quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

CORRUPÇÃO: Polícia Civil lacra Câmara do DF em busca de grampos

Do UOL
A Polícia Civil do Distrito Federal lacrou nesta quarta-feira (10), por volta das 19h, a Câmara Legislativa para investigar a existência de grampos e escutas nas salas usadas pelos 24 deputados distritais que lá trabalham. Os policiais tratam o local como “cena do crime”.
Vários deputados da Câmara do DF estão envolvidos, segundo investigações da Polícia Federal, em denúncias de corrupção. Também o governador José Roberto Arruda (sem partido) é acusado. Ele aparece em um vídeo gravado pela PF recebendo dinheiro de origem suspeita. Todos negam envolvimento no chamado mensalão do DEM.
Os policiais informaram que as salas usadas pelos deputados serão liberadas assim que as perícias forem concluídas. Apenas um funcionário da segurança acompanhará os policiais na perícia.
As salas da presidência e da vice-presidência da Casa serão varridas pelos agentes.
A vistoria foi solicitada por parlamentares da oposição depois que dois policiais civis de Goiás foram presos na semana passada acusados de monitorarem deputados.
Watergate candangoNa semana passada, dois policiais supostamente a mando de um assessor de Arruda estariam plantando escutas para monitorar deputados distritais que fazem oposição ao governador do Distrito Federal.
Depois de ser preso, o agente da Delegacia de Narcóticos de Goiás, Luiz Henrique Ferreira, negou ter grampeado as salas dos deputados e afirmou que foi contratado para analisar vídeos que integram o inquérito do caso no Supremo Tribunal de Justiça (STJ) e fazer uma varredura em várias secretarias do governo do DF.
Ferreira foi preso perto da Câmara Legislativa junto do colega José Henrique Cordeiro. Ambos foram liberados, apesar de estarem na hora da prisão com um cheque de R$ 20 mil e um notebook que será periciado.
Adversários de Arruda na Câmara já chamam o caso de Watergate candango – em referência ao escândalo que derrubou o presidente americano Richard Nixon em 1974. O mandatário deixou o cargo depois de homens ligados ao seu Partido Republicano serem presos quando tentavam grampear um escritório do Partido Democrata.
O presidente da Câmara Legislativa, Wilson Lima (PR), distribuiu um comunicado nesta quarta-feira pedindo a colaboração dos parlamentares para a identificação de possíveis escutas clandestinas. O deputado José Antonio Reguffe (PDT) insinuou que a operação da polícia pode não ser o bastante. “Eles vão vasculhar as linhas fixas. Mas e os celulares?”, questionou.Deputados pedem cópia do inquéritoOs deputados da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), criada para investigar o suposto esquema de corrupção no Distrito Federal, reuniram-se hoje com o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Fernando Gonçalves, relator do inquérito da Operação Caixa de Pandora, para pedir uma cópia de todo o processo.
O ministro autorizou a liberação aos parlamentares apenas da parte do processo que já é de conhecimento público. Entretanto, os trechos do documento que correm em segredo de Justiça não foram liberados pelo relator.
Segundo o presidente interino da CPI, Batista das Cooperativas (PRP), o ministro alegou que vai avaliar o pedido já que as informações sigilosas não poderiam ser liberadas de imediato.
A CPI aprovou o requerimento para solicitar a cópia do inquérito em 14 de janeiro e somente agora, quase um mês depois, foi ao tribunal para requisitar o processo.
Mesmo sem os dados sigilosos, Batista das Cooperativas garante que a CPI tem material para dar andamento aos trabalhos.
Também estiveram presentes no encontro com o ministro do STJ, o relator da CPI, Raimundo Ribeiro (PSDB) e o deputado Paulo Tadeu (PT), único representante da oposição no colegiado.
*Com informações da Agência Brasil

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