quarta-feira, 26 de setembro de 2012

ECONOMIA: Dilma reforça crítica à atuação de países ricos na crise e diz que não é hora de trocar acusações

De OGLOBO.COM.BR
FLÁVIA BARBOSA, ENVIADA ESPECIAL

Mais cedo, na ONU, presidente rebateu as críticas que os EUA fez ao Brasil
Encontro de Dilma como o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, durante a 67ª sessão da Assembleia Geral da organização, em Nova York, EUADAVID KARP / AP

NOVA YORK — Em entrevista a jornalistas na noite desta terça-feira, a presidente Dilma Rousseff reiterou seu recado aos países ricos — dado em discurso na Assembleia Geral da ONU — afirmando que é preciso concertação internacional para que o mundo saia da crise financeira iniciada em 2008. Ela defendeu que não é hora de troca de acusações — em referência à crítica americana de que o Brasil está adotando medidas protecionistas — e muito menos de medidas unilaterais.
— Não adianta nada ficar fazendo classificação (sobre quem é ou não protecionista). O que adianta é que tenhamos uma compreensão de que desta situação (de crise) todos sofremos as consequências — afirmou a presidente, na coletiva no Hotel St. Regis, antes de seu encontro com o ex-presidente Bill Clinton.
Dilma lembrou que atualmente nem mesmo os países emergentes estão conseguindo, ao contrário de 2010 e 2011, sustentar o ritmo de crescimento global. Para ela, é preciso que Brasil e China, por exemplo, retomem sua velocidade — 4% a 5% de expansão, no caso brasileiro. Para isso, os países ricos precisam mudar o cardápio de políticas, hoje prejudiciais ao mundo em desenvolvimento.
— A visão é: vamos sair disso juntos. Cada um faz a sua parte, mas de forma concertada — completou a presidente, ressaltando que a consolidação fiscal na Europa e nos EUA é necessária, mas deve ser implementada com cautela para que não arraste os demais países à marcha lenta econômica.

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