quinta-feira, 19 de novembro de 2015

ECONOMIA: Prévia da inflação ultrapassa 10% no acumulado em 12 meses

ESTADAO.COM.BR
O ESTADO DE S. PAULO

Puxado por combustíveis, IPCA-15 acelerou para 0,85% em novembro, ante 0,66% em outubro; taxa de dois dígitos é a maior para o período desde 2003

RIO - O IPCA-15, considerado uma prévia da inflação oficial, acelerou para 0,85% em novembro, ante taxa de 0,66% em outubro. O principal vilão foi o item combustíveis, que subiu 5,89% esse mês. No acumulado em 12 meses, o IPCA-15 atingiu a marca de dois dígitos (10,28%), o maior patamar desde 2003.
A inflação de dois dígitos já é realidade em seis das 11 regiões investigadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o órgão, a inflação em Curitiba é a mais elevada, com alta de 11,88% em 12 meses. A região é seguida por Goiânia (11,28%), São Paulo (10,67%), Rio de Janeiro (10,67%), Porto Alegre (10,65%) e Fortaleza (10,53%).
Outras quatro regiões têm inflação na casa dos 9%: Recife (9,43%), Brasília (9,35%), Belém (9,18%) e Salvador (9,11%). Já a região metropolitana de Belo Horizonte é a que tem o avanço de preços menos intenso: 8,84%. 
Em novembro, o consumidor passou a pagar 4,70% a mais pelo litro da gasolina

Assim como em outubro, a gasolina pesou no bolso do brasileiro. Em novembro, o consumidor passou a pagar 4,70% a mais pelo litro do combustível, o que exerceu impacto de 0,18 ponto porcentual no IPCA-15. Já o etanol, que ficou 12,53% mais caro, teve influência de 0,11 ponto porcentual.
O aumento da gasolina nas bombas foi consequência da alta de 6% praticada nas refinarias, em vigor desde o dia 30 de setembro. Responsáveis por 35% do IPCA-15, os combustíveis fizeram o grupo Transportes ter o maior resultado do mês: uma alta de 1,45%.
Alimentação e Bebidas ficou em segundo lugar, com avanço de 1,05%, e também pressionou o resultado de novembro. Os alimentos comprados para consumo em casa subiram 1,35%, bem mais do que a alimentação fora, que ficou em 0,52%.
Os preços de vários produtos importantes na despesa das famílias tiveram alta expressiva de outubro para novembro, como: tomate (15,23%), açúcar cristal (9,61%) e refinado (7,94%), arroz (4,10%), frango inteiro (3,96%), cerveja (3,35%), óleo de soja (2,84%), frutas (2,14%), carne (1,71%) e pão francês (1,03%).
Entenda o IPCA-15. Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período 15 de outubro a 12 de novembro de 2015 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 15 de setembro a 14 de outubro de 2015 (base).
O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. 
A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.
(Com informações de Idiana Tomazelli, de O Estado de S. Paulo)

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