sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

MUNDO: Ataque armado deixa cinco mortos em aeroporto internacional na Flórida

OGLOBO.COM.BR
POR O GLOBO

Há ao menos 8 feridos. Passageiros ficaram retidos após relatos de disparos. Imprensa diz que suspeito foi preso; ele seria militar e teria levado armas dentro de bagagem em voo

Pessoas se protegem após ouvirem tiros do lado de fora do aeroporto de Fort Lauderdale - Wilfredo Lee / AP

MIAMI - Um tiroteio deixou ao menos cinco mortos e oito feridos no aeroporto internacional Fort Lauderdale-Hollywood, perto de Miami, segundo o xerife do condado de Broward. Um suspeito foi preso após abrir fogo na tarde de sexta-feira. A prefeita Barbara Sharief deu conta de que o detido seria o único atirador. Segundo o senador da Flórida Bill Nelson, o agressor se chama Esteban Santiago. Centenas de pessoas ficaram retidas na pista do local, e o aeroporto foi fechado. O consulado brasileiro em Miami afirma que, até o momento, não tem informações sobre brasileiros entre os feridos ou mortos no ataque.
Houve relatos não confirmados de um novo tiroteio após a prisão do suspeito, que levou a buscas no entorno. Câmeras mostraram um outro homem sendo levado pela polícia, mas o caso não foi explicado. O xerife negou que tenham ocorrido tiros em outros pontos do aeroporto.
O senador da Flórida Bill Nelson afirmou que o atirador foi identificado como Esteban Santiago e carregava uma identidade militar. Segundo informações recebidas por Nelson, o suspeito tem 26 anos e disparou um total três cartuchos em silêncio antes de se sentar e esperar a chegada da polícia, sem ser ferido. Dados obtidos pela Inteligência dão conta de que ele seria da Guarda Nacional, foi recentemente liberado com honras, tem origem portorriquenha, é nascido nos EUA e residiu em Nova Jersey e no Alasca. O "Daily Beast" afirma que ele tem antecedentes criminais como violência doméstica, no Alasca. O suspeito está sendo interrogado, disse a polícia.
De acordo com relatos do condado de Broward, o suspeito teria despachado armas em um voo que vinha do Canadá, embarcou em um avião e desembarcou no aeroporto em Fort Lauderdale. Ali, pegou a bagagem e carregou a munição num banheiro antes de disparar no setor de restituição de bagagens. O xerife Scott Israel, em entrevista coletiva, desconversou sobre o assunto.

MUNDO: Trump admite pela 1ª vez chance de Rússia ter feito ciberataque

UOL

Lucas Jackson/Reuters

O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, admitiu nesta sexta-feira (6) a possibilidade de a Rússia ter hackeado alvos americanos, incluindo o Comitê Nacional do Partido Democrata, depois de um encontro de mais de duas horas com a cúpula da Inteligência americana. Entretanto, Trump assegurou que a ação de hackers não influenciou no resultado da eleição.
"Ainda que Rússia, China, outros países, grupos e pessoas tentem, continuamente, invadir a estrutura cibernética das nossas instituições governamentais, empresas e organizações, incluindo o Comitê Nacional Democrata, não houve - absolutamente - qualquer efeito no resultado da eleição", afirmou o republicano, em um comunicado.
O magnata anunciou ainda um esforço urgente para conter os ataques cibernéticos ao país.
A reunião aconteceu em um momento de alta tensão entre a comunidade de Inteligência e o futuro presidente, que questionou os relatórios de que Moscou inclinou as eleições a seu favor.
A poucas horas da reunião, em declarações ao jornal "The New York Times", Trump havia deixado claro que a tarefa de convencê-lo não seria fácil.
De acordo com o magnata, a polêmica sobre a interferência russa nas eleições americanas não passa de uma "caça às bruxas", porque ignora a capacidade de outros atores - como a China - e tem motivações políticas.
"Há relativamente pouco tempo, a China pirateou os nomes de 20 milhões de funcionários do governo", invadindo servidores do Escritório de Administração de Pessoal em 2014 e 2015, lembrou o presidente eleito.
"Como é que agora ninguém sequer fala disso? É uma caça às bruxas política", comentou.
Em uma aparente referência aos derrotados nas urnas em novembro, Trump disse ao jornal que "estão muito envergonhados".
"De certa forma, é uma caça às bruxas. Se concentram apenas nisso", alfinetou.
O republicano ressaltou, porém, que não quer "que haja países pirateando o nosso país. Piratearam a Casa Branca. Piratearam o Congresso. Somos a capital mundial da ciberpirataria".
Participaram do encontro o diretor de Inteligência Nacional, James Clapper; o chefe da Agência de Segurança Nacional (NSA), Mike Rogers; o diretor do FBI (a Polícia Federal), James Comey; e o diretor da Agência Central de Inteligência (CIA), John Brennan.
'Muita confiança'
Na quinta-feira (5), perante o Comitê de Serviços Armados do Senado, Clapper disse ter "muita" confiança nas provas coletadas.
"Os russos têm uma longa história de interferência nas eleições, nas suas e nas de outros povos", afirmou.
"Mas nunca havíamos encontrado uma campanha tão direta para interferir com o processo eleitoral como vimos neste caso", acrescentou.
"Tratou-se de uma campanha multifacetada", na qual os ciberataques foram "apenas uma parte, já que também incluía propaganda clássica, desinformação e notícias falsas", completou Clapper.
Em testemunho apresentado por escrito, Clapper e Rogers, assim como o subsecretário de Defesa para Assuntos de Inteligência, Marcel Lettre, afirmaram que "apenas os mais altos dirigentes russos poderiam ter autorizado" essa operação, durante a qual os hackers roubaram arquivos e e-mails do Partido Democrata.
Estes arquivos foram publicados pelo WikiLeaks, prejudicando a imagem do partido e minando os esforços de campanha da candidata democrata Hillary Clinton.
"A Rússia assumiu claramente uma postura mais agressiva, ao aumentar as operações de ciberespionagem, vazaram os dados roubados nessas operações e atacaram sistemas críticos de infraestrutura", completou Clapper.
Dúvidas de Trump
Trump, que prometeu uma aproximação com o governo do presidente Vladimir Putin deois de sua posse, rejeitou repetidamente essas afirmações.
No Twitter, o magnata republicano zombou dos erros anteriores de Inteligência da CIA, do FBI e de outras agências, e desafiou seus chefes a provar que os ciberataques e os vazamentos são provenientes do governo de Putin.
Na noite de ontem, Trump voltou a perguntar "como e por que eles estão tão certos sobre o ciberataque", afirmando que o Comitê Nacional Democrata impediu o FBI de ter acesso aos seus servidores.
O site BuzzFeed News afirmou que, de fato, o FBI nunca pediu para examiná-los.
Um funcionário familiarizado com o relatório confirmou à rede CNN que os intermediários que entregaram os e-mails roubados pela Rússia ao WikiLeaks foram identificados.
Além disso, as agências de Inteligência americanas interceptaram comunicações de funcionários russos de alto escalão que diziam ter celebrado a vitória de Trump como uma vitória para Moscou, segundo o jornal The Washington Post.
Uma versão "desclassificada" do relatório apresentado ao presidente - com detalhes sensíveis apagados - será publicada na próxima semana.
"Acredito que o público deva saber tudo o que for possível", defendeu Clapper.
A esperada audiência de quinta-feira no Senado não ofereceu novas evidências, porém, para apoiar as acusações contra a Rússia.
Quando os senadores pediram que fornecesse mais provas, Clapper repetidamente indicou que não podia fazer isso em público, porque poderia prejudicar as fontes e operações da comunidade de Inteligência.

DIREITO: Mãe perde poder familiar por maus-tratos e negligência com filhas menores

CONJUR

Por entender que a mãe de duas filhas menores de Gravataí (RS) não tinha interesse nas meninas nem capacidade de cuidar delas, a 4ª Turma do Superior Tribunal de Justiça reformou um acórdão do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul para destituir o poder familiar da mulher por maus-tratos e abandono das crianças.
Em decisão unânime, os ministros acolheram um recurso do Ministério Público do Rio Grande do Sul sob a alegação de maus-tratos e negligência da mãe. O MP também apontou que as duas meninas estão bem cuidadas, vivendo em família substituta, já tendo sido ajuizada a ação de adoção. 
Segundo o MP, uma das meninas chegou a ser internada em um hospital local com “lesões disseminadas em várias partes do corpo, edemas, desnutrição, má higiene”, fato comunicado pela assistente social ao Conselho Tutelar, que encaminhou a menor para um abrigo. Um diagnóstico médico constatou que “a criança estava com fungo proveniente do lixo”.
Destituição da guarda
O juízo de primeira instância julgou procedente o pedido de destituição familiar. Decisão que foi revista pelo TJ-RS, ao acolher recurso da Defensoria Pública para manter as meninas com a mãe por considerar que “não restou evidenciado abandono afetivo”. Inconformado, o MP recorreu ao STJ.
Responsável pela relatoria do caso, o ministro Raul Araújo ressaltou que as crianças permanecem sob os cuidados da família substituta desde 2009, “por força da guarda provisória inicialmente deferida que perdurou no tempo por força das circunstâncias fáticas do caso concreto”.
“Não se pode desprezar na hipótese dos autos a situação fática consolidada pelo tempo, em prol do melhor interesse das menores, desconsiderando a convivência e total adaptação na família substituta que acolheu as crianças, meio no qual já estão inseridas desde 2009, plenamente assistidas e bem cuidadas pelos pretensos pais adotivos”, avaliou.
O ministro considerou que abandono material e a “despreocupação da mãe biológica em relação à prole foram confirmados” e que, apesar do alegado interesse em permanecer com as filhas, a mãe encontra-se em local desconhecido, deixando as filhas sob os cuidados da família substituta.
“Identificando-se, no início da ação, situação grave de risco e abandono, e não subsistindo, atualmente, nenhuma comprovação de capacidade da genitora para cuidar das filhas, nem havendo vínculo afetivo entre elas com a mãe biológica, deve prevalecer o melhor interesse das menores, já inseridas em família substituta”, concluiu Araújo. 
Com informações da Assessoria de Imprensa do STJ.

DIREITO: Advogado e escritório terão de pagar dano moral por publicidade enganosa

CONJUR

O parágrafo 1º do artigo 31 do Código de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil diz que os anúncios de serviços advocatícios não podem trazer referências a valores, apresentar tabelas, acenar com a gratuidade do trabalho nem discorrer sobre a forma de pagamento do advogado. E não só: é vedado publicar termos ou expressões que possam iludir ou confundir o público, bem como divulgar informações de serviços jurídicos capazes de levar à captação, direta ou indireta, de causas ou clientes.
Por desatender esse dispositivo, incorrendo em publicidade enganosa, o advogado Larri dos Santos Feula e a Asseprev Assessoria Jurídica foram condenados a pagar danos morais a um consumidor da Comarca de Santa Maria (RS). Ambos veicularam anúncio prometendo vantagens impossíveis de se realizar, ferindo, também, dispositivos do Código de Defesa do Consumidor e do Código Civil. A 15ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, que manteve a sentença, só reformou o quantum indenizatório arbitrado na origem, que caiu de R$ 20 mil para R$ 7 mil.
Publicidade atrativa
Atraído por anúncio publicitário veiculado numa das rádios da cidade, o autor fechou, em janeiro de 2012, contrato de honorários com o advogado e a assessoria jurídica, para levar adiante uma ação revisional contra um banco, contestando as parcelas de financiamento de veículo. As rés teriam prometido, segundo o processo, que as parcelas seriam reduzidas à metade do valor inicialmente pactuado pelo consumidor com o banco. Em maio daquele ano, o autor deixou de pagar as prestações.
Com a inadimplência, a instituição financeira foi à Justiça e conseguiu um mandado de busca e apreensão do veículo alienado fiduciariamente. A liminar foi cumprida em dezembro de 2012. Sem o bem, o cliente voltou ao escritório para cobrar uma orientação, sendo-lhe informado que o banco cometeu equívoco, o que ensejaria ação reparatória — que não foi ajuizada.
Decorrido um ano e nove meses da apreensão, o cliente também deixou de pagar as mensalidades do contrato de honorários — R$ 4.840, que deveriam ser pagos em 55 parcelas de R$ 88. E ainda ajuizou, contra o advogado e a assessoria, uma ação de anulação de contrato, cumulada com indenizatória por danos materiais e morais.
Notificados pelo 2º Juizado da 2ª Vara Cível da Comarca, os réus apresentaram contestação. Alegaram que não prometeram êxito na demanda, pois sua atividade é de meio, não de fim. Asseguraram ter agido com zelo e profissionalismo, tanto no âmbito da demanda revisional quanto na defesa feita na ação de busca e apreensão. Sustentaram não ter orientado o autor a deixar de pagar as prestações à financeira, mesmo porque um dos pedidos formulados na petição inicial é justamente a autorização para depósito judicial do valor das parcelas ajustadas. Logo, não caberia falar em anulação do contrato de honorários. Por fim, garantiram não ter prometido ajuizar ações indenizatórias contra decisões proferidas em desfavor do autor.
Atentado à lógica financeira
O juiz Régis Adil Bertolini citou outros processos envolvendo os mesmos réus e a mesma promessa ilusória naquela comarca: redução das parcelas contratadas pela metade. Por isso, julgou a demanda parcialmente procedente. Anulou o contrato e declarou inexigíveis os honorários contratuais pactuados, determinando a devolução dos valores desembolsados para esse fim. Também condenou os réus, de forma solidária, a pagar o valor correspondente à dívida remanescente havida entre o autor e o banco, em decorrência do contrato de financiamento. Por fim, condenou ambos ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 20 mil.
Para o julgador de origem, não há dúvidas de que houve uso de um artifício para criar, na parte autora, a falsa expectativa de redução das prestações por meio da propositura de ação revisional, que jamais alcançaria o resultado assegurado pelos demandados. Mesmo que a revisional restasse totalmente acolhida pelo Judiciário. Conforme o juiz, o cálculo apresentado em juízo — e certamente empregado para convencer o autor a contratar os serviços — ignora toda e qualquer expectativa de retorno financeiro do banco-credor. Isso, a seu ver, desafia a lógica do sistema de empréstimos bancários, como se os bancos e instituições financeiras emprestassem dinheiro sem cobrar qualquer encargo em contraprestação.
‘‘Em sendo assim, evidente que os artifícios utilizados pelos demandados viciaram a vontade manifestada pela parte autora, configurando a ocorrência de dolo negativo na contratação, pois constatada a omissão de informação fundamental, sem a qual o negócio jurídico não teria sido celebrado pelo autor, consoante preconiza o artigo 147 (omissão dolosa por silêncio intencional) do Código Civil’’, anotou na sentença. Para o acolhimento da ação, ele ainda citou os artigos 145 (anulação do contrato por dolo) e 171, inciso II (anulação do contrato por vício de erro e dolo ) — também do Código Civil.
Promessa é contrato, diz CDC
O relator da apelação na 15ª Câmara Cível do TJ-RS, desembargador Vicente Barroco de Vasconcellos, confirmou o mérito da sentença, mas reduziu a indenização para o patamar de R$ 7 mil, valor considerado proporcional ao grau de culpa dos réus, ao porte financeiro das partes e à natureza punitiva e disciplinadora da indenização. Para evitar decisões repetitivas, Barroco prestigiou decisum da lavra da desembargadora Ana Beatriz Iser, sua colega, que julgou caso análogo (Apelação 70067395053) envolvendo os mesmos réus apelantes.
Além do Código de Ética da OAB, Beatriz citou, em agregação às razões expostas na sentença, as disposições do artigo 30 do Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078/1990): ‘‘Toda informação ou publicidade, suficientemente precisa, veiculada por qualquer forma ou meio de comunicação com relação a produtos e serviços oferecidos ou apresentados, obriga o fornecedor que a fizer veicular ou dela se utilizar e integra o contrato que vier a ser celebrado’’.
Conforme a desembargadora, apesar de não haver cláusula expressa no instrumento contratual que preveja resultado favorável na demanda revisional, os réus deram publicidade desse compromisso no anúncio. Assim, essa promessa passou a integrar o contrato e vinculá-lo a obter o desfecho esperado pelo cliente.
“Porém, como a ação revisional restou julgada improcedente, verifica-se que houve descumprimento contratual por parte dos requeridos, sendo defeso [proibido] a estes exigir da autora o pagamento dos honorários, haja vista a exceção do contrato não cumprido (art. 476 do Código Civil). Desse modo, verifica-se inexigível (não inexistente) o débito imputado à postulante a título de honorários advocatícios’’, encerrou. O acórdão foi lavrado na sessão de 19 de outubro.
Clique aqui para para ler a sentença.
Clique aqui para ler o acórdão.

Jomar Martins é correspondente da revista Consultor Jurídico no Rio Grande do Sul.

LAVA-JATO: Na prisão, Cabral bate boca com seu ex-secretário

OGLOBO.COM.BR
POR LAURO JARDIM

Geraldo Bubniak | Agência O Globo

Não é só pelo calor infernal em torno dos 45 graus em Bangu nas últimas semanas, mas o tempo está esquentando no presídio onde Sérgio Cabral e sua turma estão hospedados desde o dia 17 de novembro.
Na semana passada, o chefão Cabral bateu boca com Hudson Braga, seu ex-secretário de Obras.
Motivo: a notícia publicada por Ancelmo Gois de que Braga "já dá sinais de que prepara a sua deleção premiada".
Cabral cobrou lealdade de Braga, que reagiu.
No final do bate-boca, Cabral contemporizou. Disse que, se for o caso de fazer delação premiada, ele mesmo, Cabral, poderia coordenar os entendimentos do grupo.

ECONOMIA: Dólar comercial fecha em alta, a R$ 3,223, seguindo mercado global

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POR JULIANA GARÇON / LUCAS MORETZSOHN

Com investidores embolsando lucros, Bolsa cai 0,65%

- JB REED / BLOOMBERG NEWS

RIO - O dólar operou nesta sexta-feira em alta, acompanhando a valorização no mercado internacional, e fechou com valorização de 0,78%, a R$ 3,223, com os investidores observando o ganho na renda média do trabalhador americano, divulgada nesta manhã, que se sobrepôs à decepção com o número de vagas geradas em dezembro nos EUA. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em queda, com investidores aproveitando para embolsar os lucros da véspera, após atingir ontem o maior nível desde 28 de novembro. Hoje, o Ibovespa, principal índice do mercado brasileiro, recuou 0,65%, a 61.665 pontos.
A taxa de desemprego nos EUA foi de 4,6% para 4,7%, e o número de vagas criadas, de 156 mil em dezembro, abaixo da previsão (178 mil). O resultado, porém, tem impacto limitado no cenário americano, avalia Adeodato Netto, estrategista da Eleven Research, sobretudo porque houve forte recuperação dos salários, dando mais espaço para o aquecimento da economia.
— Eles estão cada vez mais próximos do que chamamos de realidade de pleno emprego. O impacto natural é a elevação do custo-de-mão de obra, gerando impacto positivo para o potencial de consumo dos trabalhadores americanos, transferindo para as companhias o problema da aceleração na rotatividade e consequente perda potencial de eficiência.
Para Fernando Bergallo, diretor de câmbio da FB Capital, o dia é de ajustes, apoiados no otimismo global. Os dados sobre o mercado de trabalho são observados pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano) na decisão sobre o ritmo de alta de juros. Taxas mais altas no país têm potencial para atrair recursos aplicados em outros mercados, como o brasileiro. Com a maior atratividade do mercado americano, a divisa ganha força frente a seus pares. O Dollar Index Spot, que compara o dólar com uma cesta de dez moedas globais, tem ganho de 0,75%, às 17h.
— Recentemente, o Fed se mostrou mais atento e sensível ao crescimento mais rapido do consumo das familias. Este dado, ao meu ver poderá reforçar a atuação da autoridade monetária para elevar juros — diz Raphael Figueredo, da Clear Investimentos, lembrando que o Fed elevou sua taxa de juros no mês passado em 0,25 ponto percentual e previu três altas este ano.
Segundo Ricardo Zeno, o nível de R$ 3,20 já é um ponto de referência para o dólar, que deve testar esse patamar mesmo com possível intervenção do Banco Central.
— Acredito que esse movimento pontual do pregão de hoje seja um repique natural do mercado, que está tendo realização de lucro. O próprio Banco Central sinalizou que, se fosse necessário, entraria com contratos de swap cambial para segurar a moeda. A divisa voltou a testar esses R$ 3,20. A conjuntura vem melhorando gradualmente e a expectativa daqui para frente em termos de atividade econômica é de melhora. A tendência é que o dólar busque essa acomodação — afirma. — Acredito que o dólar vá continuar testando os R$ 3,20 até que consiga consistência em algo em torno de R$ 3.
Para Figueredo, os dados favoráveis aos EUA revertem a tendência de queda verificada pelo dólar nos últimos dias e pressionam o Ibovespa para baixo, com a perspectiva de direcionamento de recursos para os EUA.
Na Bovespa, as ações da Petrobras abriram em alta, mas zeraram os ganhos e operaram perto da estabilidade. Os papéis ON (ordinárias, com direito a voto) fecharam a R$ 17,49, com queda de 1,52%. Já as PN (preferenciais, sem voto) foram cotadas a R$ 15,66, recuando 0,57%.
Prejudicada pela queda do minério de ferro — a commodity sofreu queda de 3,4% no porto de Qingdao, na China —, a mineradora Vale recuou 2,66% nas ON, a R$ 25,97, e também 2,66% nas PN, a R$ 24,11.
— O minério de ferro caiu na China, isso causou uma queda na Vale, acima de 2%. A Petrobras também caiu. A empresa aumentou o preço do diesel a partir de hoje, mas o mercado esperava que também houvesse um aumento na gasolina, o que não ocorreu — aponta Paulo Gomes, economista-chefe da Azimut.
Segundo ele, o fato de não ter havia reajuste na gasolina na semana que antecede a reunião do Copom poderia eventualmente levantar suspeita que a estatal não elevou o preço para não causa impacto na inflação e influenciar na esperada decisão do Banco Central de cortar os juros.
As ações ON da Oi tem valorização de 0,37%, cotadas a R$ 2,68, e as PN sobem 1,77%, a R$ 2,30. Nesta sexta-feira, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aprovou a entrada no conselho de administração da Oi do grupo Société Mondiale.
O petróleo mantém a valorização da sessão de quinta-feira. O barril de WTI para fevereiro, negociado em Nova York, tem alta de de 0,29%, a US$ 54,05. Em Londres, o Brent para março sobe 0,19%, a US$ 57,08.
EXPECTATIVA DE CORTE DE JUROS
Rafael Sabadell, gestor da GGR Investimentos, destaca que, no mercado local, as atenções já se voltam para reunião do Banco Central na próxima quarta-feira, pois crescem as apostas em um corte mais forte nos juros, de 0,75 ponto percentual.
— O fraco resultado da indústria em novembro reforça a visão de que a economia está travada. Ao mesmo tempo, a inflação mostra tendência consistente de queda. Ontem, os contratos futuros de DI já tiveram forte queda, de mais de 0,1 ponto percentual nos papéis com vencimento em janeiro do ano que vem e janeiro de 2019.
Nesta sexta-feira, são os contratos para 2021 que reagem: abriram a 11,26% e fecharam a 11,21%. Os papéis para janeiro de 2018 chegaram a cair a 11,34%, mas zeraram as perdas e 11,38%. Para janeiro de 2019, os contratos fecharam a 10,89%, ante abertura em 10,80%.
MERCADOS INTERNACIONAIS
As principais bolsas europeias abriram nesta sexta-feira em baixa, à espera da publicação do relatório mensal do desemprego nos Estados Unidos, mas fecharam no terreno positivo. O índice CAC 40 da bolsa de Paris ganhou 0,19% e o FTSE-100 de Londres subiu 0,2%. Em Frankfurt, o índice Dax avançou 0,12%, em um dia que se anunciava tranquilo por ser feriado. Na Espanha, onde também é feriado, o Ibex 35 da bolsa de Madri teve alta de 0,23%.
Na China, os índices recuaram nesta sexta-feira, com a alta na primeira semana do novo ano mostrando sinais da fadiga e o yuan mais forte dando pouco suporte aos índices. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, recuou 0,59%, enquanto o índice de Xangai teve queda de 0,35%. No acumulado da semana, o CSI300 subiu 1,1% e o SSEC avançou 1,6%. Uma série de dados da China nas próximas semanas deve mostrar que a economia entrou em 2017 com um impulso considerável.
Os mercados do restante da região avançaram para as máximas de quatro semanas,. Em Tóquio, o índice Nikkei recuou 0,34%. Em Hong Kong, o Hang Seng subiu 0,21%. Em Seul, o Kospi teve valorização de 0,35%.

ÚLTIMAS DE ECONOMIA

FRAUDE: Golpe no WhatsApp promete mostrar quem te adicionou; mais 260 mil já caíram

Do UOL, em São Paulo

Divulgação/PSafe

Quem tem celular com Android deve ficar alerta para o novo golpe no WhatsApp: cibercriminosos prometem mostrar quem adicionou seu número no app e, com isso, incentivam usuários a baixar aplicativos e compartilhar a "novidade" com amigos. Desse jeito, os criminosos ganham dinheiro. De acordo com a PSafe, mais de 260 mil pessoas já foram afetadas apenas nos primeiros quatro dias do ano.
O golpe indica a possibilidade de ativar uma nova função do aplicativo para visualizar as pessoas que o adicionaram. Antes de ter acesso à função, porém, o usuário tem que compartilhar o link com a fraude com dez amigos e cinco grupos diferentes.
A partir disso, o usuário é direcionado a uma página que induz a instalação de outros aplicativos, que não necessariamente contêm vírus. A cada novo aplicativo baixado pelo usuário, o hacker ganha dinheiro, diz a empresa de segurança. 
Para não se tornar uma vítima de ciberataques, especialistas em Segurança da PSafe dão dicas para manter seu celular protegido:
Instale e mantenha atualizado um antivírus – Ter um antivírus instalado no celular é fundamental para se prevenir das ameaças existentes no mundo virtual. O usuário deve sempre seguir as instruções básicas para proteção dos dados, mas o antivírus instalado no celular irá funcionar como uma barreira de segurança para garantir a privacidade dos seus arquivos. 
Evite clicar em links vindos por mensagens - Nos últimos meses, muitas tentativas de infecção ocorreram via links maliciosos enviados por amigos no WhatsApp. Portanto, evite clicar em links recebidos por serviços de mensagem ou e-mails sem se certificar da veracidade antes.
Utilize apenas redes protegidas com senha - Redes que não solicitam senhas são mais arriscadas – pois permitem acesso mais fácil aos hackers – e, por isso, é aconselhável utilizar apenas redes com senhas, que ofereçam algum tipo de criptografia.

VIOLÊNCIA: Teste de DNA confirma que corpo carbonizado é de embaixador grego

OGLOBO.COM.BR
POR DAYANA RESENDE

Kyriakos Amiridis foi morto em casa. A mulher dele é acusada de participação no crime

Embaixador da Grécia, Kyriakos Amiridis, foi morto em casa, em Nova Iguaçu - Divulgação

RIO — O corpo carbonizado encontrado dentro de um carro, no dia 29 de dezembro, próximo ao Arco Metropolitano, em um dos acessos a Nova Iguaçu, é do embaixador da Grécia no Brasil Kyriakos Amiridis, de 59 anos. Segundo o delegado responsável pelas investigações, Evaristo Magalhães, da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), o resultado do exame de DNA realizado pela Polícia Civil deu positivo.
— Ainda não tenho o laudo em mãos, mas o perito já me adiantou que o corpo é do embaixador. Pela polícia, o corpo já pode ser liberado hoje (sexta-feira), mas quando ele será transladado para seu país é uma questão burocrática da embaixada. Nós não sabemos — informou o delegado.
De acordo com as investigações, o diplomata foi morto em casa, em Nova Iguaçu, antes de ser levado para dentro do carro que ele havia alugado, no dia 21. Os suspeitos de envolvimento no crime — a mulher da vítima, Françoise de Souza Oliveira, o soldado da PM Sérgio Gomes Moreira Filho e o primo dele, Eduardo Moreira Tedeschi— tiveram as prisões temporárias decretadas, por 30 dias, pelo Plantão Judiciário.
Tanto Françoise como Sérgio confessaram ser amantes há pelo menos seis meses, mas apenas o policial admitiu que cometeu o crime contra o diplomata. A participação da embaixatriz foi confirmada pelo primo do PM, que ficou indignado com a atitude do militar em proteger a amante.
Amiridis foi cônsul-geral da Grécia no Rio de 2001 a 2004 e assumiu o posto de embaixador da Grécia no Brasil em janeiro de 2016.

VIOLÊNCIA: De presídio federal, líderes da FDN mandam matar quem fez delação premiada

UOL
Flávio Costa*
Do UOL, em São Paulo

Divulgação
Em março de 2016, Edilson Borges Barroso foi assassinado em Manaus, a mando da FDN

Apesar de estarem presos na penitenciária federal de Campo Grande (MS), chefes da FDN (Família do Norte) deram ordens para matar integrantes da facção que fizeram delação premiada, apontam decisões da Justiça Federal.
Ao menos um assassinato em Manaus está sob suspeita de ter sido ordenado por líderes da facção presos na capital sul-mato-grossense. 
O UOL teve acesso a decisões do desembargador federal Maurício Kato, do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, sobre pedidos de habeas corpus de membros da facção. Os documentos citam informações da Seap (Secretaria de Administração Penitenciária do Estado do Amazonas) de que os líderes da FDN passavam ordens de assassinato por meio de advogados e parentes que os visitavam no presídio federal. 
"Conforme informado pelo secretário-executivo-adjunto da Seap, de acordo com informações coletadas pelo Dipen (Departamento de Inteligência Penitenciária), 'CD' (Erik Leal Simões) estaria em contato com parentes e advogados dos presos da Operação La Muralla, aguardando a autorização dos mesmos para a execução de ordem para assassinar internos que aderiram a acordo de delação premiada em detrimento dos membros de referida organização delitiva", lê-se nos documentos judiciais (veja trechos do documento ao final deste texto).
Massacre de Manaus
Apontada como responsável pela morte de 60 detentos no último dia 1º em dois presídios de Manaus, a FDN teve seus líderes presos em novembro de 2015, durante a Operação La Muralla, deflagrada pelo Ministério Público Federal. Com base em investigações da Polícia Federal, a operação revelou a estrutura da terceira maior organização criminosa do país.
Os principais acusados foram transferidos aos presídios federais de Campo Grande (MS) e de Catanduvas (PR). 
Morte de delator
Em 11 de março de 2016, o integrante da FDN Edilson Barroso Borges, o "Louro Penarol", foi morto a golpes de estuque (espécie de facão improvisado) em frente à sua cela na Unidade Prisional do Puraquequara, em Manaus.
"Louro Penarol" havia sido preso durante a Operação La Muralla, mas não foi transferido para um presídio federal. O fato levou à direção da FDN a suspeitar de que ele estava colaborando com as autoridades, como afirmou à reportagem o secretário de administração penitenciária do Amazonas, Pedro Florêncio Filho.
Decisões judiciais
As decisões do desembargador Maurício Kato citam que a 2ª Vara Federal de Manaus, onde tramitam as ações penais da La Muralla, e a Seap indicavam que os líderes da FDN presos em Campo Grande haviam ordenado o assassinato.
"O Juízo de origem requereu nova inclusão do paciente [o membro da FDN Jorge Mocambite da Silva] junto com outros internos oriundos do Estado do Amazonas no RDD [no presídio de Campo Grande], sob argumento de que uma nova investigação realizado pelo Dipen apontou-os como principais suspeitos de serem os mandantes do homicídio de Edilson Borges Barroso, interno da Penitenciária da Puraquequara, ocorrido em 11.03.2016, por volta das 13 horas".
À época, a 5ª Vara Federal de Campo Grande havia aceitado o pedido da Justiça Federal do Amazonas de colocarem os membros da FDN no regime de isolamento no presídio federal. 
Em agosto de 2016, o desembargador Maurício Kato manteve as decisões do colega de primeira instância. Ele o cita: "Neste particular, observe-se a importância da segregação de todas as lideranças da facção criminosa Família do Norte, que estão custodiadas em estabelecimento penal federal, evitando-se que eventuais ordens sejam decretadas e repassadas para fora do ambiente prisional federal".
O magistrado federal completa, citando o colega de primeira instância: "As restrições impostas no sistema penitenciário federal são bem rígidas, mas nem sempre suficientes para reprimir a continuidade de práticas criminosas dentro do cárcere".
Dois meses após a morte do delator na prisão de Manaus, o criminoso Erik Leal Simões foi preso pela polícia da capital amazonense. Conhecido como "CD", ele seria o destinatário das ordens dos líderes da facção que estão no Mato Grosso do Sul.
Outro lado
Procurado pela reportagem, o Ministério da Justiça afirmou, por meio de sua assessoria, que o Depen "não dispõe de informações que relacionem advogados e/ou parentes de internos, ligados à facção criminosa FDN, os quais cumprem pena na Penitenciária Federal de Campo Grande, com a saída de ordens de assassinatos para seus subordinados". Ainda de acordo com o ministério, os cinco integrantes da FDN não estão mais cumprindo prisão no RDD.
O secretário de administração penitenciária do Amazonas, Pedro Florêncio Filho, afirmou "não ter informações sobre ordens emitidas por líderes da FDN detidos em presídios federais".
O UOL procurou também o Ministério Público Federal no Amazonas para obter informações sobre acordos de delação premiada no âmbito da Operação La Muralla. Porém a assessoria de imprensa que o órgão está em recesso até esta sexta-feira (6) e o único procurador de plantão não participou das investigações sobre a FDN.
* Colaborou Daniela Garcia, em São Paulo

MUNDO: Tiroteio deixa 5 mortos em aeroporto internacional na Flórida, diz xerife

OGLOBO.COM.BR
POR O GLOBO

Há ao menos 13 feridos. Passageiros ficaram retidos após relatos de disparos. Imprensa diz que suspeito foi preso; ele seria militar de 26 anos. Novos relatos de tiros geram pânico

Mulher ferida em ataque a tiros é levada para centro de traumatologia em Fort Lauderdale - Taimy Alvarez / AP

MIAMI - Um tiroteio deixou ao menos cinco mortos e 13 feridos no aeroporto internacional Fort Lauderdale-Hollywood, perto de Miami, segundo o xerife do condado de Broward. Um suspeito foi preso após abrir fogo na tarde de sexta-feira. A prefeita Barbara Sharief deu conta de que o detido seria o único atirador. Segundo o senador da Flórida Bill Nelson, o agressor se chama Esteban Santiago. Centenas de pessoas ficaram retidas na pista do local, e o aeroporto foi fechado. O consulado brasileiro em Miami afirma que, até o momento, não tem informações sobre brasileiros entre os feridos ou mortos no ataque.

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O senador da Flórida Bill Nelson afirmou que o atirador foi identificado como Esteban Santiago e carregava uma identidade militar. Segundo informações recebidas por Nelson, o suspeito tem 26 anos e disparou um total três cartuchos antes de se sentar e esperar a chegada da polícia. Dados obtidos pela Inteligência dão conta de que ele teria formação militar, é nascido nos EUA e reside em Nova Jersey.
Houve relatos não confirmados de um novo tiroteio após a prisão do suspeito, que levou a buscas no entorno. Câmeras mostraram um outro homem sendo levado pela polícia, mas o caso não foi explicado.
PÂNICO NO SETOR DE BAGAGENS
De acordo com testemunhas, o episódio se trataria de um ataque a tiros entre os terminais 2 e 3 (os principais do aeroporto), próximo a uma região de restituição de bagagens, por volta de 13h (hora local).
"Todo mundo está correndo. A polícia disse que há um atirador e cinco vítimas", escreveu inicialmente um ex-secretário de imprensa da Casa Branca, Ari Fleischer, que estava no local. Ele depois complementou as informações: "Tudo parece calmo agora, mas a polícia não deixa ninguém sair do aeroporto, pelo menos na área onde estou."
Muitos passageiros que esperavam para embarcar ou desembarcar foram levados às pressas de volta para aeronaves. Centenas ficaram retidos na própria pista enquanto aguardavam a chegada de ambulâncias e instruções de policiais.
— Parecia uma zona de guerra. Malas para todo lado. Comida no chão. Chapéus no chão. Foi uma experiência surreal — disse a testemunha Erik Whiteside à CNN.
O local do ataque

Local do ataque
Imagens nas redes sociais também mostraram pessoas feridas em uma área próxima à pista.
— Ele (o suspeito) foi baleado pela polícia. Foi absolutamente surreal. As pessoas estavam assustadas e correndo freneticamente. Estavam tropeçando umas nas outras para sair rapidamente — contou uma testemunha, Mark Lea.

Muitas pessoas ficaram retidas em pista de aeroporto na Flórida após relatos de tiroteio - Reprodução/Twitter

O governador Rick Scott recebeu instruções das autoridades e se dirigia ao local para ser informado em detalhes do ataque, segundo a imprensa.
O aeroporto em Fort Lauderdale serve a região metropolitana de Miami e opera principalmente voos locais e para o Caribe. Com cerca de 650 voos comerciais por dia, mais de 73 mil pessoas circulam pelo local todos os dias, fazendo dele o 21º aeroporto mais movimentado dos EUA. Estima-se que, em novembro passado, cerca de 2,5 milhões de passageiros estiveram ali.
Policiais se concentram em área de embarque em aeroporto de Fort Lauderdale - Reprodução

ECONOMIA: Entrega do Imposto de Renda 2017 começa dia 2 de março

ESTADAO.COM.BR
Economia & Negócios

Foto: Alex Silva/Estadão
Receita vai disponibilizar para download os programas relativos ao carnê leão e a ganho de capital no dia 20 de janeiro

A Receita Federal divulgou nesta sexta-feira, 6, o cronograma para a declaração do Imposto de Renda pessoa Física 2017. O prazo para a entrega da declaração vai de 2 de março a 28 de abril.
O programa gerador da declaração estará no site da Receita a partir de 23 de fevereiro. Já no dia 20 de janeiro serão disponibilizados programas auxiliares para download (Carnê-Leão e Ganho de Capital).
No programa do IRPF, além da Declaração de Ajuste Anual e do programa gerador da declaração, há aplicativos como o programa de Apuração dos Ganhos de Capital, o Carnê Leão e o rascunho da declaração, que permite efetuar o rascunho da declaração a ser entregue no ano seguinte.
Segundo a Receita, na segunda quinzena de janeiro será publicada portaria com a tabela de reajuste do salário para aplicação das alíquotas da contribuição previdenciária. A portaria será publicada após a divulgação pelo IBGE do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), previsto para 11 de janeiro de 2017.
O contribuinte deve se organizar o quanto antes para evitar erros e omissões que levam à malha fina do Fisco. Além disso, quanto antes o documento for entregue, mais cedo vem a restituição.
Organização: 15 documentos importantes
1 – Cópia da declaração entregue em 2014 (ano-calendário 2013)
2- Informes de rendimentos de instituições financeiras, bem como de salários, pró-labore, distribuição de lucros, aposentadorias etc.
3- Controle de compra e venda de ações, com apuração mensal de imposto
4- Recibos e notas fiscais relativos a despesas com saúde
5- Comprovantes de despesas com instituições de ensino
6- Recibos de pagamentos à previdência privada e oficial
7- Recibos de aluguéis pagos ou recebidos
8- Documentos que comprovem venda ou compra de bens em 2014
9- Recibos de pagamentos de prestação de bens como imóvel e carro
10- Documentos comprobatórios de dívidas assumidas em 2014
11- Comprovantes de despesas do livro-caixa (para prestadores de serviços autônomos)
12- Darfs de carnê-leão pagos
13- Comprovante de doações para fins de incentivos fiscais (Fundos da Criança e do Adolescente, Lei Rouanet, Audiovisuais etc.)
14- Todos os documentos acima referentes a dependentes, além do número do CPF de dependentes maiores de 18 anos e de todos os alimentandos
15 – Dados da conta bancária para restituição ou débito das cotas do imposto

ECONOMIA: Para especialistas, valor alcançado com novo Refis será menor

OGLOBO.COM.BR
POR JOÃO SORIMA NETO

Histórico mostra que programas anteriores não chegaram ao montante estimado

SÃO PAULO - A intenção do governo de arrecadar pelo menos R$ 10 bilhões com o novo programa de refinanciamento de dívidas tributárias para empresas (Refis) é vista com ceticismo por alguns tributaristas e representantes de auditores da Receita Federal. Para eles, o número divulgado pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, não tem base de cálculo. Além disso, o histórico de programas de refinanciamento mostra que nunca se chegou ao valor estimado, já que muitas empresas paravam de pagar esperando novo Refis, em condições ainda mais favoráveis.
— Para não ter que fazer provisões em seus balanços, muitas empresas de capital aberto mantêm esses ciclos de renegociações sempre ativos. Portanto, é difícil estimar um valor — explica o advogado tributarista Fernando Zilvetti, professor da FGV.
Segundo a Unafisco, a associação dos auditores da Receita Federal, os quatro Refis já lançados pelo governo federal aumentaram a arrecadação no primeiro momento, mas acabaram elevando inadimplência e sonegação.
— Esse ritmo (de aumento da arrecadação) não se sustentou, porque o empresário abandonou o programa esperando condições ainda mais vantajosas de pagamento, como perdão das multas ou dos juros. Há o que se chama de hiato tributário entre o que se espera de arrecadação e o que efetivamente se arrecada — diz o presidente da Unafisco, Kleber Cabral.
No primeiro Refis, criado em 2000, 120 mil contribuintes (pessoas físicas e empresas) aderiram, gerando arrecadação mensal de R$ 176 milhões. Em 2004, restavam apenas 27.359 inscritos, e a receita mensal caiu para R$ 92 milhões. No Programa de Parcelamento Especial (Paes), de 2003, foram 372 mil inscritos. Em 2007, restavam só 114 mil dos participantes iniciais.
Cabral lembra que, no Refis da Crise, lançado em 2009, a expectativa de arrecadação no primeiro ano era de R$ 12 bilhões, mas o valor alcançado foi de R$ 8,7 bilhões:
— Os modelos de Refis têm sido cada vez mais complacentes, e quem paga os tributos em dia acaba se sentindo em desvantagem.
UNAFISCO: AÇÃO CONTRA REFIS
Ele diz que a Unafisco estuda uma medida contra a edição de mais um Refis, que pode ser uma ação popular ou civil pública. E não está descartada uma ação de improbidade, através do Ministério Público Federal (MPF), responsabilizando o governo por perda de arrecadação.
Um estudo do pesquisador Nelson Leitão Paes, da Universidade Federal de Pernambuco e CNPq, mostra que a expectativa da criação de parcelamentos tributários no futuro já enfraquece a arrecadação. Segundo o estudo, normalmente, as empresas brasileiras pagam apenas 66% dos tributos devidos. Quando há a expectativa de um Refis, o percentual cai para 62%.

MUNDO: Ex-diretor da CIA se demite da equipe de transição de Trump

OGLOBO.COM.BR
POR O GLOBO / AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Crescem tensões entre magnata e Inteligência em investigação sobre ciberataques russos

Em 2011, ex-diretor da CIA James Woolsey participa de reunião em Washington - Reuters

WASHINGTON — Um dos maiores especialistas da Inteligência americana, o ex-diretor da CIA James Wooley renunciou ao seu cargo na equipe de transição do presidente eleito dos EUA, Donald Trump. O anúncio da sua saída vem enquanto crescem as tensões entre as agências de Inteligência e o magnata. Trump vem criticando e deslegitimando publicamente a investigação do governo americano sobre os supostos ciberataques russos para influenciar as eleições americanas, rechaçando as suspeitas da CIA de que teria sido favorecido por hackers de Moscou.
O porta-voz de Woolsey, Jonathan Franks, disse em comunicado que o ex-diretor não seria mais conselheiro de Trump a partir desta sexta-feira. E complementou apenas que Woolsey desejava grande sucesso ao republicano durante o seu mandato.
Na tarde de quinta-feira, Woolsey sugeriu em algumas entrevistas a canais de televisão americanos que atuava apenas como conselheiro informal de Trump. Segundo ele, suas funções incluiam falar com a imprensa sobre suas políticas de segurança nacional. Fontes próximas ao especialista disseram que, nas últimas semanas, ele foi excluído de discussões importantes sobre a Inteligência.
— Eu fui um conselheiro e senti que estava fazendo minha contribuição. Mas eu não estou mais funcionando como conselheiro. Quando estou na tela da televisão, todos me apresentam como ex-diretor da CIA e conselheiro de Trump. Mas eu não sou mais — disse Woolsey à rede CNN.
Enquanto autoridades da Inteligência afirmam ter evidências de que os russos trabalharam para influenciar as eleições americanas com ciberataques, Trump rechaça as suspeitas de que teria sido favorecido por Moscou. O republicano chegou a chamar a hipótese de ridícula, mesmo após um relatório da CIA ter reforçado a suposição de atuação dos hackers russos durante a corrida à Casa Branca.
"O Comitê Nacional Democrata não permitiu que o FBI estudasse ou visse as informações dos seus computadores após ter supostamente hackeado pela Rússia. Então como e porque eles têm tanta certeza sobre o ciberataque se eles nunca nem mesmo pediram uma análise dos servidores computadorizados? O que está acontecendo?", escreveu Trump em seus mais recentes comentários no Twitter.

INVESTIGAÇÃO: Paes depôs na PF em inquérito em que é investigado com Aécio

Por LAUROJARDIM - OGLOBO.COM.BR
POR GUILHERME AMADO

Gabriel de Paiva | Agência O Globo

Eduardo Paes depôs, na semana do Natal, na sede da Polícia Federal em Brasília.
O depoimento foi o primeiro que Paes prestou no âmbito do inquérito a que responde no STF por suspeita de ter participado da maquiagem de dados do Banco Rural na CPMI dos Correios, em 2005.
Paes é investigado ao lado de Aécio Neves (que também já depôs na mesma época), após Delcídio do Amaral ter afirmado, em sua delação premiada, que os dois participaram da maquiagem de informações prestadas pelo banco durante a investigação do mensalão, para preservar tucanos.
Tanto Paes quanto Aécio negam a acusação.

DENÚNCIA: Prefeito do DEM contrata firma de filhos de aliado sem licitação na BA

UOL
JOÃO PEDRO PITOMBO, DE SALVADOR

Divulgação 
O prefeito Elinaldo Araújo (à direita) ao lado de Paulo Souto (DEM) durante a campanha

Recém-empossado para a Prefeitura de Camaçari, região metropolitana de Salvador, o prefeito Elinaldo Araújo (DEM) assinou contrato emergencial com dispensa de licitação para os serviços de coleta de lixo da cidade.
A empresa contratada foi a Naturalle Tratamento de Resíduos, que tem como sócia a RVT Incorporação — pertencente aos irmãos Vitor e Rodrigo Loureiro Souto.
Ambos são filhos do ex-governador da Bahia Paulo Souto (DEM), atual secretário da Fazenda de Salvador na gestão de ACM Neto (DEM).
Responsável pela gestão da Naturalle, atuando como sócio administrador, Vitor Souto também é filiado ao DEM desde 2009. A empresa foi criada em 2014.
O contrato emergencial, com prazo de 90 dias, custará R$ 17,4 milhões ao município. Prevê serviços de coleta de lixo domiciliar e de zeladoria como varrição, roçagem e lavagem das vias públicas.
Quarta maior cidade da Bahia, Camaçari abriga o principal polo industrial do Estado. Tem a segunda maior economia e a segunda maior arrecadação da Bahia, com orçamento de R$ 1,2 bilhão.
A Naturalle foi contratada em substituição à Abrantes Ambiental, que operava o lixo na gestão do prefeito Ademar Delgado (PCdoB) sob contrato emergencial encerrado em 31 de dezembro.
A gestão de Delgado chegou a fazer licitação para coleta de lixo na reta final da gestão, vencida pela própria Abrantes. O certame, contudo, foi suspenso pela Justiça.
Advogado especialista em Direito Público, José Amando Júnior diz que a contratação da nova empresa de coleta de lixo sem licitação não tem base legal. Mas diz que o erro foi da gestão anterior.
"Tecnicamente, não houve emergência, mas falta de planejamento da gestão anterior. Como é inimaginável a cidade ficar sem coleta de lixo, já que não havia tempo hábil para uma licitação, a dispensa acaba aceita", diz.
Segundo ele, a prefeitura deve usar o período do contrato emergencial para licitar o serviço de coleta de lixo. E deve ser punida caso prorrogue o contrato por mais tempo que os 90 dias previstos.
PREFEITURAS
Além da Naturalle, Vitor Souto também é sócio de outra empresa que atua no setor de coleta de lixo — a Ecolurb Engenharia, Conservação e Limpeza Urbana. As duas funcionam no mesmo endereço em Salvador.
Desde 2013, a empresa assumiu a coleta de lixo de importantes municípios baianos governados por partidos aliados do DEM, caso de Valença, Irecê, Espanada e São Sebastião do Passé. Nas quatro cidades, os contratos firmados foram emergenciais, com dispensa de licitação.
A Ecolurb também firmou contratos com prefeituras de Catu e Dias D'Ávila, governadas pelo PT.
OUTRO LADO
A prefeitura de Camaçari informou, por meio da coordenadoria de comunicação, que a contratação da Naturalle Tratamento de Resíduos foi feita de forma legal, com respaldo na lei de licitações.
Diz que quatro empresas enviaram cartas à prefeitura manifestando interesse em assumir a operação de lixo da cidade, cujo contrato vigente seria encerrado em 31 de dezembro de 2016.
Três das quatro empresas apresentaram propostas — Naturalle, MM Consultoria e Biosanear. Segundo a prefeitura, a Naturalle teria oferecido o menor preço.
A prefeitura ainda afirma que o contrato representará economia de R$ 1 milhão por mês em comparação com a empresa que prestava o serviço na gestão anterior.
Diz que o novo contrato prevê que a empresa também opere o aterro sanitário de Camaçari, que custa mensalmente R$ 980 mil. A prefeitura ainda informa que deverá licitar o serviço de coleta.
O empresário Vitor Souto, sócio da Naturalle, não atendeu às ligações daFolha.

FRAUDE: EUA detêm brasileiro em investigação de fraude e apreendem US$ 20 milhões escondidos sob colchão

UOL
Nate Raymond

Procuradores norte-americanos anunciaram na quinta-feira (5) que cerca de US$ 20 milhões (cerca de R$ 63,9 milhões) descobertos sob um colchão em um apartamento no Estado de Massachusetts foram apreendidos após a prisão de um brasileiro por lavagem de dinheiro em conexão com um esquema multibilionário de fraude global.
Procuradores federais em Boston acusaram Cléber Rene Rizério Rocha, de 28 anos, de conspiração para cometer lavagem de dinheiro em um caso conectado à investigação da TelexFree, que se promovia como uma companhia de internet e telecomunicações mas se tratava, na verdade, de um esquema de pirâmide de dinheiro, de acordo com investigadores.
Rocha foi preso após uma audiência na Justiça, segundo os procuradores. Seu advogado não respondeu imediatamente a pedidos por comentários.
TelexFree
A prisão foi resultado de uma investigação sobre a TelexFree, uma companhia sediada em Marlborough, Massachusetts, que vendia serviços de voz sobre Internet (Voip) e foi fundada por James Merrill, um cidadão norte-americano, juntamente com o brasileiro Carlos Wanzeler.
Procuradores disseram que a TelexFree era um grande esquema de pirâmide de dinheiro, ganhando pouco dinheiro com a venda de serviços e fazendo milhões de dólares com milhares de pessoas que pagavam uma taxa de assinatura para serem - promotores comerciais - e publicarem anúncios online para a empresa.
Falência
A TelexFree pediu falência em abril de 2014, com dívida de US$ 5 bilhões a seus participantes, de acordo com procuradores. No total, cerca de 965 mil vítimas nos EUA, Brasil e outros países perderam 1,76 bilhão de dólares com o fracasso da companhia, segundo eles.
Merril foi preso em maio de 2014 e se declarou culpado de conspiração e fraude eletrônica em outubro. Wanzeler fugiu para o Brasil em 2014 e não pode ser extraditado. 
Lavagem de dinheiro
De acordo com a queixa criminal de quinta-feira, uma pessoa atuando em nome de um sobrinho de Wanzeler abordou uma testemunha que cooperava com as autoridades para falar sobre a lavagem de um dinheiro que estava nos EUA, utilizando contas em Hong Kong e movimentando os fundos para o Brasil. 
A intermediária disse à testemunha que ela queria US$ 40 milhões transferidos para fora do país porque a mulher de Wanzeler, que ainda morava nos EUA, estava entrando com pedido de divórcio e sabia onde o dinheiro estava localizado, segundo a queixa.
Em 31 de dezembro, Rocha, atuando como mensageiro para o sobrinho de Wanzeler, foi para os EUA e subsequentemente encontrou-se, na quarta-feira, com a testemunha, à qual ele deu US$ 2,2 milhões em uma maleta, de acordo com autoridades. 
Após o encontro, agentes federais seguiram Rocha a um complexo de apartamentos em Westborough, Massachusetts.
Depois da prisão do suspeito, eles retornaram ao apartamento e descobriram uma "quantidade substancial de dinheiro" escondido sob um colchão, segundo a queixa. Rocha disse haver um total de US$ 20 milhões. 
O advogado de Wanzeler não respondeu imediatamente a pedidos por comentários.
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