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POR O GLOBO
Estado registra 92 atentados desde a sexta-feira; 85 suspeitos foram detidos
Ônibus incendiado no último sábado em Natal - Frankie Marcone/Futura Press/Folhapress
NATAL — Uma tropa formada por mil homens do Exército e 200 da Marinha passa a apoiar a partir desta quarta-feira o combate à onda de atentados no Rio Grande do Norte, que, segundo as investigações, ocorre em represália à instalação de bloqueadores de celular na Penitenciária de Parnamirim. A tropa chegou na capital potiguar por volta de 8h30m. O estado teve a quinta noite consecutiva de atos de violência nesta terça-feira. De acordo com a Polícia Militar, desde sexta-feira, já foram registrados em 31 cidades 92 ataques, dos quais 54 incêndios, 24 tentativas de incêndios, sete disparos contra prédios públicos e proximidades, quatro deles envolvendo artefatos explosivos, e três depredações. Os veículos incendiados somam 29.
— São militares que servem aqui em nossos batalhões e pelotões. Haverá reforço de outros militares vindos da Paraíba e de Pernambuco. Mas ainda vamos receber essa diretriz e, diante do que diz esse documento, traçar como será a atuação dos nossos homens — afirmou o ministro da Defesa, Raul Jungman, nesta terça-feira.
O número de suspeitos de envolvimento nos ataques já chega a 85. Nesta terça-feira, dez foram detidos. Dois adolescentes foram apreendidos, um suspeito de incendiar um ônibus e outro após ter gravado e compartilhado áudios ameaçando praticar atos de vandalismo em escolas das cidades da região do Seridó.
Na noite desta terça-feira, em Natal, de acordo com o “G1”, criminosos tentaram incendiar ônibus em garagens de duas empresas de transporte público. No bairro Felipe Camarão, seis carros foram queimados. Na cidade de Caicó, uma kombi foi queimada e, em São Fernando, carros foram incendiados no pátio da prefeitura. No Oeste potiguar, um caminhão foi queimado, enquanto outros três ataques ocorreram na cidade de Mossoró.
Na segunda-feira, cinco presidiários apontados pelo governo do Rio Grande do Norte como chefes da facção criminosa responsável pelos ataques foram transferidos para a penitenciária federal de Mossoró. Os presos transferidos foram identificados pelo setor de inteligência da polícia após terem celulares monitorados.
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