Do ESTADAO.COM.BR
Documento, que defende as intenções pacíficas do lançamento do foguete,
denuncia abuso de poder do membro do Conselho de Segurança
SEUL - A Coreia do Norte rejeitou a condenação do Conselho de Segurança da
ONU a seu recente lançamento de um foguete e também anunciou oficialmente a
ruptura do acordo de ajuda alimentícia, assinado em fevereiro com os Estados
Unidos, nesta quarta-feira, 18.
Vincent Yu/AP
Coreia do Norte rejeitou condenação da ONU
Coreia do Norte rejeitou condenação da ONU
"Rejeitamos
taxativamente o proceder injusto do Conselho de Segurança da ONU, que tenta
pisotear o legítimo direito da República Popular Democrática da Coreia a lançar
satélites", reza o comunicado da Chancelaria norte-coreana divulgado pela
agência estatal "KCNA".
O documento, que defende as intenções pacíficas
do lançamento do foguete (pôr em órbita um satélite de observação terrestre,
segundo o regime comunista), denuncia o abuso de poder dos EUA como membro
permanente do Conselho de Segurança.
O documento, que defende as intenções pacíficas
do lançamento do foguete (pôr em órbita um satélite de observação terrestre,
segundo o regime comunista), denuncia o abuso de poder dos EUA como membro
permanente do Conselho de Segurança.
A Coreia do Norte acusa o Conselho de violar "o direito do Estado soberano ao
lançamento de satélites com fins pacíficos" mediante a declaração de condenação
emitida na segunda-feira pelo organismo internacional, que ainda reforçará as
sanções que atualmente impõe ao país comunista.
Além disso, o regime de Kim Jong-un decreta cancelado o acordo - que já fora
declarado nulo na semana passada - assinado em fevereiro com os EUA, pelo qual
se comprometia a uma moratória em seu programa nuclear e de mísseis para receber
de Washington 240 mil toneladas de ajuda alimentícia.
Em todo caso, os EUA já haviam rompido o acordo quando Pyongyang produziu seu
fracassado lançamento, na última sexta-feira.
Pyongyang insiste que o regime manterá seu programa espacial, o qual
constitui "um direito independente que está acima da resolução do Conselho de
Segurança da ONU", diz o texto.
Segundo insiste o regime no documento, os EUA boicotam suas iniciativas
espaciais em favor dos "interesses dos países que tentam monopolizar tecnologias
sofisticadas como a de lançamento de satélites"
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