terça-feira, 11 de julho de 2017

CRISE: Governo quer obrigar partidos a punir quem votar contra Temer

FOLHA.COM
BRUNO BOGHOSSIAN, DE BRASÍLIA

Eduardo Anizelli - 23.mai.2017/Folhapress 
Deputados em sessão da CCJ da Câmara

Em uma operação conjunta da base do governo Michel Temer, três dos maiores partidos da Câmara vão tentar aprovar uma medida que pode obrigar seus deputados a votarem contra a denúncia apresentada contra o presidente.
PMDB, PP e PR marcaram reuniões para esta quarta-feira (12) para definir o chamado fechamento de questão a favor de Temer, que determina que todos os deputados devem acompanhar a orientação do partido na votação. Quem se posicionar contra sua legenda pode, em tese, sofrer punições que chegam à expulsão do partido.
Juntos, essas três legendas têm 148 deputados. Temer precisa do apoio de 172 parlamentares no plenário para que a denúncia seja rejeitada, evitando a abertura de um processo contra o presidente no STF (Supremo Tribunal Federal).
Essa operação foi coordenada pelos líderes da base governista, que buscam garantias de que Temer terá uma maioria robusta a seu favor no plenário no dia da votação da denúncia.
A medida também ajudaria o governo a garantir quorum para a votação –uma vez que existe a possibilidade de o tema ser levado ao plenário na sexta-feira (14) ou na segunda-feira (17), dias tradicionalmente esvaziados na Câmara.
Apesar do movimento em bloco, os partidos podem enfrentar dificuldades para aprovar o fechamento de questão a favor de Temer, uma vez que algumas dessas bancadas estão rachadas.
O PR, por exemplo, teve que trocar quatro de seus integrantes na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) que tenderiam a votar contra Temer. O fechamento de questão pode aprofundar esse racha no partido.
TROCA-TROCA
A oposição a Temer na Câmara vai entrar nesta terça (11) com um mandado de segurança no STF para tentar anular o troca-troca de membros da CCJ. As mudanças foram promovidas pelos partidos da base para barrar a denúncia contra o presidente por corrupção passiva.
Levantamento da Folha indica que a base governista remanejou na última semana 20 dos membros do colegiado, que tem 66 titulares e 66 suplentes.
Pelos cálculos da oposição, antes das trocas, o governo perderia por 32 a 30. Agora, depois de todas as mudanças, os adversários do governo dizem que Temer consegue vencer por 38 a 28.
Núcleo de Imagem/Folhapress 

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