quarta-feira, 18 de abril de 2012

ECONOMIA: Dólar tem alta e vale R$ 1,86; Bolsa inverte sinal e sobe



De OGLOBO.COM.BR

Com agências internacionais


Na Europa e EUA, pregões estão operando em queda nesta quarta
SÃO PAULO - O dólar comercial se mantém no patamar de R$ 1,86 nesta quarta-feira. Por volta de 11h45m, a moeda americana subia 0,48%, sendo negociada a R$ 1,8670 na venda e R$ 1,8650 na compra. O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), abriu em queda, mas inverteu o sinal. Por volta de 11h39m, o índice subia 057% aos 63.059 pontos. Hoje é dia de vencimento de opções sobre Ibovespa e contratos futuros sobre Ibovespa, o que segundo analistas, deve provocar volatilidade no pregão.
Na terça, o dólar comercial fechou a R$ 1,8580 na venda, alta de 0,75%, após o Banco Central ter feito dois leilões de compra no mercado de câmbio. Foi a segunda maior cotação do ano. Apenas no dia 2 de janeiro, a moeda americana fechou acima deste patamar, cotada a R$ 1,869 na venda.
No mercado de câmbio, a expectativa é quanto a novas intervenções do BC no mercado.
- O BC tem tido uma postura muito agressiva no mercado de câmbio, fazendo dois leilões de compra por dia, quando a cotação do dólar já está subindo. Isso deixa o mercado sem liquidez e pressiona ainda mais a moeda americana - diz Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da corretora Treviso.
Na prática, operadores dizem que atuando com o dólar em alta e com o mercado ‘seco’ de dólares, o BC tenta influenciar o preço da moeda americana.
Para analistas, a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre a Selic (a taxa básica de juros) não deve influenciar o mercado acionário, já que o corte de 0,75 ponto percentual é praticamente dado como certo e foi precificado. A expectativa do mercado é com relação à ata do Copom. O mercado quer saber se o ciclo de quedas se encerra na reunião de hoje ou se haverá um corte adicional da Selic.
No mercado corporativo, as ações da Gol (GOLL4) fecharam a terça-feira em alta de 11,7%, a maior valorização do índice Ibovespa na terça. Os investidores repercutiram uma possível ajuda do governo às empresas do setor de aviação. Segundo reportagem do jornal Valor Econômico, o auxílio viria na forma de desoneração da folha de pagamento e redução do ICMS sobre o querosene de aviação. Também se especulou que a companhia havia sido vendida, mas a informação não se confirmou.Na segunda, a Gol havia comunicado ao mercando resultados operacionais, como demanda, oferta e taxa de ocupação de suas aeronaves no mês de março piores do que os obtidos no mesmo período do ano passado.
Na Europa, os principais pregões vivem um dia de quedas. O índice Ibex, da Bolsa de Madri, cai 2,90%; o Dax, da Bolsa de Frankfurt, se desvaloriza 0,68%; o índice Cac, da Bolsa de Paris, perde 1,14% e o FTSE, de Londres, se desvaloriza 0,28%. Os pregões americanos também operam em queda. O Dow Jones perde 0,36%, o Nasdaq se desvaloriza 0,10% e o S&P 500 perde 0,30%.
O governo da Itália divulgou que a economia do país deve encolher 1,2% neste ano, uma queda maisor do que a prevista anteriormente, de 0,4%. As autoridades italianas também admitiram que não conseguirão atingir a meta de orçamento para 2013. O equilíbrio só deve ser atingido em 2015. Os investidores também têm exigido juro mais alto pelos títulos italianos, o que reacende as preocupações com o refinanciamento do país.
Nos Estados Unidos, as empresas de tecnologia IBM, Yahoo e Intel divulgaram ontem à noite os resultados financeiros do primeiro trimestre de 2012. Alguns reusltados vieram abaixo do esperado pelos analistas. A Intel registrou queda de 13,4% no lucro na comparação com igual período do ano anterior, para US$ 2,738 bilhões, enquanto o lucro da IBM cresceu 7,1%, para US$ 3,06 bilhões. No caso do Yahoo, o lucro aumentou 28,4%, para US$ 286,34 milhões.
Na Ásia, os principais mercados fecharam em alta, refletindo os ganhos nos pregões dos EUA e Europa. As notícias de que o Banco do Japão (BoJ, em inglês) está disposto a adotar mais medidas de estímulo monetário à economia também animaram os investidores. No Japão, o índice Nikkei subiu 2,14%. Em Hong Kong, o índice Hang Seng, o principal da bolsa de valores, avançou 1,06%, enquanto na China o índice Xangai Composto ganhou 1,96%. Na Coreia do Sul, o índice Kospi, o principal da bolsa de Seul, teve alta de 0,96%.
De acordo com a agência de notícias japonesa Kyodo News, o vice-presidente do BoJ, Kiyohiko Nishimura, afirmou que é importante a economia japonesa receber "apoio contínuo" para superar as pressões deflacionárias. O comentário foi interpretado pelo mercado como um sinal de que o banco central japonês está dispostos a incentivar a economia se for necessário.

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