sexta-feira, 25 de outubro de 2013

ECONOMIA: Dólar opera em queda, a R$ 2,188; BC anuncia leilão de rolagem

Do UOL

O dólar comercial operava em queda nesta sexta-feira (25), após o Banco Central anunciar que realizará em 28, 29 e 30 de outubro nova etapa de rolagem de contratos de swap cambial tradicional - equivalente à venda dólares no futuro - que vencem em 1º de novembro. Por volta das 13h51, a moeda norte-americana recuava 0,62% , cotada a R$ 2,188. O BC realizou hoje leilão no mercado à vista previsto em seu cronograma de intervenções, com a oferta de até US$ 1 bilhão com compromisso de recompra em duas etapas. O BC vendeu apenas a segunda etapa do leilão com recompra em 3 de junho de 2014. Na primeira etapa, que tinha recompra em 4 de fevereiro do ano que vem, não foram vendidas ofertas.

SEGURANÇA: Setenta e sete veículos são levados por bandidos esta semana em Salvador e RMS

Do METRO1.COM.BR

Foto: Arquivo / Metropress (Ilustrativa)
As estatísticas de polícia desta semana são alarmantes. Somente entre segunda-feira e a manhã de hoje, 77 veículos foram roubados ou furtados em Salvador e Região Metropolitana (RMS). Uma média de 19 veículos levados pelos bandidos por dia. Além disso, a Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA) também contabilizou 20 assassinatos, duas tentativas de homicídio e 15 assaltos a ônibus.

COMENTÁRIO: Sol com peneira

Por DORA KRAMER - O Estado de S.Paulo

É verdade que as pesquisas de opinião de um tempo para cá passaram a ser o parâmetro principal de avaliação dos candidatos a eleições. É fato também que empobrece o debate e concentra a cobertura jornalística praticamente à análise de pesquisas.
Desde alguns anos o noticiário eleitoral, antes pautado pela cobertura das campanhas mediante as movimentações nos estados e o acompanhamento acurado dos atos e falas dos candidatos, passou a ser direcionado basicamente pelas pesquisas.
Não resta dúvida tampouco que esse papel de protagonista deu às pesquisas uma importância superlativa. Ao ponto de passadas as eleições se cobrar dos institutos a precisão milimétrica do resultado, sem se levar em conta que resposta para pesquisador é uma coisa e vontade do eleitor no lusco-fusco da cabine indevassável pode ser outra muito diferente.
Daí a se querer resolver possíveis distorções mediante a proibição da divulgação de pesquisas a partir de determinado período antes do dia da votação vai uma grande distância. Esconde-se o sol com uma enorme peneira, cria-se um atrito com a Constituição e não se fala do que realmente está fora de lugar.
Encontra-se pronta para ser votada na Comissão de Constituição e Justiça do Senado uma emenda constitucional que proíbe a divulgação de pesquisas 15 dias antes dos pleitos sob o argumento, segundo seu autor o senador Luiz Henrique, de que "podem alterar a decisão de muitos eleitores".
E daí? Seria a primeira pergunta diante de tantos fatores que interferem e conduzem a decisão do voto.
A segunda indagação guarda relação com a improbabilidade de a proposta prosperar. O Supremo Tribunal Federal já disse em 2006 que tal proposta é inconstitucional. De onde a tentativa agora mudar a Constituição para incluí-la na legalidade.
De novo, e daí? Mesmo se aprovada, basta instituição autorizada (o Ministério Público, por exemplo) apresentar uma Ação Direta de Inconstitucionalidade que o STF confirmará a decisão anterior. Perda de tempo, portanto.
Fora isso é de se perguntar como seria na prática a proibição em tempos de comunicação total e instantânea. O veto seria estendido à internet, às redes sociais? Além de impossível, era o que faltava.
Isso não quer dizer que a "participação" das pesquisas em campanhas eleitorais não esteja a merecer correções de rumos. Mas não pela via que atualmente parece ter virado a solução para todas as insatisfações: a proibição pura e simples. Seja de liberdade aos autores de biografias, em nome das eventuais calúnias, seja de pesquisa para resguardar a autonomia mental do eleitor.
O que não se deve é dar a essas consultas a dimensão de oráculo. Elas fornecessem informações, e por isso não podem ser subtraídas do público, mas não oferecem todos os dados. Proibi-las não dará ao eleitor o discernimento que por muitas vezes lhe faz muita falta.
Não corrigirá, sobretudo, a deformação que parece mais grave e de enfrentamento urgente: a dupla militância de institutos de pesquisa que, contratados por essa ou aquela campanha, têm seus trabalhos divulgados como se isentos da possibilidade de agradarem ao cliente estivessem.
Isso, sim, cria suspeição. Isso, sim, deveria ser proibido.
Voto facultativo. Enfim, surge uma questão relevante nas discussões sobre reforma política no Congresso: o fim do voto obrigatório, como proposta a ser apresentada pelo grupo que cuida do assunto na Câmara. Ainda que não seja aprovado pelo conjunto dos parlamentares - o que provavelmente não será, pois político não abre mão da reserva de mercado - a simples entrada do tema em pauta já dá uma arejada no ambiente.
Notadamente porque "chama" o eleitor para dentro do debate até agora restrito a assuntos do interesse exclusivo dos partidos.

COMENTÁRIO: Lambanças fiscais

Por CELSO MING - O Estado de S.Paulo

Afirmar que a deterioração das contas públicas brasileiras só está na imaginação dos desinformados é acrescentar mais um furo na credibilidade do governo.
Nos últimos dois dias, por exemplo, a presidente Dilma, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, o secretário-geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, e o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Márcio Holland, saíram em ordem unida para refutar documento do Fundo Monetário Internacional (FMI) que aponta fragilização das contas públicas.
A questão central é a divergência metodológica que envolve o calculo do passivo do Brasil. Para o FMI, este ano vai terminar com uma dívida pública bruta de 68,3% do PIB. Para o governo brasileiro, os títulos do Tesouro que estão no balanço do Banco Central para as tais operações compromissadas não deveriam fazer parte da estatística e, por isso, a dívida bruta não passa de 59,1% do PIB (dados de agosto).
O FMI não está inventando nada; está usando o mesmo método quando avalia a dívida de outras economias. O mais importante é que, tanto pelo critério do FMI como pelos critérios das autoridades federais, a dívida bruta está crescendo rápida e inconfundivelmente (veja o gráfico).
Por trás disso estão certas lambanças fiscais do governo federal, especialmente repasses de títulos públicos ao BNDES e à Caixa Econômica Federal, da ordem de R$ 400 bilhões, ou de 9% do PIB, para créditos subsidiados e para dar cobertura à formação de reservas (e para a política cambial) pelo Banco Central.
O governo prefere divulgar os dados da dívida líquida, ou seja, da dívida descontados os créditos. Mas se o Tesouro faz uma dívida, que repassa ao BNDES, que repassa às empresas que podem ou não pagar, como vai ocorrendo com o grupo Eike Batista, essa dívida líquida, descontados os créditos nem sempre de boa qualidade, incorpora suspeitas.
No mais, a administração das contas públicas do governo Dilma não tem a devida transparência, está sujeita a manobras contábeis esquisitas, que lembram o quilo de 800 gramas praticado por tantos açougues Brasil afora.
Não é apenas o FMI que vem denunciando a piora das contas públicas. As agências de classificação de risco, encarregadas de avaliar a qualidade de títulos de dívida, vêm dizendo a mesma coisa. E é também o que têm apontado analistas e economistas de várias escolas. O próprio presidente do BNDES, Luciano Coutinho, tem afirmado que a atual estratégia de obtenção de recursos (funding) não é sustentável e tem de mudar.
As consequências ruins dessa política estão em todos os cenários. A escalada da dívida bruta está corroendo a capacidade de avanço da economia, aumenta a insegurança, freia os investimentos e coloca em risco o grau de investimento do título do Tesouro, como vêm advertindo as agências de classificação de risco.
Se o governo entende que "não precisa de conselhos do FMI", como declarou ontem o ministro Gilberto Carvalho, deve pelo menos satisfação à sociedade. E é melhor começar com admitir que tem água nessa gasolina.

EDUCAÇÃO: Com recorde de inscritos, Enem terá 'operação de guerra' amanhã

Da FOLHA.COM

O MEC está preparando uma "operação de guerra" com Exército e Polícia Militar para aplicar a maior prova do Enem neste final de semana.
Ao todo, 7,8 milhões de alunos devem fazer a avaliação amanhã e no domingo --são 2 milhões de candidatos a mais do que em 2012.
De acordo com informações divulgadas pelo Inep (Instituto Nacional de Educação e Pesquisa), do MEC, o exame vai envolver 648 mil pessoas, dentre coordenadores estaduais, municipais e de locais de aplicação, chefes de sala, fiscais e apoio.
É o maior número de pessoal de apoio já registrado.
Esses profissionais vão cuidar de 15,7 milhões de provas que foram embaladas em malotes com lacres eletrônicos. Isso permite que a abertura dos pacotes fique registrada.
O MEC está com cuidado redobrado após alguns episódios de vazamento do exame. O mais sério foi em 2009, quando algumas provas foram levadas por funcionários de uma gráfica de São Paulo, que tentaram vendê-la.
Outra preocupação é a correção da redação. No ano passado, um texto com boa nota trazia uma receita de miojo.
Neste ano, a pasta quase dobrou o número de corretores de redação: serão 9,5 mil.
"O Enem é uma das maiores provas de avaliação de educação do mundo", explica Fernando Abrucio, professor e especialista em políticas públicas da FGV.
"É uma logística enorme aplicar uma prova dessa dimensão simultaneamente em todo o país --ainda mais em um país tão diverso", diz.
De acordo com David de Lima Simões, coordenador geral de concepção e de análise pedagógica do Enem, a tendência é que o número de participantes do exame cresça a cada ano, conforme a prova vai ganhando importância no cenário educacional brasileiro.
Hoje, o Enem é usado na seleção de universidades e de programas federais como o Prouni (que dá bolsas em universidades particulares) e o Ciência Sem Fronteiras (que dá bolsas no exterior).
FIQUE ATENTO
Amanhã, os candidatos fazem, no total, 90 questões das áreas ciências humanas e ciências da natureza.
Os organizadores recomendam que os estudantes cheguem ao local de prova até as 12h (horário de Brasília).

ECONOMIA: Em dia de queda na Bovespa, ações do BB sobem mais de 2% com novo limite para estrangeiros

De OGLOBO.COM.BR
LUCIANNE CARNEIRO (EMAIL)
GERALDA DOCA (EMAIL)

Autorização para mudança saiu por decreto presidencial
Decreto entra em vigor já a partir desta sexta-feira
RIO e BRASÍLIA - Um decreto presidencial elevou o limite permitido de participação estrangeira no capital total do Banco do Brasil. A fatia que pode ser destinada a investidores do exterior foi de 20% para 30%. Na contramão do mercado, que começou o dia em baixa, as ações ordinárias do Banco do Brasil apresentam a maior alta do pregão: 2,32% a R$ 29,01.
A informação foi divulgada por meio de fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). No “Diário Oficial da União”, o texto diz que “é do interesse do governo brasileiro a participação estrangeira” até esse total.
O aumento foi pedido pelo próprio Banco do Brasil, por prever maior demanda por papéis da instituição financeira com as novas regras do índice Bovespa.
- Se o banco ganhar mais presença no índice, os fundos que acompanham o Ibovespa precisarão comprar mais ações da instituição - explicou o vice-presidente de Gestão Financeira e de Relações com Investidores, Ivan Monteiro, à Reuters, por telefone.
Segundo o executivo, a participação estrangeira no capital esteve nos últimos meses muito próxima do limite anterior, de 20%.
- Em maio, essa participação chegou a 19,97%.
O limite já havia sido elevado em setembro de 2009 de 12,5% para 20%, na mesma ocasião em que foi autorizada pelo governo a emissão de American Depositary Receipts (ADRs) da instituição financeira.
A emissão dos recibos de ações negociados no mercado americano ocorreu em dezembro de 2009, quando o banco informou que a iniciativa permitiria a diversificação da base acionária e o aumento da liquidez da ações.
Segundo o documento assinado pela presidente Dilma Rousseff, o Banco Central tomará as providências necessárias para executar essa decisão. O decreto entra em vigor a partir desta sexta-feira.
O vice-presidente de Gestão Financeira e de Relações com Investidores do Banco do Brasil (BB), Ivan Monteiro, explicou que o objetivo da ampliação da fatia do capital estrangeiro para 30% é aumentar a liquidez das ações da instituição e assim, assegurar maior ganho aos acionistas. Ele destacou que a medida vinha sendo estudada pela direção do BB há seis meses, antes que a presença do investidor estrangeiro alcançasse o limite permitido, que era de 20%. Em 2006 o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva elevou a participação do capital estrangeiro de 5,6% para 12,5% e em 2009, para 20%.
- Quanto maior a liquidez, mais valorização e quanto mais valorização, maior a presença (do BB) no Índice da Bolsa - disse Monteiro, lembrando que, em 2014, haverá alterações na metodologia do Índice Bovespa, em que o valor da companhia passará a ter maior relevância. - As ações do BB estão reagindo positivamente, numa demonstração de que o mercado aplaudiu a medida. É um selo de reconhecimento à melhoria da governança do banco - comemorou Monteiro.
Reforçando o discurso de ontem da presidente Dilma Rousseff, ele disse que o investidor estrangeiro é "muito bem-vindo" ao país, que oferece uma "plataforma" de investimentos com alternativas para diversificar as aplicações.
Novas elevações não estão no horizonte, segundo ele, porque o Tesouro Nacional detém 58% das ações do banco e o fundo de pensão dos funcionários do BB (Previ), 10,48%. Os 30% restantes estão diluídos entre acionistas estrangeiros e nacionais.
Criação de valor para o banco
Para o estrategista-chefe da SLW Corretora, Pedro Galdi, a iniciativa é uma forma de criar valor para o Banco do Brasil:
— A permissão para ter mais capital estrangeiro cria valor para o Banco do Brasil. A demanda sobe e as ações avançam, ajudando a aumentar o valor de mercado do banco. Hoje, por exemplo, os papéis estão subindo enquanto o resto do mercado cai ou está parado. É uma forma de tornar o valor de mercado do banco maior — diz Galdi.
Na sua avaliação, esta não é uma estratégia para buscar novos recursos. O decreto permite que os papéis que hoje estão nas mãos de investidores brasileiros passe a estrangeiros, diz Galdi, explicando que a base acionária do banco permanecerá a mesma.
Segundo dados disponíveis na BM&FBovespa, a composição atual do capital social do Banco do Brasil é formado pelas seguintes bases: Secretaria do Tesouro Nacional (50,73% das ações); Caixa FI Garantia Construção Naval (3,69%); Fundo Fiscal de Inv. e Estabilização, (3,86%); Fundo Garantidor Para Investimentos (0,26%); Caixa de Previdência Dos Funcionários Do Banco Do Brasil (10,38%); BB Fgeduc - Fundo de Investimento Multimercado (0,22%) e BB FGO - Fundo de Investimento em Ações (0,33%). A quantidade de papéis do banco em livre circulação no mercado é estimada em 29,82% e em Tesouraria (0,70%).

ESPIONAGEM: Merkel: relações com EUA foram gravemente abaladas devido à espionagem

De OGLOBO.COM.BR
COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Líderes europeus afirmam que falta de confiança afeta a cooperação na luta contra o terror
Alemanha e França pressionam por uma reunião com os EUA antes do fim do ano
Primeiro-ministro da Itália, Enrico Letta, chanceler alemã, Angela Merkel, presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, presidente da Comissão Europeia, Jose Manuel Barroso, presidente da Lituânia, Dalia Grybauskaite, e premier da Holanda, Mark Rutte, no segundo dia da cúpula europeia JOHN THYS / AFP
BRUXELAS - As suspeitas de que governos e cidadãos europeus foram espionados pelos Estados Unidos abalam seriamente as relações entre o continente e o país, afirmou a chanceler federal alemã, Angela Merkel, nesta sexta-feira, em Bruxelas. O tema dominou a reunião de cúpula da União Europeia que ao seu fim emitiu um comunicado afirmando que a desconfiança dos EUA poderia prejudicar a luta contra o terrorismo e a cooperação para a coleta de informações.
- A confiança precisa ser restabelecida - disse Merkel, que teria tido o celular monitorado pela Agência Nacional de Segurança (NSA, em inglês). - Obviamente palavras não serão suficientes. Uma verdadeira mudança é necessária.
A reunião de dois dias foi realizada em meio a denúncias de que 35 chefes de Estado teriam sido espionados, de acordo com documentos vazados pelo ex-técnico da CIA Edward Snowden. Informações reveladas anteriormente pelo jornal “The Guardian” mostravam ainda uma parceria da NSA com a GCHQ, sua correspondente no Reino Unido.
A revolta e a preocupação com o assunto se refletiram no documento final da UE. “A coleta de informações é um elemento vital na luta contra o terrorismo”, afirmaram, e ela poderia ser afetada pela falta de confiança entre as nações.
Alemanha e França tomaram a frente do assunto e desejam se reunir com os EUA antes do final do ano para conversar sobre o assunto. O presidente François Hollande pediu a elaboração de um novo código de conduta entre os serviços de inteligência na UE - o que levanta a questão se o Reino Unido iria aderir, especula a imprensa britânica.
Uma série de acusações contra a NSA veio à tona nesta semana, incluindo o monitoramento do telefone celular da chanceler alemã, Angela Merkel. Na quinta-feira, ela exigiu dos Estados Unidos um pacto de “não-espionagem” até o fim do ano, apoiado por Paris, como maneira de interromper a vigilância de dois dos mais próximos aliados de Washington.
Após o primeiro dia da cúpula europeia, em Bruxelas, - onde foram discutidas acusações de que a NSA teria, além de vigiado o celular de Merkel, acessado dezenas de milhares de registros telefônicos franceses -, a chanceler afirmou que queria uma ação do presidente americano, Barack Obama, e não apenas “palavras”. Em nota emitida após o encontro, 28 líderes da UE disseram que apoiam a proposta.
Depois que presidentes e ex-presidentes descobriram terem sido pessoalmente espionados pela agência americana, novos documentos revelados pelo jornal britânico “The Guardian” na quinta-feira mostraram que no total 35 líderes mundiais foram vigiados. As últimas revelações têm como base documentos vazados pelo ex-técnico da CIA Edward Snowden, asilado na Rússia, aos quais o GLOBO teve acesso, revelando o esquema de espionagem ao Brasil e diretamente à presidente Dilma Rousseff.

ECONOMIA: Dólar opera em queda, após BC anunciar novos leilões de rolagem

Do UOL

O dólar comercial operava em queda nesta sexta-feira (25), após o Banco Central anunciar que realizará em 28, 29 e 30 de outubro nova etapa de rolagem de contratos de swap cambial tradicional -- equivalente à venda dólares no futuro -- que vencem em 1º de novembro. Por volta das 12h47, a moeda norte-americana recuava 0,73% , cotada a R$ 2,185 Nesta sexta-feira, o BC realiza leilão no mercado à vista previsto em seu cronograma de intervenções, com a oferta de até US$ 1 bilhão com compromisso de recompra em duas etapas.

ECONOMIA: Bovespa opera em queda; ações da MMX, OGX e TIM recuam

Do UOL

O principal índice da Bovespa operava em queda nesta sexta-feira (25). Os investidores estavam atentos aos resultados de empresas, divulgados ao longo desta semana. Por volta das 12h20, o Ibovespa caía 0,44%, a 54.636,71 pontos; no mesmo momento, as ações MMX, OGX e TIM recuavam. A mineradora de Eike Batista (MMXM3) tinha queda de 5,68%, a R$ 0,83, enquanto a ação petroleira do empresário (OGXP3) desvalorizava 8,33%, a R$ 0,33; a TIM (TIMP3) perdia 3,36%, a R$ 11,22, acompanhando a queda dos papéis de sua controladora, a Telecom Italia, em meio a notícias de que a italiana pode vender mais ações e cortar seu dividendo.

DIREITO: Interior terá 97 novos juízes a partir de terça-feira

De ATARDE.COM.BR
Rita Conrado
Diego Mascarenhas / AG. A TARDE
Fórum de Cachoeira, cidade onde houve ato público esta semana por mais juízes
Na terça-feira, 97 municípios do interior do estado recebem juízes de direito formados no último concurso realizado pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJ/BA). É a maior turma que ingressa na magistratura baiana nos últimos 20 anos, diz o juiz Cláudio Cesare, que coordenou o processo seletivo. Mas ainda faltam juízes em 103 comarcas da Bahia.
Os aprovados no concurso iniciado em janeiro de 2012 concluíram ontem a fase presencial do curso de formação, que a partir de agora consistirá em cursos à distância e atividades monitoradas.
Preferência - A formação dos juízes incluiu, além de cursos e treinamento em varas da Justiça de Salvador e visita de uma semana ao Supremo Tribunal Federal e Superior Tribunal de Justiça, em Brasília. A partir de terça, terão o desafio atender às demandas das suas comarcas, algumas já há sete anos sem juiz. Haverá casos em que um juiz terá de atender a mais de um município, até que novos concursos sejam realizados.
Apesar das dificuldades, o juiz Cláudio Cesare destaca o esforço do TJ/BA, que investiu na formação de uma das maiores turma formadas no país atualmente. "O tribunal sabe que ainda não presta serviço à altura da população, mas trabalha muito para isso", disse, ressaltando as dificuldades orçamentárias que impedem a realização mais frequente de concursos.
De uma só vez, atenderemos a quase 50% da necessidade dos municípios", observou. "Temos certeza que, a partir de terça-feira, a justiça no interior do estado passará por uma mudança substancial", diz. Segundo Cesare, a escolha das cidades atendidas agora foi feita com base em indicações da Corregedoria das Comarcas do Interior.
"A base de dados permitiu a identificação de demandas, observando-se queixas dos municípios na Ouvidoria, no Conselho Nacional de Justiça e também no tempo em que ficaram sem juiz. A definição da cidade para a qual o juiz será encaminhado foi feita pelos próprios magistrados, sendo dada a preferência de escolha aos melhores avaliados no processo seletivo.
Cesare diz que o período de formação também dá aos juízes respaldo emocional para lidar com a realidade. "É uma atividade solitária, que exige preparação. O magistrado precisa ter uma visão mais ampla", observou, destacando haver uma mudança extrema. "O advogado prioriza os interesses do seu cliente. O juiz tem que ser imparcial".
Aprovado em primeiro lugar no concurso, o juiz Valnei Mota Alves de Souza, 31 anos, assume na terça-feira a comarca de Miguel Calmon, a 356 km de Salvador, com uma população de 32 mil habitantes e quatro mil processos em trâmite. Escolheu a cidade da região de Jacobina pelas boas referências obtidas sobre a cidade e servidores da justiça da sua comarca.
Jovens - Sobre a sua excelente avaliação, prefere atribuir às boas condições em que se encontrava durante a seleção. "Estava num bom dia", disse. "Tenho certeza de todos os aprovados têm o mesmo nível de conhecimento e são muito qualificados para a função". 
O juiz, que escolheu a cidade de Miguel Calmon de forma "intuitiva", está dentro do perfil dos candidatos aprovados. São jovens entre 27 a 32 anos. Vieram de toda parte do país, especialmente de Minas Gerais, que terá 12 juízes atuando na Bahia. Dos 97 aprovados, 36 são mulheres.

DENÚNCIA: Deputado acusa servidor do TRE/BA de pedir propina

De ATARDE.COM.BR
Regina Bochicchio

Reprodução
Joseph Rodrigues, está sendo acusado de extorsão pelo deputado Angelo Coronel, do PSD
O servidor público responsável pelo setor de prestação de contas dos partidos políticos no Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-Ba), Joseph Rodrigues, está sendo acusado de extorsão pelo deputado estadual Angelo Coronel, tesoureiro do PSD. Coronel denunciou o caso ao Ministério Público Federal (MPF) na quinta-feira junto com uma gravação de vídeo na qual Joseph aparece recebendo dinheiro (seriam R$ 28 mil) para, supostamente, preparar prestação de contas do PSD.
O servidor nega as acusações e diz que irá se pronunciar, por escrito, nesta sexta-feira, 25. A presidente do TRE, Sara Brito, diz que irá abrir procedimento investigativo para apurar o caso (leia abaixo).
No TRE, os documentos de prestação de contas anual de partidos (relativa ao fundo partidário) passam pelo setor onde Joseph trabalha para receber parecer por aprovação ou rejeição, antes de serem levados ao pleno do TRE.
Tratativa - A TARDE teve acesso ao vídeo de 20 minutos, gravado com uma câmera escondida na última terça-feira no gabinete do deputado Angelo Coronel, na Assembleia Legislativa. As imagens mostram dois assessores de Coronel - Antonio Andrade e Marcio Barreto - conversando com o servidor do TRE.
Eles pagam uma quantia em dinheiro a ele, que conta as notas. Joseph diz que, após o adiantamento em dinheiro, as parcelas mensais serão de R$ 2 mil. Ele afirma ter uma empresa que prepara prestações de contas de partidos, inclusive pelo interior, e que já teria servido a clientes como o DEM, PRP e o PSOL - deste ultimo, não teria cobrado dinheiro para "ajudar" na elaboração do documento.
Ele também dá a entender que, quando os processos não estão nas suas mãos, pode influenciar assessores ou conseguir informação sobre o teor dos pareceres eleitorais. Avisa, porém, que o pedido tem de ser feito com antecedência "porque lá existem procedimentos".
Num momento da conversa, um dos assessores do deputado diz que há um processo que será julgado e que a preocupação é a de "o pessoal bater o martelo". Ao que Joseph responde: "Eu vou olhar que processo é esse e vou te ligar. Vou ver como é que o relator vai agir, posso falar com ela", diz, referindo-se, sem citar nome, a uma assessora do "Dr. Saulo (Casali)", juiz do TRE . 
A TARDE procurou Joseph Rodrigues no TRE. Ele não quis falar, a princípio, mas atendeu a reportagem por telefone, já fora do prédio, e negou todas as acusações. "Não existe qualquer tipo de tratativa para atender resultados de pareceres. Eu não vou falar hoje (quinta), mas amanhã (sexta) estarei me pronunciando por escrito", disse.
Alerta - O TRE divulgou nota onde informa que "ainda não recebeu nenhuma comunicação formal dos fatos e, quando receber, será feita a devida apuração". A TARDE apurou que a presidente Sara Brito irá abrir procedimento investigativo nesta sexta, 25, pela manhã para apurar o caso.
A nota diz, ainda, que "a notícia causou surpresa, tendo em vista o padrão de excelência e a credibilidade de que sempre gozou o servidor na Justiça Eleitoral do Estado". Joseph é funcionário público concursado e está há mais de 8 anos na Justiça Eleitoral.
Ele se tornou referência na área de prestação de contas de partido e campanha eleitoral. Pessoas entrevistadas pela reportagem no TRE se disseram surpresas com a notícia visto que Joseph sempre gozou de reputação ilibada.
Questionado por A TARDE sobre por que seus assessores conversavam com Joseph em seu gabinete, o deputado Angelo Coronel disse que os assessores souberam de um técnico que prestava assessoria técnica para elaboração das contas - que o PSD procurava. Mas quando descobriram que se tratava do responsável pelo setor no TRE, informaram a Coronel o fato.
Por sua vez, o deputado narrou o caso ao vice-governador e presidente estadual do PSD, Otto Alencar. Otto teria tentado marcar audiência com Sara Brito por duas vezes para alertá-la do fato. Uma no Tribunal de Justiça e outra no TRE. Mas não houve retorno. "Por isso resolvemos ir ao Ministério Público", diz.
Ele explica: "Se ele (Joseph) oferecesse um serviço que fosse de outra natureza, tudo bem. Mas sendo funcionário do orgão e responsável pela análise de contas, era completamente errado. Isso mancha a imagem do TRE. Cumpri minha função de ouvidor", diz o deputado, que ocupa o cargo na Assembleia.

ECONOMIA: Gasto de brasileiros no exterior em setembro é o maior da história, diz BC

Do UOL, em São Paulo

Os gastos de brasileiros em viagens internacionais chegaram a US$ 2,168 bilhões em setembro, de acordo com dados do Banco Central (BC) divulgados nesta sexta-feira (25). É o maior resultado para meses de setembro, na série histórica do BC, iniciada em 1969. 
No mesmo mês do ano passado, essas despesas ficaram em US$ 1,703 bilhão. De janeiro a setembro de 2013, os gastos somaram US$ 18,937 bilhões, contra US$ 16,339 bilhões.
As receitas de estrangeiros em viagens no Brasil chegaram a US$ 505 milhões no mês passado, contra US$ 441 milhões em setembro de 2012. No acumulado até setembro, o resultado ficou em US$ 5,041 bilhões, ante US$ 5 bilhões em igual período do ano passado.
Os dados de viagens internacionais estão incluídos na conta de serviços (transportes, aluguel de equipamentos, seguros, entre outros). No mês passado, houve saldo negativo das receitas e despesas dessa conta, no total de US$ 4,529 bilhões. Nos nove meses do ano, o déficit ficou em US$ 34,812 bilhões.
Por sua vez, a conta de serviços faz parte das transações correntes, que são as compras e as vendas de mercadorias e serviços do país com o resto do mundo. No mês, o saldo negativo das transações correntes ficou em US$ 2,629 bilhões, contra US$ 2,599 bilhões em setembro de 2012.
De janeiro a setembro, o déficit em conta corrente chegou a US$ 60,416 bilhões, bem maior que o resultado de igual período do ano passado (US$ 34,139 bilhões). Em todo o ano passado, esse saldo negativo chegou a US$ 54,230 bilhões.
Além de serviços, nas transações correntes também está incluída a conta de rendas (remessas de lucros e dividendos, pagamentos de juros e salários), com déficit de US$ 406 milhões em setembro e de US$ 26,213 bilhões nos nove meses do ano. O ingresso líquido de transferências unilaterais correntes (doações e remessas de dólares que o país faz para o exterior ou recebe de outros países, sem contrapartida de serviços ou bens) ficou em US$ 161 milhões no mês passado e em 2,217 bilhões de janeiro a setembro deste ano.
(Com Agência Brasil)

MUNDO: Mais de 700 imigrantes são resgatados na costa da Itália

De OGLOBO.COM.BR
COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Eles foram levados para um centro de acolhimento de imigrantes já superlotado na ilha de Lampedusa
Entre os resgatados estão dezenas de mulheres e crianças
Reprodução de vídeo da guarda costeira italiana mostra imigrantes após resgate HO / AFP
ROMA - Navios da Marinha e da guarda costeira da Itália resgataram mais de 700 imigrantes nas águas entre a Sicília e o norte da África durante a noite de quinta-feira, em mais um incidente da crise imigratória que já custou centenas de vidas neste mês. Barcos de patrulha conduziram cinco operações, e entre os resgatados estão dezenas de mulheres e crianças, disseram autoridades nesta sexta-feira. Parte deles foi levada para um centro de recepção de imigrantes já superlotado na ilha de Lampedusa.
O primeiro-ministro italiano, Enrico Letta, pressionou os líderes da União Europeia reunidos em Bruxelas a aumentar a ajuda a países do Mediterrâneo, incluindo Itália, Grécia e Malta, que têm recebido o maior impacto da crise.
A Itália aumentou as patrulhas nas rotas marítimas entre Líbia e Tunísia e o país desde que mais de 360 imigrantes provenientes da Eritreia morreram no início de outubro, quando a embarcação em que estavam naufragou próximo a Lampedusa. Um segundo barco afundou uma semana depois, deixando uma estimativa de 200 pessoas desaparecidas.
O maior impacto é sobre Lampedusa, uma pequena ilha italiana entre a Sicília e a Tunísia que se transformou em porta de entrada de imigrantes - e cujo cemitério, já reclamou repetidas vezes a prefeita Giusi Nicolini, não comporta as centenas de corpos dos que fracassaram no caminho.
O centro de recepção da ilha enfrenta dificuldades para lidar com a chegada de imigrantes em fuga da guerra civil na Síria e da crise política no Egito e outros países árabes e africanos, que têm lançado inúmeras pessoas em perigosas travessias do Mediterrâneo a bordo de precárias embarcações. Enrico Letta enviou uma missão militar de caráter humanitário para intensificar a vigilância na região.
Mais de 32 mil imigrantes realizaram a viagem até o sul da Itália via barco este ano, de acordo com a Organização das Nações Unidas.

ECONOMIA: IBGE: cai produção de 64% dos produtos agrícolas, incluindo arroz e feijão

Do UOL, em São Paulo

De 64 produtos agrícolas, 41 tiveram uma queda na produção no Brasil em 2012 em relação ao ano anterior. A consequência: preço mais alto.
A dupla arroz e feijão, que compõe a base da alimentação brasileira, sofreu por conta de secas no Sul e no Nordeste do país. A estiagem fez a produção de arroz cair 14,3% e a de feijão, 18,6% no ano passado. Com isso, o arroz ficou 24,3% mais caro e o feijão subiu 48,4%.
As informações referem-se à safra de 2012, mas só foram divulgadas nesta sexta-feira (25) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), na pesquisa Produção Agrícola Municipal (PAM). O estudo investiga 64 produtos em quase todos os 5.565 municípios brasileiros.
Em 2012, deixaram de ser cultivados mais de 400 mil hectares de arroz no Brasil, sendo 127 mil só no Rio Grande do Sul. A situação foi ainda mais grave no caso do feijão: a área plantada caiu 725 mil hectares; além disso, form perdidos 473 mil hectares, principalmente em Pernambuco e Bahia.
Preço do alho sobe 80% e do tomate, 18,5%
Alho, tomate e batata inglesa também estão entre os produtos que tiveram aumento de preços por causa da queda na produção. O preço do alho aumentou quase 80%, devido à queda de 25,3% na produção; o do tomate, subiu 18,5%, com a produção 12,3% menor; o da batata inglesa subiu 5,6%, acompanhando a produção 4,7% menor.
Apesar de a produção ter se mantido, a cebola teve aumento de 31,7% no preço devido à maior procura.
Valor da produção agrícola chega a R$ 204 bi
Apesar de a produção da maioria das culturas ter caído, a alta dos preços fez o valor da produção agrícola fechar 2012 maior que no ano anterior: foram R$ 204 bilhões, 4,3% a mais que em 2011. 
O milho, o feijão e o algodão herbáceo foram os produtos que mais contribuíram para esse avanço. 
Milho tira liderança da soja
Desde 2002, a soja vinha sendo líder de produção no país. Na última safra, no entanto, o reinado foi abalado pelo milho. Em 2012, a produção brasileira de milho (71,1 milhões de toneladas) superou a da soja (65,9 milhões de toneladas).
Um dos motivos foi a queda de 12% na produção da soja no Brasil, mesmo com o aumento da área plantada, devido à falta de chuvas no Nordeste e no Sul.
Por outro lado, a seca que atingiu os Estados Unidos, maior produtor mundial de milho, prejudicou a produção por lá e fez o preço do grão subir no mercado internacional.
De olho nessa alta, agricultores brasileiros apostaram no milho: aumentaram a área plantada em 10,7% e investiram em tecnologia, fazendo com que a produção tivesse uma alta de 27,7%. A produção de milho cresceu, principalmente, na região Centro-Oeste.
Cana-de-açúcar tem queda após 12 anos
Após 12 anos de crescimento, a cana-de-açúcar teve uma produção 1,8% menor em 2012. Foram 721 milhões de toneladas no total. Mesmo assim, a cultura conseguiu obter um aumento de 3,1% no valor total da produção.
A parcela de cana de açúcar que foi destinada para a produção de açúcar aumentou 6,5% em 2012 em comparação com 2011. Dessa forma, 49,5% foi para o açúcar e 50,5% foi para o etanol; houve, com isso, uma redução de 8% na produção de etanol hidratado.
A soja e o milho, somados à cana de açúcar totalizam 57,7% do valor total da produção brasileira. 
Laranja e fumo têm queda na produção e no valor total da produção em 2012
Ao contrário de culturas como o arroz e o feijão que, apesar da produção menor, conseguiram obter aumento do valor total da produção com o aumento dos preços, a laranja e o fumo tiveram queda tanto na produção quanto no valor total da produção em 2012.
A safra total de laranja foi de 18 milhões de toneladas, mas com os preços baixos que fecharam o ano com o mínimo de R$ 6 pela caixa de 40,8 kg, mesmo com a oferta 9,1% menor do que a de 2011. Com isso, o valor total da produção caiu 30% em 2012.
O fumo teve uma produção 14,9% menor e um valor total da produção 4,2% menor em 2012 em comparação com 2011.

VARIAÇÃO DA PRODUÇÃO E DO VALOR DA PRODUÇÃO EM 2012

ProdutoToneladas produzidasVariação da produção sobre 2011 Variação do valor da produção sobre 2011 
Soja65,8 milhões-12%0,2%
Cana-de-açúcar721 millhões-1,8%3,1%
Milho71 milhões27,7%20,7%
Café3 milhões12,5%3%
Algodão herbáceo5 milhões-2%12%
Mandioca23 milhões-9%10,5%
Arroz11,5 milhões-14,3%6,8%
Feijão2,8 milhões-18,6%20,7%
Fumo0,8 milhões-14,9%-4,2%
Laranja18 milhões-9%-30%
  • Fonte: IBGE

ECONOMIA: Jornal britânico diz que leilão de Libra foi ‘medíocre’

Do ESTADAO.COM.BR
Fernando Nakagawa, correspondente da Agência Estado

Em artigo, 'Financial Times' questiona o governo brasileiro por comemorar o resultado de um leilão que teve apenas um concorrente
LONDRES - O resultado do leilão do pré-sal, realizado na última segunda-feira, 21, volta a ser destaque na imprensa europeia. Em artigo publicado na edição desta sexta-feira, 25, do Financial Times, o chefe da sucursal brasileira do jornal britânico, Joe Leahy, questiona o comportamento do governo brasileiro, que comemorou o resultado de um leilão que teve apenas um concorrente. "Algo está errado com a formulação das políticas no Brasil", diz o texto, que classifica o resultado da oferta como "medíocre".
Estadão
Sem disputa, Petrobrás venceu leilão de Libra com Shell, Total e duas chinesas
Com o título "Por que políticos brasileiros enalteceram o leilão com um lance", a análise de Leahy diz que o "entusiasmo do governo com o leilão que não foi um leilão pode ter sido, em parte, para esconder sua decepção". "Mas a explicação mais preocupante é que o governo está realmente satisfeito com o leilão que não conseguiu atrair concorrência. O governo pode estar aliviado com o resultado medíocre", diz o texto.
A explicação de Leahy está na cláusula da operação que exige um mínimo de "óleo lucro" para o governo. "Como isso (a falta de concorrência) aconteceu, o consórcio vencedor ofereceu o mínimo de 41,6%. Mas, se houvesse muita concorrência, o número poderia ter sido maior. Isso pode ter prejudicado a Petrobrás, cujas finanças estão tão ''tensas'' que não poderiam oferecer algo mais generoso para o governo", diz o texto.
O artigo compara esse conflito visto no leilão de Libra - desejo do governo de concorrência versus falta de fôlego financeiro da Petrobrás - com outros fenômenos conflitantes da economia brasileira.
"De fato, tais resultados são cada vez mais comuns com o governo fazendo malabarismos com tantos objetivos conflitantes. Ele está tentando reduzir a inflação enquanto enfraquece a taxa de câmbio. Está aumentando o gasto público enquanto aumenta as taxas de juros. E, na indústria do petróleo, tenta aumentar a participação do Estado ao mesmo tempo em que tenta atrair o setor privado. Até o governo já não parece tão certo sobre o que realmente está tentando conseguir", diz o texto.
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