segunda-feira, 27 de julho de 2015

POLÍTICA: Ministro diz que governo faz o 'máximo' para tentar decifrar o momento político

OGLOBO.COM.BR
POR CATARINA ALENCASTRO

Eliseu Padilha afirmou que é preciso aproveitar maioria no Congresso para evitar pauta bomba


BRASÍLIA - Escalado para falar pelo governo após a reunião de ministros com a presidente Dilma Rousseff, o ministro Eliseu Padilha (Aviação Civil), disse, ao comentar a baixa popularidade da presidente medida em pesquisas recentes, que o governo está se esforçando para decifrar o atual momento político e econômico. Segundo ele, embora o governo esteja adotando medidas para reativar a economia, essa percepção demora a chegar à sociedade.
— Vivemos um momento político e economicamente com algumas interrogações, que o o governo está fazendo o máximo para decifrá-las — afirmou.
Ao lado dos ministros Nelson Barbosa (Planejamento) e Gilberto Kassab (Cidades), Padilha falou que apesar do rompimento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), com o governo, tem confiança de que ele manterá o equilíbrio institucional que o cargo exige. A chamada pauta-bomba foi armada, segundo ele, nas votações do ajuste fiscal do primeiro semestre, quando "jabutis" foram inseridos nos textos enviados pelo governo. E que o governo tem que aproveitar o fato de ter maioria no Congresso para desarmar as bombas.
— O presidente Eduardo Cunha ele mesmo diz que não tem pauta-bomba nenhuma, que apenas vai fazer com que temas que estão em pauta no Congresso sejam apreciados. Haverá temas com que o governo deva se preocupar, claro. Na medida em que tivemos no primeiro semestre o embarque desses jabutis, nós temos que agir agora para que a gente tenha condições de, politicamente, fazer com que a base, que é numericamente muito vantajosa, se posicione de forma majoritária nessas votações. Vamos para o embate político do voto dentro do Congresso — afirmou, completando em outro momento:
— Eu confio no presidente Eduardo Cunha, sei que institucionalmente ele vai agir corretamente.
Barbosa aproveitou a primeira chance que teve de falar após as declarações de Padilha para afirmar:
— Eu acho que todos estão interessados numa pauta boa de crescimento e de recuperação da economia.
Sobre o preenchimento de cargos dentro do governo, algo com que Padilha tem se ocupado pessoalmente, ele disse que está fazendo um convencimento de parlamentares e ex-parlamentares para deixarem funções para que um número maior de partidos da base possa ocupá-las. Padilha reclamou que há má compreensão da sociedade quanto a isso, algo considerado normal na democracia. O ministro afirmou que espera resolver todas as pendências por cargos até o meio de agosto.
— A base está muito mais fragmentada. Muitos são os partidos que integram a base. Os parlamentares da base querem se sentir base. Estamos convencendo os parlamentares de que temos que dividir, para contentar mais gente. Nossa intenção é liquidar esse assunto na pior das hipóteses até o meio de agosto — disse.

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