sexta-feira, 1 de março de 2013

ECONOMIA: Bovespa opera em queda, e dólar sobe nesta sexta

Do UOL, em São Paulo - Atualizada às13h00

A Bovespa opera em queda nesta sexta-feira (1º). Por volta das 13h00, o Ibovespa (principal índice da Bolsa) caía 0,77%, a 56.980.09 pontos.
Mais cedo, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou que a economia brasileira cresceu 0,9% em 2012, o que preocupou os investidores. É o pior desempenho anual da economia desde 2009, quando encolheu 0,3%. 
O dólar comercial avançava 0,23%, a R$ 1,983 na venda. O euro perdia 0,57%, a R$ 2,574 na venda. 
Bolsas internacionais
As ações asiáticas recuaram 0,61% em Hong Kong e Xangai perdeu 0,26% nesta sexta-feira (1º), com dados industriais fracos da China, preocupações com o impasse político italiano e possíveis cortes de gastos nos Estados Unidos.
O índice Nikkei, do Japão, anulou perdas iniciais e avançou 0,41%, sustentado por expectativas de ações de estímulo do banco central do país.
(Com Reuters)
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ECONOMIA: Petrobrás já perdeu em 2013 mais que em todo 2012

Do ESTADAO.COM.BR
Eulina Oliveira, da Agência Estado

Até quinta-feira, 28, a Petrobrás perdeu R$ 53,9 bilhões em valor de mercado; em 2012, a empresa desvalorizou-se R$ 36,7 bilhões
SÃO PAULO - A Petrobrás perdeu R$ 53,9 bilhões em valor de mercado somente em 2013, até ontem, 28 de fevereiro, segundo cálculos da consultoria Economatica. O montante é maior que o verificado em todo o ano de 2012, de R$ 36,7 bilhões.
Segundo a consultoria, o recuo no primeiro bimestre deste ano é o terceiro maior da história da empresa, fazendo-se a comparação com os resultados anuais fechados. A maior queda de valor de mercado da Petrobrás aconteceu em 2008, quando a companhia perdeu R$ 205,9 bilhões. Em 2011, a perda foi de R$ 88,683 bilhões.
Desde o fim de 2010, a estatal perdeu R$ 179,3 bilhões de valor de mercado - passou de R$ 380,2 bilhões para R$ 200,9 bilhões no último dia 28 de fevereiro. No mesmo período, outra blue chip, a Vale, perdeu R$ 82,6 bilhões, passando de R$ 275,0 bilhões em dezembro de 2010 para R$ 192,3 bilhões no fim de fevereiro de 2013. Nos dois primeiros meses deste ano, a Vale perdeu R$ 22,772 bilhões em valor de mercado, ante ganho de R$ 17,164 bilhões em todo o ano de 2012.
O levantamento da Economatica mostra também que, atualmente, a Petrobrás é a segunda maior empresa em valor de mercado do Brasil, atrás da Ambev (R$ 274 bilhões). A diferença para a terceira colocada, a Vale, é de apenas R$ 8,6 bilhões, ou 4,4%.

POLÍTICA: Lula: Candidatura de Campos seria 'risco' para aliança

Do ESTADAO.COM.BR
FERNANDO GALLO - Agência Estado

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) negou nesta sexta-feira, ao abrir a reunião do diretório nacional do partido em Fortaleza, que esteja tentando impedir uma possível candidatura do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), à Presidência da República em 2014. Mas o petista afirmou que a entrada do aliado na disputa eleitoral poderia colocar em risco a parceria "histórica" entre as duas siglas.
"Defendo a liberdade incondicional de cada partido de fazer o que bem entenda. Se não fosse assim, o PT não teria chegado à Presidência da República. Portanto, eu jamais tomaria qualquer atitude para impedir que um companheiro fosse candidato a presidente", disse Lula nesta sexta-feira, em Fortaleza, onde está para uma reunião do diretório nacional do PT. "O que temos que ver é se, estrategicamente, é importante a gente colocar em risco uma coisa que tem dado tão certo nesse País, que é a aliança histórica entre PT e PSB."
O petista lembrou que ainda faltam quase dois anos para a eleição presidencial e que, "se a gente ficar fazendo política do ''diz que diz'' ou ''diz que não diz'', a gente vai dar trombada desnecessariamente".
Lula teceu elogios a Eduardo Campos, e disse que é muito amigo do governador de Pernambuco, do governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), e de seu irmão, Ciro Gomes (PSB).
"Ele (Eduardo) é uma personalidade que pode desejar qualquer coisa que ele quiser nesse País", afirmou. "O meu papel é fazer todo o esforço para que a gente esteja junto. Temos que construir uma aliança muito forte."
''Todos serão salvos''
O ex-presidente rebateu comentários do presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB). Semana passada, ele chegou a dizer que Lula teria indicado que a vaga de vice da presidente Dilma Rousseff (PT) permaneceria com o PMDB, nas mãos de Michel Temer. O comentário foi feito em meio a especulações de que Dilma poderia ceder a vaga de vice a Eduardo Campos, com o objetivo de manter a aliança com o PSB.
"Deixa eu falar uma coisa em alto e bom som: quem escolhe vice é a presidenta, não sou eu. Quando fui presidente da República, escolhi duas vezes o meu vice, José Alencar. Jamais iria escolher um vice para a Dilma. É ela que vai escolher o melhor partido para indicar. Não serei eu", disse Lula. "Como ela tem uma bela amizade com o PSB e nossa relação é histórica, e ela tem uma boa amizade com o Eduardo Campos, no momento certo eles vão conversar e, no final, entre mortos e feridos, todos serão salvos."

DIREITO: Ford é condenada em ação de R$ 400 milhões por terceirização ilícita


Do UOL
Do blog do SAKAMOTO

A Ford do Brasil foi condenada pela Justiça do Trabalho em um processo de R$ 400 milhões por terceirização ilícita e fraude tributária. De acordo com o Ministério Público do Trabalho, responsável pela ação civil pública que originou o processo, a empresa contratava empregados através da Avape, uma associação para promoção de pessoas com deficiência, também ré no processo, que contava com isenção fiscal. O problema é que dos 280 empregados que a instituição entregou à Ford ao longo de mais de uma década de relacionamento, nenhum deles tinha deficiência. À decisão, cabe recurso.
A sentença, proferida por Marcus Barberino, juiz do Trabalho da 15a Região, afirma que a Avape funcionava como uma intermediária de mão de obra para que a Ford não arcasse com direitos trabalhistas e contribuições previdenciárias em Tatuí. A montadora possui uma pista de testes e um laboratório na cidade que são considerados referências internacionais no aperfeiçoamento e projeto de veículos.
De acordo com o processo, a Avape se justificava afirmando que prestava atendimento a pessoas com deficiência em sua unidade de Tatuí utilizando os recursos que obtinha da intermediação de mão de obra de pessoas sem deficiência. Contudo, segundo com a sentença, poucos eram os atendidos.
A ação civil pública, de responsabilidade do procurador do Trabalho Bruno Ament, trata do que seria considerada uma superfraude. Puma vez que nem a associação, nem a Ford cumpririam a legislação de inserção de pessoas com deficiência. De acordo com o processo, isso teria geraria um efeito dominó. Pois se uma montadora descobre que está sofrendo de concorrência desleal através de dumping social, poderia ser instada a copiar a metodologia, gerando repercurssões negativas na sociedade.
Em 2011, uma liminar solicitada pelo Ministério Público do Trabalho foi concedida, proibindo a Avape de intermediar mão de obra para a Ford em Tatuí e obrigando a montadora a contratar diretamente. No ano seguinte, o Tribunal Regional do Trabalho confirmou a liminar e negou, por unanimidade, um mandado de segurança para a montadora – que levou o caso ao Tribunal Superior do Trabalho. Contudo, com esta decisão da ação civil pública, o mandado deixar de ter razão de existir. Com a liminar, a Avape fechou a sua unidade de Tatuí.
Considerando que a Avape não possui patrimônio para cumprir a sentença, a Ford terá que arcar com a quase totalidade desses recursos: R$ 200 milhões para os Fundos Nacional e Estadual de Direitos Difusos e R$ 200 milhões a serem investidos na cidade de Tatuí, distante cerca de 130 quilômetros da capital paulista, em políticas de inserção e formação de pessoas com deficiência, mas também dos outros cidadãos.
A empresa também foi condenada a contratar diretamente todos os empregados listados na atividade-fim do seu campo de provas. A Justiça não proibiu qualquer terceirização, mas apenas a ilegal, mantendo a possibilidade de utilizarem prestadores de serviço para atividades secundárias como limpeza e segurança.
A Ford também terá que veicular em cadeia nacional de TV inserções que tratem da condenação, explicando que a situação incitava a violação à dignidade humana, às regras de proteção do trabalho, à livre concorrência e ao fair trade.
Questionada pela reportagem, a montadora informou, através de sua assessoria de imprensa, que o processo envolvendo a empresa ainda encontra-se sob júdice. “Por este motivo, a Ford não se pronunciará neste momento, pois aguarda uma solução final do processo por parte dos órgãos competentes.”
Em nota, a Avape informou que mantinha com a Ford de Tatuí um contrato de terceirização para atividade-meio e não para atividade-fim ou de contratação de pessoas com deficiência. Afirmou que a sentença de primeira instância é “obscura e contraditória” e está entrando embargos de declaração na Justiça.
O processo corre com o número 0002153-24.2011.5.15.0116.
Com reportagem de Guilherme Zocchio.

CIDADE: Ônibus são apedrejados por rodoviários em greve no Rio; paralisação afeta 3 milhões de pessoas

Do UOL, no Rio


Reynaldo Vasconcelos/Futura Press

Logo pela manhã, passageiros lotaram a Central do Brasil, no Rio de Janeiro, devido à greve de motoristas e cobradores de ônibus
Cerca de 50 ônibus que circulam pela zona oeste do Rio de Janeiro foram apedrejados nesta sexta-feira (1º) por rodoviários grevistas que promoviam piquetes nas portas das garagens das empresas Pégaso e Viação Jabour, em Campo Grande.
Segundo o secretário municipal de Transportes, Carlos Osório, os veículos foram atingidos por "paralelepípedos, pedras e vidros quebrados", entre outros objetos, e motoristas foram agredidos. A paralisação no Rio afeta cerca de três milhões de pessoas na região metropolitana e na Baixada Fluminense.
De acordo com a Polícia Militar, não houve consequências mais graves em função dos atos de violência dos grevistas. O policiamento na região das empresas e na avenida Brasil, onde também ocorreram casos de ônibus apedrejados, foi reforçado.
Trabalhador não pode ser punido, diz prefeito
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), afirmou que a greve de 24 horas iniciada pelos rodoviários na madrugada desta sexta-feira (1º) tem o objetivo de "estabelecer pressões". Em entrevista à "TV Globo", o chefe do Executivo carioca pediu desculpas à população e disse esperar que as concessionárias "tenham responsabilidade".
VEJA QUAIS SÃO AS EXIGÊNCIAS DA CATEGORIA
Piso de R$ 2 mil para motoristas
Piso de R$ 1,1 mil para cobradores
Fim da dupla função motorista/cobrador
Jornada de trabalho de seis horas
Pagamento de horas extras
Cesta básica de R$ 200
Plano de saúde (titular + três dependentes)
Vale refeição de R$ 15
Adicional de insalubridade
"A gente espera que as concessionárias de ônibus tenham responsabilidade. Se não tiverem, serão punidas por isso. O que não pode é o trabalhador ser punido. Um movimento desses no aniversário da cidade claramente tem a intenção de estabelecer pressões. Nós não vamos aumentar a passagem agora. Peço desculpas ao trabalhador carioca e espero que ao longo do dia a situação volte ao normal", afirmou.
Em nota, a Secretaria Municipal de Transportes afirmou que a paralisação liderada pelo Sindicato dos Rodoviários é parcial e, "ao longo das últimas horas, está sendo observado aumento gradativo da frota nas ruas do Rio". A greve foi iniciada depois que os rodoviários não aceitaram uma oferta de 8% de reajuste.
O governo municipal também determinou que os quatro consórcios que exploram o transporte rodoviário na cidade "coloquem imediatamente a frota programada nas ruas". A Rio Ônibus (Sindicato das Empresas de Ônibus da Cidade do Rio de Janeiro) recorreu à Justiça para que seja decretada a ilegalidade da greve.
No BRT Transoeste, conhecido popularmente como Ligeirão, que liga Santa cruz à Barra da Tijuca, na zona oeste, estão funcionando apenas 22 ônibus articuladas --a frota média é de 80 veículos.
Alguns dos carros que foram apedrejados pertencem ao sistema do BRT. De acordo com a prefeitura, todas as estações do corredor Transoeste estão abertas e não há registro de tumulto.

COMENTÁRIO: Ocupação de terreno

Por Dora Kramer - O Estado de S.Paulo

Quando antecipou o início da campanha eleitoral de 2010 para 2008, o então presidente Luiz Inácio da Silva precisava do tempo como aliado para "construir" Dilma Rousseff. 
Para o projeto de reeleição da presidente isso não é mais necessário; oficialmente ela é a protagonista da cena política.
Tampouco Lula necessita de projeção, caso mais adiante decida se candidatar mais uma vez. Hipótese hoje negada - até para que não se antecipe junto com a campanha, na prática, o fim do mandato Dilma - mas sempre uma possibilidade se essa for a maneira mais segura de manter unida a tropa dos hoje aliados.
Ele cumpre, assim, um papel que a presidente da República não poderia desempenhar com a mesma desenvoltura. 
Precavido, o ex-presidente iniciou ontem, com uma pré-estreia estratégica no Rio para falar aos operários das obras de reforma do Maracanã, um périplo pelo País ao molde das caravanas dos anos 90 para preparar o terreno para as eleições presidenciais. 
Até 18 de maio vai percorrer pelo menos 10 Estados, o que significa exposição garantida no noticiário político, presença junto ao eleitorado de cada canto do Brasil e "amarração" das alianças regionais antes que o adversário lance mão de uma parte delas. 
O roteiro prevê três paradas politicamente importantes: nesta semana no Ceará governado por Cid Gomes, do PSB, onde o irmão mais famoso dele, Ciro, acaba de criticar o presidente do partido, Eduardo Campos. Que, segundo ele, não tem "estrada" para governar o País e, além disso, precisa abrir mão dos cargos federais antes de pensar em se contrapor ao PT no plano nacional.
Assim como faz a oposição quando vê na possível candidatura de Campos uma chance de inserir uma cunha na base governista, Lula semeia a cizânia no PSB. 
A outra parada, em 14 de abril, será em Minas Gerais, terra do pretendente do PSDB, Aécio Neves, e a terceira em 15 de maio, no Rio, onde PMDB e PT começam a se estranhar seriamente. Ambos - escolhidos não por acaso - são os maiores colégios eleitorais depois de São Paulo. 
Em termos de alianças, nada é garantido por enquanto, mas Lula faz o que pode: trabalha para não precipitar brigas e rupturas entre os partidos aliados do governo, um dos efeitos colaterais negativos da antecipação da campanha eleitoral. 
À margem. O Supremo Tribunal Federal derrubou a decisão liminar do ministro Luiz Fux que obriga o Congresso a examinar, em ordem cronológica, os vetos presidenciais acumulados há 13 anos. 
Não quis intrometer-se em questões "interna corporis". Muito bem, mas em algum momento o STF, na condição de guardião da Constituição, vai ter de se manifestar sobre o fato de o Parlamento ignorar solenemente o preceito que manda os vetos serem votados em 30 dias, sob pena do trancamento da pauta. 
Não adianta nada os congressistas cortarem um pouco da gordura que abunda naquele ambiente para fazer um carinho na opinião pública se é o primeiro a viver na ilegalidade. Continua em dívida com o País. 
O processo legislativo, cumpre lembrar, não se encerra com a aprovação de projetos e emendas. Quando há vetos, só se completa com a derrubada ou manutenção da manifestação do chefe do Executivo.
Dinheiro na mão. Em qualquer País onde o Orçamento federal fosse para valer, a primeira e mais evidente consequência da não aprovação seria a suspensão do pagamento do funcionalismo.
Valesse a regra, o Congresso não se daria ao desfrute de encerrar o ano legislativo sem aprovar o Orçamento do ano seguinte. Sob pena de arriscar-se a ver o que é bom para tosse em matéria de protesto contra a inércia.

DIREITO: Barbosa prevê prisões do mensalão até julho e chama sistema penal de 'frouxo'

Do ESTADAO.COM.BR
FELIPE RECONDO, MARIÂNGELA GALLUCCI - O Estado de S.Paulo

Advogados dos condenados dizem que ministro tem 'ânsia por celeridade' e faz 'futurologia'
BRASÍLIA - Presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa disse na quinta-feira, 28, que as penas dos 25 condenados no julgamento do mensalão devem começar a ser cumpridas até 1.º julho deste ano. Ele afirmou, porém, que por causa de um sistema penal "frouxo" boa parte dos condenados deverá ficar na cadeia pouco mais que dois anos.
Nelson Jr./STF/Divulgação
Para Barbosa, falhas do sistema penal vão reduzir substancialmente as penas dos condenados
"Eu espero que até julho (sejam expedidos os mandados de prisão)", disse o ministro em entrevista a correspondentes internacionais. "Mas a minha expectativa é que tudo se encerre antes de 1.º de julho, antes das férias."
Treze dos condenados têm penas superiores a oito anos, o que os levará ao regime fechado de prisão. O restante cumprirá penas diferenciadas, como o regime semiaberto, no qual o condenado apenas dorme na cadeia.
Barbosa afirmou que espera encerrar o julgamento de todos os recursos dos advogados contra a condenação até essa data. Depois, os mandados de prisão poderão ser expedidos. "Os votos de alguns ministros ainda não foram liberados e eles ainda têm um prazo para fazer isso. Assim que todos apresentarem os seus votos, eu vou determinar a publicação, e aí começa a correr o prazo de recursos dos réus", disse. O calendário só não será cumprido, segundo ele, se houver "chicana" dos advogados.
Barbosa criticou as penas impostas pelo tribunal no julgamento do mensalão e afirmou que há um problema sistêmico na Justiça criminal. "Nosso sistema penal é muito frouxo. É um sistema totalmente pró-réu, pró-criminalidade", disse.
"Essas sentenças que o Supremo proferiu aí, de dez anos, 12 anos, no final se converterão em dois anos, dois anos e pouco de prisão, porque há vários mecanismos para ir reduzindo a pena", disse. "E, por outro lado, esse sistema frouxo tem vários mecanismos de contagem de prazo para prescrição que são uma vergonha. São quase um faz de conta. Tornam o sistema penal num verdadeiro faz de conta."
Barbosa chamou o sistema prisional de "caótico". "Isso, no Brasil, infelizmente, é utilizado para afrouxar ainda mais o sistema penal. O que eu acho um absurdo", disse o presidente do STF. "Os governantes brasileiros não dão importância a esse fenômeno que é esse sistema prisional caótico."
Apontado pelo Supremo como figura central no esquema de pagamento de parlamentares em troca de apoio político ao governo Luiz Inácio Lula da Silva entre os anos de 2003 e 2005, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu foi condenado a dez anos e dez meses de reclusão. Já o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, apontado como o operador do mensalão, foi condenado a mais de 40 anos.
O julgamento da ação penal do mensalão terminou em 17 dezembro do ano passado, após mais de 4 meses de sessões e embates entre o relator, ministro Joaquim Barbosa, e o revisor, ministro Ricardo Lewandowski. Mas o acórdão do julgamento ainda não foi publicado, pois depende da liberação de todos os votos e das notas taquigráficas, que estão sendo revisadas pelos ministros. Depois de publicada a decisão, os advogados de defesa terão prazo para recorrer.
Barbosa já antecipou o entendimento de que não serão novamente julgados os casos em que houve quatro votos pela absolvição. Advogados de defesa tentarão refazer o julgamento desses réus por meio de embargos infringentes. Um dos possíveis beneficiários seria Dirceu, condenado pelos crimes de corrupção ativa e formação de quadrilha.
Reações. O advogado José Luís Oliveira Lima, que defende Dirceu, não comentou as declarações do presidente do STF.
O criminalista Marcelo Leonardo, que defende Marcos Valério, criticou a "futurologia" de Barbosa. "Enquanto o acórdão não for publicado, qualquer previsão não tem sustentação. Se não se souber quais os recursos interpostos e sua fundamentação, não se deve fazer futurologia na Justiça."

ECONOMIA: Declaração do IR 2013 pode ser entregue a partir de hoje

Do UOL, em São Paulo

A partir das 8h desta sexta-feira (1º), os contribuintes podem entregar a declaração deImposto de Renda 2013. O prazo se encerra no dia 30 de abril.
A declaração pode ser entregue pela internet. Apesar de estar em desuso, a Receita permite também o envio por disquete, nas agências do Banco do Brasil ou da Caixa Econômica Federal.
APRESSADOS PODEM COMETER ERROS E CAIR NA MALHA FINA
Pela internet, a entrega pode ser feita até as 23h59min59seg de 30 de abril. Por disquete, o limite vai até o horário de expediente das agências bancárias, que varia conforme a cidade.
A Receita Federal espera receber um número recorde de declarações neste ano: 26 milhões. Em 2012, foram 25,24 milhões e, em 2011, 24,3 milhões. 
A multa para quem entrega a declaração fora do prazo é de 1% ao mês. O valor mínimo é de R$ 165,74, e o máximo é de 20% do imposto devido.
O programa para fazer a declaração está disponível no site da Receita e também noUOL. Há diferentes versões, conforme o sistema operacional do computador (veja a seguir e faça o download):
Versão Windows:
Versão Mac:
Versão Linux - bin
Versão Linux - deb
Versão Linux - rpm
Versão Solaris
Versão multiplataforma
Está obrigado a declarar em 2013 o contribuinte que, em 2012, preencheu alguma das seguintes situações:
1 - recebeu rendimentos tributáveis (salários, por exemplo) acima de R$ 24.556,65;
2 - recebeu rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte (ganhos de poupança, por exemplo), acima de R$ 40.000,00;
3 - obteve ganho de capital ao vender bens ou direitos ou investiu em Bolsas;
4 - em caso de atividade rural:
a) obteve receita bruta acima de R$ 122.783,25;
b) vá compensar, no ano-base de 2012 (a que se refere o IR 2013) ou depois, prejuízos de anos anteriores ou do ano-base de 2012;
5 - teve, em 31 de dezembro, a posse ou a propriedade de bens ou direitos de valor total superior a R$ 300 mil;
6 - passou a morar no Brasil em qualquer mês e nesta condição se encontrava em 31 de dezembro;
7 - optou pela isenção do IR do ganho de capital na venda de imóveis residenciais, por ter aplicado o dinheiro na compra de outro imóvel residencial, em até 180 dias a partir venda do imóvel original.
Fica dispensado de fazer a declaração do Imposto de Renda o contribuinte que esteve numa das seguintes situações em 2012:
1 - enquadrar-se apenas na hipótese prevista no item 5 (possuir bens acima de R$ 300 mil) e que, se viver em sociedade conjugal ou união estável, tenha os bens comuns declarados pelo outro cônjuge ou companheiro, desde que o valor total dos seus bens privativos não passe de R$ 300 mil; 
2 - que se enquadrar em uma ou mais das hipóteses dos itens 1 a 7, caso conste como dependente em declaração de outra pessoa física, na qual tenham sido informados seus rendimentos, bens e direitos.
Se quiser, a pessoa, mesmo desobrigada, pode apresentar a declaração.
Regras para escolha do modelo simplificado ou completo
O contribuinte pode escolher o modelo completo ou o simplificado. Na opção pelo simplificado, é aplicado o desconto padrão de 20% (independentemente de gastos com saúde e educação, por exemplo). O limite para esse desconto de 20% é de R$ 14.542,60.
Não pode escolher pelo modelo simplificado o contribuinte que compensar prejuízo da atividade rural ou imposto pago no exterior.
Pagamento do imposto pode ser feito em 8 parcelas
Se a pessoa tiver imposto a pagar, pode dividir em até oito meses, desde que a parcela não seja menor que R$ 50,00. Imposto de valor menor que R$ 100,00 deve ser pago à vista.
A primeira cota ou cota única deve ser paga até o prazo final da declaração (30 de abril). As demais cotas são pagas até o último dia útil de cada mês, acrescidas de juros conforme a Selic, até o mês anterior ao do pagamento, e de 1% no mês do pagamento.
Que modelo é melhor escolher: simplificado ou completo?

ECONOMIA: Bovespa opera em queda, e dólar sobe nesta sexta; acompanhe

Do UOL, em São Paulo

A Bovespa abriu em forte queda nesta sexta-feira (1º). Por volta das 10h10, o Ibovespa (principal índice da Bolsa) caía 1,48%, a 56.571,95 pontos.
O dólar comercial avançava 0,42%, a R$ 1,987 na venda. O euro perdia 0,17%, a R$ 2,584 na venda. 
Mais cedo, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou que aeconomia brasileira cresceu 0,9% em 2012. É o pior desempenho anual da economia desde 2009, quando encolheu 0,3%. 
Bolsas internacionais
As ações asiáticas recuaram 0,61% em Hong Kong e Xangai perdeu 0,26% nesta sexta-feira (1º), com dados industriais fracos da China, preocupações com o impasse político italiano e possíveis cortes de gastos nos Estados Unidos.
O índice Nikkei, do Japão, anulou perdas iniciais e avançou 0,41%, sustentado por expectativas de ações de estímulo do banco central do país.
(Com Reuters)
Acompanhe as principais notícias do dia sobre o mercado financeiro pelo Direto da Bolsa.
Veja ainda no UOL os fechamentos anteriores da Bolsa e o histórico do dólar.

POLÍTICA: Maluf é autorizado pelo STF a ir para os EUA, mas desiste

Da FOLHA.COM
FLÁVIO FERREIRA, DE SÃO PAULO

Apesar de estar na lista de procurados pela Interpol (polícia internacional com 190 países-membros), o deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) conseguiu autorização do STF (Supremo Tribunal Federal) para viajar ao exterior.
O pedido foi feito na semana passada, acompanhado de autorização da Câmara dos Deputados, e aceito pelo ministro Ricardo Lewandowski.
Anteontem à noite, porém, a defesa do deputado federal informou ao STF que ele havia desistido da viagem.
O objetivo da ida de Maluf ao exterior seria representar a Câmara em um evento da ONU (Organização das Nações Unidas) neste mês.
Paulo Maluf

Reprodução/Interpol - Site da Interpol mostra foto de Maluf e pede informações


Desde 2010, quando ocorreu a inclusão do nome dele no alerta vermelho da Interpol, a defesa de Maluf defende a tese de que a condição de congressista confere imunidade ao deputado - e que, por isso, ele não poderia ser detido fora do país.
Maluf pediu autorização de viagem para Nova York, nos EUA, cidade onde está a Promotoria que pediu a inclusão dele no alerta vermelho da polícia internacional.
Ex-prefeito de São Paulo, Maluf foi acusado de ter enviado ilegalmente para contas nos EUA recursos que teriam sido desviados de obras públicas no Brasil - como a construção da av. Jornalista Roberto Marinho (zona sul).
O pedido de permissão para viajar foi entregue pela defesa do deputado nos autos da ação penal do STF na qual ele e sua mulher são réus - sob a suspeita da prática de crimes financeiros, também ligados às obras da avenida da zona sul paulistana.
O ministro Lewandowski é relator do caso - e por isso recebeu a solicitação de Maluf.
O pedido de autorização do STF não poderia ser um instrumento jurídico para barrar uma eventual ação da Interpol no exterior, mas funciona como uma prestação de contas à Justiça brasileira sobre sua ausência.
A defesa e a assessoria de Maluf foram procuradas pela Folha, mas informaram que não iriam se pronunciar.

MUNDO: Chávez está 'lutando pela vida', diz vice-presidente

Do UOL

O vice-presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse que o presidente Hugo Chávez está "lutando por sua vida".
"Ele está lutando pela vida e estamos com ele", afirmou o vice-presidente em um pronunciamento na televisão.
Maduro ainda disse que o presidente "não cuidou da saúde, pois deu o corpo e a alma" para o povo.
Por ocasião da volta de Hugo Chávez à Venezuela, para retomar o tratamento de um câncer, o site da TV Iguana, da Venezuela, divulgou fotos antigas do mandatário venezuelano. As imagens vão desde a época de colégio até o período em que Chávez serviu no exército. A TV não identifica o ano em que as imagens foram feitas.
"Nosso comandante está doente pois ele deu a vida por aqueles que não têm nada", disse Maduro.
Chávez não foi mais visto em público desde que passou por uma nova cirurgia para tratamento de um câncer em Cuba, no mês de dezembro. Ele voltou para a Venezuela no dia 18 de fevereiro e estaria enfrentando uma grave infecção respiratória.
Anteriormente, o governo venezuelano afirmou que Chávez está governando o país do hospital.
Chávez, que ocupa a Presidência há 14 anos, estaria sofrendo de câncer na região pélvica, mas não foram divulgados mais detalhes sobre a doença.
O vice-presidente, que foi indicado por Chávez como seu o sucessor preferido para o cargo, afirmou que o tratamento do líder venezuelano está em uma "fase complexa e difícil".
Boatos
O governo venezuelano tinha informado que Chávez está respirando com a ajuda de um tubo na traqueia, e que estaria redigindo ordens e se reunindo com ministros de governo no quarto de um hospital militar de Caracas, onde está internado.
Chávez anunciou no Twitter seu retorno à Venezuela depois do tratamento para o câncer em Cuba. Uma semana antes foram divulgadas imagens de Chávez sorrindo na cama de hospital em Cuba, durante uma visita de suas filhas.
No entanto, ele ainda não fez nenhum pronunciamento ou aparição pública.
Autoridades do governo já haviam falado sobre a "grande batalha" de Chávez pela vida e os últimos comentários de Nicolas Maduro foram feitos em meio à intensificação de boatos sobre a saúde do presidente venezuelano.
Se referindo aos boatos, Maduro afirmou que "mentiras e grosserias no Twitter e Facebook" são o trabalho de uma "minoria pequena e venenosa".
Chávez anunciou em junho de 2011 que estava com câncer e já passou por quatro cirurgias desde então, além de quimioterapia e radioterapia.
Ele foi reeleito para mais seis anos de Presidência em outubro de 2012, mas a Suprema Corte venezuelana determinou que a cerimônia de posse poderia ser transferida para outra data, por causa da doença de Chávez.

POLÍTICA: "Quem quiser romper, que rompa. Não queremos romper com ninguém", diz Lula em reunião do PT

Do UOL
Carlos Madeiro

Em fala de abertura da reunião do Diretório Nacional do PT, nesta sexta-feira (1), em Fortaleza, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva mandou um recado aos dirigentes do partido para que tenham "paciência" e "tolerância" na política de alianças com os partidos da base governista.
Segundo Lula, o PT deve adotar a linha de unir, evitando o "fogo amigo" contra partidos aliados.
Mesmo sem citar o nome do governador de Pernambuco e presidente do PSB, Eduardo Campos, Lula foi claro ao dizer que o foco do partido deve ser manter as alianças em torno da candidatura à reeleição da presidente Dilma Rousseff.
"Há um planejamento estratégico direcional de tolerância e paciência. De entender que, se alguém quiser romper conosco, que rompa. Nós não queremos romper com ninguém. O que nós queremos é fortalecer, só que não podemos impedir as pessoas de fazerem o que é de interesse dos partidos políticos. O ideal é que a gente consolide as forças políticas que estão ajudando esse país a mudar, como está mudando", afirmou Lula, diante das principais lideranças do partido.
Mas o ex-presidente afirmou que manter aliados na base do governo não será tarefa fácil. "Vocês estão acompanhando pelo noticiário que o que não falta é gente querendo arrumar confusão. É gente para, inclusive, tentar criar novidade dentro do nosso partido. Nós vamos partir para o nosso plano estratégico, que é a eleição da nossa presidente Dilma. 2013 é o ano da consagração da Dilma. Eu acho que este ano será mais importante até do que 2014, porque é nele que vamos consolidar a nossa presidente. Mas será um ano complicado de alianças", destacou o Lula.
Lula também citou que a "elite" brasileira vai atacar a presidente Dilma, com intuito de fortalecer a oposição.
"Eu acho que não será um ano fácil. Se alguém algum dia acreditou que a elite brasileira, sobretudo a elite política e parte dos meios de comunicação iriam aceitar a Dilma pura e simplesmente, já viram que não será assim. Nós temos que ter claro que eles vão fazer um esforço incomensurável para derrotas. E não é contra a Dilma, é contra a PT", destacou.
Uma das principais preocupações de Lula é a negação à política. "Nós estamos trabalhando num quadro onde a negação política está muito forte no imaginário popular. Negar a política significa colocar todo mundo no mesmo prato. Mas a negação da política é a margem da campanha deles. E como nós somos um partido político, mais do que ninguém, temos obrigação de defender a política. E nós queremos dar a resposta para fazer a reforma política, que eles não tiverem coragem de fazer", disse.
Reunião
O diretório nacional do PT se reúne nesta sexta-feira e sábado (2) para definir estratégias políticas para 2013. Segundo o senador Eduardo Suplicy (SP), o principal objetivo do encontro é discutir a reforma política.
Em entrevista na chegada ao hotel onde está ocorrendo o encontro, o senador disse que vai defender que o partido apoie o financiamento público das campanhas, a divulgação em tempo real dos doadores e a realização de prévias com a realização de todos os partidos que compõem alianças.

ECONOMIA: Economia brasileira cresceu 0,9% no ano passado, pior desempenho desde 2009

De OGLOBO.COM.BR
CLARICE SPITZ (EMAIL · FACEBOOK)

No quarto trimestre, expansão do PIB foi de 0,6% frente ao trimestre anterior, segundo o IBGE
RIO - A economia brasileira pisou no freio e cresceu apenas 0,9% em 2012. É o pior desempenho desde 2009, segundo dados divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira. Em 2011, o Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos no país) havia crescido 2,7%. No último trimestre do ano passado, o PIB avançou 0,6% frente ao terceiro e 1,4% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Em valores, o PIB somou, em 2012, R$ 4,403 trilhões.
No biênio do governo Dilma, a economia cresceu em média 1,8% ao ano. Juros nos menores patamares históricos, crédito abundante e desoneração de tributos não foram capazes de garantir um crescimento mais forte da economia. O PIB per capita (PIB dividido pela população residente no país) atingiu R$ 22.402,00, subiu 0,1% em relação a 2011, em valores correntes.
Analistas esperavam uma alta menor que 1%. A prévia do PIB, medida pelo Índice de Atividade Econômica do Banco Central — Brasil (IBC-Br), havia apontado crescimento de 1,35%. No início do ano, o governo chegou a prever alta de 4% a 5%.
Pela ótica da demanda, o consumo das famílias subiu 3,1%. A Formação Bruta de Capital Fixo, que indica os investimentos, apresentou recuo de 4%.
Para o recuo dos investimentos pesou a queda de 9,1% na produção e importação de máquinas e equipamentos. A construção civil que também faz parte da FBCF avançou 1,9%. Segundo o gerente de Contas Nacionais, Roberto Olinto, o crescimento foi sustentado pelo aumento da renda e dos programas de habitação do governo.
A taxa de investimentos da economia brasileira atingiu 18,1% do Produto Interno Bruto em 2012, informou o IBGE. A taxa de poupança, por sua vez, correspondeu a 14,8% do PIB, indicando a menor taxa desde 2002, quando foi de 14,7%.
Indústria também teve piores resultados em três anos
De acordo com o IBGE, o crescimento da massa salarial aliada à expansão do crédito sustentou o crescimento do comércio varejista, em ritmo superior ao da indústria, e o consumo das famílias que continuou a crescer pelo nono ano consecutivo. O consumo do governo avançou 3,2%.
O gerente de Contas Trimestrais, Roberto Olinto, afirmou que, na margem, há várias atividades que estão apresentando crescimento positivo. A FBCF deixou três trimestres de taxas negativas e cresceu 0,5% no quarto trimestre ante o anterior.
— É preciso ser cauteloso, mas na margem houve uma mudança e pode ser um sinal de que estamos tendo uma retomada — disse.
Mas assim, a indústria de transformação, construção civil registraram desempenhos negativos, com queda de 0,5% cada uma.
Setor externo
As exportações subiram 0,5% em 2012, enquanto as importações subiram 0,2%. Segundo o IBGE, a valorização do dólar ante o real explicou o desempenho das exportações. A taxa de câmbio médio passou de R$ 1,67, em 2011, para R$ 1,95, em 2012.
O IBGE revisou a variação do PIB no terceiro trimestre ante o trimestre anterior, que passou de uma alta de 0,6% para 0,4%. No segundo trimestre, na mesma base de comparação, o avanço foi de 0,2% para 0,3%.

DIREITO: STF reconhece imunidade tributária recíproca sobre todos os serviços dos Correios

Por maioria de votos, o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) concluiu nesta quinta-feira (28) o julgamento do Recurso Extraordinário (RE 601392) que discutia a imunidade da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) em relação ao recolhimento do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) nas atividades exercidas pela empresa que não tenham características de serviços postais. Após reformulação do voto do ministro Ricardo Lewandowski, somaram-se seis votos favoráveis para reconhecer que a imunidade tributária recíproca – nos termos do artigo 150, VI, “a”, da Constituição Federal (que veda a cobrança de impostos sobre patrimônio, renda ou serviços entre os entes federados) – alcança todas as atividades exercidas pelos Correios. O tema teve repercussão geral reconhecida.
No recurso, a empresa pública questionava decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) que reconheceu o direito de a Prefeitura de Curitiba (PR) tributar os Correios com o ISS nos serviços elencados no item 95 da Lista anexa do Decreto-lei 56/1987. Esses serviços abrangem cobranças e recebimentos por conta de terceiros, inclusive direitos autorais, protestos de títulos, sustação de protestos, devolução de títulos pagos, manutenção de títulos vencidos, fornecimento de posição de cobrança ou recebimento e outros serviços correlatos da cobrança ou recebimento.
Conforme argumento dos Correios, a decisão do TRF-4 contrariou o artigo 21, inciso X, da Constituição Federal, segundo o qual compete à União manter o serviço postal e o correio aéreo nacional. Sustentou ainda que o STF deveria reconhecer a “imunidade completa” de suas atividades, pois todos os seus rendimentos estão condicionados à prestação de serviço público.
Julgamento
O julgamento foi retomado hoje com o voto-vista do ministro Dias Toffoli, que se posicionou pelo provimento do RE. De acordo com o ministro, “a imunidade deve alcançar todas as atividades desempenhadas pela ECT, inclusive as atividades afins autorizadas pelo Ministério das Comunicações, independentemente da sua natureza”. O ministro destacou que se trata de uma empresa pública prestadora de serviços públicos criada por lei para os fins do artigo 21, inciso X, da Constituição Federal e afirmou que todas as suas rendas ou lucratividade são revertidas para as “finalidades precípuas”.
No mesmo sentido já haviam votado – em novembro de 2011 – os ministros Ayres Britto (aposentado), Gilmar Mendes e Celso de Mello. Na ocasião, o ministro Ayres Britto foi quem abriu divergência, ao entender que “é obrigação do poder público manter esse tipo de atividade, por isso que o lucro, eventualmente obtido pela empresa, não se revela como um fim em si mesmo, é um meio para a continuidade, a ininterrupção dos serviços a ela afetados”.
Após o voto do ministro Dias Toffoli, a ministra Rosa Weber acompanhou o mesmo entendimento, assim como o ministro Ricardo Lewandowski, que mudou seu posicionamento e, dessa forma, formou a maioria pelo provimento do recurso.
Lewandowski afirmou ter ficado convencido, após analisar melhor a questão, de que os Correios prestam um serviço público de natureza essencial e atua onde a iniciativa privada não tem interesse de atuar e, portanto, não há concorrência com fins lucrativos. Ele lembrou que as próprias empresas privadas responsáveis pela entrega de encomendas e pacotes se valem do serviço dos Correios porque do ponto de vista financeiro é desinteressante.
“Não se pode equiparar os Correios a empresas comuns em termos de concorrência porque não concorre de forma igualitária com estas. Primeiro porque precisa contratar seus bens e serviços mediante a Lei 8.666/93, que engessa sobremaneira a administração pública”, afirmou o ministro ao destacar que “não há nenhuma disparidade de armas no que tange ao reconhecimento dessa imunidade fiscal relativamente aos Correios”.
Relator
Ficaram vencidos nessa questão o relator, ministro Joaquim Barbosa, e outros quatro integrantes da Corte que o acompanharam: os ministros Luiz Fux, Cármen Lúcia, Marco Aurélio e Cezar Peluso (aposentado).
De acordo com o relator, no momento em que a empresa age com intuito de fins lucrativos, para si ou para outrem, a imunidade recíproca de tributos não deve ser aplicada. E este seria, segundo ele, o caso dos serviços questionados no RE. O ministro Joaquim Barbosa observou que o Estado e os “diversos braços estatais” só podem exercer essa atividade econômica excepcionalmente. “A regra é o exercício de atividade econômica por atores privados”. Em sua opinião, deveria haver uma distinção entre os serviços lucrativos e os serviços executados pelo Estado.
O relator ainda lembrou que a ECT exerce, ao mesmo tempo, atividade postal e bancária, como a venda de títulos em concorrência com o setor privado. De acordo com ele, a Constituição Federal determina que, quando o Estado ou empresa estatal resolve empreender na área econômica, deve fazê-lo em igualdade de condições com o particular. “Deve-se estabelecer a distinção: quando está diante de exercício de serviço público, há imunidade absoluta, quando se tratar de exercício de atividade privada, devem incidir as mesmas normas incidentes sobre as empresas privadas, inclusive as tributárias, como diz a Constituição”, afirmou.

DIREITO: STJ - Contribuição previdenciária não incide sobre salário-maternidade e férias gozadas

A Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) alterou a jurisprudência até agora dominante na Corte e decidiu que não incide contribuição previdenciária sobre o valor do salário-maternidade e de férias gozadas pelo empregado. Com esse entendimento, a Seção deu provimento ao recurso de uma empresa do Distrito Federal contra a Fazenda Nacional. 
Seguindo voto do relator, ministro Napoleão Nunes Maia Filho, a Seção entendeu que, como não há incorporação desses benefícios à aposentadoria, não há como incidir a contribuição previdenciária sobre tais verbas. 
Segundo o colegiado, o salário é conceituado como contraprestação paga ao trabalhador em razão do seu trabalho. Já o salário-maternidade e o pagamento das férias têm caráter de indenização, ou seja, de reparação ou compensação. 
“Tanto no salário-maternidade quanto nas férias gozadas, independentemente do título que lhes é conferido legalmente, não há efetiva prestação de serviço pelo empregado, razão pela qual não é possível caracterizá-los como contraprestação de um serviço a ser remunerado, mas sim, como compensação ou indenização legalmente previstas com o fim de proteger e auxiliar o trabalhador”, afirmou o relator, ao propor que o STJ reavaliasse sua jurisprudência. 
O Tribunal vinha considerando o salário-maternidade e o pagamento de férias gozadas verbas de caráter remuneratório e não indenizatório, por isso a contribuição previdenciária incidia sobre elas. 
O caso
Inicialmente, com base na jurisprudência, o relator havia rejeitado a pretensão da empresa de ver seu recurso especial analisado pelo STJ. A empresa recorreu da decisão sustentando que a hipótese de incidência da contribuição previdenciária é o pagamento de remunerações destinadas a retribuir o trabalho, seja pelos serviços prestados, seja pelo tempo em que o empregado ou trabalhador avulso permanece à disposição do empregador ou tomador de serviços. 
De acordo com a empresa, no salário-maternidade e nas férias, o empregado não está prestando serviços nem se encontra à disposição da empresa. Portanto, independentemente da natureza jurídica atribuída a essas verbas, elas não podem ser consideradas hipóteses de incidência da contribuição previdenciária. 
Decisão reconsiderada
O ministro Napoleão Nunes Maia Filho reconsiderou a decisão anterior e deu provimento ao agravo da empresa, para que o recurso especial fosse apreciado pelo STJ. Como forma de prevenir divergências entre as Turmas de direito público, tendo em vista a relevância do tema, o julgamento foi afetado à Primeira Seção. 
Justificando a necessidade de rediscussão da jurisprudência estabelecida, o relator disse que, da mesma forma como só se obtém o direito a um benefício previdenciário mediante a prévia contribuição, a contribuição só se justifica ante a perspectiva da sua retribuição em forma de benefício. 
“Esse foi um dos fundamentos pelos quais se entendeu inconstitucional a cobrança de contribuição previdenciária sobre inativos e pensionistas”, observou o ministro.

DIREITO: STJ - BMW do Brasil deve pagar indenização por golpe de seu ex-presidente

A Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou provimento a recurso da BMW do Brasil, no qual buscava se eximir do pagamento de indenização por atos praticados pelo ex-presidente da montadora no país. 
A BMW foi condenada em ação indenizatória por danos materiais, proposta pela Cosfarma – Produtos Cosméticos e Farmacêuticos Ltda., devido à injustificada ruptura de tratativas para instalação de uma concessionária em Manaus. 
Para os ministros, diante das peculiaridades do caso, a montadora incorreu em responsabilidade pré-contratual, pois, além de frustrar a legítima expectativa de que o negócio seria concluído, gerou expressivo prejuízo material à outra parte. 
Negociação 
Em julho de 1997, a montadora publicou anúncio em jornal convocando novos parceiros para ampliar sua rede de revendedores autorizados BMW e Land Rover em todos os estados brasileiros. A partir daí, a Cosfarma iniciou as tratativas com o então presidente da BMW do Brasil para abertura de uma concessionária em Manaus. 
O ex-presidente da BMW esteve em Manaus para conhecer os sócios e executivos da Cosfarma, discutir detalhes da negociação e avaliar o potencial da cidade. Também houve reunião em São Paulo, sede da BMW do Brasil, para estabelecer um plano de ação, inclusive disponibilizando um arquiteto para orientar o projeto das instalações da futura concessionária. 
Após apresentar todos os documentos requeridos para avaliação de sua candidatura, os dirigentes da Cosfarma obtiveram a resposta de que “seu processo havia sido concluído com resultado positivo” e que a empresa de consultoria contratada pela montadora iria agendar uma reunião para assinatura do contrato. A carta foi assinada pelo presidente e pelo vice-presidente da montadora. 
Em dezembro de 1997, a empresa de consultoria BCCI Business Conections & Consulting Inc comunicou oficialmente à Cosfarma a finalização do processo de candidatura de adesão à rede BMW. Pediu, para concluir a etapa, o depósito de R$ 75 mil, numa conta bancária em São Paulo. 
Em março do ano seguinte, a BMW informou à Cosfarma o cancelamento do contrato de concessão da revenda, “agradecendo-lhe pelo interesse na marca e o empenho na participação em todo o processo de aprovação”. 
Golpe 
Ainda em 1998, a revista Exame publicou reportagem denunciando o golpe promovido pelo então presidente da BMW do Brasil, que, em nome da empresa e no exercício de suas atribuições de executivo, divulgou mensagens publicitárias fraudulentas convidando novos parceiros comerciais. 
A notícia revelou que a fraude era cometida por meio da terceirização do procedimento de avaliação da viabilidade das novas concessionárias a uma empresa de consultoria, que cobrava em média R$ 75 mil. Depois da aprovação e do pagamento da quantia, comunicavam o cancelamento do processo de concessão, sem a devolução do valor pago. 
Após a descoberta do golpe, a BMW se desculpou pelo ocorrido, contudo tentou se isentar da responsabilidade pela devolução dos valores pagos no processo de avaliação pela Cosfarma, que ajuizou ação de indenização por danos morais e materiais contra a BMW. 
Condenação
Em primeiro grau, o pedido de indenização fui julgado procedente. Os danos materiais foram fixados em R$ 75 mil e os danos morais em R$ 350 mil. Ao julgar a apelação, o Tribunal de Justiça do Amazonas excluiu a condenação por danos morais. 
Ainda inconformada, a BMW recorreu ao STJ. Alegou que não haveria nada ilegal na exigência do pagamento preliminar de R$ 75 mil, nem no fato de as negociações não terem evoluído. Argumentou que não estariam configurados os requisitos da responsabilidade civil extracontratual e que haveria enriquecimento ilícito da Cosfarma, visto que as negociações preliminares não teriam caráter vinculante. 
Responsabilidade pré-negocial 
O ministro Villas Bôas Cueva, relator do recurso, considerou que a afirmação pela BMW de sua intenção em contratar, adiantando os documentos exigidos para a formalização do contrato definitivo, trocando correspondências, informando a aprovação da adesão aliada ao depósito prévio, deu origem à responsabilidade pré-negocial. Trata-se da fase preliminar do contrato, tema da chamada culpa in contrahendo. 
Segundo a doutrina e precedentes do STJ, incorre em responsabilidade pré-negocial a parte que cria na outra a convicção razoável de que o contrato será assinado, mas rompe as negociações, ferindo legítimos direitos de quem agiu com boa-fé. 
O ministro Cueva apontou que o direito civil alemão, italiano e português adotam essa teoria. No Brasil, o Código Civil de 2002 prevê que os contratantes são obrigados a guardar, na conclusão do contrato e em sua execução, os princípios da probidade e da boa-fé. 
No caso, o relator entendeu que a responsabilidade pré-contratual discutida não decorre do fato de a tratativa ter sido rompida e o contrato não ter sido concluído, mas, sim, de uma das partes ter causado à outra, além da expectativa legítima de que o contrato seria concluído, efetivo prejuízo material. 
As provas soberanamente analisadas pelo tribunal local, segundo o relator, comprovam o consentimento prévio mútuo, a afronta à boa-fé objetiva com o rompimento ilegítimo das tratativas, o prejuízo concreto e o nexo de causalidade. O ministro afirmou, por fim, que a revisão dessas conclusões demandaria a análise de provas no recurso especial, o que é vedado ao STJ pela Súmula 7 do próprio Tribunal.

DIREITO: STJ - Gestor de fundos que não informa riscos tem de indenizar investidor por perdas

Apesar de, em regra, o gestor de fundos de investimento não dever indenização por prejuízos financeiros decorrentes de operações de risco, a falta de informação adequada ao consumidor sobre tais riscos pode autorizar sua responsabilização civil. Condenada pela Justiça do Rio de Janeiro, a Boa Vista Espírito Santo DTVM S/A (BES) não conseguiu reverter a decisão em recurso analisado pela Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ). 
A BES foi responsabilizada pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), que aplicou o Código de Defesa do Consumidor (CDC) ao reconhecer falha na informação sobre os riscos da operação contratada. Os fundos geridos pela entidade tiveram prejuízos decorrentes da brusca desvalorização do real em janeiro de 1999. 
Real e dólar
Segundo o TJRJ, o investidor aplicou R$ 286 mil em fundo de derivativos, em 31 de dezembro de 1998. Em 13 de janeiro de 1999, houve a desvalorização do real diante do dólar. Ele teria tentado resgatar suas cotas em 14 de janeiro, mas teve o pedido recusado pelo banco. Depois teria havido uma transação imposta pela gestora do fundo, que só autorizou o levantamento do depósito, com valores do dia 14, mediante a aceitação da transação. 
Como a BES foi condenada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) por omissão de informações aos cotistas, o investidor buscou a indenização, afirmando ter havido propaganda enganosa pelo banco e recusa indevida do levantamento de suas cotas com valores do dia 12 de janeiro. Além dessa diferença, ele buscava indenização por danos morais. 
Coação e informação
Para o ministro Raul Araújo, o caso é distinto de precedente seu, definido no Recurso Especial 799.241, em que se estabeleceu a regra de não haver responsabilidade dos gestores de fundos por prejuízos financeiros das operações (leia aqui). 
É que, conforme o relator, o TJRJ condenou a BES em razão da coação usada para firmar a transação entre o banco, o gestor e o investidor, constituída no bloqueio dos valores das cotas em caso contrário. O TJRJ entendeu devido o valor da cota do dia 12 de janeiro, mas não considerou haver dano moral pelo mero descumprimento do contrato. 
Provas
Outro fundamento da condenação pelo TJRJ foi a falta de informação adequada ao consumidor sobre os altos riscos dessas operações com derivativos, que estaria provada por meio de processo administrativo do Banco Central. O Bacen chegou a aplicar multas à BES e ao seu diretor por violação do regulamento dessas aplicações. 
O ministro Araújo concluiu que os fundamentos do tribunal fluminense não contrariam o precedente ou a regra geral, por se basearem em outra situação factual. O relator concluiu também que reavaliar a conclusão do TJRJ implicaria reexame de provas, vedado ao STJ em recurso especial, e não admitiu o recurso da gestora do fundo.

DIREITO: STJ -Sem comparecimento dos credores, processo de insolvência tem de ser encerrado

A falta de credores habilitados na insolvência, assim como na falência, leva à extinção da execução coletiva. Com esse entendimento, a Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou provimento a recurso do Banco Banorte S/A em liquidação extrajudicial, que pedia a declaração de insolvência civil de um devedor e dois avalistas. 
O Banorte requereu a declaração da insolvência civil de um devedor e dois avalistas de débito contido em nota promissória vencida, não paga e protestada, no valor de R$ 7.860, com base no artigo 750 do Código de Processo Civil (CPC). 
O pedido foi acolhido pelo juízo de primeiro grau. Entretanto, logo após iniciada a fase de convocação de credores, o juiz – ao fundamento de que nenhum deles se apresentou – extinguiu o processo. O banco apelou, mas o Tribunal de Justiça de São Paulo manteve a sentença. 
No STJ, o Banorte citou como precedente o Recurso Especial 185.275, em que ficou decidido que a inexistência de bens arrecadáveis não impede a decretação da insolvência civil, impondo apenas, enquanto persistir esse estado, a suspensão do processo na fase executória. 
Processo autônomo
Segundo o relator do recurso, ministro Luis Felipe Salomão, o processo de insolvência é autônomo, de cunho declaratório-constitutivo, e busca a declaração de um estado jurídico para o devedor, com as respectivas consequências de direito processual e material, não podendo ser confundido com o processo de execução, em que a existência de bens é pressuposto de desenvolvimento do processo. 
Entretanto, o ministro não deixou de acolher o pedido do Banorte por este fundamento, mas por outro: mesmo regularmente convocados eventuais credores, não houve nenhuma habilitação de crédito nessa insolvência. 
“A inexistência de credores habilitados na insolvência, assim como na falência, ocasiona a extinção da execução coletiva, uma vez que a fase executiva propriamente dita somente se instaura com a habilitação dos credores, os quais integram o polo ativo do feito e sem os quais, por óbvio, não há a formação da relação processual executiva”, afirmou Salomão.

DIREITO: TSE - Partidos devem encaminhar lista de filiados até a segunda semana de abril

De acordo com a Lei dos Partidos Políticos (Lei n° 9.096/1995), termina na segunda semana de abril o prazo para legendas políticas enviarem, via internet, as relações de seus filiados. A data final para envio das informações ainda será fixada por meio de provimento da Corregedoria-Geral Eleitoral.
As listas devem conter a data de filiação e o número dos títulos e das seções eleitorais em que os filiados aos partidos estiverem inscritos. Além de abril, a legislação eleitoral também prevê o reenvio dessas listas na segunda semana de outubro. 
As informações devem ser disponibilizadas todos os anos para a Justiça Eleitoral pelos próprios partidos, por meio do sistema Filiaweb, aplicativo que permite a interação on-line com o Sistema de Filiação Partidária. 
Após receber a relação dos filiados, a Corregedoria-Geral Eleitoral inicia o procedimento de identificação das duplicidades de filiação partidária, isto é, identifica as pessoas que estão ligadas a mais de uma legenda. 
Aqueles que forem identificados como filiados a agremiações diferentes serão notificados para informar à qual estão efetivamente associados e comprovar eventual desfiliação que não tenha sido registrada pelo seu antigo partido. Os partidos também são notificados nos casos de dupla filiação. Em seguida, as relações oficiais de filiados são divulgadas na internet. 
A legislação eleitoral determina que, se a relação de filiados não for enviada pelos partidos até o prazo fixado no provimento da Corregedoria-Geral Eleitoral, a filiação constante na última relação remetida à Justiça Eleitoral permanecerá inalterada (parágrafo 1º do artigo 19 da Lei dos Partidos Políticos).
Filados até 2012
Ao todo, há no Brasil 15.126.364 filiados a partidos políticos. Esse dado foi calculado com base nas últimas relações enviadas à Justiça Eleitoral, em outubro de 2012, pelos 30 partidos registrados no TSE. 
O Partido Ecológico Nacional (PEN), que teve seu registro deferido em junho de 2012, informou ter 248 filiados. 
O Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) tem o maior número de filiados: 2.356.104. Em seguida, vem o Partido dos Trabalhadores (PT), com 1.551.626, e o Partido Progressista (PP), com 1.415.451 filiados.
O Partido Social Democrático (PSD) informou ter 180.344 filiados e o Partido Pátria Livre (PPL), 14.773. As duas agremiações conseguiram registro no TSE em 2011.
Listagens 
O artigo 19 da Lei dos Partidos Políticos determina que os partidos devem enviar à Justiça Eleitoral as relações atualizadas de seus filiados em abril e outubro de cada ano.
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