terça-feira, 25 de setembro de 2012

MUNDO: Dilma abre 67ª Assembleia Geral da ONU

O GLOBO
COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Presidente brasileira volta a atacar países desenvolvidos por política monetária expansiva

Dilma se encontrou com secretário-geral Ban Ki-moon antes de sessãoSTAN HONDA / AFP

NOVA YORK - A presidente Dilma Rousseff abriu nesta terça-feira a 67ª sessão da Assembleia Geral da ONU em Nova York. A reunião, com representantes de 193 países, deve ser pautada pela crise na Síria e a Primavera Árabe.
Dilma, que fala neste momento, passou a segunda-feira ensaiando seu discurso. Assim como em 2011, a presidente abriu o discurso falando da questão da mulher e voltou a atacar países desenvolvidos pelo que chamou de política monetária expansiva. O início do discurso foi todo pautado pela crise econômica internacional e o ataque duro a medidas de austeridade e a políticas fiscais ortodoxas.
- Política monetária não pode ser a única resposta para a crise. Países desenvolvidos continuam com política monetária expansiva, o que agrava ainda mais o quadro recessivo global. As economias dos países emergentes não podem ser taxadas injustamente de protecionistas - disse Dilma.
O Brasil abre tradicionalmente as sessões da Assembleia Geral, desde a criação da ONU, em 1945. Dilma Rousseff foi a primeira mulher fazer o discurso de abertura da assembleia, no ano passado. Na época, a presidente defendeu a criação do Estado palestino - um dos temas centrais da sessão em 2011 - e exaltou o papel da mulher na política internacional.
Antes do discurso, Dilma se encontrou com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. Não há outras reuniões agendas para esta terça-feira. Na segunda-feira, a presidente brasileira, que chegou a Nova York no domingo, se reuniu com o presidente da Comissão Europeia, o português José Manuel Durão Barroso. Os dois conversaram sobre a crise econômica na zona do euro.
Ban: tempo de distúrbio, transição e transformação
Na abertura da sessão, Ban falou de um “tempo de distúrbios, transição e transformação”. O secretário-geral da ONU fez um alarme para a comunidade internacional e disse que o povo hoje quer progresso e uma solução imediata, “uma esperança concreta de futuro”, afirmou o diplomata sul-coreano.
- Pessoas querem empregos e uma vida decente, mas o que ganham é a negação de seus sonhos e inspirações - disse Ban. - É nosso dever responder suas frustrações.
Sobre a Síria, Ban disse que a crise - que ele chamou de “calamidade” - é cada vez pior e não está mais limitada apenas a Damasco. O secretário-geral da ONU pediu que a comunidade internacional e o Conselho de Segurança apoie o enviado especial Lakhdar Brahimi.
- Brutais abusos de direitos humanos estão sendo cometidos, principalmente pelo governo, mas também por grupos da oposição. Eles devem ser punidos. É nosso dever colocar um fim na impunidade a crimes internacionais - disse Ban.
O discurso de Dilma será seguido pelo do presidente americano, Barack Obama, que deve alertar o Irã para as consequências de levar a cabo seu programa nuclear. A Assembleia Geral deste ano também deve ser dominada pelos protestos recentes no mundo islâmico contra o filme amador anti-Islã “Inocência dos muçulmanos”.

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