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Cerca de 1,5 mil pessoas participam de ato que integra o chamado 'abril vermelho' e pedem audiência com a presidente Dilma para tratar de reforma agrária
André Dusek/AE
Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem-terra (MST) ocuparam o
prédio Ministério do Desenvolvimento Agrário, em Brasília, na manhã desta
segunda-feira, 16, em protesto para cobrar investimentos em desapropriações de
terras no País, segundo informações do MST. Cerca de 1,5 mil pessoas participam
da ação, de acordo com cálculo da Polícia Militar.
O protesto faz parte da Jornada Nacional de Lutas por Reforma Agrária,
promovido dentro do chamado "abril vermelho". Entre as reivindicações do grupo
estão a elaboração de um plano emergencial para o assentamento de mais de 186
mil famílias acampadas e a criação de um programa de desenvolvimento dos
assentamentos, com investimentos públicos em habitação rural, educação e saúde,
além de crédito agrícola, informa o MST.
A ocupação no prédio teve início às 5h40 e o grupo cobra uma audiência com a
presidente Dilma Rousseff. Eles criticam a condução do governo na área
rural.
No fim de semana, o MST indicou que intensificaria as ações do "abril
vermelho" ao promover invasões em propriedades rurais nos Estados de São Paulo,
Pernambuco e Mato Grosso do Sul.
Estão previstas mais vinte ocupações de terras em Pernambuco até o final do
"abril vermelho", realizado todos os anos em memória dos 19 sem-terra que foram
mortos no interior do Pará no dia 17 de abril de 1996, no episódio que ficou
conhecido como massacre de Eldorado de Carajás. Em 2002, o então presidente
Fernando Henrique Cardoso reconheceu aquela data como o Dia Internacional de
Luta pela Terra.
Com informações da Agência Brasil
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