quinta-feira, 18 de maio de 2017

ECONOMIA: Alta do dólar nas casas de câmbio desacelera e cotação volta a ficar abaixo de R$ 4

OGLOBO.COM.BR
POR O GLOBO

Durante a manhã, negociação chegou a ser suspensa. Euro também subiu

Foto: Susana Gonzalez/Bloomberg

RIO - A revelação de que o presidente Michel Temer deu aval para a compra do silêncio de Eduardo Cunha, feita com exclusividade pelo colunista Lauro Jardim, do GLOBO, fez o dólar nas casas de câmbio ter um dia de forte instabilidade. De manhã, a moeda chegou a passar de R$ 4 e a ter as negociações suspensas. Mas no fim da manhã o mercado voltou a negociar normalmente. Às 16h, a cotação já registrava recuo em relação à registrada no início do dia, mas ainda muito acima, cerca de 10%, do fechamento desta quarta-feira, em torno de R$ 3,27. Na DG Câmbio, o dólar em papel-moeda estava por R$ 3,64 e, no pré-pago, por R$ 3,83. O euro subiu a R$ 4 (papel-moeda) e R$ 4,26 (cartão). Nesta quarta-feira, a cotação média do euro turismo era de R$ 3,60.
Na Confidence, o dólar era vendido, às 16h, por R$ 3,52 (papel-moeda) e R$ 3,71 (cartão pré-pago); o euro, a R$ 3,90 e R$ 4,12, respectivamente. Na Ultramar, a moeda americana era vendida no mesmo horário por R$ 3,55 (em espécie) e R$ 3,72 (cartão); o euro, a R$ 3,94 e R$ 4,17. Na Europa Câmbio, o dólar foi a R$ 3,60 em espécie e o euro, a R$ 3,98. Já na Cotação, o dólar estava cotado a R$ 3,55 no papel-moeda e a R$ 3,61 no pré-pago. Pela manhã, a moeda chegou nas casas de câmbio a R$ 4,01; o euro, a R$ 4,56.
A corretora Confidence e a Cotação estão entre as que paralisaram as operações de manhã. Na Confidence, um aviso no site afirmava que o funcionamento seria excepcionalmente a partir das 10h30m. Segundo o diretor da Cotação, Alexandre Fialho, explicou que a suspensão ocorreu porque o mercado muito volátil:
— Não tínhamos como estabelecer um preço para o consumidor. Para não causar prejuízos nem ao cliente nem à corretora neste dia atípico, achamos melhor não iniciar cedo a venda de moeda.
Segundo Fialho, houve um expressivo aumento na procura de clientes tanto para consultar o valor quanto para fechar compra. Ele diz que, neste momento, quem tem viagem marcada deve parcelar a compra de moeda.
— O melhor é dividir o tempo que falta para a viagem em três partes e fazer as compras nestes períodos. Isso não garante a melhor cotação, mas pelo menos não vai comprar pela pior — comenta, lembrando que a corretora inclusive tem um serviço em que o consumidor pode agendar essas datas para receber a ligação da empresa e decidir se fecha a operação.
O executivo lembra ainda que o ideal é já levar a moeda do país daqui do Brasil, para não perder no câmbio ao chegar lá.
— O spread entre a cotação de compra e venda vai de 20% a 25%.
O planejador financeiro Thiago Nigro, indica estratégia parecida. Ele explica quem tem viagem para o exterior marcada nos próximos 15 dias deve comprar moeda até amanhã metade e o resto semana que vem. Já quem vai em junho, afirma, pode comprar metade até amanhã e o resto em 15 dias. E quem tem viagem marcada para julho deve comprar em três partes: agora, daqui a 15 dias e uma semana antes da viagem.
— Agora, em meio ao nervosismo do mercado, a questão não é tentar comprar no melhor momento. É não comprar no pior — explica.

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