Do POLÍTICA & ECONOMIA NA REAL
Depois de muitos balões de ensaio e alguma
vacilação, a presidente Dilma marcou finalmente para amanhã, numa reunião com os
empresários, o anúncio do pacotão de medidas com as quais pretende reativar a
economia brasileira. As linhas gerais já são conhecidas e visam desta vez mais o
investimento do que o consumo. Haverá algumas limitações, principalmente no que
diz respeito à diminuição dos impostos, porque o caixa oficial está muito baixo.
E também uma limitação semântica : vão ser feitas "concessões" de rodovias,
ferrovias, portos e aeroportos, não "privatizações", pois esta é uma palavra
maldita em certas searas governistas. Assim como não serão feitos leilões, mas
licitações. Filustrias à parte, o pacote não chega a tempo de dar uma sacudidela
no PIB deste ano. Este já está dado e, com muito boa vontade, passa do 1,5%. O
foco é 2013 e 2014, anos decisivos para os planos eleitorais da presidente. Por
diversas razões, como mostram as greves dos servidores públicos, o passaporte
político de Dilma ainda não está totalmente carimbado por seus parceiros.
Depende de ela ser capaz de manter intacto o sucesso econômico e social herdado
de Lula.
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