quarta-feira, 12 de julho de 2017

POLÍTICA: Deputado do PMDB que não votar contra denúncia de Temer será punido, diz Jucá

OGLOBO.COM.BR
POR CRISTIANE JUNGBLUT

PMDB fecha questão e recomenda rejeição da denúncia contra o presidente

Na foto, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) - Jorge William / Agência O Globo

BRASÍLIA - O presidente nacional do PMDB, senador Romero Jucá, disse nesta quarta-feira no Twitter que o PMDB fechou questão contra a denúncia a respeito do presidente Michel Temer. Segundo ele, quem não respeitar será enquadrado pelo Conselho de Ética e sofrerá punições como afastamento de 90 dias de suas funções partidárias.
O líder do PMDB na Câmara, deputado Baleia Rossi (SP), formalizou duas mudanças na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ): o deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS) entrou no lugar do deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR). E entrou o deputado Hildo Rocha (PMDB-MA) no lugar da deputada Soraya (PMDB-RJ).
Segundo Rossi, Perondi é defensor da base aliada dentro da CCJ e se dispôs a ficar ao longo das discussões da madrugada. Ele negou que a troca tenha ocorrido por motivos de traição. Ele disse que Soraya chegou a assinar o voto em separado entregue pelo PMDB na CCJ e, no caso de Serraglio, ele já fez um voto escrito a favor.
- Mas decidimos colocar o deputado Perondi como coordenador na CCJ - disse Rossi. Ele confirmou ainda que a ideia do governo é encerrar a discussão e votação na CCJ e levar a questão a plenário já nesta sexta-feira. Para isso, as bancadas estão mobilizando os deputados a permanecer em Brasília.
PP FECHA QUESTÃO
No fim da noite desta terça-feira, o PP anunciou que fechará questão pela rejeição da denúncia por corrupção passiva contra Temer. Quando fecha questão, a legenda obriga todos os deputados filiados a votarem segundo a orientação partidária. Quem desobedecer está sujeito a punição, inclusive a expulsão.
Na comissão, o PP conta com seis membros titulares. Segundo informações da bancada, o único que ainda estaria em dúvida sobre se votaria contra ou a favor da denúncia era Espiridião Amin (SC). O partido cogitava substituí-lo, a exemplo do que já fizeram seis partidos da base aliada, que trocaram dez membros titulares na comissão para garantir votos pró-Temer.
O texto não cita a votação no plenário da Câmara, onde a denúncia será analisada após a votação na CCJ.
Também nesta terça, o PSDB decidiu liberar a bancada na votação da CCJ. A tendência é que isso se repita no plenário. O anúncio foi feito após mais de quatro horas de reunião da bancada.

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