quinta-feira, 13 de junho de 2013

ECONOMIA: Dólar recua a R$ 2,14 após fim do IOF no mercado futuro

De OGLOBO.COM.BR
JOÃO SORIMA NETO

Governo zerou imposto sobre posições vendidas de câmbio
SÃO PAULO – Um dia depois de o governo ter anunciado o fim do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) de 1% que incidia sobre operações no mercado de câmbio futuro, o dólar comercial abriu a sessão em queda. Por volta de 10h09, a moeda americana se desvalorizava 0,46% cotado a R$ 2,143 na compra e a R$ 2,144 na venda.
O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, iniciou a sessão com volatilidade. Por volta de 10h12m, o indicador subia 0,23% aos 49.294 pontos.
Ontem, o dólar comercial fechou cotado a R$ 2,154 na venda pela primeira vez desde 30 de abril de 2009. A zeragem do IOF no mercado futuro de dólar é a segunda medida anunciada pelo governo, em menos de dez dias, para tentar conter a escalada do dólar que, desde abril, se valorizou mais de 7% frente ao real. No dia 4 de junho, o governo anunciou o fim do IOF de 6% para aplicações de estrangeiros em renda fixa no Brasil.
Agora, a única barreira imposta ao ingresso de dólares no mercado brasileiro é uma alíquota de 6% cobrada sobre empréstimos tomados no exterior com prazos inferiores a 12 meses. A retirada também está em estudo, segundo técnicos do governo.
Especialistas se dividem quanto aos efeitos do fim do IOF no mercado futuro de câmbio. Alguns, como o sócio da corretora NGO, Sidnei Nehme, avaliam que o fluxo de dólares deve crescer, atenuando a pressão sobre a moeda americana.
— O tipo de dinheiro que resta ao Brasil é de natureza especulativa. Portanto, essa medida era necessária — diz Nehme.
Já Fabio Kanczuk, professor da USP, avalia que a medida “não vai fazer nenhum efeito”.
Desde julho de 2011, os investidores vinham sendo tributados sobre posições vendidas (que apostam na queda do dólar) a partir de um determinado valor. O governo taxou esse capital para evitar especulações no mercado futuro.
— Não faz sentido manter o empecilho para que as posições vendidas em dólar no mercado futuro sejam penalizadas com alíquota de 1%. Estamos reduzindo esta alíquota de modo a facilitar para aqueles que quiserem fazer aplicações de posição vendida em dólar. Com isso, haverá uma oferta maior de moeda no mercado futuro e, com isso, a diminuição da valorização do dólar — justificou o ministro Fazenda, Guido Mantega.

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