terça-feira, 8 de maio de 2012

ECONOMIA: Bovespa opera em baixa de 2% e dólar ronda patamar de R$ 1,94



De OGLOBO.COM.BR
Com agências internacionais

Bolsas na Europa fecharam em baixa com futuro político incerto na Grécia
SÃO PAULO - Preocupações com o futuro político da Grécia são o foco dos investidores nesta terça-feira e fazem as principais Bolsas do mundo cair. Às 13h30m, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), perdia 2,06% aos 69.955 pontos, refletindo o mau humor externo. O dólar também é afetado pela aversão ao risco e subia 0,88% frente ao real, sendo negociado a R$ 1,9380 na venda e R$ 1,9360 na compra, no mesmo horário. O euro vale US$ 1,3018, uma desvalorização de 0,26%.

As bolsas europeias fecharam em baixa com o anúncio de que o partido conservador não conseguirá formar maioria governista na Grécia. Isso poderia levar a novas eleições e mais instabilidade na região. A chance de que o país tenha que abandonar a zona do euro torna-se real, segundo analistas. Um possível calote da dívida soberana do país também voltou à pauta. A primeira-ministra Angela Merkel disse que se a Grécia não cumprir as medidas de austeridade acordadas, não haverá mais liberação dos recursos do pacote de ajuda.
- Já há gente avaliando que a saída da Grécia do euro seria benéfica ao país. A crise grega seria administrada de forma independente sem levar tensão aos demais países - diz Márcio Cardoso, diretor da Título corretora. Líderes de países da União Europeia vão se encontrar em 23 de maio para tentar discutir uma maneira de estimular o crescimento econômico, sanar as finanças públicas e tentar reganhar a confiança dos mercados.
O índice da Dax, da Bolsa de Frankfurt, caiu 1,90%; o FTSE, da Bolsa de Londres, teve baixa de 1,78% e o Ibex, da Bolsa de Madri, se desvalorizou 0,80%. O Eurostoxx 50, que reúne as blue chips da zona do euro, perdeu 2,06%.
A queda mais forte foi registrada no índice Cac, da Bolsa de Paris, que se desvalorizou 2,78%. Os analistas avaliam que há um movimento de correção, já que o índice subiu 1,65% na segunda. Um relatório divulgado pela agência de classificação de risco Fitch avalia que a eleição do candidato do Partido Socialista, François Hollande, presidente da República Francesa, não tem implicações para a nota 'AAA' da França, que está atualmente sob perspectiva negativa.
No entanto, diz a agência, apesar de sua vitória eleitoral marcar uma mudança importante na cabeça da França e da Europa, o novo presidente terá de enfrentar os mesmos problemas que seu antecessor: o fortalecimento da credibilidade fiscal, melhorar o potencial de crescimento no médio prazo e lidar com a crise na área do euro.
Na Espanha, o medo de uma crise bancária retornou. O primeiro-ministro, Mariano Rajoy, deve intervir na terceira maior intsituição do país, o Bankia, e pode injetar até 10 bilhões de euros. Não se descarta que outros bancos recebam uma injeção de dinheiro público.
- Devido a este cenário, esperamos um dia com tendência de baixa na bolsa brasileira também - avalia em relatório o economista-cehefe do Bradesco, Octávio de Barros.
Nesta manhã, foi divulgada a produção industrial da Alemanha que subiu 2,8% em março, em relação ao mês anterior, uma notícia positiva. A expectativa dos economistas era de uma alta de 1%. Em março, houve uma queda de 0,3%. Mas a melhora não teve força para reverter o mau humor do mercado.
As Bolsas dos Estados Unidos também operam em queda. Há pouco, o Dow Jones caía 1,14%, o S&P 500 perdia 1,23% e o Nasdaq recuava 1,42%.
No Brasil, a Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgou o IGP-DI de abril, que mostrou uma elevação de 1,02%, quase o dobro da taxa apurada em março, de 0,56%. Em 12 meses, o indicador subiu 3,86%.
As bolsas da Ásia fecharam sem tendência definida nesta terça-feira. O índice Hang Seng, da bolsa de Hong Kong, fechou em queda pelo quarto dia consecutivo, com recuo de 0,25%, a 20.484,75 pontos. O Xangai Composto encerrou o pregão em queda de 0,12%, a 2.448,88 pontos, puxado pela queda nas ações de corretoras e financeiras. Em Tóquio, o índice Nikkei fechou em alta de 0,68%, a 9.181,65 pontos, impulsionado por balanços positivos, entre eles o da Mitsubishi. O índice Kospi, da bolsa de Seul, avançou 0,54%, a 1.967,01 pontos.

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