segunda-feira, 7 de maio de 2012

ECONOMIA: Eleições na Europa levam incerteza a mercados mundiais


De OGLOBO.COM.BR
O Globo, com Vinícius Neder


Bolsas da Europa abrem em baixa de até 2%; euro também registra queda
RIO - Os resultados das eleições deste domingo na França e na Grécia impulsionaram quedas na abertura das bolsas de valores da Ásia e da Europa. O índice da bolsa de Paris (o CAC-40) abriu esta segunda-feira em queda de 1,58% com 3.112,04 pontos. O índice FTSE MIB da bolsa de Milão opera em baixa de 2,21%, aos 13.611,49 pontos.

Na mesma linha, o índice Ibex-35 - da bolsa de Madri - abriu em baixa de 123,30 pontos (1,80%), aos 6.752. O índice DAX-30 da bolsa de Frankfurt registra queda de 0,91%, aos 6.501 pontos. O euro também registrou queda no mercado, abrindo o dia com a cotação, em relação ao dólar, de US$1,2993, frente à cotação de US$1,3114.
Na Ásia, o índice Nikkei 225, da bolsa de Tóquio, fechou esta segunda-feira com queda de 2,78%, menos 261,11 pontos. O índice de Hong Kong caiu 2,62%. Na Austrália, a bolsa de Sidney fechou os negócios recuando 2,19%, enquanto a bolsa de Seul, Coreia do Sul, caiu 1,64%.
— Agora, teremos a dupla “Merlande”, que aparentemente soa pior do que a anterior — ironiza a economista Monica Baumgarten de Bolle, professora da PUC-Rio e sócia da consultoria Galanto.
Com aliança desfeita, aumenta o risco político
Felipe Casotti, gestor de renda variável da Máxima Asset Management, vê o resultado das eleições de ontem como um aumento do risco político na crise europeia. Portanto, os mercados não deverão reagir bem esta semana.
— Uma aliança importante foi desfeita — afirma Casotti, referindo-se a Merkel e Sarkozy.
Monica de Bolle aposta numa reação “limitada” nos mercados. Isso porque a eleição de Hollande já era esperada e, na avaliação da economista, não haverá espaço para o novo governo alterar decisivamente a condução da crise.
Ontem, Hollande declarou no discurso da vitória que a “a austeridade não pode mais ser uma fatalidade”. Para o professor Luiz Carlos Prado, do Instituto de Economia (IE) da UFRJ, com o novo governo francês, a política de austeridade defendida pela Alemanha terá que mudar. As altas taxas de desemprego e as diversas trocas de governo na Europa desde o agravamento da crise — com destaque para Itália, Grécia, Espanha e, agora, a França — mostram que o corte de gastos públicos a todo o custo não se sustenta.
No entanto, na avaliação de Monica, da Galanto, uma flexibilização na austeridade ocorreria de qualquer forma. A forma como os cortes de gastos públicos estão sendo feitos, rápido demais, é insustentável. Por isso, até mesmo a chanceler Merkel e o presidente do BCE, Mario Draghi, já começaram a falar em apoio ao crescimento.

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