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PAULO JUSTUS
Maioria dos 137 sindicatos da categoria aceitou reajuste de 7,5%. Apenas Caixa fica de fora
SÃO PAULO — Os bancários de todo o país decidiram em assembleias na noite desta quarta-feira ontem encerrar a greve e retornar ao trabalho já a partir de quinta-feira. De acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) a maioria dos 137 sindicatos da categoria aprovou a proposta da Federação Nacional de Bancos (Fenaban). Apenas os empregados da Caixa Econômica Federal (CEF) haviam rejeitado a proposta e indicavam a continuidade da greve.
Os bancários que aceitaram a proposta terão aumento de 8,5% para o piso salarial, que passa de R$ 1.900 para R$ 2.056,89 e de 7,5% para os demais salários. A proposta também reajusta o valor da participação nos lucros e resultados em 10% e aumenta o vale alimentação, que passa de R$ 339,08 para R$ 367,92, e o vale-refeição, de R$ 19,78 para R$ 21,46 por dia.
Em nove dias a paralisação dos bancários atingiu mais de 9 mil postos de trabalho, de acordo com a Contraf-CUT. No sétimo dia de greve, auge do movimento, 9.386 agências e centros administrativos foram fechados, o que representou 43,2% dos 21.713 postos de trabalho em todo o país.
Polícia Federal mantém greve
Agentes, escrivães e papiloscopistas de São Paulo decidiram nesta quarta-feira, por unimidade, manter a greve iniciada no dia 7 de agosto. Os servidores do Sindicato dos Servidores da Policia Federal (Sindpof/SP) na Lapa ainda marcaram um ato nacional na capital paulista pela reestruturação da carreira do policial federal hoje, que pretende reunir representantes de todos os estados do país.
De acordo com o presidente Alexandre Santana Sally, a categoria cumprirá a decisão do SuperiorTribunal de Justiça (STJ) da porcentagem dos serviços prestados pela PF e também do acordo firmado com a presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Carmem Lúcia, da manutenção do trabalho durante o período eletivo.
A greve dos policiais completou ontem 52 dias.A categoria negocia há mais de 900 dias com o governo federal a reestruturação da carreira e segue mobilizada de norte a sul do Brasil. Os policiais reivindicam a reestruturação de sua carreira de nível superior.
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