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COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS
Mercado aguarda novas intervenções do Banco Central
SÃO PAULO - Pelo terceiro dia consecutivo, o dólar comercial mantém sua trajetória de alta frente ao real nesta terça-feira e o mercado já aguarda novas intervenções do Banco Central. A moeda americana abriu o dia com valorização e renovou a máxima dos últimos quatro anos ao atingir patamar de R$ 2,167 logo depois da abertura. Por volta de 9h55m, a divisa estava subindo 0,55% cotada a R$ 2,157 na compra e R$ 2,159 na venda.
Na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), o principal índice do pregão abriu em queda e por volta de 10h29m, se desvalorizava 2,02% aos 50.277 pontos, perdendo o patamar dos 51.000 pontos.
O movimento de alta do dólar no Brasil segue tendência do exterior, onde a moeda americana ganha valor frente a divisas de países emergentes. De acordo com Alfredo Barbutti, economista da corretora BCG Liquidez, a possibilidade de que o Federal Reserve (Fed) reduza o programa de estímulo à economia americana, que todo mês coloca mais U$ 85 bilhões em circulação, assusta o mercado. Isso faz com que investidores tirem recursos dos países emergentes, como o Brasil, para aplicar nos EUA. O juro dos títulos americanos já está subindo.
- A percepção de que os fundamentos da economia brasileira pioraram faz que os investidores tirem recursos do país. No mercado doméstico, mais empresas começam a buscar hedge (proteção) colocando mais pressão sobre a moeda americana - diz Barbutti.
Ontem, a agência de classificação de risco Standard & Poor’s elevou a perspectiva de rating dos Estados Unidos de negativa para estável, colocando mais pressão não apenas sobre o real, mas sobre todas as moedas, principalmente de países emergentes.
Por isso, mesmo com duas intervenções, o Banco Central não conseguiu reverter a tendência de alta do dólar ontem. O dólar fechou com valorização de 0,70% frente ao real cotada a R$ 2,148.
Entre as ações mais negociadas da Bovespa, o destaque de queda fica para os papéis ON da OGX Petróleo. De acordo com analistas, as ações perdem valor com a notícia de que o empresário Eike Batista reduziu sua participação na empresa, vendendo ações. A operação foi notificada na noite de segunda-feira à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Eike vendeu ações nos dias 24, 27, 28 e 29, vendendo 70,47 milhões de ações, em um total de R$ 121,82 milhões. Sua participação na empresa caiu de de 61,09% para 58,92%.
A alta do dólar pressiona os contratos de Depósito Interfinanceiro (DI), já que esse movimento pressiona a inflação, obrigando o Banco Central a manter o ciclo de alta de juro. O contrato com vencimento em janeiro de 2014 sobe de 8,67% para 8,77%. O contrato com vencimento em janeiro de 2015 avançava de 9,44% para 9,81% e os DIs com vencimento em janeiro 2017 passavam de 10,31% para 10,80%.
Nos Estados Unidos, os principais índices acionários também começaram o dia em queda. O Nasdaq perde 1,26%; o Dow Jones cai 0,95% e o S&P 500 está estável.
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