sexta-feira, 19 de maio de 2017

CRISE: Joaquim Barbosa diz que brasileiros devem ir às ruas por saída de Temer

FOLHA.COM
DE SÃO PAULO

Keiny Andrade-10.abr.2017/Folhapress 
Joaquim Barbosa na abertura do Fórum Conformidade nos Negócios, em São Paulo

O ex-presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) Joaquim Barbosa afirmou nesta sexta-feira (19) que os brasileiros devem ir às ruas e pedir a renúncia do presidente Michel Temer.
"Não há outra saída: os brasileiros devem se mobilizar, ir para as ruas e reivindicar com força a renúncia imediata de Michel Temer", afirmou Barbosa, em sua conta no Twitter.
Joaquim Barbosa disse ainda que as notícias que vieram a público nesta quinta-feira (18) com a delação de um dos donos da JBS, Joesley Batista, são estarrecedoras e gravíssimas. "Agora vieram a público as estarrecedoras revelações do sr Joesley Batista sobre o mesmo personagem, Temer. São fatos gravíssimos."
O ex-presidente do STF disse que a classe política, o empresariado e parte da mídia "se incumbiram de minimizar a gravidade dos fatos". "O Palácio do Jaburu para pedir propina a um empresário seria um motivo forte o bastante para se desencadear um clamor pela sua renúncia", afirmou em sua conta na rede social.
Não há outra saída: os brasileiros devem se mobilizar, ir para as ruas e reivindicar com força: a renúncia imediata de Michel Temer.


'NÃO RENUNCIAREI'
Diante da crise gerada pela gravação de suas conversas com com o empresário Joesley Batista, do frigorífico JBS, e de abertura de inquérito em seu nome no Supremo, o presidente Michel Temer (PMDB) afirmou que não renunciará. "Não renunciarei. Repito: não renunciarei", disse.
"Sei o que fiz e sei a correção dos meus atos", declarou, em discurso duro.
O áudio da conversa em que, segundo a PGR (Procuradoria-Geral da República), Temer deu aval a compra do silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB) veio a público e é inconclusivo.
O sigilo das gravações foi derrubado pelo ministro do STF Edson Fachin. No trecho, Joesley diz que "zerou tudo", referindo-se a pendências com Cunha. Na sequência, resume o quadro: "O que que eu mais ou menos dei conta de fazer até agora. Eu tô de bem com o Eduardo, ok?".
Nesse momento, Temer concorda: "Tem que manter isso, viu?". Joesley complementa: "Todo mês".
Outro trecho revela, porém, que o peemedebista tomou conhecimento de plano para interferir em investigação. Ao ouvir a estratégia, Temer respondeu: "Ótimo".
O executivo disse que estava "dando conta" de dois juízes, os quais não se identificou, e que conseguiu colocar um procurador "dentro da força-tarefa" da Operação Greenfield. Ao deixar de informar as autoridades sobre o fato, o presidente cometeu, em tese, o crime de prevaricação.

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