De OGLOBO.COM.BR
CRISTIANE BONFANTI, MARTHA BECK E CRISTIANE JUNGBLUT
Ministro da Fazenda diz que ainda não há definição sobre gastos da CDE
BRASÍLIA - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, reafirmou nesta quinta-feira que não há uma definição sobre um possível repasse para o consumidor dos gastos extraordinários da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) por conta do acionamento de térmicas para compensar o baixo nível dos reservatórios neste verão. Mas ele não descartou a possibilidade do repasse dos gastos extras para as tarifas.
Durante a divulgação do corte de R$ 44 bilhões no Orçamento, o ministro disse que o governo está acompanhando diariamente a questão do setor de energia.
— Começou a chover no país, não temos uma definição do regime hidrológico de 2014. Portanto, não há como definir. Não há definição no curto prazo — disse.
O ministro ressaltou que há uma previsão orçamentária de repasse de R$ 9 bilhões para a CDE e disse que ainda é cedo para avaliar se mais recursos serão necessários.
— Vamos olhar essas contas com calma, tranquilidade — disse.
— Se haverá despesa adicional ou não, temos que esperar. Não temos definição. Não vamos nos precipitar. Estamos vendo como o regime hidrológico se move. Já começou o regime de chuvas. Portanto, é prudente que a gente aguarde para ter uma definição _ reforçou.
Este ano, além da pressão causada pelo uso mais intenso das termelétricas, em razão da queda no nível dos reservatórios das hidrelétricas, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) prevê um déficit de R$ 5,6 bilhões na CDE. Esse déficit foi projetado mesmo com a previsão de um aporte de R$ 9 bilhões do Tesouro no fundo.
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