quarta-feira, 3 de agosto de 2016

MUNDO: Trump rebate críticas de Obama e chama governo de desastre

OGLOBO.COM.BR
POR O GLOBO / COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Racha republicano aumenta com recusa de candidato em apoiar Ryan e McCain

Donald Trump participa de evento de campanha em Ashburn, na Virgínia - MOLLY RILEY / AFP

WASHINGTON — O candidato presidencial republicano Donald Trump rebateu as críticas do presidente Barack Obama, chamando o governo do democrata de um desastre. O ataque veio logo após o presidente americano dizer que o magnata não estava preparado para assumir a Casa Branca e apelar aos republicanos para que retirem o apoio ao candidato.
Em declarações à Fox News na terça-feira, Trump disse que Obama “foi talvez o pior presidente na História do país”, repetindo o que já havia dito em mensagem publicada no Twitter.
— Ele tem sido fraco, tem sido ineficiente — afirmou.
O magnata aumentou as tensões em seu partido na terça-feira ao negar seu apoio à reeleição de dois nomes de destaque da legenda, o presidente da Câmara dos Deputados, Paul Ryan, e o senador John McCain.
Em entrevista ao jornal “Washington Post”, Trump disse que não poderia endossar nem Ryan, que ocupa o mais alto cargo eletivo entre os republicanos, nem McCain, que representa o Arizona e já concorreu à presidência dos Estados Unidos, no momento em que ambos enfrentam desafios nas primárias de seus Estados antes da eleição geral de 8 de novembro.
Tanto Ryan quanto McCain criticaram o desentendimento de Trump com a família do capitão do Exército Humayun Khan, que morreu no Iraque em 2004 no exercício da função e recebeu a Estrela de Bronze por bravura postumamente.
A discórdia vem à tona duas semanas depois de a Convenção Nacional Republicana, realizada em Cleveland, oficializar Trump como postulante da legenda à Presidência.
Trata-se da fissura mais recente em um partido já afetado pela dissidência interna a respeito de seu candidato, como ficou claro na convenção, na qual McCain foi um dos integrantes do alto escalão republicano que essencialmente esnobaram Trump preferindo não comparecer. Mitt Romney, o candidato presidencial de 2012, e os ex-presidentes George H.W. Bush e George W. Bush tampouco estiveram presentes.
TROCA DE FARPAS
Trump trocou farpas com Khizr e Ghazala Khan, os pais do soldado morto, a partir do momento em que eles subiram ao palco da convenção democrata na semana passada para citar o sacrifício de seu filho e criticar a proposta do magnata de impedir a entrada de muçulmanos no país.
A comoção levou muitos republicanos a se distanciarem de Trump e expressarem apoio à família Khan.
Trump, reproduzindo a linguagem que Ryan usou ao falar sobre apoiar o indicado antes de eventualmente endossar seu nome, disse ao jornal norte-americano que "ainda não chegou ao ponto" de endossar Ryan na primária de Wisconsin na próxima terça-feira, e que "nunca chegou a esse ponto" com McCain, que estará na cédula nas eleições primárias do Arizona no final de agosto.
McCain teve uma conversa "muito amistosa" com o vice de chapa de Trump, Mike Pence, na terça-feira no Arizona, que Pence visitava, informou uma porta-voz de McCain.
Trump disse que Ryan tem buscado seu apoio, mas que até agora ele apenas estava "considerando seriamente" a questão.
Já a campanha de Ryan respondeu rapidamente afirmando que nem o presidente da Câmara nem ninguém de sua equipe tinham pedido o endosso de Trump.

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