Da CONJUR
O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil estuda aplicar uma
espécie de repescagem no Exame de Ordem. Desta maneira, os candidatos aprovados
na primeira fase da prova e reprovados na segunda poderiam fazer somente a
segunda fase na prova seguinte.
De acordo com o presidente da OAB de Mato Grosso do Sul, Leonardo Avelino
Duarte, que faz parte do Conselho Gestor de Aplicação do Exame de Ordem, a
medida já estava sendo analisada e poderá ser aplicada no ano que vem. “É algo
que a OAB-MS defende há três anos e virá para aperfeiçoar o exame”,
ressalta.
Com o crescente números de bacharéis em Direito no País, o Exame de Ordem
serve de critério para garantir o bom serviço prestado a sociedade pelos
advogados. Em menos de 10 anos, surgiram mais de 900 faculdades, fato que
diminuiu a qualidade do ensino jurídico, de acordo com a OAB.
“Se me perguntarem se as faculdades formam bons bacharéis, a resposta é
definitivamente 'não'. O advogado representa o cidadão perante o Poder Público e
se estiver fraco, sem ser capaz de exercer seu ofício frente ao Poder Público,
quem vai se enfraquecer é o cidadão”, comenta o presidente da OAB-MS, Leonardo
Avelino Duarte.
De acordo com Avelino Duarte, o objetivo do Exame de Ordem não é criar uma
barreira para o exercício profissional. “O promotor e o juiz passam por em um
concurso, o que garante sua capacidade. O Exame é a garantia que o advogado está
preparado”, comentou o presidente da OAB-MS.
O presidente da OAB nacional, Ophir Cavalcante, lembra que não há
concorrência entre os candidatos na prova. “A base para a prova é toda retirada
do currículo obrigatório exigido pelo Ministério da Educação (MEC) em todos os
cursos de Direito, não há inovação. Aqueles que não são aprovados é porque não
fizeram um bom curso” afirmou Ophir. "O exame profissional é tão importante que
até outras profissões estão estudando sua aplicação, como os médicos", ressalta
Avelino Duarte. Com informações da Assessoria de Imprensa da
OAB-MS.
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