sábado, 7 de setembro de 2013

CIDADANIA: Grupos enfrentam polícia e invadem até desfiles cívicos

Do ESTADAO.COM.BR

Convocados por redes sociais como ‘a maior manifestação da história’, protestos têm mobilização menor que as registradas em junho, mas se espalham pelas grandes cidades do País
O Dia da Independência, para o qual alguns grupos da internet prometiam "o maior protesto da história do Brasil", foi marcado menos pela quantidade de pessoas nas ruas e mais por confrontos entre manifestantes e policiais. Os primeiros conflitos ocorreram pela manhã nos desfiles militares e durante toda a tarde grupos dispersos repetiram os choques com policiais nas principais capitais do País. Mascarados foram monitorados ou presos. O aparato policial, em alguns casos, chegou a ser maior do que o número de pessoas protestando.
Veja também: 
Havia dois tipos de manifestantes: os tradicionais participantes das marchas do Grito dos Excluídos - organizadas pela Igreja Católica e engrossadas por representantes de movimentos sociais - e os grupos convocados via redes sociais, que mantêm as "pautas difusas" levantadas nos protestos de junho e agregam táticas de manifestação violentas, como o movimento Black Bloc. Mais de 200 pessoas foram presas nas principais capitais do País.
O protesto em São Paulo, iniciado na Avenida Paulista, terminou em confronto no fim da tarde, quando manifestantes tentavam invadir a Câmara Municipal, no centro da cidade. Ao longo das vias centrais, manifestantes picharam prédios com mensagens de protestos contra o governador Geraldo Alckmin (PSDB). Parte do grupo também depredou agências bancárias. O protesto reuniu ao todo 1.5 mil pessoas. Até o início da noite, nove pessoas haviam sido detidas e só havia confirmação de um ferido.
O repórter fotográfico Tércio Teixeira informou à Folha que foi "atingido de raspão", aparentemente por estilhaços de bala. A secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou que o disparo foi feito por um policial que foi cercado por manifestantes quando passava de moto pela área da praça João Mendes. Segundo a assessoria, o PM foi atingido por um cartaz, caiu da moto, e foi ameaçado por manifestantes que falavam em tirar sua arma.
Ainda segundo a SSP-SP, o policial se recuperou, saiu correndo a pé e, em seguida, deu um tiro para o chão. Segundo a assessoria, o fotógrafo, que segundo ela estava mascarado, não registrou boletim de cocorrência até a noite deste sábado, 7, mas o "o episódio será apurado" e a secretaria tomará todas as medidas cabíveis assim que se esclarecer o caso.
No Rio, apesar do reforço policial - cerca de dois mil PMs faziam a segurança no centro -, integrantes do movimento Black Bloc conseguiram invadir, pela manhã, a Avenida Presidente Vargas durante o desfile de 7 de setembro. Houve confronto com a polícia. Ao todo, 77 pessoas foram detidas e 12 ficaram feridas. No fim da tarde, os manifestantes seguiram para o Palácio Guanabara, sede do governo estadual, na zona sul, onde novos enfrentamentos aconteceram.
Em Brasília, as manifestações resultaram em 39 detenções. Os protestos começaram pacificamente durante o desfile militar na Esplanada dos Ministérios, mas no fim da manhã se transformaram em confrontos, que se espalharam por toda a região central da cidade.
No início da tarde houve uma tentativa de invasão da sede da Rede Globo, onde manifestantes quebraram janelas de três carros de funcionários. Estabelecimentos comerciais e automóveis foram depredados. Um shopping próximo precisou proibir a entrada e saída de pessoas durante a confusão e permaneceu protegido por mais de meia hora pelos policiais.

Seleção. No começo da tarde, manifestantes tentaram seguir em direção ao Estádio Mané Garrincha, onde as seleções de Brasil e Austrália disputaram uma partida amistosa, mas as cerca de 400 pessoas que compunham o grupo foram dispersadas com bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral. A tropa de choque também utilizou balas de borracha. Foram registrados confrontos também em frente à Rodoviária do Plano Piloto. Comerciantes foram obrigados a fechar as portas de suas lojas.

No fim da tarde, um grupo de pessoas tentou voltar ao Congresso, mas foi dispersado por jatos d’água e mais bombas lançadas pelos policiais.

Em Salvador, dois ônibus foram apedrejados e um incendiado. Dois pontos de ônibus foram danificados e uma fachada do Banco do Brasil foi destruída. Banheiros químicos também foram quebrados pelos manifestantes, alguns deles com os rostos cobertos. Pelo menos 23 pessoas foram detidas.

O confronto em Belo Horizonte teve início quando manifestantes tentaram depredar o relógio da Copa do Mundo de 2014 na Praça da Liberdade, região centro-sul da cidade. A PM usou armas de choque. Pelo menos 25 pessoas foram presas e quatro menores apreendidos. Em Fortaleza, 30 mascarados foram detidos. Segundo a PM, eles portavam bombas, paus e pedras: um deles levava um manual de guerrilha na mochila.

Governadores. Em Maceió, o desfile cívico teve de ser interrompido após manifestantes do Grito dos Excluídos invadirem a avenida onde acontecia o evento. O grupo foi até o palanque de autoridades. O governador de Alagoas, Teotônio Vilela Filho (PSDB), teve de sair às pressas, escoltado.



CIDADANIA: Confronto entre manifestantes e policiais marcam o 7 de Setembro chuvoso em Salvador

Do UOL
Marcelo Barreto
 Barreto/UOL
As fortes chuvas que atingiram a capital baiana no feriado da Independência do Brasil não intimidaram os protestos na cidade.
Assim como aconteceu em outras capitais brasileiras, a polícia entrou em confronto com os manifestantes na tarde deste sábado.
A passeata seguia pacífica até a avenida Joana Angélica, em frente ao Colégio Central da Bahia, quando, às 15h25, cerca de 30 homens da Tropa de Choque da Polícia Militar bloquearam a passagem dos manifestantes, que reagiram com uma chuva de pedras e pedaços de madeira.
MAIS SOBRE OS PROTESTOS
A polícia avançou com bombas de efeito moral e o público se dispersou para ruas vizinhas. Prédios públicos, bancos e estabelecimentos comerciais foram depredados e pixados.
Os manifestantes eram cerca de 200 pessoas. A PM não divulgou estimativa da quantidade de participantes do protesto. 
Desfile
A chuva reduziu a presença de público no cortejo cívico pela manhã, e também pode ter sido a causa do baixo quórum do Movimento Passe Livre (MPL), que organizou uma passeata pela manhã, no Campo Grande, convocado por meio de redes sociais.
No evento criado no Facebook para divulgar o protesto, mais de 10 mil pessoas confirmaram participação. No horário marcado para a concentração dos integrantes do movimento, às 10h, apenas cerca de 30 pessoas compareceram à Praça do Campo Grande.
Grito dos Excluídos
Representantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto de Salvador (MSTS), de entidades sindicais e grupos estudantis participaram do tradicional Grito dos Excluídos e seguiram em direção à Praça Castro Alves pela avenida Sete de Setembro após o término do desfile.
Realizado há 19 anos pelos movimentos sociais ligados à Igreja Católica, este ano a campanha teve foco nos jovens com o tema "Juventude que ousa lutar constrói o projeto popular".
Polícia Federal
Policiais federais de cinco estados e do Distrito Federal promoveram protestos durante o feriado da Independência. Na capital baiana, um grupo se reuniu na região do Campo Grande para reivindicar melhores condições de trabalho e reestruturação da carreira. Paralisados desde a última quinta (5), agentes, escrivães e papiloscopistas cobram enquadramento com a carreira de nível superior. O governo propôs reajuste salarial de 15,8% dividido em três anos, mas a categoria rejeitou a proposta.
Tempero da democracia
O desfile foi antecedido pelo hasteamento da bandeira pelo governador Jaques Wagner (PT) e pelo prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM). Após a cerimônia, Wagner falou sobre a data e comentou sobre a expectativa dos protestos. "Claro que todo mundo se preocupou para que o 7 de Setembro pudesse ser a data maior do Brasil e para que corresse tudo bem, mas acho até que tem um tempero de democracia. As manifestações de rua, ressalvadas a truculência, o vandalismo, são uma forma do povo se manifestar. Eu insisto que as pessoas têm que buscar formas criativas de manifestação, não tem que ser atrapalhando a vida das pessoas."
O cortejo oficial seguiu pela Avenida Sete de Setembro e contou com a participação de militares do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, além de homens da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros, da Polícia Rodoviária Federal e da Guarda Municipal. Mais de dois mil homens foram escalados para dar segurança ao evento.
O saldo das manifestações até agora na capital baiana são de três ônibus depredados. Um foi incendiado e outros dois tiveram os vidros quebrados. Pontos de ônibus da Praça da Piedade também foram destruídos.

ESPORTES: Vettel conquista pole do GP da Itália e Massa é quarto

De ATARDE.COM.BR
Agência Estado

O alemão Sebastian Vettel parece, até agora, praticamente imbatível no circuito de Monza. Após liderar o segundo e o terceiro treinos livres do GP da Itália, o atual tricampeão mundial dominou completamente a sessão de classificação e faturou a pole position da 12ª etapa da temporada 2013 da Fórmula 1 ao marcar o tempo de 1min23s755. Já o brasileiro Felipe Massa garantiu a quarta colocação no grid de largada.
Atual líder do Mundial de Pilotos, Vettel chegou ao GP da Itália embalado pela vitória na Bélgica e neste sábado conseguiu interromper o domínio dos treinos de classificação do inglês Lewis Hamilton, que havia faturado a pole position nas últimas quatro corridas. Assim, garantiu a primeira colocação no grid de largada do circuito de Monza, o que já havia conseguido outras três vezes neste campeonato, nos GPs da Austrália, Malásia e Canadá.
A pole position conquistada neste sábado é a 40ª da carreira de Vettel. Na primeira fila, o alemão terá a companhia do australiano Mark Webber, seu companheiro na Red Bull, que marcou o tempo de 1min23s968. Os dois pilotos da equipe austríaca, aliás, foram os únicos a registrar voltas em menos de 1min24 na terceira fase do treino de classificação.
O alemão Nico Hulkenberg, da Sauber, surpreendeu na atividade e ficou em terceiro lugar, com o tempo de 1min24s065. Já Massa foi o piloto mais rápido da Ferrari na sessão classificatória do GP da Itália e vai largar do quarto lugar após registrar uma volta em 1min24s132.
Assim, Massa foi 0s01 mais rápido do que o espanhol Fernando Alonso, seu companheiro de equipe, que marcou 1min24s142 e garantiu a quinta colocação. O alemão Nico Rosberg, da Mercedes, foi o sexto mais rápido, com 1min24s192. Já o australiano Daniel Ricciardo, que trocará a Toro Rosso pela Red Bull no próximo campeonato vai começar o GP da Itália da sétima colocação, após registrar uma volta em 1min24s209.
O mexicano Sergio Pérez foi o oitavo mais rápido, logo à frente do inglês Jenson Button, seu companheiro de equipe na McLaren. Já o francês Jean-Eric Vergne, da Toro Rosso, vai largar da 10ª colocação no GP da Itália.
Campeões mundiais em 2007 e 2008, respectivamente, o finlandês Kimi Raikkonen e Hamilton foram eliminados na segunda parte do treino de classificação, que foi liderada por Vettel. Assim, o piloto da Lotus vai largar apenas da 11ª colocação neste domingo, logo à frente de Hamilton, que havia faturado a pole position nas últimas quatro corridas.
Além deles, o francês Romain Grosjean, companheiro de Raikkonen na Lotus, Adrian Sutil, Pastor Maldonado e Paul di Resta foram eliminados na segunda fase da sessão classificatória. Já na primeira parte do treino, que também teve Vettel como piloto mais rápido, foram eliminados Esteban Gutiérrez, Valtteri Bottas, Giedo van der Garde, Charles Pic, Jules Bianchi e Max Chilton.
O GP da Itália de Fórmula 1 será disputado neste domingo, com início previsto para as 9 horas (de Brasília). Confira como ficou o grid de largada:
1º Sebastian Vettel (ALE/Red Bull) - 1min23s755
2º Mark Webber (AUS/Red Bull) - 1min23s968
3º Nico Huelkenberg (ALE/Sauber) - 1min24s065
4º Felipe Massa (BRA/Ferrari) - 1min24s132
5º Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - 1min24s142
6º Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - 1min24s192
7º Daniel Ricciardo (AUS/Toro Rosso) - 1min24s209
8º Sergio Pérez (MEX/McLaren) - 1min24s502
9º Jenson Button (GBR/McLaren) - 1min24s515
10º Jean-Eric Vergne (FRA/Toro Rosso) - 1min28s050

11º Kimi Raikkonen (FIN/Lotus) - 1min24s610

12º Lewis Hamilton (GBR/Mercedes) - 1min24s803

13º Romain Grosjean (FRA/Lotus) - 1min24s848

14º Adrian Sutil (ALE/Force India) - 1min24s932

15º Pastor Maldonado (VE/Williams) - 1min25s011

16º Paul Di Resta (GBR/Force India) - 1min25s077

17º Esteban Gutiérrez (MEX/Sauber) - 1min25s226

18º Valtteri Bottas (FIN/Williams) - 1min25s291

19º Giedo van der Garde (HOL/Caterham) - 1min26s406

20º Charles Pic (FRA/Caterham) - 1min26s563

21º Jules Bianchi (FRA/Marussia) - 1min27s085

22º Max Chilton (GBR/Marussia) - 1min27s480

CIDADANIA: : Com manifestações, desfile de Sete de Setembro é iniciado

Do CORREIODABAHIA.COM.BR

Com manifestações, desfile de Sete de Setembro é iniciado
O tradicional desfile cívico foi iniciado no Corredor da Vitória
Da Redação, Correio e iBahia

As comemorações de Sete de Setembro em Salvador já foram iniciadas. Às 9h, a cerimônia de hasteamento das bandeiras foi realizada com as presenças do governador da Bahia, Jaques Wagner, e do prefeito da cidade, ACM Neto.
O tradicional desfile cívico foi iniciado logo em seguida, com início no Corredor da Vitória. Membros da alta patente da Marinha, do Exército e Aeronáutica, além de grupamentos da Força Aérea Brasileira e da Polícia Militar da Bahia seguirão em direção ao Campo Grande em seguida.
Manifestações
Alguns manifestantes também já estão no local e carregam faixas com mensagens contra corrupção e pedindo melhorias na moradia da população de baixa renda. O Movimento Passe Livre Salvador anunciou um protesto, batizado de "grito dos excluídos", programado para começar às 9h na reitoria da Universidade Federal da Bahia (UFBA), no bairro da Federação, de onde seguirá até o Corredor da Vitória e, por volta de 11h, acompanhará o percurso do desfile cívico, passando pela Avenida Sete de Setembro e terminando na Praça Castro Alves.

CONSUMIDOR: Agência fecha e mais de 400 brasileiros ficam sem intercâmbio

Do ESTADAO.COM.BR

Ainda há estudantes em Dublin com o risco de serem despejados e saber se continuarão seus cursos
Andréa Cordeiro, Especial para o Estado de Dublin, e Paulo Saldaña

Uma agência de intercâmbios que atua em Dublin, Irlanda, fechou as portas sem nenhuma explicação e deixou desamparados 410 estudantes brasileiros. Todos haviam comprado pacotes com a BFA Intercâmbios e, às vésperas de embarcar, não sabem o que fazer.
Há estudantes na capital irlandesa que correm o risco de ser despejados e sem garantia de que continuarão seus cursos, porque a agência não pagou as as escolas. Só neste ano, 670 brasileiros chegaram a Dublin por intermédio da BFA - mas não há confirmação de quantos permanecem no País. Mas só para este domingo está previsto a chegada de 15 estudantes.
A empresa pertence ao brasileiro Márcio Chaves e atua no país há cerca de 10 anos. OEstado tentou contato com Chaves e com a família dele no Brasil, mas não obteve sucesso. Informações de empregados dão conta de que ele fugiu para a Espanha.
Em Dublin, o ex-diretor comercial da BFA, Daniel Oliveira, informou que a empresa faliu. "Não temos dinheiro para mais nada. O Márcio deixou todos na mão, não responde minhas mensagens, nem ligações. Estou tentando fazer o máximo para resolver esse problema que envolve centenas de pessoas e seus sonhos e não deixar os estudantes que fecharam seus pacotes sem acomodação ou transfer", disse ele ao Estado.
O estudante Abimael Chibério, de 22 anos, comprou um pacote de intercâmbios recentemente e viria para a Irlanda em janeiro. “Ainda não sei o que fazer. Estou muito surpreso, pois era uma empresa com muitas recomendações. As notícias estão muito desencontradas. Recebi um e-mail do vendedor que me atendeu, dizendo que estava mais impressionado que eu”, desabafou Chibério, que mora em Natal e já pagou R$ 3 mil para a agência.
Cerca de 30 funcionários também foram dispensados sem explicações. Segundo ex-funcionários, que estavam nesta manhã em frente à agência, os salários estavam atrasados havia mais de três meses. “Percebemos que algo estava errado há alguns meses, mas sempre nos diziam que tudo ia ficar bem. Mas ontem, quando cheguei, fomos informados que foi decretada a falência. Eles não nos deram nenhuma orientação. Vendi até curso para a minha irmã, que não terá mais seu sonho”, disse o brasileiro Felipe Ferreira, de Salvador, que trabalhou quase um ano na agência.
Indicado como sócio administrativo nos contratos, o mineiro Valdeci Alves declarou que não tem detalhes da empresa - e que, na verdade, não é sócio, apenas o contador. "O problema da alta do dólar e do euro descontrolou a vida da empresa", diz ele, que é de Aymoré, em Minas, mesma cidade de Chaves. "Ele me pagava honorários, desconheço as transações financeiras."

DIREITO: Condenados renovam pressão sobre STF

Da FOLHA.COM
SEVERINO MOTTA, DE BRASÍLIA

Advogados que defendem os condenados no julgamento do mensalão estão buscando argumentos para tentar convencer o Supremo Tribunal Federal a aceitar examinar os recursos que pedem a realização de um novo julgamento para 12 dos 25 condenados no processo, entre eles o ex-ministro José Dirceu.
Nos memoriais que serão apresentados até terça-feira haverá comparações com leis da época da ditadura militar, pareceres de professores e uma especial ênfase no voto do ministro mais antigo na atual composição do tribunal, Celso de Mello, que se mostrou favorável à validade desse recurso recentemente.
STF adia análise de recurso que pode levar a novo julgamento para 12 condenados.
O STF deve decidir quarta-feira se é cabível esse último lote de recursos dos réus, chamados de embargos infringentes, que pedem novo julgamento para condenações ocorridas com placar apertado, com pelo menos quatro votos pela absolvição. Caso o tribunal considere incabível esse tipo de recurso, a Procuradoria-Geral da República afirma que pedirá a prisão imediata dos condenados a regime fechado de prisão.
Na busca por argumentos favoráveis, a defesa do publicitário Ramon Hollerbach, ex-sócio do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, o operador do mensalão, estuda resgatar até mesmo uma entrevista do criminalista Heleno Fragoso (1926-1985) à revista "Veja" de dezembro de 1980, cuja capa trazia reportagem sobre a morte do Beatle John Lennon.
Nela, Fragoso, que ganhou notoriedade defendendo presos políticos na ditadura, diz que decisões apertadas em tribunais só exprimem dúvidas. "Não é possível mandar alguém para a cadeia sem a possibilidade de reavaliar a situação após um placar de 6 a 4", diz o advogado de Hollerbach, Hermes Guerrero.
Advogados ouvidos pela Folha disseram que um dos pontos principais que tratarão nos memoriais diz respeito ao voto de Celso de Mello, que no ano passado defendeu a viabilidade dos embargos infringentes no mensalão.
Com isso, as defesas tentarão impedir que Mello mude sua posição sobre os recursos. Nos bastidores circula a informação de que ele estaria reavaliando o voto dado na primeira fase do julgamento.
Entre os novos argumentos, um dos advogados dos réus planeja dizer que até o Código de Processo Penal Militar, produzido no auge da ditadura militar, prevê embargos infringentes. Por esse motivo, não seria possível que na democracia as garantias dos réus fossem menores que as do período autoritário.
Outros juristas que ganharão destaque nos memorais são o ex-presidente do STF Carlos Velloso e o professor Tourinho Filho, que manifestaram-se a favor da aceitação dos embargos infringentes.
Previstos no regimento interno do STF, esses recursos não constam de uma lei de 1990 que regulou os processos no Supremo e no STJ (Superior Tribunal de Justiça). É por isso que os ministros terão de avaliar se são ou não cabíveis no julgamento do mensalão.

POLÍTICA: Fundação Banco do Brasil dá R$ 36 mi a ONGs ligadas ao PT

Do ESTADAO.COM.BR

Lista de organizações não governamentais e prefeituras que receberam verba está sob investigação
ANDREZA MATAIS , FÁBIO FABRINI / BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo

Controlada pelo PT, a Fundação Banco do Brasil firmou convênios de R$ 36 milhões com entidades ligadas ao partido e familiares de seus dirigentes. A lista de organizações não governamentais, associações e prefeituras beneficiadas está sob investigação da Polícia Civil do Distrito Federal. O banco faz auditoria nos contratos e parcerias.
Como o Estado mostrou na quinta-feira, a Delegacia de Combate ao Crime Organizado (Deco) do Distrito Federal apreendeu documentos e computadores na sede da fundação, em Brasília. Dois DVDs e um CD foram retirados do gabinete do atual presidente da fundação, Jorge Alfredo Streit, ligado ao PT. Ele foi candidato ao governo de Roraima pelo partido.
A posse na fundação, em junho de 2010, foi prestigiada por quadros importantes da sigla, entre eles cinco parlamentares e o então ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Luiz Dulci.
Streit sucedeu a Jacques Pena, filiado ao PT do DF, cuja administração foi marcada por repasses a entidades ligadas aos seus parentes, agora sob investigação. Com sede numa sala sem placa de identificação em Brasília, que fica trancada em horário comercial, só a Associação de Desenvolvimento Sustentável do Brasil (Adesbra) firmou parcerias de R$ 5,2 milhões desde 2003. O diretor executivo da entidade, Joy de Oliveira Penna, é irmão de Jacques e tem ligações com outras entidades contempladas com recursos.
Filiado ao PT de Goiás, Joy também participa da Rede Terra, como registra documento da fundação, obtido pelo Estado. Desde 2007, a entidade assinou convênios de R$ 7,5 milhões com a fundação. Com sede em Cristalina (GO), é dirigida por Luiz Carlos Simion, cujo irmão, Vilmar Simion, é coordenador executivo da Programando o Futuro, outra ONG contemplada com mais R$ 4,9 milhões para projetos de inclusão digital em Valparaíso de Goiás.
Os irmãos Pena são conhecidos por levar para a fundação a República de Caratinga, sua cidade de origem. Com a Associação dos Produtores Rurais e Agricultores Familiares de Santo Antônio do Manhuaçu, sediada no município, a fundação firmou convênio de R$ 1,05 milhão. A associação é comandada por dois primos de Jacques e Joy. "Tem razão de estar desconfiando, porque é parente, né?", admite o ex-presidente, atual tesoureiro da associação e primo da dupla, Sérgio Pena de Faria.
Segundo ele, o projeto desenvolvido na cidade, para aperfeiçoar técnicas de produção agrícola, foi apresentado por outra entidade, mas a fundação não a aceitou, pois a proponente tinha só dois anos de existência. Os dirigentes, então, pediram que a associação a substituísse.
"Cedi os documentos, mandaram para lá, onde que foi aprovado", conta Pena, negando favorecimento. "Essa associação não é igual a gente ouve falar aí que é só para desviar dinheiro. Pode dormir 'sono solto' que os documentos estão direitinho. Esse projeto foi o mais vigiado do Brasil", assegura, acrescentando que os fiscais da fundação fiscalizaram a execução e que houve prestação de contas.
Para Caratinga, a fundação mandou mais R$ 1,3 milhão para construir o Centro de Excelência do Café na gestão do ex-prefeito João Bosco Pessine (PT). A atual administração, do PTB, diz que teve de fazer obras adicionais para completar o projeto. Pessine não foi localizado.
Denúncia. A investigação da Polícia Civil começou a partir de denúncia de uma servidora da fundação, que está sob proteção policial e da área de segurança do Banco do Brasil. O órgão explica que as apurações são da sua alçada, e não da Polícia Federal, pois a fundação recebe recursos do banco, uma empresa de economia mista.
A funcionária teria recebido ameaças após delatar suposto esquema de desvio de recursos. Ela contou à polícia que a prestação de contas de algumas entidades não era analisada adequadamente. Não está descartado o afastamento do atual presidente da fundação, Jorge Alfredo Streit. A expectativa no Banco do Brasil é de que as primeiras conclusões da auditoria saiam neste fim de semana.
As denúncias sob investigação integram processo sob sigilo que tramita no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios. A fundação explica que não teve acesso aos autos. Recentemente, atendendo à solicitação, enviou informações ao Ministério Público do DF.

CIDADANIA: Manifestantes invadem área de desfile militar no Centro do Rio

De OGLOBO.COM.BR

Polícia usa bombas de gás lacrimogêneo para conter manifestantes
Cinco pessoas foram presas em tumulto na Avenida Passos
Manifestantes jogaram bomba em extinto batalhão da PM
DOMINGOS PEIXOTO (EMAIL·FACEBOOK·TWITTER)
EMANUEL ALENCAR (EMAIL·FACEBOOK·TWITTER)
SIMONE CANDIDA(EMAIL·FACEBOOK·TWITTER)
COM CBN E GLOBO NEWS (FACEBOOK·TWITTER)
Policiais tentam conter manifestante mascarado no Centro Domingos Peixoto / Agência O Globo
  1. RIO - Manifestantes que fazem uma passeata no Centro do Rio invadiram, por alguns minutos, a Avenida Presidente Vargas, no Centro do Rio, onde é realizada a parada militar do Sete de Setembro. Eles acessaram a pista pela Praça da República depois de terem sido barrados na Avenida Passos, onde houve um tumulto com policiais militares. Homens do Batalhão de Choque tentaram conter os manifestantes com bombas de gás lacrimogênio. Um grupo de militares que ia participar do desfile chegou a descer dos carros para ajudar na segurança. Apesar da confusão, o desfile cívico continua, mas as arquibancadas estão vazias. Cerca de 300 manifestantes participam da passeata.
VEJA TAMBÉM
O público que assistia ao desfile militar teve de correr para se proteger de bombas de efeito moral lançadas durante a confusão na Presidente Vargas. Assustados, pais com crianças tentavam se proteger do tumulto.
A passeata seguiu da Avenida Passos pelas ruas do Centro Histórico. No caminho, manifestantes jogaram uma bomba dentro do extinto 13º BPM (Praça Tiradentes). Os policiais responderam com pelo menos duas bombas de gás lacrimogênio. A vidraça de uma agência bancária foi atingida por uma pedra. Devido à manifestação, o acesso Campo de Santana da Estação Central do metrô foi fechado.
Depois do tumulto na Avenida Passos, cinco pessoas foram presas. Um dos jovens estava com um estilingue e um desfragmentador de maconha. Impedidos de acessar a Presidente Vargas pela Avenida Passos por causa do bloqueio militar para a parada de Sete de Setembro, os manifestantes seguiram para a Praça Tiradentes e Rua Visconde de Rio Branco em direção ao Campo de Santana.
Representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que acompanham o ato, informaram que um deles foi preso por desacato, outro por agressão. Um quarto detido usava máscara de gás. Pelo menos cinco pessoas ficaram feridas durante a confusão.
Um dos feridos foi atingido na cabeça e socorrido por estudantes de medicina que apoiam o protesto. Francisca de Assis Barbosa, de 37 anos, foi levada a pé para o Hospital municipal Souza Aguiar. Ela disse ter sido atingida por cassetete de um PM.
- Eles (os PMs) começaram a bater num homem que estava perto de mim e eu acabei sendo atingida na cabeça - disse.
O manifestante Hugo Andrade Pontes também foi encaminhado para o Souza Aguiar depois de ser atingido pela arma de choque de um PM. Outra pessoa inalou gás de pimenta e passou mal. A vítima também foi atendida por estudantes de medicina. Já o fotógrafo do jornal O Dia, Alessandro Costa, foi atingido por um chute do policial militar.
Na Praça Tiradentes, o fotógrafo Marcos de Paula, do jornal Estado de São Paulo, foi ferido por uma bomba de gás lacrimogênio. Ele disse que a bomba foi jogada pela polícia, quicou no chão e grudou no seu braço, causando uma queimadura.
Advogados disseram que os três presos foram levados para a 17ª DP (São Cristóvão). De acordo com a PM, no entanto, o manifestante que estava com um estilingue foi levado para a 5ª DP (Gomes Freire) para prestar esclarecimentos. O advogado Luan Cordeiro, do Grupos Habeas Corpus, disse que as prisões foram arbitrárias. Ele afirmou que os ativistas presos usavam máscaras, mas se identificaram às autoridades policiais.
- Mesmo assim eles foram levados para a delegacia. O uso de máscara não está proibido, desde que se identifiquem - reforçou o advogado.
O tenente-coronel Mauro Andrade, comandante do Grupamento de Policiamento de Proximidade em Multidões (GPPM), afirmou que a Polícia Militar está cumprindo uma ordem judicial da 17ª vara criminal do Rio de Janeiro, que estabelece que qualquer manifestante que estiver usando máscaras deverá ser encaminhado para a delegacia, onde passará por identificação criminal.
- Não está proibido usar máscara, mas quem estiver usando será encaminhado para a delegacia e liberado se estiver tudo certo. É uma determinação da Justiça. Estamos cumprindo - afirmou.
Segundo informações da Rádio CBN, houve dois princípios de confusão na Avenida Passos, esquina com a Presidente Vargas. O tumulto teria começado depois que um manifestante que estava mascarado foi abordado. Revoltados, manifestantes cercaram os policiais militares, que usaram armas de choque e spray de pimenta. O jovem detido alega, no entanto, que estava caminhando pacificamente à procura do irmão quando foi parado por policiais.

MUNDO: Alemanha adere a declaração de 11 países a favor de "forte resposta" à Síria

Vilnius, 7 set (EFE).- A Alemanha anunciou neste sábado seu apoio à declaração assinada no marco do G20 por 11 países em favor de uma "forte resposta internacional" após o uso de armas químicas na Síria, após ter avaliado as posturas dos demais membros da União Europeia (UE).
A informação foi dada pelo ministro das Relações Exteriores alemão, Guido Westerwelle, que assegurou que se Berlim não apoiou na sexta-feira esse documento foi porque antes queria discutir o assunto em escala europeia com os países não representados na cúpula do G20 em São Petersburgo.
"Esta é uma tradição da Alemanha. Sempre acreditamos que a Alemanha deve ser o advogado dos países menores na UE, que não têm oportunidade de participar do G20", explicou o ministro alemão.
"Após ver a excelente e sábia postura da UE, a chanceler e eu decidimos apoiar agora a declaração escrita por outros países com ocasião do G20", acrescentou.
O texto, assinado por Austrália, Canadá, França, Itália, Japão, Coreia do Sul, Arábia Saudita, Espanha, Turquia, Reino Unido e EUA, assinala que as evidências do ataque químico de 21 de agosto apontam para responsabilidade do regime de Bashar al Assad e defende os esforços realizados por Washington para "garantir a proibição do uso de armas químicas".
A Alemanha tinha sido o único dos países da UE presentes em São Petersburgo a se abster de respaldar a mensagem. 

ECONOMIA: Eike não vai injetar o US$ 1 bi exigido pela diretoria da OGX, diz fonte

De OGLOBO.COM.BR

Em fato relevante enviado à CVM, diretoria exerceu opção para que empresário subscreva novas ações da companhia a R$ 6,30
RAMONA ORDOÑEZ (EMAIL·FACEBOOK·TWITTER)
DANIELLE NOGUEIRA (EMAIL·FACEBOOK·TWITTER)
JOÃO SORIMA NETO (EMAIL·FACEBOOK·TWITTER)
BRUNO VILLAS BÔAS (EMAIL·FACEBOOK·TWITTER)

RIO e SÃO PAULO - A diretoria da OGX, petroleira do grupo EBX, de Eike Batista, exerceu nesta sexta-feira seu direito de cobrar do empresário uma injeção de até US$ 1 bilhão na companhia por meio de compra de ações, o chamado “put”. Segundo comunicado enviado ao mercado, Eike faria um aporte imediato de US$ 100 milhões, e o restante seria desembolsado depois, conforme “a necessidade de caixa adicional” da empresa. Fontes próximas às negociações afirmam, no entanto, que o empresário não desembolsará um centavo sequer. A expectativa do mercado é que a recuperação judicial da OGX é iminente.
O comunicado diz que a decisão da diretoria foi unânime e será convocada uma assembleia para aprovar “o imediato aumento de capital social no valor de US$ 100 milhões”. A data prevista é 12 de setembro. Eike assumiu o compromisso de injetar até US$ 1 bilhão na OGX em outubro passado em fato relevante, no qual estipulava que a aquisição dos papéis da empresa seria de R$ 6,30 por ação. O valor é bem maior que a cotação de fechamento de sexta-feira na Bolsa de Valores de São Paulo, de R$ 0,52. Os papéis chegaram a subir 48,78% com a notícia, mas encerraram o dia com ganho de 26,82%.
O comunicado pegou o mercado de surpresa. O prazo para exercício da “put” era 30 de abril de 2014, mas ninguém esperava que ela fosse exercida após a renúncia dos conselheiros independentes, em junho. Uma das leituras é a de que, com o anúncio, Eike estaria especulando para obter ganhos com as ações, às vésperas de um pedido de recuperação judicial.
Contrato sem assinatura
O que se comenta é que, apesar do compromisso anunciado em outubro, Eike não teria assinado qualquer contrato regulamentando a “put”, o que lhe daria argumentos jurídicos para não executá-la. Por outro lado, ao não exercer a opção, o empresário estaria dando munição a acionistas para questioná-lo na Justiça. Uma briga nos tribunais é dada como certa.
— O fato relevante de hoje me parece visar à capitalização pessoal. Estamos reunindo dados para ajuizar uma ação com serenidade — disse o advogado Adriano Mezzomo, presidente da União dos Acionistas Minoritários da EBX.
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) abriu processo administrativo em 1º de julho para investigar a “put”. Perguntada se o empresário poderia sofrer algum tipo de sanção, caso não faça o aporte, a CVM se limitou a dizer que, “dentro de sua esfera de competência vem apurando fatos envolvendo a OGX e outras companhias do grupo”.
Outra leitura do anúncio desta sexta é que a estratégia de Eike é ganhar fôlego para renegociar sua dívida com credores. A OGX tenta convencer investidores que detêm títulos da dívida da empresa a injetar dinheiro novo na companhia e converter os títulos em seu poder em participação acionária. Essa seria uma última cartada da Angra Partners, consultoria que assumiu a reestruturação da empresa, para evitar um pedido de recuperação judicial.
Em relatório, os analistas do Credit Suisse Vinicius Canheu e Andre Sobreira dizem que a injeção de US$ 100 milhões pelo empresário imediatamente seria relevante, pois representa 18% do valor de mercado da companhia, de US$ 560 milhões. “Fundamentalmente, a dívida (internacional) de US$ 3,6 bilhões é maior do que o valor dos ativos da empresa, o que, em teoria, deixa zero de valor restante para a ação. E isso não mudou com o anúncio. Se a restruturação acontecer, há cenários nos quais a ação poderia chegar ao valor de R$ 0,15 a R$ 0,20, dependendo do poder de negociação dos dirigentes com seus credores”, escreveram os analistas.
Os analistas veem três cenários para a OGX: “simples liquidação da empresa”, a conversão de dívidas em ações (os credores de títulos da empresa ficaram com 89% das ações) e uma combinação de pagamento de parte das dívidas e conversão do restante destas em ações. Neste último caso, Eike pagaria US$ 300 milhões aos credores, valor obtido com a venda de todas as ações que detém na OGX hoje.
Fortuna volátil
Uma dúvida que paira é justamente se Eike teria recursos suficientes para exercer a “put”, já que deixou o ranking de bilionários elaborado pela “Forbes”. Sua fortuna, porém, é volátil, pois o cálculo inclui o valor das ações, que têm fortes oscilações.
Nas últimas duas semanas, circula um forte rumor entre escritórios de advocacia de que a OGX pedirá recuperação judicial. A hipótese já foi cogitada pela empresa. No início do ano, escritórios foram consultados sobre essa possibilidade, mas avaliou-se que não era o caminho naquele momento, pois poderia contaminar a imagem do grupo num momento em que outras empresas do conglomerado negociavam a venda de ativos. Agora, com os acordos firmados para venda de fatias da MPX (energia) e da LLX (logística) e com a MMX (mineração) em estágio avançado de negociação, teria chegado a hora.
Procuradas, OGX e EBX não responderam até o fechamento desta edição.
O grupo produtor de aço Ternium desistiu da implantação de um polo siderúrgico no Porto do Açu, da LLX. A decisão era aguardada pelo mercado depois que a Ternium ingressou no grupo de controle da Usiminas, no fim de 2011.
Credit Suisse recomenda venda das ações
Em relatório, os analistas do Credit Suisse Vinicius Canheu e Andre Sobreira avaliam que a medida significa ganho de tempo para a OGX negociar a reestruturação de sua dívida com credores e a Petronas. Os analistas seguem, no entanto, recomendando a venda das ações. Nesse contexto, a injeção de US$ 100 milhões pelo empresário imediatamente seria relevante, já que representa 18% do valor de mercado da companhia, de US$ 560 milhões.
"Fundamentalmente, a dívida de US$ 3,6 bilhões (da OGX) é maior do que o valor dos ativos da empresa, o que, em teoria, deixa zero de valor restante para a ação. E isso não mudou com o anúncio. No consideramos que, se a restruturação acontecer, existem cenários nos quais a ação poderia fundamentalmente valor de R$ 0,15 a R$ 0,20, dependendo do poder de negociação dos dirigentes da companhia com seus creditores", escreveram os analistas.
Os analistas veem três cenários para a OGX: "simples liquidação da empresa", a conversão de dívidas em ações (os credores de títulos da empresa ficaram com 89% das ações) ou o pagamento de US$ 300 milhões em dívidas e o restante convertido nos papéis da companhia.
Leia a íntegra do Fato Relevante:
"Rio de Janeiro, 6 de agosto de 2013 - A OGX Petróleo e Gás Participações S.A. (“OGX”), comunica ao mercado que a Diretoria da Companhia, por decisão unânime, exerceu opção em face de seu acionista controlador, Sr. Eike Fuhrken Batista, conforme Instrumento Particular de Outorga de Opção de Subscrição de Ações e Outras Avenças, celebrado em 24 de outubro de 2012 e divulgado ao mercado naquela mesma data, para que venha a subscrever novas ações ordinárias de emissão da Companhia, ao preço de exercício de R$ 6,30 (seis reais e trinta centavos) por ação, no valor equivalente a US$1.000.000.000,00 (hum bilhão de dólares dos Estados Unidos da América) (“Put” ou “Opção”), com o imediato desembolso de US$ 100.000.000,00 (cem milhões de dólares dos Estados Unidos da América) e o saldo de forma modulada diante da necessidade de caixa adicional pela Companhia, conforme determinação de sua administração.
A Diretoria proporá uma reunião extraordinária do Conselho de Administração para a convocação de Assembleia Geral destinada a aprovar o imediato aumento de capital social no valor de US$ 100.000.000,00 (cem milhões de dólares dos Estados Unidos da América)."
Template Rounders modificado por ::Power By Tony Miranda - Pesmarketing - [71] 9978 5050::
| 2010 |