Do MIGALHAS
As opiniões que colhemos nos últimos dias acerca do
mandato (que hoje chega ao derradeiro dia) do ministro Peluso à frente do CNJ e
STF são antagônicas, embora todos os ouvidos, em uníssono, divisem autenticidade
plena em suas atitudes. Generalizando, e por isso mesmo correndo o risco de
incorrer em falha, poderíamos dizer que do lado dos que aplaudem estão, em
geral, juízes e aqueles que são mais conservadores quanto à magistratura, sem
nenhum demérito. Já pela banda dos críticos ficam os que se dizem progressistas
e que veem a toga ocupando indevidamente lugar no Olimpo. É forçoso convir que
estes são, pelo que apuramos, em maior número do que aqueles, sobretudo porque
os juízes não são maioria no meio jurídico e porque nem todos os pares dizem
amém às falas do ministro. Mas isso se dá, quiçá, porque o jeitão apolítico de
Peluso, intransigente e autoritário (no bom sentido do termo), não se coadunou
com o jogo de cintura necessário para acomodar os ânimos e, por que não dizer,
narcisismos que o cargo de direção exige. Se estes ou aqueles estão certos, só
um pode responder : o tempo. Assim, quem viver, saberá.
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