sexta-feira, 14 de junho de 2013

ECONOMIA: Prévia do PIB inicia 2º trimestre com alta de 0,84% em abril

Da FOLHA.COM
DA REUTERS

O IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central), índice do BC considerado uma espécie de sinalizador do PIB (Produto Interno Bruto), avançou 0,84% em abril ante março de acordo com dados dessazonalizados --livres de influências típicas de certa época do ano.
Apesar de indicar que a economia brasileira iniciou o segundo trimestre com expansão, o dado divide opiniões de analistas. Enquanto alguns esperam uma aceleração da economia, outros preveem um retrocesso da atividade em maio.
O dado dessazonalizado ficou um pouco acima das expectativas de analistas consultados pela agência Reuters, que estimavam uma alta mensal de 0,8%. No entanto, representa uma desaceleração sobre o resultado de março, quando houve crescimento mensal de 1,07% (número revisado de alta de 0,72%).
Na comparação com abril de 2012, o IBC-Br avançou 4,85%, e acumula em 12 meses alta de 1,66%, segundo os dados com ajuste sazonal.
O desempenho da indústria e do varejo, que mostraram recuperação em abril, ajudaram na alta do IBC-Br no mês, mas o cenário pode não se sustentar.
"Nós esperamos algum retrocesso em maio sobre os dados sólidos de abril (produção industrial deve se contrair em maio)", escreveu em relatório o diretor de pesquisa do Goldman Sachs para América Latina, Alberto Ramos.
A produção industrial subiu 1,8% em abril sobre março, para marcar o segundo mês seguido de crescimento, enquanto as vendas no varejo avançaram apenas 0,5% no período, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Mais otimista, o diretor de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco, Octavio de Barros, considerou que o resultado do IBC-Br aponta aceleração da economia no segundo trimestre.
"O indicador reforça a percepção de aceleração na margem da economia brasileira neste segundo trimestre. Esperamos alta de 0,9% no período, após expansão de 0,6% registrada nos primeiros três meses deste ano", escreveu.
A posição otimista é compartilhada pelo economista-chefe do banco Fator, José Francisco Gonçalves. "Os números de abril do IBC-Br sugerem que o PIB do segundo trimestre pode ser melhor do que o observado no primeiro trimestre", afirmou.
EXPANSÃO DA ECONOMIA
A economia brasileira mostrou sinais de que ainda cambaleava no primeiro trimestre ao crescer apenas 0,6%, abaixo do esperado, segundo os dados do PIB divulgados pelo IBGE.
O resultado oficial ficou bem abaixo daquele apontado pelo IBC-Br, que estimava uma expansão de 1,22% ante os três meses imediatamente anteriores (dado revisado de alta de 1,05%).
O desempenho ruim da indústria e do consumo recentemente afetou a atividade, apesar das diversas medidas de estímulo adotadas pelo governo, e consolidou as apostas de que o crescimento do PIB não atingirá 3% neste ano, com economistas já falando em cerca de 2,5%.
O indicador do BC leva em conta a trajetória das variáveis consideradas como bons indicadores para o desempenho dos setores da economia (agropecuária, indústria e serviços). A estimativa do IBC-Br incorpora a produção estimada para os três setores acrescida dos impostos sobre produtos. O PIB, por sua vez, é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país durante certo período.

Comentários:

Postar um comentário

Template Rounders modificado por ::Power By Tony Miranda - Pesmarketing - [71] 9978 5050::
| 2010 |