De OGLOBO.COM.BR
Com agências internacionais
Na Europa e EUA, pregões estão operando em queda
nesta quarta
SÃO PAULO - O dólar comercial se mantém no patamar de R$ 1,86 nesta
quarta-feira. Por volta de 11h45m, a moeda americana subia 0,48%, sendo
negociada a R$ 1,8670 na venda e R$ 1,8650 na compra. O Ibovespa, principal
índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), abriu em queda, mas inverteu
o sinal. Por volta de 11h39m, o índice subia 057% aos 63.059 pontos. Hoje é dia
de vencimento de opções sobre Ibovespa e contratos futuros sobre Ibovespa, o que
segundo analistas, deve provocar volatilidade no pregão.
Na terça, o dólar comercial fechou a R$ 1,8580 na venda, alta de 0,75%, após
o Banco Central ter feito dois leilões de compra no mercado de câmbio. Foi a
segunda maior cotação do ano. Apenas no dia 2 de janeiro, a moeda americana
fechou acima deste patamar, cotada a R$ 1,869 na venda.
No mercado de câmbio, a expectativa é quanto a novas intervenções do BC no
mercado.
- O BC tem tido uma postura muito agressiva no mercado de câmbio, fazendo
dois leilões de compra por dia, quando a cotação do dólar já está subindo. Isso
deixa o mercado sem liquidez e pressiona ainda mais a moeda americana - diz
Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da corretora Treviso.
Na prática, operadores dizem que atuando com o dólar em alta e com o mercado
‘seco’ de dólares, o BC tenta influenciar o preço da moeda americana.
Para analistas, a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre a
Selic (a taxa básica de juros) não deve influenciar o mercado acionário, já que
o corte de 0,75 ponto percentual é praticamente dado como certo e foi
precificado. A expectativa do mercado é com relação à ata do Copom. O mercado
quer saber se o ciclo de quedas se encerra na reunião de hoje ou se haverá um
corte adicional da Selic.
No mercado corporativo, as ações da Gol (GOLL4) fecharam a terça-feira em
alta de 11,7%, a maior valorização do índice Ibovespa na terça. Os investidores
repercutiram uma possível ajuda do governo às empresas do setor de aviação.
Segundo reportagem do jornal Valor Econômico, o auxílio viria na forma de
desoneração da folha de pagamento e redução do ICMS sobre o querosene de
aviação. Também se especulou que a companhia havia sido vendida, mas a
informação não se confirmou.Na segunda, a Gol havia comunicado ao mercando
resultados operacionais, como demanda, oferta e taxa de ocupação de suas
aeronaves no mês de março piores do que os obtidos no mesmo período do ano
passado.
Na Europa, os principais pregões vivem um dia de quedas. O índice Ibex, da
Bolsa de Madri, cai 2,90%; o Dax, da Bolsa de Frankfurt, se desvaloriza 0,68%; o
índice Cac, da Bolsa de Paris, perde 1,14% e o FTSE, de Londres, se desvaloriza
0,28%. Os pregões americanos também operam em queda. O Dow Jones perde 0,36%, o
Nasdaq se desvaloriza 0,10% e o S&P 500 perde 0,30%.
O governo da Itália divulgou que a economia do país deve encolher 1,2% neste
ano, uma queda maisor do que a prevista anteriormente, de 0,4%. As autoridades
italianas também admitiram que não conseguirão atingir a meta de orçamento para
2013. O equilíbrio só deve ser atingido em 2015. Os investidores também têm
exigido juro mais alto pelos títulos italianos, o que reacende as preocupações
com o refinanciamento do país.
Nos Estados Unidos, as empresas de tecnologia IBM, Yahoo e Intel divulgaram
ontem à noite os resultados financeiros do primeiro trimestre de 2012. Alguns
reusltados vieram abaixo do esperado pelos analistas. A Intel registrou queda de
13,4% no lucro na comparação com igual período do ano anterior, para US$ 2,738
bilhões, enquanto o lucro da IBM cresceu 7,1%, para US$ 3,06 bilhões. No caso do
Yahoo, o lucro aumentou 28,4%, para US$ 286,34 milhões.
Na Ásia, os principais mercados fecharam em alta, refletindo os ganhos nos
pregões dos EUA e Europa. As notícias de que o Banco do Japão (BoJ, em inglês)
está disposto a adotar mais medidas de estímulo monetário à economia também
animaram os investidores. No Japão, o índice Nikkei subiu 2,14%. Em Hong Kong, o
índice Hang Seng, o principal da bolsa de valores, avançou 1,06%, enquanto na
China o índice Xangai Composto ganhou 1,96%. Na Coreia do Sul, o índice Kospi, o
principal da bolsa de Seul, teve alta de 0,96%.
De acordo com a agência de notícias japonesa Kyodo News, o vice-presidente do
BoJ, Kiyohiko Nishimura, afirmou que é importante a economia japonesa receber
"apoio contínuo" para superar as pressões deflacionárias. O comentário foi
interpretado pelo mercado como um sinal de que o banco central japonês está
dispostos a incentivar a economia se for
necessário.
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