sexta-feira, 17 de novembro de 2017

ANÁLISE: Alerj sacraliza impunidade em sintonia com Congresso

Por MAIÁ MENEZES* - OGLOBO.COM.BR

Na contramão da história, deputados terão as contas ajustadas, ou não, em 2018

Alerj é cercada por policiais para votação sobre a prisão de deputados - Pablo Jacob / Agência O Globo

RIO — A decisão da Alerj, sacralizando a impunidade, se sintoniza com os movimentos recentes do Congresso Nacional. O corporativismo endêmico deixou de fora o olhar do povo, mais uma vez. Logo na primeira votação, foi evidente o descaso: a Comissão de Constituição e Justiça da Casa, presidida pelo no mínimo polêmico Chiquinho da Mangueira, decidiu que o voto seria secreto na comissão. Com direito a gargalhadas, quando Rafael Picciani defendeu a votação aberta.
Jorge Picciani e Paulo Melo, que comandam a Casa há 22 anos, e Edson Albertassi, o ex-quase-conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, carimbaram o passaporte para a permanência no poder. O velho poder, atingido em cheio pela Lava-Jato país afora. A blindagem, no entanto, não será eterna.
Sem financiamento privado e com a forma de fazer política em xeque, os deputados que se unem em torno de si mesmos, têm, como os eleitores, um 2018 pela frente.
De costas para o que a História os reserva, na contramão do apelo do desembargador Messod Azulay, na votação de ontem no TRF-2, os parlamentares certamente inventarão novas formas de se manter com foro. Precisam sobreviver à Justiça.
As contas serão - ou não - ajustadas nas urnas.
*Maiá Menezes é editora adjunta de País



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