Da Folha Online
A mineradora brasileira Vale anunciou nesta quarta-feira que seu lucro no quarto trimestre teve leve avanço, mas no acumulado do ano apresentou queda de mais de 50%.
O lucro líquido no último trimestre de 2009 foi de R$ 2,629 bilhões, com alta de 7,7% na comparação com os R$ 2,441 bilhões no mesmo período do ano anterior. Já no ano o ganho foi de R$ 10,249 bilhões, ou 51,8% menor do que em 2008.
A receita bruta da mineradora no trimestre, por sua vez, atingiu R$ 12,048 bilhões, ou 32,9% inferior ao mesmo período de 2008. Na mesma base de comparação, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) caiu 43,5%, para R$ 3,709 bilhões.
As exportações líquidas da Vale ao longo dos últimos três meses do ano também recuaram. Elas atingiram R$ 3,485 bilhões, ou 14% a menos do que no quarto trimestre do ano retrasado.
A produção de minério no trimestre ficou em 63,443 milhões de toneladas, praticamente estável em relação ao mesmo período do ano passado. No acumulado do ano, a produção foi de 238 milhões de toneladas, com queda de 21% sobre os 302 milhões de toneladas de 2008.
Apesar da queda no lucro em 2009, a empresa classificou o desempenho como "sólido", do ponto de vista operacional e financeiro. Em comunicado ao mercado, ressaltou que utilizou a crise financeira global para "alavancar vantagens competitivas", reduzindo custos e aumentando a eficiência dos projetos, com o objetivo de se tornar mais forte no futuro.
"Nenhum projeto de investimento foi cancelado, novas opções de crescimento e geração de valor foram identificadas, e a capacidade de inovar foi fortemente estimulada", alegou a mineradora.
A queda no desempenho anual foi justificada pela crise econômica global. A Vale lembrou que atende principalmente a clientes industriais --ramo que é mais sensível às recessões. Sendo única fornecedora global de minério de ferro, a mineradora afirma, no comunicado, ter sido especialmente afetada pela "queda em intensidade sem precedentes da utilização de capacidade da indústria do aço nas Américas e Europa, regiões onde a siderurgia sofreu impacto negativo mais significativo."
Em relação às perspectivas futuras, a Vale avalia que a economia global vem retomando o crescimento organizado, mesmo que em ritmo diferenciado nas regiões. Lembrando que as economias emergentes estão liderando esse processo, a mineradora destaca que Estados Unidos e Austrália vem apresentando melhor desempenho, enquanto Japão e Europa seguem de forma mais lenta.
"A expansão está ganhando momento e esperamos que a economia global cresça acima de sua tendência de longo prazo durante o ano de 2010. Como é normal em recuperações cíclicas, a retomada do crescimento global tem sido liderada pela indústria, que teve expansão acelerada no 2S09, contribuindo para aumentar a demanda por minérios e metais", observa o relatório da empresa referente ao resultado do ano passado.
China
O desempenho da Vale ao longo de 2009 não foi pior graças à China, que apresentou rápida recuperação da demanda. Em 2009, a importação de minério de ferro da China foi recorde, totalizando 627,8 milhões de toneladas, crescimento de 41,6% em relação ao ano passado. Segundo a Vale, isso ocorreu graças ao crescimento da produção de aço e à maior importância dada ao minério de ferro importado.
Em 2008, por exemplo, 18,2% da receita bruta da Vale era oriunda do mercado chinês. Em 2009, essa participação pulou para 36,9%. Ao todo, 55,6% da receita da Vale veio do mercado asiático.
Em movimento contrário, a Europa comprou bem menos da mineradora brasileira. Em 2009, os negócios com o Velho Continente representaram 16,2% do total. Um ano antes, essa proporção era de 24,2%.
O lucro líquido no último trimestre de 2009 foi de R$ 2,629 bilhões, com alta de 7,7% na comparação com os R$ 2,441 bilhões no mesmo período do ano anterior. Já no ano o ganho foi de R$ 10,249 bilhões, ou 51,8% menor do que em 2008.
A receita bruta da mineradora no trimestre, por sua vez, atingiu R$ 12,048 bilhões, ou 32,9% inferior ao mesmo período de 2008. Na mesma base de comparação, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) caiu 43,5%, para R$ 3,709 bilhões.
As exportações líquidas da Vale ao longo dos últimos três meses do ano também recuaram. Elas atingiram R$ 3,485 bilhões, ou 14% a menos do que no quarto trimestre do ano retrasado.
A produção de minério no trimestre ficou em 63,443 milhões de toneladas, praticamente estável em relação ao mesmo período do ano passado. No acumulado do ano, a produção foi de 238 milhões de toneladas, com queda de 21% sobre os 302 milhões de toneladas de 2008.
Apesar da queda no lucro em 2009, a empresa classificou o desempenho como "sólido", do ponto de vista operacional e financeiro. Em comunicado ao mercado, ressaltou que utilizou a crise financeira global para "alavancar vantagens competitivas", reduzindo custos e aumentando a eficiência dos projetos, com o objetivo de se tornar mais forte no futuro.
"Nenhum projeto de investimento foi cancelado, novas opções de crescimento e geração de valor foram identificadas, e a capacidade de inovar foi fortemente estimulada", alegou a mineradora.
A queda no desempenho anual foi justificada pela crise econômica global. A Vale lembrou que atende principalmente a clientes industriais --ramo que é mais sensível às recessões. Sendo única fornecedora global de minério de ferro, a mineradora afirma, no comunicado, ter sido especialmente afetada pela "queda em intensidade sem precedentes da utilização de capacidade da indústria do aço nas Américas e Europa, regiões onde a siderurgia sofreu impacto negativo mais significativo."
Em relação às perspectivas futuras, a Vale avalia que a economia global vem retomando o crescimento organizado, mesmo que em ritmo diferenciado nas regiões. Lembrando que as economias emergentes estão liderando esse processo, a mineradora destaca que Estados Unidos e Austrália vem apresentando melhor desempenho, enquanto Japão e Europa seguem de forma mais lenta.
"A expansão está ganhando momento e esperamos que a economia global cresça acima de sua tendência de longo prazo durante o ano de 2010. Como é normal em recuperações cíclicas, a retomada do crescimento global tem sido liderada pela indústria, que teve expansão acelerada no 2S09, contribuindo para aumentar a demanda por minérios e metais", observa o relatório da empresa referente ao resultado do ano passado.
China
O desempenho da Vale ao longo de 2009 não foi pior graças à China, que apresentou rápida recuperação da demanda. Em 2009, a importação de minério de ferro da China foi recorde, totalizando 627,8 milhões de toneladas, crescimento de 41,6% em relação ao ano passado. Segundo a Vale, isso ocorreu graças ao crescimento da produção de aço e à maior importância dada ao minério de ferro importado.
Em 2008, por exemplo, 18,2% da receita bruta da Vale era oriunda do mercado chinês. Em 2009, essa participação pulou para 36,9%. Ao todo, 55,6% da receita da Vale veio do mercado asiático.
Em movimento contrário, a Europa comprou bem menos da mineradora brasileira. Em 2009, os negócios com o Velho Continente representaram 16,2% do total. Um ano antes, essa proporção era de 24,2%.
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