sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

ECONOMIA: Bolsa sustenta alta acima de 1%; dólar opera quase estável

Do UOL

A Bovespa acelerou o ritmo de alta para cerca de 1% nesta sexta-feira (7), após a divulgação de dados melhores que o esperado do mercado de trabalho dos Estados Unidos. Por volta das 13h, o Ibovespa (principal índice da Bolsa) tinha ganhos de 1,14 %, a 58.312,66 pontos. Acompanhe em tempo real o gráfico de cotações da Bolsa. O dólar comercial estava praticamente estável, com leve alta de 0,07%, cotado a R$ 2,081 na venda, no quarto dia seguido de perdas (confira a cotação atualizada). O euro perdia 0,1%, vendido a R$ 2,692. Veja ainda no UOL a cotação das ações, fechamentos anteriores da Bolsa e o histórico do dólar

LUTO: Niemeyer é velado no Rio de Janeiro

Do ESTADAO.COM.BR
Heloísa Aruth Sturm e Luciana Nunes Leal - O Estado de S. Paulo

Portões do Palácio da Cidade, sede oficial da Prefeitura, foram abertos ao público por volta das 8h30; cerimônia será fechada às 15h para o público e enterro ocorre às 17h30

Tasso Marcelo/AE
Governador (dir.), vice-governador (esq.) e Prefeito do Rio comparecem a velório

RIO DE JANEIRO - Os portões do Palácio da Cidade, sede da Prefeitura do Rio na zona sul, foram abertos por volta das 8h30 desta sexta-feira para visitação do público ao velório de Oscar Niemeyer, falecido na noite de quarta-feira, 5, aos 104 anos. Inicialmente prevista para as 8h, a abertura dos portões atrasou meia hora, porque os organizadores esperaram a chegada da família do arquiteto.
O velório fica aberto aos populares até as 15h e segue fechado para parentes e amigos até as 17h. Nesse horário o corpo deixa o Palácio em cortejo rumo ao cemitério São João Batista, onde o enterro deve ocorrer às 17h30.
Nesta manhã, minutos antes do início da visitação pública, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, o governador, Sérgio Cabral, e seu vice, Luiz Fernando Pezão, aproximaram-se do caixão, onde permaneceram por cerca de 2 minutos.
O caixão com o corpo de Niemeyer está fechado e isolado, por motivos de segurança. Os visitantes ficam a uma distância de cinco metros. Somente familiares e amigos podem permanecer dentro da área restrita. O velório ocorre no saguão principal do palácio.
Entre as muitas coroas de flores enviadas ao velório do arquiteto e ex-militante comunista, destacam-se as homenagens dos irmãos Fidel e Raul Castro. Cada um enviou uma coroa. Fidel lembrou "o incondicional amigo de Cuba Oscar Niemeyer", e o irmão Raul, o "querido amigo Niemeyer". 
Fidel assinou a lembrança como "comandante em chefe Fidel Castro Ruiz". Seu irmão assina a coroa como "general Raul Castro". Uma terceira coroa de flores foi enviada pelo embaixador de Cuba no Brasil, Carlos Zamora Rodríguez.
O engenheiro Giorgio Veneziani, de 86 anos, que trabalhou com Niemeyer na construção da Catedral de Brasília, foi ao Palácio da Cidade prestar homenagem ao arquiteto. Ele falou da convivência entre os dois.
"Quando eu estudava na Itália, Niemeyer já era uma referência. Estivemos juntos muitas vezes e tivemos outros pontos de convergência, como o socialismo. E isso nos aproximava ainda mais. Ele me chamava de amigo e companheiro", diz o engenheiro, acrescentando que fez o revestimento de mármore de todos os palácios de Brasília projetados pelo amigo.
Na quinta-feira, 6, o corpo de Niemeyer foi velado no Palácio do Planalto, em Brasília. Ao todo, 44 coroas de flores foram dispostas no salão - de Marisa Letícia e Lula, do governo da Bolívia, de Fidel Castro, da Ambev, do PC do B (uma homenagem ao "grande camarada comunista") e até do Comando da Aeronáutica.

MUNDO: Terremoto de 7,4 na escala Richter atinge Japão e causa tsunami de 1 metro

COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Governo emitiu alerta de emergência para costa Nordeste, devastada em 2011
Bombeiros em alerta após terremoto atingir área de Rikuzentakata, no nordeste do Japão - REUTERS


TÓQUIO - Um tremor de 7,4 na escala Richter atingiu nesta sexta-feira o Nordeste do Japão, a mesma região afetada pela tragédia de 2011, revivendo o trauma das ondas gigantes que varreram a costa do país. Cerca de dez pessoas ficaram feridas. O sismo foi sentido na capital Tóquio e provocou uma tsunami de um metro de altura na cidade de Ishinomaki, na região metropolitana de Miyagi, e ondas menores em outras cidades. A área de Fukushima, onde há uma usina nuclear com seis reatores, também entrou na lista de alerta da Agência Meteorológica do Japão, e o governo aconselhou os moradores da costa a buscarem áreas mais altas.
A empresa Tokyo Electric Power Co (Tecpo), que administra a termonuclear, divulgou um comunicado tranquilizando a população e afirmando que não houve anormalidades na produção da usina após o tremor desta sexta.
Segundo a emissora NHK, o governo emitiu um alerta de tsunami para diversas áreas costeiras do Nordeste do país, mas ele foi cancelado duas horas depois. O sismo foi seguido de uma série de réplicas, a mais forte de 6,2 na escala Richter. Segundo informações da rede CNN, a série de tremores assustou os japoneses, pois teria durado mais tempo do que o habitual.
Em Miyagi, onde uma onda de um metro de altura atingiu a costa, cidadãos foram alertados por autoridades para procurar lugares seguros e altos. Moradores foram retirados por bombeiros de algumas áreas de risco e a prefeitura já está montando um esquema de resposta a emergências.
Num primeiro momento, o Serviço Geológico dos EUA estimou o terremoto em 7,3, sem risco de tsunami, mas fez uma revisão e aumentou a qualificação para 7,4.
Em março de 2011 a área foi devastada por um terremoto e uma tsunami devastadores. A catástrofe levou a um vazamento em um dos reatores da usina nuclear de Fukushima, contaminando alimentos e água. Embora o governo tenha declarado em dezembro que o desastre estava sob controle, boa parte da área ainda está desabitada.

FRASE DO (PARA O) DIA


"En general, los hombres juzgan más por los ojos que por la inteligencia, pues todos pueden ver, pero pocos comprenden lo que ven."
Nicolás Maquiavelo 
(1469-1527)

ECONOMIA: Com alta do emprego nos EUA, Bolsa sobe mais de 1%

De OGLOBO.COM.BR

Dólar está sendo negociado a R$ 2,07; na Europa, Bolsas caem
SÃO PAULO - Após a divulgação de dados mais positivos do mercado trabalho nos EUA, O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) ampliou a valorização. Por volta de 12h19m, o índice subia 1,35%, aos 58.433 pontos. Já o dólar comercial, que vinha operando com leve alta frente ao real desde o início da sessão, inverteu o sinal. No mesmo horário, a divisa americana apresentava leve que ade 0,04%, sendo negociado a R$ 2,076 na compra e R$ 2,078 na venda.
A economia americana gerou 146 mil empregos em novembro e a taxa de desemprego diminuiu para 7,7% durante o período, dos 7,9% registrados em outubro, informou o Departamento do Trabalho. Analistas esperavam a criação de 90 mil vagas e a manutenção na taxa de desemprego. Em outubro, foram criados 138 mil postos de trabalho, segundo números revisados. O Departamento do Trabalho informou também que o furacão Sandy não teve impacto significativo sobre as estimativas de emprego de novembro
Entre as ações mais negociadas do Ibovespa, Vale PNA sobe 1,47% a R$ 37,13; Petrobras PN avança 1,49% a R$ 18,99; OGX Petróleo ON ganha 1,83% a R$ 4,46; Itaú Unibanco PN tem valorização de 0,64% a R$ 32,92 e PDG Realty ON sobe 4,10% a R$ 3,30.
A maior alta é dos papéis ON da Gafisa, que sobem 4,37% a R$ 4,78 e a maior baixa das ações PNB da Cesp, que caem 1,08% a R$ 19,19. As ações ON do frigorífico JBS perdem 0,71% a R$ 5,56. Notícia sobre um possível caso de ‘mal da vaca louca’ no Paraná, em 2010, afeta os papéis da empresa. O Ministério da Agricultura divulgou nota informando que o Brasil não tem registro de encefalopatia espongiforme bovina (EEB), conhecida como "mal da vaca louca", após ter realizado testes em um animal morto no Paraná no ano de 2010.
Na Europa, as Bolsas operam em sentidos opostos. O índice Ibex, da Bolsa de Madri, cai 0,45%; o Dax, do pregão de Frankfurt, recua 0,03%; o Cac, da Bolsa de Paris, sobe 0,27% e o FTSE, da Bolsa de Londres, tem alta de 0,29%.
Nesta sexta, saíram novas previsões pessismistas sobre o crescimento econômico da zona do euro. O BC alemão, o Bundesbank, revisou de 1,6% para 0,4% o crescimento econômico esperado para 2013 na Alemanha. A previsão de crescimento para este ano caiu de 1% para 0,70%. Outros dados mostraram que a produção industrial da Alemanha, o país economicamente mais forte da zona do euro, encolheu 2,6% em outubro na comparação com o mês anterior e recuou 3,1% ante igual período do ano passado.
Os números mostraram que a Alemanha não escapou da desaceleração da economia mundial, mas pode reverter esse ritmo em breve já que as encomendas à indústria do país aumentaram em novembro, segundo a corretora Newedge Strategy.
O presidente do Banco Central Europeu (BCE) Mario Draghi reforçou em entrevista o viés de crescimento negativo para a Europa ano que vem. O BCE projeta recessão de -0,5% este ano e apenas 0,3% de crescimento da zona do euro em 2013, antes os 0,5% esperados anteriormente. Para 2014, a estimativa é que a expansão seja de 1%.
Draghi disse que a prosperidade da Europa depende de integração fiscal e financeira.

ECONOMIA: Produção de veículos caiu 5,3% em novembro e vendas encolheram 8,7%

De OGLOBO.COM.BR

Dados se referem à comparação com outubro. Em relação a igual período do ano passado, houve alta
SÃO PAULO — A produção brasileira de veículos recuou 5,3% em novembro na comparação com outubro, totalizou 301,7 mil unidades e reduziu a chance de que as montadoras atinjam a meta para 2012. Na comparação com o mesmo mês de 2011, contudo, houve alta de 10,5%, segundo dados divulgados nesta sexta-feira pela Anfavea, associação que representa as fabricantes de veículos.
De janeiro a novembro, a produção acumula queda de 2,1% sobre o mesmo período de 2011, para 3,08 milhões de veículos, ante uma perspectiva da Anfavea de crescimento de 2%, para 3,475 milhões.
Assim, para cumprir a meta de produção, as montadoras precisariam produzir cerca de 400 mil veículos em dezembro— mês em que tradicionalmente as empresas reduzem o ritmo.
Mesmo com a prorrogação do desconto no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) até o fim do ano, decidida em outubro, as vendas de veículos novos recuaram 8,7% em novembro em relação ao mês anterior, para 311,8 mil unidades. O movimento também foi afetado por um período menor de emplacamentos, já que outubro teve 22 dias úteis e novembro, 20.
No acumulado dos onze meses de 2012, as vendas de veículos novos no país somam 3,44 milhões de unidades, crescimento de 4,8% sobre o mesmo período de 2011 e caminhando para registrar novo recorde anual.
A expectativa da Anfavea é que as vendas de 2012 cresçam entre 4% e 5%, para de 3,77 milhões a 3,8 milhões de veículos.
A entidade deve divulgar ainda nesta sexta-feira sua primeira projeção para o desempenho de 2013, quando passará a valer o novo regime automotivo brasileiro, que exigirá das montadoras mais investimentos em produção local e em tecnologia.
Caminhões e exportações
Segundo as Anfavea, em novembro as vendas de caminhões novos caíram 0,1% sobre outubro e recuaram 6,02% na comparação anual, para 12.608 unidades. No acumulado do ano, o segmento —fortemente afetado pela desaceleração do investimento no país, fraqueza da indústria e grande antecipação de compras em 2011 — registra tombo de 19,5% nas vendas, para 126.545 unidades.
O governo decidiu esta semana estender o Programa de Sustentação do Investimento (PSI) por mais um ano, com a liberação de R$ 100 bilhões de reais em financiamento em 2013. O anúncio ocorreu depois que os juros do programa para aquisição de caminhões e bens de capital tinham sido reduzidos no fim de agosto de 5,5% para 2,5% ao ano.
Em novembro, as exportações totais de veículos, incluindo máquinas agrícolas, somaram US$ 1,23 bilhão, queda de 10,2% por sobre outubro e de 15,9% em relação ao mesmo período do ano passado.
Em unidades, a indústria vendeu ao mercado externo em novembro 36.536 mil veículos, nesse caso sem máquinas agrícolas, queda de 34,5% sobre um ano antes.
Já as importações de automóveis, caminhões e ônibus totalizaram 60.392 mil veículos no mês passado, 26,9% abaixo do registrado em novembro de 2011.
Ranking
A Fiat apurou vendas de 71,3 mil automóveis e comerciais leves em novembro, ante 80,8 mil em outubro. A montadora italiana foi seguida por Volkswagen, com licenciamentos de 62,1 mil unidades, após 71 mil no mês anterior, e General Motors, com emplacamentos de 52,6 mil unidades — contra 54,1 mil em outubro.
A Ford teve vendas de quase 24 mil carros e comerciais leves em novembro, após 29,9 mil no mês anterior.
Hyundai e Toyota, que inauguraram recentemente fábricas de veículos compactos no Estado de São Paulo, registraram vendas de 8,1 mil e 6,9 mil unidades em novembro, respectivamente.

GESTÃO: Dalazen defende orçamento para varas do Trabalho

Da CONJUR

O orçamento destinado à implantação de Varas da Justiça do Trabalho em 2013 foi tema de encontro ocorrido nesta quarta-feira (5/12) entre o presidente do Tribunal Superior do Trabalho, ministro João Oreste Dalazen, e o deputado Luciano Castro (PR-RR), relator setorial da área temática VIII do Orçamento da União para 2013. O motivo é que a verba destinada para a implantação de varas, na proposta orçamentária, é insuficiente, segundo o TST.
O ministro Dalazen solicitou apoio ao parlamentar no sentido de assegurar a emenda apresentada pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados ao Projeto de Lei Orçamentária, de forma a viabilizar a implantação de varas do Trabalho. A proposta orçamentária, encaminhada pelo Poder Executivo, destina R$ 30 milhões para tal fim, verba considerada insuficiente pelo TST para as despesas necessárias.
O deputado, no entanto, esclareceu que dispõe somente de R$ 300 milhões para adequar todas as solicitações de emendas à área temática VIII ("Poderes de Estado e Representação"), que inclui a Presidência da República, o Ministério das Relações Exteriores, todo o Poder Judiciário, o Poder Legislativo e o Ministério Público da União.
Ele afirmou que, diante da necessidade da Justiça do Trabalho e do empenho do presidente do TST, analisará com cautela a importância a ser disponibilizada. E se comprometeu a verificar com o relator geral do orçamento, senador Romero Jucá (PMDB-RR), a possibilidade de majorar o valor que apresentará à Comissão Mista de Orçamento. Com informações da Assessoria de Imprensa do TST.

ARTIGO: Advogado pode delatar cliente, decide corte europeia


Da CONJUR

A Corte Europeia de Direitos Humanos decidiu que o sigilo nas comunicações entre advogado e cliente não é absoluto e pode ser afastado em alguns casos. Os juízes validaram norma da França que obriga os advogados a delatar seus clientes se suspeitarem que estes estejam envolvidos em esquemas de lavagem de dinheiro. A decisão foi anunciada, nesta quinta-feira (6/12), por uma das câmaras de julgamento da corte e ainda pode ser modificada pela câmara principal de julgamentos.
O tribunal europeu julgou uma regulamentação da Ordem dos Advogados da França que exige que os advogados colaborem no combate à lavagem de dinheiro. De acordo com a regra da entidade, os defensores devem ficar constantemente vigilantes e, diante de suspeitas do crime financeiro, devem relatar às autoridades francesas, sob pena de processo disciplinar.
Os juízes da corte europeia consideraram que a obrigação é razoável e está de acordo com a Convenção Europeia de Direitos Humanos. Eles explicaram que, embora a convenção proteja o sigilo das comunicações especialmente entre advogado e cliente, essa proteção não é absolutamente inviolável. Pode ser afastada por lei, desde que haja justificativa para isso.
O artigo 8º da convenção estabelece: “Qualquer pessoa tem direito ao respeito da sua vida privada e familiar, do seu domicílio e da sua correspondência. Não pode haver ingerência da autoridade pública no exercício deste direito senão quando esta ingerência estiver prevista na lei e constituir uma providência que, numa sociedade democrática, seja necessária para a segurança nacional, para a segurança pública, para o bem-estar econômico do país, a defesa da ordem e a prevenção das infrações penais, a proteção da saúde ou da moral, ou a proteção dos direitos e das liberdades de terceiros”.
De acordo com a regulamentação, o advogado só deve delatar seu cliente quando estiver prestando auxílio profissional em operações financeiras fora dos tribunais. Para a corte europeia, a norma francesa não abala a confiança do cliente no seu advogado quando se trata de processo judicial já que, quando o defensor representa seu cliente na Justiça, fica livre da obrigação.
Os juízes europeus também consideraram que a norma impõe ao advogado o dever de comunicar suas suspeitas diretamente ao presidente da seccional da Ordem dos Advogados onde é associado. Para a corte, a comunicação das suspeitas ao também colega de profissão e, portanto, submetido às mesmas regras de conduta, não viola nenhuma prerrogativa profissional. Cabe então ao presidente da seccional o papel de avaliar as informações recebidas e decidir se é o caso de comunicar às autoridades policiais sobre as suspeitas de crime financeiro.
União Europeia
A norma que obriga os advogados a delatar seus clientes foi aprovada pela Ordem dos Advogados da França em 2007, como regulamentação da Diretiva da União Europeia sobre lavagem de dinheiro. A diretiva visa o combate ao crime financeiro e ao financiamento de atividades terroristas. Impõe especialmente aos bancos nos países da UE a obrigação de comunicar à Polícia suspeitas de lavagem de dinheiro, mas também trata das responsabilidades de outros que, por conta da profissão, podem se deparar com o crime financeiro.
Como regra, a diretiva exclui os advogados da obrigação de participar do combate ao crime, mas prevê exceções. “A consultoria jurídica continua a estar sujeita à obrigação de segredo profissional, salvo se o consultor jurídico participar em atividades de branqueamento de capitais ou de financiamento do terrorismo, se prestar consulta jurídica para efeitos de branqueamento de capitais ou de financiamento do terrorismo ou se o advogado estiver ciente de que o cliente solicita os seus serviços para esses efeitos”, estabelece a norma (Clique aqui para ler).
Foi o advogado Patrick Michaud, membro da seccional de Paris da Ordem dos Advogados francesa, que levou à reclamação à Corte Europeia de Direitos Humanos. Antes, ele tentou que a própria Ordem suspendesse a regulamentação. Sem sucesso, resolveu levar à discussão para o tribunal europeu.
Michaud alega que a obrigação imposta aos advogados viola a confidencialidade garantida na comunicação com seus clientes. Ele também defende que a obrigação de delatar com base apenas em suspeitas afronta o direito à presunção de inocência e o de não se auto-incriminar. Já que, com essa obrigação em vigor, quem é acusado de lavagem de dinheiro estaria praticamente confessando o crime ao procurar um advogado.
No Brasil, a obrigação de os advogados delatarem seus clientes também está sendo discutida. Em julho deste ano, foi aprovada a Lei 12.683/2012, nova lei de lavagem de dinheiro. A norma estabelece que pessoas físicas ou jurídicas que tenham conhecimento do crime financeiro em razão da sua profissão relatem as suspeitas aos órgãos competentes. A lei não trata especificamente dos advogados, mas pode ser interpretada também no sentido de obrigar os defensores a delatar clientes.
Por conta disso, em outubro, a Ordem dos Advogados do Brasil pediu ao Supremo Tribunal Federal que exclua expressamente a advocacia da incidência da lei. Em Ação Direta de Inconstitucionalidade, a OAB alega que a norma não se aplica aos advogados em razão dos princípios constitucionais de proteção ao sigilo profissional. 
Clique aqui para ler a decisão em francês.
Aline Pinheiro é correspondente da revista Consultor Jurídico na Europa.

FRASE DO (PARA O) DIA


"A justiça de Deus é uma; a justiça do mundo é outra."
Camilo Castelo Branco

DIREITO: STF - STF inicia debate sobre perda de mandato de condenados na AP 470

Na sessão plenária do Supremo Tribunal Federal (STF) desta quinta-feira (6), os ministros iniciaram debate sobre a perda do mandato de réus condenados no julgamento da Ação Penal (AP) 470. Até o momento, votaram os ministros Joaquim Barbosa (relator) e Ricardo Lewandowski (revisor).
O relator da AP 470, ministro Joaquim Barbosa, votou pela perda do mandato eletivo de que são titulares os parlamentares João Paulo Cunha, Valdemar Costa Neto e Pedro Henry, bem como José Borba, prefeito de Jandaia do Sul (PR). “As penas aplicadas aos réus são, em seu efeito prático, totalmente incompatíveis com o exercício da função parlamentar”, entendeu.
O ministro ressaltou que, no presente caso, tais políticos praticaram o crime de corrupção passiva quando se encontravam no exercício do mandato parlamentar, revelando conduta totalmente incompatível com os deveres do cargo. “Cuida-se, portanto, da prática de um dos crimes mais graves contra a democracia representativa”, afirmou.
Segundo ele, “em lugar de cumprirem os deveres impostos pelo mandato, os réus violaram interesse público e imanente com a prática dos delitos pelos quais foram condenados”. O ministro lembrou que além do crime de corrupção passiva, os políticos também praticaram o crime de lavagem de dinheiro e, João Paulo Cunha, cometeu, ainda, peculato. “Com isso, utilizaram-se do cargo público para obter vantagens indevidas em seu benefício privado”, completou.
“Parece-me evidente que não há possibilidade de transigência ou de desqualificação da condenação criminal transitada em julgado. A Constituição contempla como único momento em que é possível ao Poder Legislativo interferir na atividade jurisdicional a instauração da ação penal, hipótese em que o órgão legislativo pode sustar a ação penal”, destacou o relator. Assim, o ministro Joaquim Barbosa considerou ser aplicável à pena restritiva de direitos, a proibição de exercício de cargo, função ou atividade pública, bem como de mandato eletivo.
Conforme o ministro, a lei determina como consequência da condenação por crimes de corrupção ativa, passiva e peculato a perda do mandato porque os requisitos exigidos estão presentes. “Comunicaremos isso à Câmara para que ela faça o que bem entender, vamos deixar consignada, na nossa decisão, a perda, se a Câmara resolver que ela vai proteger algum parlamentar, que ela arque com a consequência, mas cumprimos a nossa missão que é a de aplicar a lei a todos de forma igualitária”, ressaltou.
O ministro salientou que “o Supremo não pode abdicar desse poder conferido a todos os juízes do país de, ao condenar criminalmente uma pessoa, decretar a suspensão dos direitos políticos, se for o caso, ou a perda de cargo, função ou mandato”.
Perda não automática
O ministro Ricardo Lewandowski (revisor) iniciou o voto (leia a íntegra) afirmando que a perda do cargo em decorrência de condenação criminal não é automática. “Quando o mandato resulta do livre exercício da soberania popular, portanto sem qualquer vício de origem, falece ao Judiciário competência para decretar a perda automática do seu mandato, pois ela será, conforme a Constituição, decidida pela Câmara dos Deputados ou pelo Senado Federal, por voto secreto e maioria absoluta”, considerou.
“Não estou dizendo que a Câmara ou o Senado teriam competência para desconstituir uma decisão condenatória nossa, aqui se trata de decidir sobre a perda de mandato, que são coisas distintas. Não há, a meu ver, qualquer intromissão de um Poder sobre o outro”, destacou, ressaltando que “esta é uma decisão política não vinculada a nada” e que a responsabilidade de decretar a perda dos mandatos será da Câmara. “Temos que acreditar na seriedade dos integrantes do Congresso Nacional”, disse.
Ainda de acordo com ele, não existem dúvidas de que a decretação de perda de mandato eletivo de parlamentar que se distancie das hipóteses regradas pelo texto constitucional, implicará uma grave violação ao princípio da soberania popular e um sério agravo ao consagrado mecanismo de freios e contrapesos, estabelecido na CF, que prevê a convivência independente, porém harmônica entre os Poderes do Estado.
Dessa forma, o revisor entendeu que os réus eleitos no pleito de 2010 não podem, em consequência de eventual inelegibilidade decorrente da Lei Complementar (LC) 135, perder de forma automática os respectivos mandatos “à revelia das regras constitucionais que lhes são aplicáveis”. “Penso que a condenação criminal dos deputados na AP 470, depois de transitado em julgado, configura apenas uma condição necessária, mas não suficiente para a perda dos respectivos mandatos, a qual depende de instauração do competente processo pela Câmara, que não pode deixar de fazê-lo se devidamente provocada”, afirmou.
O ministro-revisor destacou que essa situação só se aplicaria aos réus parlamentares (João Paulo Cunha, Pedro Henry e Valdemar Costa Neto), pois, com relação ao réu José Borba, que exerce mandato de prefeito de Jandaia do Sul (PR), a perda do cargo ocorre de forma automática, caso seja essa a decisão do Supremo.
Impossibilidade física
O ministro Ricardo Lewandowski também levantou a questão da impossibilidade física de o condenado exercer o mandato parlamentar caso seja imposto regime fechado ou semiaberto para o cumprimento da pena. “Nessas hipóteses, não terá ele como furtar-se ao cumprimento da sanção que a justiça lhe impôs, ainda que possa em tese licenciar-se da Câmara se esta ainda não tiver cassado o seu mandato”, disse.
Segundo o revisor, uma vez condenado em regime fechado transitado em julgado, o político irá preso, mas poderá conservar o seu mandato [caso se licenciar]. “Acredito que a Câmara não fará isso, certamente o cassará antes por falta de decoro parlamentar, mas essa é uma realidade”, completou.
Caso o regime seja o aberto, o ministro entendeu que nada impede aos réus – como qualquer reeducando na mesma situação – exercer alguma atividade laboral fora do estabelecimento carcerário em que cumpre pena durante o dia e retorne à prisão à noite.

DIREITO: STJ - Por inépcia da denúncia, STJ tranca ação contra empresários acusados de desviar recursos do BNDES

Por constatar inépcia da denúncia e constrangimento ilegal contra os sócios-gerentes de uma indústria de carnes, a Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), em decisão unânime, determinou o trancamento de ação penal instaurada na Sexta Vara Federal de São Paulo. Os réus foram denunciados pela prática do crime previsto no artigo 20 da Lei 7.492/86, pois teriam aplicado em finalidade diversa da prevista em contrato recursos provenientes de financiamento concedido por instituição financeira oficial. 
Após ler a denúncia, o relator do caso, ministro Og Fernandes, entendeu que ficou comprovada a inépcia, porque nela não constam informações precisas sobre as pessoas que teriam praticado a fraude, bem como informações relativas aos meios empregados. Para o magistrado, em nenhum momento a acusação se preocupou em demonstrar ao menos qual função desempenhava cada denunciado, não esclarecendo tampouco o montante que teria sido desviado. 
O ministro observou que “a denúncia é peça de acusação, mas, sobretudo, de justiça e, igualmente, de defesa, já que, a partir dela, o acusado tomará ciência do que lhe é imputado, sem qualquer obscuridade, e produzirá suas alegações de forma ampla”. 
O caso 
Em 19 de fevereiro de 2001, a empresa celebrou contrato com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), pelo qual recebeu crédito de R$ 17,94 milhões, destinado à implantação de uma unidade de industrialização de carne bovina em Palmeiras de Goiás (GO) e pagamento de até 70% dos equipamentos nacionais adquiridos para a execução do projeto. 
Porém, após denúncia anônima recebida em 27 de maio de 2003, o BNDES iniciou investigações administrativas e constatou fraudes nas prestações de contas, sendo mencionados dois fornecedores de equipamentos e a construtora responsável pela obra. 
Segundo o Ministério Público, a indústria de carnes teria se valido de diversos expedientes para desviar recursos do financiamento do BNDES. O esquema envolveria a prestação de contas baseada em documentos falsos ou alterados, bem como a criação de uma empresa "laranja", responsável pela construção civil da unidade de industrialização. 
Inépcia da denúncia 
Buscando o trancamento da ação penal, inicialmente a defesa impetrou habeas corpus no Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3), alegando inépcia da denúncia e ausência de justa causa, uma vez que não há menção às ações praticadas individualmente pelos acusados, que integram o quadro societário da empresa. 
O TRF3 negou o pedido por considerar que o fato de a empresa ter regularizado as pendências financeiras junto ao BNDES não resulta no trancamento natural da ação penal. O tribunal observou que, se a denúncia descreve condutas típicas e detalhadas, de modo a permitir a qualquer dos envolvidos o exercício amplo do direito de defesa, ela não é inepta. 
Insatisfeita, a defesa impetrou habeas corpus no STJ com os mesmos argumentos que utilizou no tribunal de segunda instância, alegando, ainda, que ao final da apuração administrativa, em 29 de maio de 2006, o próprio BNDES afirmou que o contrato de financiamento havia sido concluído de acordo com sua finalidade. Porém, a defesa observou que o Ministério Público Federal já havia se antecipado, oferecendo denúncia indeterminada e genérica contra os sócios em 23 de julho de 2004. 
Imputação genérica 
O ministro Og Fernandes observou que a jurisprudência das cortes superiores vem flexibilizando a necessidade de individualização e descrição pormenorizada das condutas em crimes societários, “baseada justamente na dificuldade de se descortinar, em tais delitos, a exata participação de cada um dos envolvidos”. 
Apesar disso, acrescentou o relator, não se pode aceitar imputação totalmente genérica e indeterminada, sem que se diga nem mesmo, a exemplo do caso analisado, qual atividade cada um dos acusados exercia na empresa, e em que medida poderia ser responsável pelas condutas delituosas praticadas. 
Segundo Og Fernandes, a acusação chegou ao absurdo de incluir entre os réus pessoa interditada civilmente por sentença judicial de 1995, a qual não poderia, nessas condições, exercer atos compatíveis com a gerência da empresa ao tempo dos fatos, em 2001. Para o ministro, isso demonstra que a imputação recaiu sobre os denunciados apenas pelo fato de figurarem no contrato social da empresa, sem que o Ministério Público se acautelasse quanto à efetiva participação de cada um deles no suposto crime. 
O ministro também considerou relevante a informação do BNDES de que o contrato foi executado conforme o previsto. Se houve alguma fraude no primeiro momento de sua execução, acrescentou, isso deve ser objeto de apuração específica. Assim, pelo vício formal verificado na denúncia, a Sexta Turma decidiu conceder o habeas corpus para trancar a ação penal, sem prejuízo da apuração de possíveis fraudes cometidas na execução do contrato de financiamento. 

DIREITO: STJ - STJ aumenta honorários em ação rescisória, diante dos valores e circunstâncias do caso

O ministro Luis Felipe Salomão, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), elevou honorários advocatícios, em ação rescisória, de R$ 800 para R$ 5 mil. O ministro entendeu que o valor fixado não era proporcional ao trabalho desenvolvido pelos advogados. O valor da causa é de R$ 137.107,24. 
No caso, o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) deu provimento ao apelo do Banco do Brasil e fixou honorários advocatícios em R$ 800. “Em virtude da total sucumbência da parte ré, esta deverá suportar o pagamento das custas e dos honorários advocatícios dos procuradores da parte autora, que vão fixados em R$ 800, importância adequada à natureza singela da causa e ao labor dos causídicos, à luz do artigo 20 do Código de Processo Civil”, decidiu o TJRS. 
Em sua decisão, o ministro Luis Felipe Salomão citou que a Quarta Turma tem conhecido de recurso especial para rever verba honorária fixada em valores insignificantes ou exagerados, nas circunstâncias em que sua estipulação possa significar ofensa aos critérios de equidade preconizados pela lei. 
“Diante dos parâmetros utilizados nesta Corte, entendo que, na espécie, os honorários devem ser fixados em R$ 5 mil”, afirmou o ministro. 

DIREITO: TRF1 - CEF é condenada a indenizar cidadã que teve nome indevidamente inscrito no SPC e na Serasa Experian

A 5.ª Turma do TRF 1.ª Região deu provimento a apelação interposta por cidadã contra sentença que julgou improcedente seu pedido de indenização por danos morais contra a Caixa Econômica Federal (CEF), que inscreveu seu nome indevidamente em cadastros de restrição a inadimplentes.
Conforme consta nos autos, o nome da autora foi incluído nos cadastros no dia 24/03/2009, em razão de não ter pago a parcela n. 13 do contrato de financiamento estudantil, com vencimento em 25/07 do ano anterior. Entretanto, consta nos autos comprovante de quitação da referida parcela, numa casa lotérica, no dia 02/02/2009, portanto mais de 30 dias antes da negativação do nome da autora.
O juiz do primeiro grau entendeu que “a inscrição do nome da autora em serviço de proteção ao crédito (...), deveu-se à conduta da própria autora, que além de haver efetuado o pagamento de parcela efetivamente devida, com seis meses de atraso, o fez em desacordo com as prescrições estabelecidas e deixou de comunicar tal pagamento à CEF, assumindo o risco da demora inerente à transmissão de informações acerca dos pagamentos recebidos via Agência Lotérica”, negando, assim, provimento ao pedido da autora.
Em apelação a estar corte, a recorrente sustenta que as casas lotéricas são autorizadas pela CEF a receber pagamentos, funcionando como correspondentes bancários. Sustenta também que o fato causou a ela outros prejuízos, tais como o bloqueio de seus cartões de crédito das lojas Renner e Riachuelo e a inclusão do nome de seu fiador e amigo de família inscrito, também injustamente, no SPC e na Serasa Experian.
Após analisar o caso, o relator, juiz federal Tourinho Neto, reformou a sentença proferida pelo primeiro grau. “Nota-se que embora a autora tenha efetuado com atraso o pagamento da parcela n. 13, o mesmo foi feito na casa lotérica, que por sua vez é gerenciada pela CEF, inexistindo, portanto, o suposto dever da adimplente comunicar a quitação à instituição financeira”, avaliou o magistrado.
“Como se vê, ocorreu má prestação do serviço da CEF em incluir o nome da autora no cadastro de inadimplentes em razão de uma parcela paga há mais de 30 dias. Sendo assim, o ato ilícito (art. 186, CC) de negativar indevidamente o nome da autora em órgãos de proteção ao crédito praticado pela Caixa Econômica Federal gera a obrigação de indenizar, por danos morais, independentemente de comprovação de abalo suportado pela apelante”, julgou o juiz Tourinho Neto.
A decisão foi unânime.
2009.38.00.017106-1/MG

DIREITO: TRF1 - Tribunal declara a nulidade da pena de cassação do exercício profissional aplicada a um médico pelo CFM

Por unanimidade, a 8.ª Turma deu provimento a recurso proposto por um médico que teve seu exercício profissional cassado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). Na decisão, o relator, desembargador federal Novély Vilanova da Silva Reis, declarou a nulidade da penalidade de cassação.
O médico recorreu a este Tribunal pedindo a reforma da sentença do Juízo de primeiro grau que julgou improcedente o pedido de nulidade da pena de cassação do exercício profissional, sustentando, entre outros argumentos, a ilegalidade da composição do tribunal superior de ética médica com 28 conselheiros por ato administrativo. Alegou, ainda, ofensa ao art. 5.º, XLVII, b, da Constituição, que proíbe aplicação de pena de caráter perpétuo, impedindo a pessoa de prover sua subsistência.
Os argumentos apresentados pelo médico foram aceitos pelo relator da causa neste Tribunal. Segundo o desembargador Novély Reis, “é ilegal o acórdão do CFM, com a composição de 28 conselheiros, confirmatório da penalidade aplicada ao autor pelo Conselho Regional de Medicina de São Paulo”.
O relator explicou que essa composição fora estabelecida pela Resolução 1.541/1998 do CFM, editada com fundamento na Lei 9.649/1998. “Acontece que antes do julgamento do recurso do autor pelo CFM (13/02/2004), o Supremo Tribunal Federal, na ADIN 1.717-6-DF, declarara a inconstitucionalidade dessa norma legal em 07/11/2002”, esclareceu.
O magistrado também ressaltou que a Lei 11.000 de 15/12/2004 em que foi convertida a MP 203 de 28/07/2004 definiu a composição de 28 conselheiros do CFM (art. 1º). Contudo, afirmou, “a norma não pode retroagir para legitimar o julgamento realizado em 13/02/2004, porque este é anterior à vigência desses diplomas legais”.
Dessa forma, salientou o relator em seu voto, “perdido o fundamento de validade da resolução do CFM que estabelecera a composição de 28 conselheiros, o julgamento deveria ter ocorrido com a composição de 10 membros prevista na Lei 3.268/1957, configurando vício formal de nulidade do ato administrativo”.
Com tais fundamentos, deu provimento à apelação do médico para anular a penalidade de cassação do exercício profissional e condenou o CFM ao pagamento de verba honorária de R$ 1.500,00, bem como ao reembolso das custas antecipadas.
Processo n. 0000317-42.2005.4.01.3400

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

ECONOMIA: Dólar opera em queda pelo quarto dia seguido, e Bolsa recua.

Do UOL

A Bovespa opera em queda nesta quinta-feira (6). Por volta das 14h20, o Ibovespa (principal índice da Bolsa) tinha baixa de 0,14%, a 57.597 pontos.
O dólar comercial caía 0,81%, cotado a R$ 2,08 na venda, no quarto dia seguido de perdas.
Na véspera, o dólar recuou 0,9%, a maior queda diária desde o dia 3 de agosto.
O euro perdia 1,23%, vendido a R$ 2,699.
Bolsas internacionais
As ações asiáticas atingiram os maiores valores em 16 meses, graças às compras de investidores que se sentiram mais confiantes após o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmar que um acordo para evitar o abismo fiscal no país é possível "em cerca de uma semana" se os republicanos se comprometerem com os impostos.
As ações sul-coreanas aavançaram 0,13%, enquanto o mercado australiano terminou com recuo de 0,24%. As ações de Hong Kong fecharam em queda de 0,09%, enquanto as ações em Xangai terminaram com perdas de 0,13%. O índice Nikkei do Japão fechou em alta de 0,81%, em um novo pico de fechamento em sete meses. A Bolsa de Taiwan perdeu 0,34%, enquanto Cingapura teve leva alta de 0,07%.
(Com informações da Reuters)

GERAL: Colisão deixa um morto e diversos feridos na BR-324

De ATARDE.COM.BR
Henrique Mendes

Marco Aurélio Martins | Ag. A TARDE
Motorista de uma carreta que transportava ferro faleceu após o veículo ser atingido por ônibus

Uma colisão entre um ônibus e uma carreta deixou um homem morto e diversos feridos na BR-324, sentido Feira de Santana, no início da manhã desta quinta-feira, 6. Conforme a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o ônibus da empresa Cacique transportava funcionários para o Polo Petroquímico de Camaçari. O acidente ocorreu, por volta das 6h30, nas proximidades do viaduto de acesso à Estrada CIA-Aeroporto. A quantidade exata de feridos ainda não é especificada.
As vítimas foram socorridas por profissionais do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu). As pessoas que apresentaram ferimentos leves foram atendidas na própria rodovia. Já aquelas com lesões consideradas mais graves foram levadas para o Hospital do Subúrbio. Segundo a assessoria da unidade médica, três homens - que ainda não tiveram os nomes divulgados - estão internados no hospital em estado gravíssimo. Um deles teria tido a perna decepada, mas a informação ainda não é confirmada pelos médicos.  
As causas do acidente ainda estão sendo apuradas. Entretanto, informações iniciais, apontadas pela PRF, indicam que o motorista da carreta realizava ajustes no motor do veículo, no acostamento da rodovia, quando foi atingido pelo ônibus. O motorista João Correia de Lima Sobrinho, 54, não resistiu à colisão e morreu no local do acidente.
Por causa da colisão, a PRF destaca que o engarrafamento na região chegou a dez quilômetros, entre às 8h e às 9h. Por esse motivo, a chegada de novas ambulâncias na região foi dificultada. A movimentação de curiosos também deixou o trânsito lento na via oposta da BR-324, sentido Salvador.
De acordo com a pedagoga Vanessa dos Santos, 31, que seguia para o trabalho na cidade de Cardeal da Silva (a 155 km de Salvador), o acidente atrasou a sua viagem em cerca de duas horas. "Saí de casa às 6h e já deveria ter chegado ao trabalho. Entretanto, só conseguir passar pelo local da colisão às 8h. Agora, tenho mais 1h30 de viagem à frente", relatou Vanessa.

MUNDO: Passagem de tufão nas Filipinas deixa 500 mortos; centenas estão desaparecidos

Do UOL

As autoridades anunciaram nesta quinta-feira que o tufão que devastou o sul das Filipinas e pode ser um dos mais mortíferos dos últimos anos no arquipélago causou a morte de cerca de 500 pessoas e o desaparecimento de 400, enquanto 250 mil estão desalojadas.
As equipes de socorro recuperaram pelo menos 477 corpos nesta quinta-feira: 258 na costa leste e 191 perto das cidades de Nova Bataan e Monkayo , uma região de pequenas minas de ouro clandestinas nas montanhas, expostas a deslizamentos de terra, indicou o general responsável por dirigir os resgates, Ariel Bernardo.
O Escritório da Defesa Civil em Manila afirmou que mais 19 pessoas morreram em Mindanao e nove em outras ilhas.
Erinea Cantilla e sua família andaram descalços por dois dias, em água lamacenta e destroços, em busca de comida e abrigo após a destruição de sua casa e da plantação de banana e cacau, não muito longe de Nova Bataan.
"Tudo o que tínhamos se perdeu. As únicas pessoas que ficaram para trás, estão mortas", testemunhou à AFP, com o marido, três filhos e uma neta.
A prioridade do governo nesta quinta é encontrar 380 pessoas desaparecidas e construir abrigos temporários para 250 mil desabrigados, indicaram as autoridades.
"Não haverá limite de tempo. Vai levar o tempo que precisar", declarou o chefe da Defesa Civil, Benito Ramos, quando questionado quanto tempo duraria as buscas..
Moradores usam cordas para atravessar rio um dia após a passagem do tufão Bopha pelo sul das Filipinas. O tufão causou fortes chuvas, enchentes e deslizamentos de terra, deixando dezenas de pessoas mortas e desaparecidas, e milhares de desabrigados Mais Bullit Marquez/AP

As autoridades revisam com frequência o número de vítimas do tufão, à medida que as equipes de emergência conseguem acessar as regiões isoladas no sul do arquipélago.
O Bopha tocou a terra na parte leste da ilha de Mindanao na terça-feira, com rajadas de ventos de até 210 km/h e chuvas torrenciais.
Em New Bataan o exército seguia trabalhando com a ajuda de helicópteros e equipamentos pesados para socorrer as vítimas e retirar as árvores, a terra e as pedras arrastadas pelas tempestades.
"Nestas zonas precisamos urgentemente de sacos para cadáveres, medicamentos, roupas secas e, sobretudo, barracas, porque os sobreviventes estão no exterior desde que o tufão destruiu casas e derrubou tetos", disse à AFP a ministra de Assuntos Sociais, Corazón Soliman.
"Os corpos de New Bataan estão como ficaram, no chão, ao relento, e não queremos arriscar o surgimento de doenças", disse.
Corpos cobertos de lama foram levados em caminhões militares e depois alinhados dentro de barracas para que os sobreviventes pudessem reconhecê-los.
Os sobreviventes cavavam entre os escombros para tentar recuperar alguma coisa em meio à paisagem desoladora.
"Há famílias inteiras que morreram", disse o ministro do Interior, Manuel Mar Roxas, que foi ao local dos fatos acompanhado da ministra Corazón Soliman.
A estrada estreita que permite o acesso a New Baatan ficou bloqueada pela queda de árvores e rochas, afirmou o general Ariel Bernardo, comandante da 10ª divisão de infantaria com base em Mindanao.
"Esperamos poder mobilizar nossos helicópteros para executar missões de reconhecimento, busca e salvamento", explicou.
Muitos moradores de Mindanao, em sua maioria muçulmanos, permaneciam isolados em suas casas nesta quarta-feira, sem energia elétrica.
"Três vilarejos costeiros permanecem isolados", disse Corazón Malanyaon, governadora de Davao Oriental. "As estradas que seguem para as localidades estão bloqueadas por árvores e escombros. Uma ponte desabou", explicou.
A governadora afirmou que 95% dos edifícios do centro da localidade de Cateel, onde morreram pelo menos 16 pessoas, ficaram sem teto, incluindo hospitais.
A cada ano, quase 20 tempestades ou tufões importantes afetam as Filipinas, em sua maioria durante a temporada de chuvas entre junho e outubro. Bopha é o 16º do ano.
Em agosto, as inundações provocadas por várias tempestades deixaram mais de 100 mortos e obrigaram mais de um milhão de pessoas a abandonar suas casas.
Em 2011, 29 tufões passaram pelas Filipinas e provocaram as mortes de 1.500 pessoas, sendo 1.200 apenas em Mindanao durante a tempestade Washi. (Com AFP)

POLÍTICA: Governo e oposição fecham acordo para votar Orçamento de 2013 no Congresso

Da Agência Câmara, em Brasília

Após dois dias de negociação, governo e oposição fecharam acordo para votar a proposta orçamentária de 2013. As duas partes chegaram a um meio termo sobre a execução das emendas parlamentares de deputados e senadores do DEM, PSDB e PPS ao Orçamento em vigor, e ficou acertada a liberação de R$ 5 milhões por parlamentar. Os partidos reivindicavam R$ 6 milhões, e o governo, na primeira proposta, havia sugerido R$ 4 milhões.
Com o entendimento, fica garantida, por parte da oposição, a votação dos dez relatórios setoriais da proposta orçamentária, que serão apresentados nesta sexta-feira (7) e apreciados entre terça e quinta da próxima semana, na Comissão Mista de Orçamento. No entanto, a oposição estabeleceu que, se até o dia 20 os empenhos não forem feitos, o acordo estará desfeito, o que pode comprometer a votação do relatório final no Plenário do Congresso, última etapa da tramitação do projeto.
Meia vitória
O acordo foi fechado depois de uma reunião dos parlamentares da oposição com a ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República (SRI), Ideli Salvatti, que acabou por volta das 21h30 desta quarta (5). O coordenador da bancada do DEM na Comissão de Orçamento, deputado Felipe Maia (RN), que participou da negociação, disse que o valor obtido foi uma “meia vitória”, já que os R$ 5 milhões representam apenas um terço do que os parlamentares tiveram direito de apresentar, em emendas, à lei orçamentária de 2012 (R$ 15 milhões). E é inferior ao que o governo prometeu aos partidos da base aliada (R$ 6 milhões).
“A vitória só será obtida no momento em que os valores aprovados no Orçamento sejam realizados pelo Palácio do Planalto sem distinção entre governo e oposição. Mas a realidade não é essa. E nós temos que, dentro de uma defesa das nossas regiões, fazer acertos com o governo”, disse Maia. Segundo ele, as verbas das emendas são fundamentais para investimentos nos municípios, onde os únicos recursos federais que chegam são oriundos de exigência constitucional ou legal, como o Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
“O papel dos deputados e senadores é levar benefícios reais para os municípios, tais como calçamento, drenagem, hospitais. E as emendas parlamentares servem para isso”, afirmou Maia. Os recursos liberados pelas emendas são executados nos municípios na forma de convênio assinado entre as prefeituras e os ministérios.
Cronograma
O presidente da Comissão de Orçamento, deputado Paulo Pimenta (PT-RS), disse que o acordo é fruto do “trabalho de um ano inteiro”. Durante oito meses o colegiado funcionou sem um representante do Executivo – esse papel cabe ao vice-líder do governo no Congresso. Somente no final de novembro o deputado Cláudio Puty (PT-PA) foi indicado para a função. Nesse intervalo, coube a Pimenta intermediar as conversas entre o governo e a oposição.
O mais importante, para ele, é a manutenção do cronograma de votação da proposta orçamentária. “O entendimento fortalece a comissão, fortalece as representações das bancadas da Câmara e do Senado”, afirmou Pimenta.
O governo deverá se voltar agora para a base aliada, que também possui partidos insatisfeitos com a execução das emendas. Na terça (4), o deputado Giovanni Queiroz (PA), falando em nome do PDT na Comissão de Orçamento, disse que a legenda só aceita a execução de 100% das emendas (R$ 15 milhões), além do pagamento daquelas que estão em restos a pagar de orçamentos de outros anos. A ministra Ideli Salvatti alega que os R$ 6 milhões oferecidos estão dentro da capacidade de pagamento do Tesouro Nacional.
Reunião
A reunião que a comissão havia marcado para esta quinta foi adiada para a próxima terça (11), às 14h30. Na pauta, está o relatório do comitê que analisa as emendas apresentadas à proposta orçamentária.

ECONOMIA: Dólar opera em queda pelo quarto dia seguido, e Bolsa recua.

Do UOL, em São Paulo

A Bovespa opera em queda nesta quinta-feira (6). Por volta das 13h10, o Ibovespa (principal índice da Bolsa) tinha baixa de 0,43%, a 57.429,79 pontos.
O dólar comercial caía 0,77%, cotado a R$ 2,081 na venda, no quarto dia seguido de perdas.
Na véspera, o dólar recuou 0,9%, a maior queda diária desde o dia 3 de agosto.
O euro perdia 0,95%, vendido a R$ 2,707.
Bolsas internacionais
As ações asiáticas atingiram os maiores valores em 16 meses, graças às compras de investidores que se sentiram mais confiantes após o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmar que um acordo para evitar o abismo fiscal no país é possível "em cerca de uma semana" se os republicanos se comprometerem com os impostos.
As ações sul-coreanas aavançaram 0,13%, enquanto o mercado australiano terminou com recuo de 0,24%. As ações de Hong Kong fecharam em queda de 0,09%, enquanto as ações em Xangai terminaram com perdas de 0,13%. O índice Nikkei do Japão fechou em alta de 0,81%, em um novo pico de fechamento em sete meses. A Bolsa de Taiwan perdeu 0,34%, enquanto Cingapura teve leva alta de 0,07%.
(Com informações da Reuters)

ECONOMIA: Em ata, Copom aumenta previsão de inflação para 2012

Do UOL, em São Paulo

O Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a projeção de inflação para 2012 tanto pelo cenário de referência quanto de mercado, e ambos encontram-se acima do centro da meta, de 4,5% pelo IPCA.
Para 2013, mostrou a ata do Copom divulgada nesta quinta-feira, a autoridade monetária manteve suas projeções para inflação nos dois cenários, mas também acima do centro da meta.
Juros
O Copom reiterou na ata que a estabilidade da taxa básica de juros por tempo "suficientemente prolongado" é a "estratégia mais adequada para garantir a convergência da inflação para a meta", fixada pelo governo em 4,5% ao ano.
O documento refere-se à reunião em que o colegiado decidiu manter a meta da taxa Selic em 7,25% ao ano. O comitê voltou a admitir que essa convergência deverá ocorrer "de forma não linear".
No último Relatório Trimestral de Inflação, a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é a referência para a fixação da meta, está projetada em 4,8% ou 4,9% para 2013, dependendo do cenário considerado, ainda acima do centro da meta, portanto.
A ata da última reunião do ano, realizada na semana passada, veio mais enxuta. O texto desta vez tem 74 itens, seis a menos do que o documento anterior. Os itens a mais estavam nos três trechos iniciais, que consistem na parte mais importante da ata (evolução recente da economia, avaliação prospectiva das tendências da inflação e implementação da política monetária).
(Com informações de agências)

ECONOMIA: Governo anuncia R$ 54,2 bilhões em investimentos para Portos

De OGLOBO.COM.BR

Do total, R$ 31 bilhões serão aplicados entre 2014 e 2015
Porto do Rio deve passar por processo de modernização -MARCELO CARNAVAL/ AGÊNCIA O GLOBO

BRASÍLIA - O governo lançou nesta quinta-feira o Programa de Investimento em Logística para Portos, que prevê um novo marco regulatório para os portos brasileiros, fortemente centrado no incentivo à iniciativa privada. Cerca de R$ 54,2 bilhões serão aplicados em novos investimentos, arrendamentos e Terminais de Uso Privados (TUPs), sendo R$ 31 bilhões até 2014/2015 e R$ 23,2 bilhões entre 2016/2017.
Ainda estão previstos outros R$ 2,6 bilhões para investimentos em acessos hidroviários, rodoviários, ferroviários e em pátios de regularização de tráfego nos 18 principais portos públicos brasileiros, sendo R$ 1 bilhão do Ministério dos Transportes. O restante, segundo o governo, será executado principalmente pelos estados e iniciativa privada.

O objetivo é aumentar a eficiência e reduzir os custos do setor. A expectativa do governo, de acordo com a Secretaria de Portos, é que essas medidas estimulem a modernização da infraestrutura portuária e promovam a competitividade da economia.
Entre as principais medidas técnicas apresentadas para a redução das tarifas e a maior entrada de participantes no setor portuário estão o fim das diferenciações entre cargas próprias e de terceiros nos terminais - o que permitirá portos totalmente privados para competir com os portos públicos -, a flexibilização da necessidade de uso dos práticos e um estímulo à formação de novos profissionais dessa área (responsáveis por estacionais os navios nos portos), o Programa Nacional de Dragagem 2 e a licitação de novos portos tendo como princípio o menor valor de tarifa combinado com o maior volume de oferta possível.
- Queremos a maior movimentação de cargas possível, com o menor custo possível, portanto eu não estou aqui dizendo que nosso objetivo é a menor tarifa - disse Dilma Rousseff.
O ministro da Secretaria Especial dos Portos, Leônidas Cristino, apresentou, ainda, uma nova estrutura organizacional do sistema de portos, com a vinculação da Agência Nacional de Trasnportes Aquaviários (Antaq), que antes era ligada ao Ministério dos Transportes. Foi criada também a Comissão Nacional das Autoridades Portuárias (Conaportos) e a Comissão nacional para assuntos de praticagem (Conap). Com essas medidas, o governo aumenta a ingerência federal sobre os portos.
- Estamos convictos de que, com esse novo marco, o setor portuário estará cada vez mais capacidade para cumprir seu papel de maneira sustentada para o desenvolvimento e o crescimento da economia brasileira - disse Cristino.
A Conaportos será a coordenação em nível federal e no nível dos portos das autoridades portuárias, para diminuir a burocratização e a agilização para reduzir o tempo de espera para a embarcação dos navios nos portos, explicou Cristino. Por ela serão concentrados, por exemplo, todas as exigências de Receita Federal, Polícia Federal, vigilância sanitária, entre outros.
Os portos beneficiados na Região Sudeste são: Espírito Santo, Rio de Janeiro, Itaguaí e Santos; no Nordeste, Cabedelo, Itaqui, Pecém, Suape, Aratu e Porto Sul/Ilhéus; no Norte, Porto Velho, Santana, Manaus/Itacoatiara, Santarém, Vila do Conde e Belém/Miramar/Outeiro; e no Sul, Porto Alegre Paranaguá/Antonina, São Francisco do Sul, Itajaí/Imbituba e Rio Grande.

LUTO: Corpo de Niemeyer segue para Brasília em avião presidencial

Da FOLHA.COM

 
O corpo do arquiteto Oscar Niemeyer, morto na noite de quarta-feira, seguiu há pouco para Brasília, onde será velado na tarde desta quinta (6) no Palácio do Planalto, uma de suas obras mais importantes.
O corpo está sendo levado em um avião da Presidência da República, cedido pela presidente Dilma Rousseff. Na aeronave, também embarcaram 16 parentes próximos.
Parentes e amigos vão seguir num voo às 15h para Brasíla com netos, bisnetos e sobrinhos do arquitetos. Outro partiu mais cedo, às 10h. O corpo do arquiteto partiu às 12h45 da base área militar localizada ao lado do aeroporto Santos Dumond. A previsão é que o voo tenha duração máxima de duas horas.
O corpo de Niemeyer deve voltar ao Rio ainda na noite desta quinta, quando está marcada uma cerimônia fechada para familiares e amigos a ser realizada no Palácio da Cidade, uma das sedes da Prefeitura do Rio.
Na manhã de sexta-feira, o velório será aberto ao público. A Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro informou que o sepultamento do arquiteto Oscar Niemeyer está previsto para começar por volta das 17h30 desta sexta (7), no Cemitério São João Batista, em Botafogo, zona sul do Rio.
O corpo será velado no Palácio da Cidade antes de ser transladado até o cemitério. Não haverá cerimônia no local do enterro.

DIREITO: CCJ da Câmara vota PEC que permite demissão de juízes

Da CONJUR

A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados incluiu na pauta da sessão, desta quarta-feira (5/12), para deliberação final, a Proposta de Emenda Constitucional 505/2010, de autoria da senadora Ideli Salvatti (PT-SC), que dá nova redação aos artigos 93 e 95 da Constituição. A finalidade da PEC é permitir a demissão (perda do cargo) de julgador quando ficar provado, em processo administrativo, “procedimento incompatível com o decoro de suas funções”. A proposta já foi aprovada pelo plenário do Senado, noticiou o site de notícias Jornal do Brasil.
Atualmente, conforme o artigo 95 da Carta de 1988, a garantia da vitaliciedade dos juízes e desembargadores só pode ser quebrada em consequência de “sentença judicial transitada em julgado”, embora eles possam ser punidos, ao fim de processo administrativo, com a pena máxima de aposentadoria compulsória, mas com vencimentos proporcionais ao tempo de serviço — Lei Orgânica da Magistratura.
A PEC 505/2010 dispõe que “o juiz vitalício perderá o cargo por decisão do tribunal a que estiver vinculado, tomada pelo voto de dois terços de seus membros, nos casos (...) de procedimento incompatível com o decoro de suas funções”.
O parecer da relatora da proposta na CCJ da Câmara dos Deputados, Sandra Rosado (PSB-RN), é pela sua admissibilidade. Quando foi aprovada pelo Senado, em 2010, a PEC (então 89/2003), as entidades dos julgados, dos procuradores — que seriam nela também incluídos — e até o CNJ expediram notas técnicas contra a proposta. No caso do CNJ, por que a PEC retira dos conselhos nacionais de Justiça e do Ministério Público a competência para aplicar penas de disponibilidade e aposentadoria compulsória, e não lhes confere a competência para aplicar a pena de perda do cargo na esfera administrativa, que é conferida somente aos tribunais e conselhos superiores a que se vinculem os respectivos membros.
Desde que foi instituído pela Emenda Constitucional 45/2004, o Conselho Nacional de Justiça puniu com aposentadoria compulsória, em processos administrativos disciplinares, mais de 30 julgadores. O caso mais grave e de maior repercussão foi o de três desembargadores e sete juízes do Judiciário de Mato Grosso, acusados de desvio de mais de R$ 1,4 milhão do Tribunal de Justiça estadual para “socorrer financeiramente” uma cooperativa de crédito ligada à Grande Loja Maçônica de Cuiabá.

DIREITO: Câmara aprova criação de 789 cargos na Defensoria

Da CONJUR

A Câmara dos Deputados aprovou, esta semana, projeto de lei que cria 789 cargos de defensor público federal. Destes 732 são de segunda categoria, 48 de primeira e 9 de categoria especial. De acordo com o Projeto de Lei 4367/12, as vagas serão preenchidas de forma gradual conforme autorização na lei orçamentária. A matéria ainda precisa ser aprovada pelo Senado.
Pela Constituição Federal, a Defensoria Pública da União (DPU) deve prestar assistência jurídica integral e gratuita ao cidadão que não tenha como pagar a um advogado. A atuação do órgão visa a fortalecer o princípio constitucional do amplo acesso à Justiça. A DPU também tem a tarefa de prestar orientação jurídica, a promoção dos direitos humanos e a defesa dos direitos individuais e coletivos.
Atualmente, a DPU possui um efetivo atual de 481 defensores, dos quais 41 estão na categoria especial, 76 na primeira categoria e 364 na segunda categoria da carreira. Segundo o governo, o quantitativo está defasado em razão do crescimento de atendimentos, da ordem de 27% entre 2010 e 2011.
Um dos motivos citados para justificar a necessidade de mais servidores são as atividades adicionais, como a participação dos defensores nos mutirões carcerários de iniciativa do Conselho Nacional de Justiça, e a Força Nacional da Defensoria Pública. Essas ações pretendem analisar processos de execução de pena em penitenciárias do país.
Para o presidente da Associação Nacional dos Defensores Públicos Federais (Anadef), Gabriel Faria Oliveira, a população carente que não pode pagar advogado teve uma grande vitória na casa do povo. “Agradecemos aos Deputados Federais que, por unanimidade, aprovaram o projeto de Lei enviado pelo Executivo Federal e que permitirá levar um Defensor Público onde houve uma Vara Federal. É o começo da mudança para que haja justiça para todos”, disse.

DIREITO: Universal é condenada por coagir casal a fazer doações

Da CONJUR

A Igreja Universal do Reino de Deus foi condenada a pagar indenização de R$ 20 mil, a título de danos morais, por ter coagido um casal de fiéis a doar seus bens em troca de bênçãos. A decisão é da 9ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, ao confirmar, na íntegra, sentençada 2ª Vara Cível de Lajeado, que mandou a Igreja devolver, também, os itens doados. O acórdão foi proferido dia 28 de novembro.
A autora afirmou, na inicial, que ela e seu companheiro vinham passando por problemas financeiros, razão pela qual procuraram a Igreja. Ela contou que, ao final de cada culto, os pastores recolhiam certa quantia em dinheiro e afirmavam que, quanto mais dinheiro fosse doado, mais Jesus daria em troca.
Em função da promessa de solução dos seus problemas, disse que fez várias doações: vendeu o veículo que possuía e entregou joias, eletrodomésticos, aparelho celular e uma impressora. Como a solução não veio, o casal se sentiu enganado. Pediram, então, indenização por danos morais e materiais.
A sentença
A juíza Carmen Luíza Rosa Constante Barghouti reconheceu que a autora, ao procurar a Igreja, encontrava-se em situação de ‘‘vulnerabilidade emocional’’. Com base nos depoimentos de testemunhas, a magistrada concluiu que as doações realizadas não foram, efetivamente, espontâneas, mas induzidas. ‘‘Juntamente com os demais fiéis, a autora foi desafiada a fazer donativos, até mesmo superiores às suas capacidades econômicas, para provar a fé e sob a ameaça de não ser abençoada.’’
Conforme registrou na sentença, a ‘‘instigação maior ao ato de doar é realizada nos dias da ‘Fogueira Santa’, ocasião em que os fieis são desafiados a realizarem donativos superiores, restando evidente que, apesar do consentimento externado pela doação, foi ele deturpado pela coação moral e psicológica exercida pela requerida’’.
Ainda conforme a juíza, as circunstâncias relatadas no processo feriram os direitos de personalidade dos autores, configurando danos morais. Com isso, a Universal foi condenada a restituir os celulares, o fax, dois aparelhos de ar-condicionado e uma impressora. A reparação moral foi arbitrada em R$ 20 mil.
Decisão confirmada no TJ
A Igreja Universal do Reino de Deus recorreu ao Tribunal de Justiça. Alegou que não constrange seus fieis a entregar dízimos ou doações e que não há nenhuma prova de que a mulher estivesse privada de discernimento durante o período em que frequentou os cultos. Sua presença se deu por vontade própria, destacou.
O relator da apelação, desembargador Tasso Caubi Soares Delabary, salientou que, uma vez que o dízimo e a oferta, em regra, são atos de disposição voluntária voltados à colaboração com o templo religioso, podem ser classificados como doação. Advertiu, entretanto, que a doação pode ser anulada quando a pessoa é coagida a doar, sob pena de sofrimento ou penalidades.
Nesses casos, ‘‘a violência psicológica é tão ampla e profunda que anula, por completo, a sensatez e a manifestação da vontade’’, exemplificou. Com informações da Assessoria de Imprensa do TJ-RS.
Apelação Cível 70.051.621.894
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