terça-feira, 11 de junho de 2013

ECONOMIA: BC faz duas novas intervenções no câmbio, mas dólar segue em alta

Da FOLHA.COM
ANDERSON FIGO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Diante da valorização do dólar desde a abertura dos negócios nesta terça-feira (11), o Banco Central voltou a intervir no mercado de câmbio há pouco, mas o esforço não foi suficiente para inverter a tendência de alta da cotação da moeda.
A autoridade promoveu dois leilões de swap cambial tradicionais, equivalentes a venda de dólares no mercado futuro, quando o dólar à vista atingiu R$ 2,166 na venda.
A valorização da moeda perdeu força, mas continua. Às 11h45, o dólar à vista - referência para as negociações no mercado financeiro - subia 0,34%, cotado em R$ 2,153 na venda. No mesmo horário, o dólar comercial - utilizado no comércio exterior - tinha valorização de 0,32%, para R$ 2,155.
Na primeira operação, que ocorreu entre 10h50 e 10h55 (horário de Brasília) de hoje, a autoridade vendeu 25 mil contratos dos 40 mil colocados à venda, por US$ 1,247 bilhão.
Já na segunda operação, que ocorreu entre 11h25 e 11h35, o BC vendeu 20 mil contratos dos 40 mil colocados à venda, por US$ 997 milhões.
Ontem, a autoridade monetária já havia promovido dois leilões de swap cambial tradicionais para conter a alta da moeda, quando ela ultrapassou R$ 2,15.
Segundo operadores, o BC gostaria que o dólar oscilasse na banda entre R$ 2,10 e R$ 2,15 --nível máximo considerado aceitável pelo governo para não comprometer a inflação no país.
Na semana passada, o governo anunciou o corte no IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) para os estrangeiros que aplicam em renda fixa no Brasil. A medida visava atrair mais investimentos em dólar para o mercado brasileiro, o que tenderia a diminuir o preço da moeda americana em relação ao real.
Como o esforço não foi suficiente para barrar o avanço do dólar, o governo pode adotar mais medidas para frear a desvalorização do real.
Entre elas, está o aumento do poder dos bancos de vender dólares no mercado, o que elevaria a oferta de moeda americana na economia, levando o dólar a perder valor e freando a tendência de queda do real.
Segundo a Folha apurou, o BC pode elevar o teto da "posição vendida" dos bancos em dólares, atualmente em US$ 3 bilhões. Até esse limite, as instituições financeiras não precisam recolher 60% de depósito compulsório (recursos que os bancos são obrigados a deixar parados no BC).
Apesar da ação em estudo pelo BC, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, descarta reverter outras medidas tomadas em 2010 e 2011 para limitar a oscilação das cotações. É o caso da alíquota de 1% de IOF cobrada sobre transações no mercado futuro de câmbio (derivativos).

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