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Notas do BB, Safra, Santander, HSBC, Itaú,
Bradesco, BBA e Votoratim foram reclassificadas
RIO - A agência de classificação Moody's rebaixou nesta quarta-feira a nota
de crédito de longo prazo de oito instituições financeiras brasileiras em até
três níveis. Em uma ação de revisão global de notas, os bancos Bradesco, Itaú
Unibanco e o banco de investimentos do Banco Itaú BBA foram rebaixados em um
grau acima do rating soberano1, caindo três posições (da nota A1 para o rating
Baa1), mas continuam em perspectiva positiva.
Os bancos Santander e HSBC foram da nota A3 para Baa2, registrando uma queda
de dois níveis, mas em perspectiva positiva. O BB, que era classificado em A2,
caiu três classificações, e o Safra, de rating Baa1, foi rebaixado em apenas um
nível, ficando também previsão positiva.
O caso mais grave foi o do Banco Votorantim, que foi rebaixado em um grau
abaixo do nível do rating da dívida soberana brasileira, de Baa2 para Baa3.
Segundo a agência, a reclassificação refletiu o mau desempenho financeiro da
instituição, incluindo a fraca qualidade e rentabilidade dos ativos e as
perspectivas negativas para a sua solidez financeira. Apesar da reclassificação,
as previsões são estáveis para o banco.
A agência justificou a decisão de revisão das notas com o argumento principal
de que as instituições brasileiras estariam suscetíveis a uma possível crise da
dívida do governo, já que estão ligados diretamente a oscilações de títulos da
dívida soberana brasileira.
"Nossa revisão indica que há poucas razões para acreditar que esses bancos
estariam desvinculados de uma crise da dívida do governo", afirma a Moody's.
"Mais precisamente, notamos uma exposição direta significativa desses bancos aos
títulos do governo brasileiro, equivalente a 167% do capital de nível 1, em
média, com base nos últimos dados consolidados disponíveis", diz o comunicado da
agência.
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