Pregões da Europa sobem com declarações positivas da chanceler alemã, Angela Merkel
SÃO PAULO - O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo
(Bovespa), inverteu o sinal positivo da abertura e passou a operar em queda
nesta sexta-feira. Por volta de 11h10m, o índice caía 0,18% aos 59.341 pontos. O
dólar opera em estabilidade frente ao real e, no mesmo horário, estava sendo
negociado a R$ 2,017 na compra e R$ 2,019 na venda.
As ações PN da Transmissão Paulista apresentam a maior alta do pregão, com
valorização de 2,01% a R$ 57,84, enquanto os papéis da PDG Realty ON caem 3,20%
a R$ 3,63.
No cenário doméstico, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central
(IBC-Br), uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB, subiu
0,75% em junho na compração com maio. Foi o maior crescimento mensal desde
março de 2011, quando a expansão foi de 1,47%. Em maio, o indicador havia
recuado 0,01%. O indicador divulgado nesta sexta mostra que a economia voltou a
mostrar força.
Na Europa, as Bolsas operam em alta. O índice Ibex, da Bolsa de Madri, sobe
1,99%; o Dax, do pregão de Frankfurt, se valoriza 0,48%; o Cac, de Paris, avança
0,35% e o FTSE, da Bolsa de Londres, ganha 0,17%. Os investidores repercutem
declarações da chanceler alemã, Angela Merkel. Ela disse que a Alemanha está "em
linha" com a postura do Banco Central Europeu (BCE) de defender o euro. Merkel
afirmou que as autoridades do bloco se sentem "comprometidas em fazer tudo que
puderem para manterem a moeda única".
Para o mercado, é um sinal de que a Alemanha se mostra mais favorável a uma
ação do BCE para comprar títulos de países com dificuldades de financiamento,
como Espanha e Itália. Merkel, no entanto, disse que os países do euro precisam
demonstrar ações políticas voltadas à contenção do déficit fiscal, como condição
para que BCE anuncie medidas.
- Mais uma vez, a sustentação do movimento positivo das Bolsas se baseia em
indicadores econômicos acima das expectativas, principalmente nos EUA, onde o
Federal Reserve projeta uma melhora consistente da economia. A questão é que até
agora nenhum plano de estímulo à economia no velho ou novo continente e nem
mesmo na Ásia foi anunciado - lembra em relatório o analista Jason Vieira, da
corretora Cruzeiro do Sul.
Na quinta, o primeiro-ministro da China, Wen Jiabao, afirmou que a
desaceleração da inflação abre espaço para mais estímulod econômicos por parte
do banco central.
- Parece que mais ações monetárias [de estímulo] não estão muito distantes -
disse Stan Shamu, analista do IG Markets, na Austrália, em nota.
As declarações de Merkel deram impulso aos pregões asiáticos. No Japão, o
índice Nikkei, da Bolsa de Tóquio, fechou em alta de 0,77%, acumulando alta de
3,05% ao longo da semana. Em Hong Kong, o índice Hang Seng subiu 0,77%, enquanto
o Xangai Composto avançou 0,13%. Na semana, o Hang Seng perdeu 0,09% e o Xangai
Composto caiu 2,48%. Na Coreia do Sul, o índice Kospi, da bolsa de Seul, caiu
0,58%, permanecendo praticamente estável na semana.
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