Do ESTADÃO.COM.BR
Reuters
Diretor da instituição já destruiu duas pinturas e selecionou outras três
para a semana que vem
Reuters
Antonio Manfredi queima pintura do artista
francês Severine Bourguignon
Um diretor de museu italiano de Nápoles prometeu queimar três obras de arte
por semana para protestar contra a falta de investimentos na cultura.
Antonio Manfredi planeja atear fogo em uma fotografia chamada O grande
circo da Humanidade, de Filippos Tsitsopoulus, nesta quinta-feira. Ele já
destruiu duas pinturas e selecionou outras três obras da coleção do museu, de
mil peças, para a semana que vem.
Manfredi, de 50 anos, é um artista que há sete anos é diretor do Museu de
Arte Contemporânea de Casoria.
O museu não recebe dinheiro público. Mas a recessão eliminou as fontes de
financiamento privado que ele tinha e Manfredi disse que a máfia local, a
Camorra, ganhou mais poder na área ao comprar negócios em dificuldades.
"Não sei mais a quem recorrer por dinheiro", disse Manfredi à Reuters. "E eu
me recuso a pedir à Camorra."
Pior do que a falta de dinheiro é a indiferença dos políticos com relação à
condição da vasta riqueza cultural do país, que está cada vez mais falida,
enquanto cresce a influência da máfia, disse ele.
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