segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

MUNDO: Maduro expulsa três diplomatas americanos

De OGLOBO.COM.BR
COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Presidente alegou supostas atividades irregulares em universidades
Breean Marie Mc Cusker, Jeffrey Gordon Elsen e Kristopher Lee Clark têm 48 horas para abandonar o país
Maduro anunciou em discurso no Palácio Miraflores, em Caracas, a expulsão de três funcionários consulares americanos REUTERS
CARACAS - O chanceler venezuelano Elías Jaua revelou nesta segunda-feira os nomes dos três funcionários consulares acusados de participação em reuniões com universitários, além de denunciar a ingerência do governo americano. No domingo, uma nova crise explodiu entre Venezuela e Estados Unidos, quando o presidente Nicolás Maduro ordenou a expulsão dos diplomatas.
- Nosso governo os declara como personas non gratas a partir deste momento e têm 48 horas para abandonar o país Breean Marie Mc Cusker, segundo secretário exercendo funções de vice-cônsul na Venezuela; o cidadão Jeffrey Gordon Elsen, segundo secretário da embaixada dos Estados Unidos em Caracas; e Kristopher Lee Clark, segundo secretário - disse o chanceler em coletiva de imprensa.
No domingo, o presidente Nicolás Maduro foi em rede nacional de rádio e televisão informar a ordem dada a Jaua.
- Dei a ordem ao chanceler da República de proceder a declarar persona non grata e expulsar do país estes três funcionários consulares da embaixada dos Estados Unidos.
Maduro afirmou que a desculpa para as reuniões com os estudantes de universidades privadas era oferecer vistos para os Estados Unidos. No fim de setembro, o presidente venezuelano determinou a expulsão de três diplomatas americanos, entre eles a encarregada de negócios Kelly Keiderling, acusados pelo governo de conspirar em reuniões com opositores. Os dois países não contam com embaixadores desde 2010.
Pouco antes do anúncio da expulsão, o governo venezuelano acusou Washington de tentar legitimar tentativas de desestabilização, em referência a um comunicado do secretário de Estado dos EUA, John Kerry.
“A Venezuela rejeita contundentemente as declarações de Kerry enquanto constituem mais uma manobra do governo de Washington por promover e legitimar as tentativas de desestabilização da democracia venezuelana efetuadas por grupos violentos nos últimos dias", destaca um comunicado oficial.
No sábado, Kerry destacou que o governo dos Estados Unidos estava profundamente preocupado com as crescentes tensões e a violência na Venezuela, cenário de quase duas semanas de protestos da oposição e onde os distúrbios deixaram três mortos e dezenas de feridos na quarta-feira passada.
Durante quase duas semanas, milhares de estudantes de todo o país têm protestado nas ruas contra a insegurança, a inflação, a falta de produtos básicos e a detenção de estudantes. Mas desde quarta-feira, os protestos ficaram mais violentos. No domingo à noite, grupos de manifestantes atacaram com pedras a sede do canal de televisão estatal VTV, denunciou Maduro.
Quase três mil estudantes protestaram em Caracas no domingo. O governo venezuelano afirma que as manifestações são parte de um “golpe de estado fascista em marcha" e acusa grupos de ultradireita.

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