terça-feira, 14 de novembro de 2017

CORRUPÇÃO: Patrimônio de Jorge Picciani aumentou 6.368% em 20 anos

OGLOBO.COM.BR
POR CHICO OTÁVIO E DANIEL BIASETTO

Presidente da Alerj foi conduzido coercitivamente para depor na Operação 'Cadeia Velha'

O presidente da Alerj, Jorge Picciani, foi levado coercitivamente para depor na Polícia Federal - Pablo Jacob / Agência O Globo 14/11/2017

RIO — O patrimônio do presidente da Alerj, deputado Jorge Picciani, que foi conduzido coercitivamente para depor nesta terça-feira na Operação "Cadeia Velha" teve um aumento de 6.367,9% de patrimônio em 20 anos.
Na declaração de renda, feita em junho de 1994, ano em que o Picciani voltou à Alerj depois de passar pela Secretaria Estadual de Esportes e Lazer e presidir a Suderj, o deputado somava em bens pessoais o equivalente a 413.318,37 UFIRs da época, algo em torno de R$ 160,5 mil atualizados nos dias de hoje, de acordo com a tabela do Banco Central. Já na declaração de 2014, apresentada ao Tribunal Superior eleitoral (TSE), Picciani registrou um balanço patrimonial de R$ 10,381 milhões.
Já o deputado estadual Paulo Melo, de acordo com sua declaração de 1997, quando exercia seu segundo mandato na Alerj, tinha cerca de R$ 773 mil em bens e direitos. Em 2014, declarou possuir um patrimônio avaliado em R$ 5.020.321,24, um aumento de 549,45%.
Picciani e Melo só não foram presos neste momento, porque a Constituição estadual, no Artigo 120, estabelece como única possibilidade de prisão provisória de deputados estaduais o flagrante de crime inafiançável, à exceção de casos com licença prévia da Alerj.
Ainda nesta terça-feira, no entanto,os procuradores regionais da República responsáveis pediu ao Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), fórum competente para o caso, que considere flagrantes os crimes atribuídos a Picciani, Melo e Albertassi.No mesmo pedido, foi solicitado também o afastamento imediato dos alvos de suas funções políticas na Assembleia.
Os procuradores sustentam que o flagrante existe, porque o trio de parlamentares comete até hoje crime continuado de lavagem de dinheiro, já que o esquema não cessou, de acordo com a investigação. Este pedido será submetido pelo relator do caso, desembargador Abel Gomes, ao colegiado da Seção Criminal do TRF-2, formada pelos seis desembargadores das turmas de Direito Penal, em sessão especial provavelmente nesta quinta-feira.

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