quinta-feira, 19 de novembro de 2015

POLÍTICA: Cunha manobra e suspende sessão do Conselho de Ética contra ele

ESTADAO.COM.BR
IGOR GADELHA, DAIENE CARDOSO E DANIEL CARVALHO - O ESTADO DE S.PAULO

Presidente da Câmara abre ordem do dia no plenário na mesma hora em que o colegiado iria iniciar a análise do processo contra ele; sessão plenária suspende todas as comissões que estejam funcionando

Brasília - O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), abriu às 10h44 desta quinta-feira, 19, a Ordem do Dia no plenário e determinou que todas as comissões que estejam funcionando neste momento sejam suspensas. Com a decisão, a reunião do Conselho de Ética que analisa o parecer preliminar pela admissibilidade do processo contra o peemedebista terá de ser encerrada.
"Qualquer comissão que esteja funcionando está funcionando de forma irregular e toda e qualquer deliberação é nula", afirmou Cunha, após Questão de Ordem levantada no plenário pelos deputados Jovair Arantes (PTB-GO) e Hugo Motta (PMDB-PB), aliados do peemedebista. "Qualquer deliberação após 10h44 será nula", reforçou Cunha, após nova Questão de Ordem de Eduardo da Fonte (PP-PE), também aliado de Cunha.
Paralelamente à manobra do presidente da Casa, a tropa de choque de Cunha no Conselho também atuou mais cedo para obstruir a sessão do colegiado votação do parecer do relator Fausto Pinato (PRB-SP) sobre a admissibilidade do processo por quebra de decoro parlamentar contra o peemedebista. Além de chegarem atrasados para não dar quórum, fizeram questões de ordem para encerrar a sessão antes de qualquer discussão. 
Aliado de Eduardo Cunha, o líder do PSC, André Moura (SE), pediu o encerramento da sessão minutos antes de se atingir o quórum mínimo de 11 parlamentares. Ele fez uma questão de ordem em que enfatizou que era necessário cancelar a sessão meia hora após o horário agendado por falta de quórum. Manoel Júnior (PB), suplente e aliado de Cunha, fez coro ao líder do PSC e, numa manobra para prolongar a sessão, exigiu a leitura da ata da reunião anterior. Manoel agora alega a suspeição do deputado Júlio Delgado (PSB-MG) no processo por ter assinado uma representação na Corregedoria da Casa pedindo a investigação contra Cunha. 

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Dos petistas titulares, apenas Leo de Brito (AC) não compareceu. Valmir Prascidelli (SP) e Zé Geraldo (PA) chegaram há pouco. Os suplentes Assis Carvalho (PI) e Odorico Monteiro (CE) também faltaram. Os peemedebistas também não apareceram - os titulares Mauro Lopes (MG) e Washington Reis (RJ), e o suplente Carlos Marun (MS). 
O advogado do peemedebista no processo no conselho, Marcelo Nobre, está sentado na primeira fila. À mesa, estavam apenas o presidente do colegiado, José Carlos Araújo (PSD-BA), o vice-presidente, Sandro Alex (PPS-PR), e o relator da ação, Fausto Pinato (PRB-SP), além de um consultor legislativo.
Além de Araújo, Alex e Pinato, compareceram Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), Betinho Gomes (PSDB-PE), Júlio Delgado (PSB-MG), Paulo Azi (DEM-BA), Nelson Marchezan Júnior (PSDB-RS) e os suplentes Onyx Lorenzoni (DEM-RS), Capitão Augusto (PR-SP), Jorginho Mello (PR-SC) e Eliziane Gama (Rede-MA), que não foi contabilizada.
No início da manhã, o plenário 9, onde aconteceria a sessão, era o único que estava trancado. Foi aberto apenas às 9h11, 19 minutos antes do horário previsto para o início da sessão, e somente após inspeção de seguranças.

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