Do UOL, em São Paulo
Os partidos registrados no TSE gastaram R$ 310.533.832,70 em 2011. O PT foi o
partido que mais gastou e também o que mais arrecadou no ano passado.
Os gastos contabilizaram R$ 71.760.939,17 em exercício financeiro. Já a
receita foi de R$ 109.882.972,81. Os dados foram divulgados pelo tribunal nesta
sexta-feira (11).
O menor gasto e menor renda foi do PPL. O partido, registrado em outubro
passado, teve despesa de R$ 124.743,38 e arrecadou R$ 206.052,27.
Nessa contabilização geral do TSE não constam os gastos e a renda do PHS.
Apesar de ter declarado em dia, os dados da legenda ainda não foram
computados.
Quanto à receita, os diretórios nacionais declararam ao TSE que receberam R$
382.506.512,44.
Deste total, R$ 307.317.749,00 foram recebidos pelo Fundo Partidário. Agora,
depois da prestação de contas, os dados dos diretórios nacionais serão
analisados pela Corte; os estaduais, pelo Tribunal Regional Eleitoral do
respectivo Estado; e os municipais ou zonais, pelo juiz eleitoral.
Ano eleitoral
Em 2010, quando houve a eleição para presidente, os dois principais partidos,
PT e PSDB, tiveram um arrecadação recorde, mas fecharam o ano com dívida
milionária. Os petistas terminaram o ano com um déficit de R$ 42,7 milhões. O
PSDB com um rombo de R$ 11,9 milhões.
Os partidos informaram que, além de terem gasto mais do que arrecadaram,
ambos herdaram as dívidas das campanhas presidenciais e ainda registram despesa
em aberto referente às eleições de 2006.
A maior dívida de 2010 do PSDB era de R$ 8 milhões, com empresas de
comunicação das campanhas de 2006 e 2010.
O PT também regostrou dívidas referentes a propaganda eleitoral de 2010, de
R$ 6,5 milhões, e pelo menos R$ 3,5 milhões em material gráfico.
Em 2010, segundo o TSE, explodiu a arrecadação declarada dos principais
partidos, especialmente com doações de empresas --maior fonte de renda das
siglas.
Juntos, PT, PSDB, DEM e PMDB receberam doações de R$ 402 milhões
--crescimento de 2.200% em relação a 2009 (ano sem eleições), e 375% maior que
2006 (ano de eleições nacionais).
Os repasses das empreiteiras, tradicionais colaboradoras, representam cerca
de um terço do total.
Além das doações, integram a receita o Fundo Partidário (parcela do Orçamento
da União repartida entre os partidos) e as colaborações de filiados.
As arrecadações do PT e do PSDB teve um salto em 2010. Empreiteiras e bancos
optaram por financiar os partidos em vez de repassar recursos direto a
candidatos e comitês.
Os valores, contudo, não foram suficientes para cobrir todos os gastos.
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