alguns processos, como a adoção de crianças por pessoas do mesmo sexo.
Segundo a Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), nesses estados já há provimentos das corregedorias de Tribunais de Justiça determinando que os cartórios realizem o casamento civil e a conversão da união estável de gays em casamento civil entre homossexuais. Foi a partir da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que, em 2011, reconheceu aos casais do mesmo sexo o direito à união estável que os Tribunais de Justiça começaram a autorizar o casamento país afora.
Três estados aderiram à causa
Hoje, mais de uma década depois do projeto apresentado pela então deputada Marta Suplicy pedindo o reconhecimento da união entre homossexuais, esse direito é garantido nos estados de Alagoas, Sergipe, Espírito Santo, Bahia, Piauí, São Paulo, Ceará, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rondônia, Santa Catarina e Paraíba, além do Distrito Federal. No Rio de Janeiro, o Tribunal de Justiça diminuiu a burocracia, mas ainda cabe a cada juiz decidir sobre os pedidos.
De acordo com a ABGLT, nas últimas três semanas, três estados aumentaram a onda a favor da causa gay e decidiram autorizar o casamento civil: Rondônia, Santa Catarina e Paraná. A associação ainda espera o resultado de ofícios protocolados em outros estados. Considerando os 12 estados e o DF, mais da metade (103 milhões) da população brasileira (190 milhões) aparece representada nas decisões do Poder Judiciário.
Depois que o STF reconheceu que casais do mesmo sexo têm direito à união estável, a associação começou a entrar com pedidos em todos os tribunais do país para que as corregedorias dos TJs instruam e autorizem os cartórios de Registro Civil a receber e processar os pedidos de habilitação de casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Segundo o professor de Direito da FGV-Rio Thiago Bottino, a possibilidade de converter a união estável homoafetiva em casamento e a habilitação direta para o casamento (sem união estável prévia) são uma consequência do julgamento do Supremo, pois a legislação dá esse direito a heterossexuais, mas não está expressa na decisão do STF. Por isso, cada juiz interpreta de uma maneira. Quando o TJ de um estado edita um provimento sobre o assunto, ele diminui a insegurança jurídica.
— Nenhum estado precisa ter esse provimento, que é uma decisão de cada tribunal para evitar múltiplas interpretações sobre a possibilidade de casamento civil — explica Bottino.
Alguns estados autorizam o casamento civil para gays, mesmo não tendo editado um provimento, como é o caso do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro. No Rio, o TJ recentemente diminuiu a burocracia para os pedidos de casamento gay, mas a decisão de autorizá-lo ou não ainda cabe a cada juiz. Segundo o diretor de Relações Internacionais do Instituto Brasileiro de Direito de Família, o advogado Paulo Lins e Silva, no Rio, muitas vezes os pedidos feitos por moradores da capital têm sido negados, e os homossexuais só conseguem se casar após entrar com recurso no tribunal.
— E o Tribunal de Justiça do Rio tem reformado as decisões que negam os pedidos — diz Lins e Silva.
Para tentar ampliar o benefício a todo o país, o deputado federal Jean Wyllys solicitou ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que se pronuncie. O parlamentar também tem projeto que torna lei o casamento civil homoafetivo.
— Hoje, os casais podem casar em São Paulo, mas não podem casar em outro estado. Isso gera insegurança jurídica. Quero que o CNJ discipline isso para todo o país — afirmou o deputado.
Para o presidente da ABGLT, Carlos Magno Fonseca, o Congresso está influenciado por uma onda de conservadorismo, muitas vezes ligada à religião, e tem cruzado os braços em relação às reivindicações dos homossexuais.
— Está muito difícil conseguirmos ter uma lei no Congresso Nacional que unifique isso para todos os estados. Isso evitaria essa interpretação individual dos juízes. O maior entrave para as conquistas dos homossexuais é a Câmara e o Senado. Temos avançado no Supremo e nas políticas públicas no Executivo, mas não no Congresso — disse Fonseca.
Distrito Federal recua em punição
O governo do Distrito Federal publicou, ontem, decreto que endurecia a punição para pessoas que cometessem atos de discriminação contra homossexuais. Porém, no mesmo dia, voltou atrás e revogou a lei que foi publicada no “Diário Oficial”, alegando “vícios formais” que passaram despercebidos pelo gabinete do governador Agnelo Queiroz. “O decreto chegou à publicação no Diário Oficial por um erro de tramitação do gabinete, haja vista que o texto não passou pela área jurídica. Foram identificados vícios formais que precisam ser corrigidos. Por isso, o assunto será encaminhado à área jurídica para os ajustes necessários”, afirmou o governo no final da noite, em nota.
Pesquisa de Informações Básicas Estaduais (Estadic) 2012, do IBGE, divulgada em março, verificou a existência de conselhos estaduais para diversos temas. Todos os estados têm esses grupos para saúde, educação, habitação, etc. Mas apenas cinco têm conselhos para direitos de homossexuais: Pará, Goiás, Rio de Janeiro, São Paulo e Mato Grosso do Sul.

POLÍTICA: Ex-agente do DOI-Codi diz que Ustra torturava e que era ‘senhor da vida e da morte’

De OGLOBO.COM.BR
EVANDRO ÉBOLI

Coronel também é aguardado para prestar depoimento hoje à Comissão da Verdade, mas ele deve permanecer calado
O ex-sargento Marival Chaves presta depoimento à Comissão Nacional da Verdade - Ailton de Freitas / Agência O Globo
BRASÍLIA — A sessão pública da Comissão da Verdade iniciou na manhã desta sexta-feira com depoimento do ex-servidor do DOI-Codi de São Paulo o ex-sargento Marival Chaves, que assegurou que o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, então capitão, comandava as torturas na repressão. Marival afirmou que Ustra era "senhor da vida e da morte", escolhia quem iria viver ou morrer. Ustra também é aguardado para prestar depoimento hoje, mas ele deve permanecer calado após obter na Justiça habeas corpus que lhe garante o direito de permanecer calado. A liminar também determinou que seja garantida sua integridade física durante o depoimento. A Polícia Federal montou esquema de segurança no local.
— Um capitão era naquela ocasião senhor da vida e da morte. Nâo tenho dúvida que ele torturava, porque ele circulava por pela área de interrogatório, especialmente quando tinham presos importantes sendo interrogados. Vi ele lá, por exemplo, na antessala do interrogatório, aguardando o momento de serem chamados o Wladimir Herzog e Paulo Markun (jornalista).
O ex-sargento também contou que os corpos de militantes políticos assassinados em centros de tortura eram exibidos depois para os agentes no DOI-Codi. Ele se recorda da exibição dos corpos do casal Antônio Carlos Bicalho Lana e de sua companheira Sônia Maria Moraes, em 1973.
— Eram exibidos como troféu, ainda com sangue jorrando — disse Marival, que já encerrou seu depoimento.
Marival trabalhava na análise de documentos do DOI-Codi. Ele contou que fez curso onde aprendeu técnicas de tortura como o pau de arara. Ele contou que saiu do Exército porque não aguentou conviver com as cenas de atrocidades e negou que tenha sido por denúncias de extorsão.
Antes de iniciar seu depoimento, Marival Chaves, entregou cartas com conteúdo de ameaças de morte que recebeu por ter denunciado atos de tortura no DOI-Codi. Marival trabalhou no DOI durante cinco meses entre 1973 e 1974. O ex-sargento disse também que ocorreram muitas mortes na unidade, mas que é "difícil de mensurar quantas", e que corpos foram jogados no Rio Avaré, em São Paulo.
Ao terminar, o ex-sargento pediu para que outros militares fizessem como ele e contassem o que viram durante a ditadura militar.
Esta é a primeira vez que um depoimento de agente da ditadura é aberto ao público. O depoimento acontece no auditório do Centro Cultural do Banco do Brasil, em Brasília, onde fica a sede da Comissão da Verdade.

SEGURANÇA: Operação das polícias civis prende 2.067 pessoas em todo o país

Do UOL, em São Paulo

A Operação PC27, deflagrada nesta quinta-feira (9) simultaneamente pelas polícias civis em todo o país, prendeu 2.067 pessoas suspeitas de envolvimento em diversos crimes. Os policiais reprimiram o tráfico de drogas, a venda de produtos piratas, o roubo de carros e cumpriram mandados de prisão e de busca e apreensão, entre outras diligências.
Participaram das ações 4.610 policiais civis e 535 delegados das 27 unidades da Federação. A operação deliberada pelo Conselho Nacional dos Chefes de Polícia Civil, presidido pela chefe da Polícia Civil do Rio, delegada Martha Rocha, apreendeu ainda 79 menores.
Em Goiás, 101 pessoas foram presas - 18 delas são policias militares. No Paraná, 303 foram apreendidos, entre eles 15 adolescentes. Até às 10h desta sexta-feira, 10, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo não sabia informar os dados da "Operação PC-27" no Estado.
Os policias recuperaram ainda 189 veículos roubados e apreenderam 255 armas, 178 quilos de maconha, 47 quilos de cocaína e 11 quilos de crack, além de R$ 176.398,10.
Em Foz do Iguaçu (PR) a operação levou à prisão de um dos responsáveis pelo roubo de quadros dos pintores Pablo Picasso e Cândido Portinari do Museu de Arte de São Paulo em dezembro de 2007. Robson Jesus Jordão, o 'Robinho', estava foragido da Penitenciária de Valparaíso, no interior de São Paulo.
(Com Estadão Conteúdo e Agência Brasil)

CORRUPÇÃO?: Sobe para nove número de políticos e empresários presos por desvio de recursos do SUS no Acre

Do UOL
Assem Neto
Sérgio Valle
PF prende o ex-superintendente regional da Caixa Econômica Federal no Acre Aurélio Cruz (centro) por suspeita de participação em fraude em licitações no Estado
A Polícia Federal prendeu, na manhã desta sexta-feira (10), em Rio Branco, o sobrinho do governador Tião Viana (PT), Tiago Paiva, que responde pela Direção de Análises Clínicas da Secretaria de Estado de Saúde; o secretário de Obras, Wolvenar Camargo; além do diretor do Departamento de Pavimentação e Saneamento do Acre, Gildo César.
Também foram conduzidos à sede da PF o secretário Municipal de Desenvolvimento e Gestão Urbana de Rio Branco, Luiz Antonio Rocha; o ex-superintendente regional da Caixa Econômica Federal no Acre Aurélio Cruz, ex-secretário de Habitação no Estado; o empresário João Albuquerque, dono da maior empresa de construção civil do Acre, a Albuquerque Engenharia, e o empresário Narciso Júnior, diretor-superintendente da TV O Rio Branco, afiliada do SBT no Acre.
Estão presos, ainda, os empreiteiros José Adriano e Francisco Salomão, ex-presidente da Fieac (Federação das Indústrias do Acre). A operação, denominada G-7, envolve 150 agentes e deve cumprir, ao longo do dia, 34 mandados de busca e apreensão. 
As investigações começaram em 2011 e culminaram com a identificação de um grupo de sete empresas do ramo de construção civil que atuavam em conjunto para fraudar licitações de obras públicas no Estado, informa a assessoria da PF.
Foram examinadas licitações executadas nos municípios acrianos de Tarauacá, Manuel Urbano, Plácido de Castro, Vila Campinas e Acrelândia, informa a assessoria da PF. As investigações identificaram a existência de várias obras licitadas que jamais chegaram a ser executadas. De seis contratos examinados, totalizando R$ 40 milhões, estima-se que os cofres públicos sofreram desfalque de cerca de R$ 4 milhões.
As empresas simulavam concorrer entre si, garantindo, assim, que uma delas sempre vencesse a licitação. Os concorrentes que não integrassem a organização criminosa eram eliminados ainda na fase da habilitação técnica, primeira fase da licitação, em que a administração pública exige da empresa comprovação de sua aptidão técnica para realizar o serviço.
Durante as investigações, os policiais identificaram um processo licitatório destinado à contratação de uma clínica de exames médicos para desviar fraudulentamente recursos do SUS (Sistema Único de Saúde), do governo federal.
Os suspeitos deverão responder pelos crimes de formação de cartel, falsidade ideológica, corrupção ativa e passiva, formação de quadrilha, fraude à licitação e desvio de recursos públicos.
A reportagem do UOL entrou em contato por telefone com o governo do Acre, mas até a conclusão deste texto não havia recebido retorno para as ligações.

DIREITO: STF - Plenário autoriza abertura de ação penal contra Anthony Garotinho

O Plenário do Supremo Tribunal Federal, por maioria, concluiu pelo recebimento de queixa-crime (Inquérito 3228) apresentada pelo empresário Hiroshi Matsuayama contra o deputado federal Anthony Garotinho (PR-RJ) para apuração de suposta prática dos crimes de calúnia e difamação. A alegação é de que o parlamentar teria postado em blog pessoal, no dia 1º de junho de 2010, nota intitulada “Mais uma negociata na Cedae”, na qual faria insinuações ofensivas à honra do empresário.
Calúnia e difamação são crimes contra a honra, respectivamente tipificados nos artigos 138 e 139 do Código Penal (CP). O crime de calúnia refere-se a uma falsa imputação de fato definido como crime e a difamação diz respeito a uma imputação de fato ofensivo à reputação.
O caso
O texto publicado no chamado “Blog do Garotinho” faz referência a uma denúncia formulada por funcionários da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae), do Rio de Janeiro, sobre um suposto esquema montado pelo presidente da estatal com a participação da empresa Gestão de Medição e Faturamento – GMF Ltda., que seria gerenciada por Hiroshi Matsuayama.
De acordo com o autor da queixa, o crime de difamação decorreria da afirmação de que a GMF estaria envolvida em “mais um ‘esquema’ montado por Wagner Victer” e, o de calúnia, da imputação de que esta teria prestado serviços antes mesmo de concluído o procedimento licitatório, o que configuraria delito de fraude à licitação (artigo 90 da Lei 8.666/93). Sustenta que a extensão do dano teria sido potencializada pela divulgação do conteúdo ofensivo em blog com milhares de acessos diários.
Recebimento
O relator do Inquérito, ministro Marco Aurélio, entendeu que o caso é relevante, sob o ângulo penal. “O quadro, de início, não revela a vontade de apenas informar”, afirmou, ressaltando que, para ele, nesse momento, “consubstanciam os crimes referidos contra a honra”.
De acordo com o ministro Marco Aurélio, o investigado [Anthony Garotinho] atuou na condição de político, e não de jornalista e, talvez, mesmo a pretexto de atingir o presidente da Cedae, Wagner Victer, “acabou por lançar elementos consubstanciadores dos crimes de calúnia e difamação”.
Em relação ao crime de difamação, o ministro verificou ter sido apontado, de forma geral, que a empresa, à época de propriedade de Hiroshi Matsuayama e de outros sócios, gozaria de má fama. Além disso, o ministro citou divulgação realizada, com ampla repercussão, na qual a empresa constaria na lista das 500 maiores devedoras do Instituto Nacional do Seguro Social.
O ministro Marco Aurélio ressaltou que o deputado federal deveria ter se dirigido ao Ministério Público e não ter consignado, ao término da notícia publicada no blog: “alô, Ministério Público, essa história está cheirando muito mal”. Acompanharam o voto do relator os ministros Teori Zavascki, Rosa Weber, Dias Toffoli, Cármen Lúcia e Ricardo Lewandowski.
Divergência
O ministro Joaquim Barbosa ficou vencido ao votar pelo não acolhimento da acusação. Para ele, os fatos narrados não constituem crime. O ministro ressaltou que a matéria veiculada indica que a empresa GMF – e não o querelante – “tem uma péssima fama no Mato Grosso, sendo acusada pelo Ministério Público de envolvimento em licitações fraudulentas”. Esse fato, segundo o ministro Joaquim Barbosa, foi noticiado por diversos meios de comunicação conforme demonstrado pelo advogado de Anthony Garotinho em defesa preliminar.
“Desse modo, verifico que o texto, reputado como ofensivo, possui manifesta intenção de censurar a suposta existência de um esquema envolvendo uma estatal e a empresa gerenciada pelo querelante [Hiroshi Matsuayama], colocando-as sob suspeita, fato este que, embora rude ou áspero, demonstram apenas o ânimo de narrar e criticar, insuficiente a meu ver para a caracterização de crimes contra a honra”, concluiu o ministro Joaquim Barbosa.
O ministro Luiz Fux não participou do julgamento em razão de impedimento.

ECONOMIA: Emprego na indústria recua 1% no trimestre e tem 6º período seguido de queda

Da FOLHA.COM
MARIANA SALLOWICZ, DO RIO

O emprego na indústria apresentou queda de 1% no primeiro trimestre do ano na comparação com o mesmo período de 2012, informou nesta sexta-feira o IBGE.
Trata-se do sexto trimestre consecutivo de resultados negativos, mas com uma ligeira redução no ritmo de queda frente ao registrado no último trimestre do ano passado (-1,2%). O resultado ocorre diante de uma queda de 0,5% na produção industrial durante os três primeiros meses do ano.
Na comparação entre março e o mesmo mês de 2012, houve retração de 0,6%, o 18º resultado negativo nesse tipo de confronto, mas o menos intenso desde janeiro do ano passado (-0,4%).
"O emprego está refletindo a dificuldade que a indústria tem enfrentado para aumentar a produção diante de um cenário externo desaquecido, o que demanda menos exportações, e o aumento da concorrência com os importados", afirma o economista do IBGE Fernando Abritta.
Já na passagem de fevereiro para março teve alta de 0,2% na série livre de influências sazonais. O resultado foi o primeiro positivo do ano: em janeiro caiu 0,1% e em fevereiro ficou estável.
O emprego no acumulado dos últimos 12 meses encerrados em março teve queda de 1,4%, próximo das marcas registradas em fevereiro (-1,5%) e janeiro (-1,4%).
Márcia Ribeiro - 22.jan.13/Folhapress 
Funcionária em linha da produção de indústria em SP; emprego industrial no Estado recuou 0,8% no trimestre
REGIÕES
No índice acumulado do primeiro trimestre, o emprego industrial teve taxas negativas em 10 das 14 regiões pesquisadas. Entre março e o mesmo mês de 2012, apresentou redução em nove regiões.
O maior impacto negativo no trimestre veio do Nordeste (-4,7%), seguido por Rio Grande do Sul (-3%) e São Paulo (-0,8%). Já a maior pressão positiva veio do Paraná (1,8%).
Por setor, as maiores quedas no emprego durante o primeiro trimestre vieram de vestuário (-6,4%), calçados e couros (-4,8%) e produtos têxteis (-5,2%). Tratam-se de setores que sofrem com a concorrência dos produtos importados.
Já as altas mais significativas ocorreram entre os setores de alimentos e bebidas (1,6%) e borracha e plástico (2,6%).
O número de horas pagas também ficou menor no trimestre ante mesmo período de 2012, com recuo de 1,7%, sendo as maiores retrações vindas mais uma vez de vestuários (-7,4%), calçados e couro (-7,4%) e produtos têxteis (-5,6%).
No sentido oposto, a principal contribuição positiva sobre o total do número de horas pagas aos trabalhadores da indústria veio de alimentos e bebidas (1,1%).
Por região, 13 dos 14 locais apresentaram taxas negativas, com destaque para o recuo de 4,8% registrado no Nordeste, vindo a seguir as perdas verificadas em São Paulo (-1,3%) e Rio Grande do Sul (-4,3%). 
O valor da folha de pagamento nos primeiros três meses do ano avançou 1,9%, com taxas positivas em 11 dos 14 locais pesquisados. Em março ante o mesmo mês de 2012, houve expansão de 2,5%.

DIREITO: STF - STF nega recurso sobre dedução da CSLL da base de cálculo do IR de empresas

O Supremo Tribunal Federal (STF) concluiu, na sessão desta quinta-feira (9), a apreciação do Recurso Extraordinário (RE) 582525, em que o Banespa S/A Serviços Técnicos Administrativos e de Corretagem de Seguros contestava decisão do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3) no sentido de não ser possível dedução da CSLL - Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - na apuração da sua própria base de cálculo, bem como da base de cálculo do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ).
A análise do recurso foi retomada hoje com o voto do ministro Teori Zavascki (que sucedeu o ministro Cezar Peluso, autor do pedido de vista que havia interrompido o julgamento).
Prevaleceu o voto do relator, ministro Joaquim Barbosa (presidente), que negou provimento ao recurso após rejeitar o argumento da empresa de que a CSLL seria uma despesa operacional necessária à atividade empresarial devendo, por esta condição, ser deduzida do lucro real. Ao acompanhar o relator, o ministro Teori lembrou que a CSLL, instituída pela Lei 7.689/1988, destina-se ao custeio da Previdência Social e tem como base de cálculo o valor do resultado do exercício, no período-base de 1º de janeiro a 31 de dezembro de cada ano, antes da provisão para o Imposto de Renda.
“Aos argumentos trazidos pelo ministro-relator, que rebateu a tese da recorrente, acrescenta-se que a CSLL, por ser uma contribuição apurada sobre o lucro líquido e em momento anterior à apuração do próprio Imposto de Renda, não constituiu uma despesa operacional, mas sim uma parte do lucro real, reservada para o custeio da Previdência Social, nesse sentido é a previsão do impugnado artigo 1º da Lei 9.316/96”, afirmou o ministro Teori.
Também votaram na sessão de hoje, acompanhando o relator, os ministros Rosa Weber, Luiz Fux, Dias Toffoli, Cármen Lúcia e Ricardo Lewandowski. O ministro Marco Aurélio, que já havia proferido voto antes do pedido de vista, foi o único a divergir.
O ministro Fux ressaltou que os conceitos de lucro e de renda são conceitos legais, na medida em que dependem de diversas operações, não se confundindo com o conceito abstrato e coloquial de lucro puro. “Porque, a levar-se em consideração este conceito, uma pessoa física só pagaria imposto de renda depois de deduzir tudo o que gasta por mês, sendo que, às vezes ela até termina o mês deficitária, e então não pagaria absolutamente nada de imposto de renda? Na verdade, esse lucro que é tributável decorre de um comando legal e, no campo do direito tributário, dois princípios são muito caros: o da legalidade (e aqui impede a dedução pretendida pela empresa) e o ausência da limitação constitucional do poder de tributar. E isso foi obedecido no caso em foco”, concluiu.
Como essa matéria teve repercussão geral reconhecida pelo STF, a decisão deste julgamento deverá ser aplicada por outros tribunais em todos os processos semelhantes.

DIREITO: STF - Lei paulista sobre uso de armas apreendidas é inconstitucional, decide STF

Por unanimidade, o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) julgou procedente a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 3193, na qual a Procuradoria-Geral da República (PGR) questiona a Lei 11.060/2002 do Estado de São Paulo, que autoriza o uso pelas polícias civil e militar de armas de fogo apreendidas em decorrência da prática de crime e à disposição da Justiça. Para o relator, ministro Marco Aurélio, a lei é inconstitucional pois legisla sobre normas relativas a material bélico e direito processual penal, de competência privativa da União.
“Quando a norma atacada determina a transferência das armas de fogo para a Secretaria de Segurança Pública, incorpora ao ordenamento jurídico estadual normas da competência privativa da União. Se a Constituição Federal atribui à União legislar sobre o comércio de material bélico e direito processual penal, não possui o estado-membro qualquer relação com o tema”, afirmou.
A União editou a Lei 10.826/2003, segundo a qual é vedada a cessão de armas de fogo apreendidas para qualquer pessoa ou instituição. Segundo a norma, quando as armas apreendidas não interessarem mais à persecução penal, devem ser encaminhadas pelo juiz competente ao Comando do Exército, o qual definirá sua destruição ou doação para órgãos da segurança pública ou às próprias Forças Armadas.
Precedentes
O ministro Marco Aurélio citou em seu voto precedente do STF segundo o qual a reserva constitucional para a União legislar sobre o tema não se aplica apenas a operações de compra e venda, mas à circulação de objetos belicosos. O entendimento foi fixado na ADI 3258, que questionava lei de teor semelhante à lei paulista criada pelo Estado de Rondônia. Na ADI 2035, também citada no voto do relator, entendeu-se que a expressão “material bélico” usada pela Constituição Federal trata de qualquer tipo de arma de fogo ou munição, mesmo que não voltada ao uso em guerra externa.

DIREITO: STF - Aplicado princípio da insignificância a mulher acusada de tentar furtar 11 latas de leite em pó

A Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) aplicou o princípio da insignificância ao caso de mulher acusada de tentar furtar 11 latas de leite em pó, no valor de R$ 76,89. Há indícios de que ela seja esquizofrênica. 
Após ser acusada, a Defensoria Pública impetrou habeas corpus no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) pedindo o trancamento da ação penal. O pedido foi negado porque, segundo os desembargadores, não seria possível trancar a ação sem a conclusão de exame de sanidade mental, uma vez que a paciente é reincidente específica e possui maus antecedentes. 
No STJ, a Defensoria alegou que a mulher realmente era esquizofrênica e que não seria possível submetê-la a exame de sanidade diante de um fato que é atípico. Insistiu no trancamento da ação penal, pela aplicação do princípio da insignificância. 
Relevância jurídica
O relator do caso na Sexta Turma, ministro Og Fernandes, explicou que a caracterização do fato típico, ou seja, de que determinada conduta mereça a intervenção do direito penal, exige a análise de três aspectos: o formal, o subjetivo e o material ou normativo. 
A tipicidade formal consiste na perfeita inclusão da conduta do agente no tipo previsto abstratamente pela lei penal. O aspecto subjetivo é o dolo, a intenção de violar a lei. Já a tipicidade material implica verificar se a conduta possui relevância penal diante da lesão provocada no bem jurídico tutelado. Segundo o ministro, a intervenção do direito penal apenas se justifica quando esse bem for exposto a um dano com relevante lesividade. 
“Não há a tipicidade material, mas apenas a formal, quando a conduta não possui relevância jurídica, afastando-se, por consequência, a intervenção da tutela penal em face do postulado da intervenção mínima”, afirmou o ministro. “É o chamado princípio da insignificância”, explicou. 
Aplicação do princípio 
No caso julgado, Og Fernandes reconheceu “a mínima ofensividade da conduta do agente, nenhuma periculosidade social da ação, reduzidíssimo grau de reprovabilidade do comportamento e inexpressividade da lesão jurídica provocada”. 
Ele acrescentou que, segundo a jurisprudência consolidada no STJ e no Supremo Tribunal Federal, a existência de condições pessoais desfavoráveis, como maus antecedentes, reincidência ou ações penais em curso, não impede a aplicação do princípio da insignificância. 
Com essas considerações, a Turma não conheceu do pedido de habeas corpus, com base no novo entendimento da Corte de que ele não pode ser utilizado como substituto de recurso ordinário. Todavia, concedeu a ordem de ofício para trancar a ação penal. 
A decisão foi tomada por maioria de votos, tendo em vista que a aplicação do princípio da insignificância em casos concretos costuma gerar muito debate e divergência entre os ministros.

DIREITO: STJ - Editora Abril deve indenizar Globo por uso de trechos da música Dancin Days na Playboy

A Editora Abril deve pagar indenização no valor de R$ 15 mil ao Sistema Globo de Edições Musicais por violação de direitos autorais. O motivo é o uso não autorizado de trechos da letra da música Dancing Days na edição de fevereiro de 1999 da revista Playboy. A Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou recurso da editora contra a condenação imposta pela Justiça paulista. 
Seguindo o voto do relator, ministro Luis Felipe Salomão, a Turma decidiu que a transcrição não autorizada de trecho musical em periódico não se enquadra nas hipóteses que excluem o direito de exploração exclusiva pelo titular da obra. 
A música Dancing Days, gravada pelo grupo As Frenéticas, foi composta em 1978 por Nelson Motta e Rubens de Queiroz Barra para integrar a trilha sonora de novela homônima. Trechos desse grande sucesso foram destacados em ensaio fotográfico da Playboy, como “Abra suas asas, Solte suas feras, Entre nesta festa”. 
Convenção de Berna
Na ação, a Globo pediu indenização de R$ 30 mil. Alegou que, por conta do uso indevido da música, perdeu negócio publicitário no valor de R$ 120 mil, em que a obra seria utilizada em comercial nacional do creme dental Kolynos. 
O pedido foi negado em primeira instância, mas, no julgamento da apelação, o Tribunal de Justiça de São Paulo fixou a indenização em R$ 15 mil, corrigidos desde o uso indevido da obra. 
No recurso ao STJ, a Editora Abril alegou que a Lei de Direitos Autorais (Lei 9.610/98) admite situações em que o uso de obra intelectual possa ocorrer livremente, sem autorização. Apontou também que a lei consagra o fair use, previsto na Convenção de Berna – da qual o Brasil é signatário –, o que autoriza o uso de pequenos trechos de obras preexistentes para composição de outras criações de modo livre. 
Por fim, alegou que os versos da música têm caráter acessório na composição do ensaio fotográfico da revista, sem gerar nenhum prejuízo para a exploração da obra musical. 
Fair use
O ministro Luis Felipe Salomão explicou que as normas internacionais que regem o fair use ou usage loyal estabelecem condições para sua aplicação: que se trate de casos especiais expressamente previstos em lei; que não atentem contra a exploração normal da obra; e que não prejudiquem injustificadamente os legítimos interesses do autor. Contudo, não há interpretação clara do que seja “exploração normal” e “prejuízo injustificado”. 
Na Lei 9.610, os limites do direito autoral estão previstos nos artigos 46, 47 e 48. Em síntese, a reprodução de pequenos trechos de obras de qualquer natureza não viola direitos autorais, desde que a reprodução não seja o objetivo principal da nova obra. 
Para Salomão, a citação de trechos de obras alheias sem autorização somente se enquadra nos permissivos legais quando realizada a título científico ou educativo. Não se enquadra nessas regras a menção de trecho de obra musical em periódico de cunho erótico, sem consentimento dos autores nem referência aos seus nomes. 
Seguindo o voto do relator, os ministros da Quarta Turma entenderam que a inserção do refrão da música no ensaio fotográfico da revista não está coberta pela permissão legal por ter caráter de completude e não de acessório, e porque os titulares dos direitos patrimoniais vinham explorando a obra comercialmente.

quinta-feira, 9 de maio de 2013

POLÍTICA: Na posse de Afif, Dilma pede ao Congresso para aprovar MP dos Portos

De OGLOBO.COM.BR
Chico de Gois / Luiza Damé / Isabel Braga

Henrique Alves convocou sessão para votar projeto na segunda-feira. Renan Calheiros espera analisar texto no Senado no dia seguinte
BRASÍLIA - Na posse do ministro da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif Domingos, a presidente Dilma Rousseff fez um apelo para que o Congresso aprova a medida provisória (MP) que trata da concessão de portos à iniciativa privada. Dilma observou que o chamado custo-Brasil atual refere-se a problemas de infraestrutura e que é preciso enfrentá-los para poder tornar o país mais competitivo. O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) afirmou que convocou sessão para votar o assunto na segunda-feira, e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse que caso isso aconteça, espera votar texto na terça-feira.
- É inequívoco que o custo-Brasil vem evoluindo. Hoje. o custo-Brasil cada vez mais é infraestrutura. E portos é algo estratégico nessa questão, que está no cerne do problema da competitividade. Não podemos desenvolver o país se não tivermos uma estrutura dos portos aberta à iniciativa privada. Sei que tem interesses consolidados. Diante desses interesse consolidados, o novo às vezes atemoriza excessivamente. Apelo para que o Congresso faça um esforço no tempo que resta para aprovar essa que é uma questão estratégica para o país - disse Dilma.
A sessão de ontem na Câmara, que iria votar a MP, foi interrompida depois de bate-boca e troca de acusações entre deputados. A Câmara também apresentou diversas emendas que, no entendimento do governo, desfiguram o projeto original.
Depois da solenidade, da qual participaram parlamentares, incluindo o presidente do Senado, a presidente disse que vai lutar até quinta-feira para aprovar a MP.
- Estou tentando aprovar esta (medida provisória). Vou lutar até quinta-feira - disse a presidente, quando subia para seu gabinete no Palácio do Planalto.
A presidente disse que "há interesses consolidados e o novo atemoriza", mas voltou a afirmar que os direitos dos trabalhadores serão preservados. Segundo ela, a mudança na lei dos portos visa garantir o acesso da produção "sem barreiras". Ela lembrou que o controle de portos vem dos primórdios, citando a abertura dos portos às nações amigas, na época do Império.
Dilma afirmou que tocava no assunto durante a posse de um ministro porque, para ela, o problema está ligado à burocracia que há no país. Afif havia declarado, em seu discurso, que há dois tipos de burocracia no país. Comparando ao colesterol, disse que há a boa e a má burocracia.
- O bom colesterol é o serviço público exemplar. O ruim é aquele que entope, que atrapalha - disse.
Afifo elogiou a postura de Dilma de criar a secretaria para cuidar das micro e pequenas empresas e chamou o ex-presidente Lula, de quem era desafeto, de querido por ter, juntamente com ele, lutado para tratar de questões importantes para a micro e pequenas empresas durante a Constituinte.
- O excesso de burocracia é o biombo da corrupção - disse Afif.
A posse foi bastante concorrida. Entre os presentes estavam o ex-prefeito de São Paulo e presidente do PSD Gilberto Kassab, o deputado Paulo Maluf, que se sentou num lugar discreto, além de parlamentares do PMDB, do PSB e de outras legendas.
Renan diz que Senado deve fazer ‘um esforço’ para votar MP
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que compareceu à posse de Afif, depois de ouvir o apelo de Dilma para que o Congresso vote a MP dos Portos, disse que fará um esforço para apreciar a matéria até a próxima quinta-feira,quando a MP caduca.
- Nós vamos fazer um esforço, aprovado pelos líderes, um procedimento, de que é difícil aprovar MP que não permite sequer um prazo de 10 dias para sua discussão. Mas vamos conversar com os líderes. Primeiro, estamos aguardando a manifestação da Câmara dos Deputados. Renan afirmou que é necessário que haja uma excepcionalidade para que a matéria seja apreciada a tempo.
- Nós vamos fazer o que for possível para atender. Mas, primeiro, prudentemente, temos de aguardar a manifestação da Câmara dos Deputados. Torço para que a MP seja aprovada e trabalharei nessa direção.
No Congresso, Henrique Alves afirmou que convocou para segunda-feira sessão para votar o assunto. O presidente do Senado disse que, caso isso ocorra, ele tentará conversar com os líderes para votar a MP no Senado na terça-feira.
Sobre as denúncias que ontem impediram a votação da MP, o presidente da Câmara disse que não recebeu nenhuma formalização sobre irregularidades, e que caso isso aconteça, elas serão avaliadas, mas que o objetivo agora é discutir o mérito do projeto.
- É preciso chegar e serem formalizadas à Mesa Diretora da Casa. Vamos aguardar - disse Henrique Alves.




O líder do PT na Câmara, deputado José Guimarães (CE), disse que a Câmara tentará votar a MP dos Portos na próxima segunda-feira. Ele disse que o governo não aceita que a MP seja desfigurada.






- O clima (na sessão de ontem) esquentou porque não concordamos com a emenda aglutinativa apresentada (pelo líder do PMDB, Eduardo Cunha), porque ela queria quebrar a espinha dorsal da MP - disse Guimarães.


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