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Bolsas asiáticas caem em pregão marcado por ceticismo sobre cúpula europeia
RIO DE JANEIRO — Os bancos que têm ações na Bolsa espanhola sofrem baixas
generalizadas nesta terça-feira, um dia após a agência de classificação de risco
Moody's ter rebaixado o rating de 28 instituições financeiras do país entre um e
quantro níveis.
Os pregões abriram em baixa. Às 10h40m (horário de Brasília), o Ibex 35,
principal índice da Bolsa espanhola, retrocedia 0,17%, com 6.612,50 pontos.
O recuo dos bancos espanhóis na Bolsa já era esperado depois do rebaixamento
da Moody´s, que considerou que os problemas de solvência do governo da Espanha
não só afetarão sua capacidade para ajudar as entidades financeiras com
dificuldades, mas também porque repercutirão na oferta de créditos.
Apesar do recuo espanhol, os pregões nos principais mercados europeus
registraram leve alta. O FTSE 100, principal índice da Bolsa de Londres, subia
0,23%, no mesmo horário. O Dax, índice alemão, registrou uma pequena alta de
0,02%, e o CAC 40, francês, subia 0,09%.
As ações americanas também abriram esta terça com altas, mas a cautela
prevaleceu sobre os índices. O Dow Jones subía 0,21%, enquanto o Standard &
Poor's 500 ganhava 0,23%. Já o El Nasdaq Composite avançou 0,32%.
Bolsas asiáticas recuam
As bolsas de valores asiáticas caíram nesta terça-feira, com os investidores
ainda céticos quanto o potencial da cúpula dos líderes europeus para gerar
qualquer medida significativa que solucione a crise da dívida da região, agora
em seu terceiro ano.
Às 8h06 (horário de Brasília), o índice MSCI, que reúne mercados da região
Ásia-Pacífico com exceção do Japão, subia 0,13%, com 394 pontos, mas chegou a
cair 0,2%, em um pregão sem tendência definida, enquanto o índice Nikkei do
Japão caiu 0,81%, atingindo a mínima em mais de uma semana.
A bolsa de Cingapura teve queda de 0,34%, a 2.805 pontos, e Taiwan também
caiu, 0,40%, enquanto Hong Kong subiu 0,45%. O índice referencial de Xangai teve
leve queda de 0,09% e Sydney recuou 0,36%.
— Os investidores querem ver para qual direção o resultado da cúpula irá
apontar. Não está muito claro quais acordos específico podem ser realmente
feitos, pode haver compromissos em medidas orientadas para o futuro. Então os
investidores não podem ser inteiramente pessimistas — disse o estrategista
sênior Hirokazu Yuihama, da Daiwa Securities, em Tóquio.
O euro se manteve estável em US$ 1,250, acima da mínima de duas semanas de
US$ 1,247 dólar atingida na segunda-feira.
A cúpula de dois dias em Bruxelas nos dias 28 e 29 de junho será a vigésima
vez que os líderes da União Europeia se encontram para tentar resolver a crise
que se espalhou pela Europa desde o seu começo na Grécia, no início de
2010.
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