segunda-feira, 27 de julho de 2015

ECONOMIA: Na contramão do exterior, dólar comercial renova as máximas em 12 anos

OGLOBO.COM.BR
POR O GLOBO

Moeda é negociada a R$ 3,357; mercados operam pressionados após tombo da Bolsa de Xangai


SÃO PAULO - O dólar comercial opera na contramão do mercado externo e volta a ganhar força ante o real, renovando as máximas em 12 anos. A moeda americana era negociada, as 10h54, a R$ 3,355 na compra e a R$ 3,357, alta de 0,26%. Na máxima, a divisa já atingiu R$ 3,382, maior valor desde 31 de março de 2003, quando atingiu R$ 3,401. Já a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) opera em terreno negativo, com queda de 0,49%, em pregão em que todos os índices do mercado acionário estão pressionados pelas perdas elevadas na Ásia.
A volatilidade está elevada no pregão desta segunda-feira, com os investidores repercutindo o tombo nos mercados asiáticos - a Bolsa de Xangai fechou em queda de quase 8,5%, o maior recuo em mais de oito anos.
Internamente, o dólar segue pressionado, com os investidores e analistas duvidando da capacidade do governo federal realizar o ajuste fiscal e o aumento do temor da perda do grau de investimento. Enquanto a moeda no Brasil ganha força, no exterior, a divisa cede. O “dollar index”, calculado pela Bloomberg e que leva em conta o comportamento de dez moeda, tem recuo de 0,55%.
Essa semana os investidores ficarão de olho na decisão da reunião do comitê de política monetária do Federal Reserve (Fed, o bc americano), já que é esperada ainda para 2015 a alta de juros nos Estados Unidos. Na quarta-feira, também sai a decisão dos juros no Brasil, onde é esperada uma elevação de 0,5 ponto percentual, para 14,25% ao ano.
BOLSAS INTERNACIONAIS EM QUEDA
Mas o que roubou a cena nesta segunda-feira foi o tombo na Bolsa de Xangai, que caiu 8,48%, arrastando para baixo outras bolsas asiáticas e as europeias. “Há expectativas de retirada de estímulos por parte de Pequim, pela tendência de queda nos preços das commodities, além de novos dados fracos da indústria do país. Os crescentes receios frente a uma desaceleração mais forte do gigante asiático detonam uma nova onda de aversão nos mercados internacionais”, explicou Ricardo Gomes da Silva Filho, operador da Correparti Corretora de Câmbio.
E esse cenário impactou as Bolsas europeias, que começaram a semana em baixa, seguindo para a quinta queda diária consecutiva. A Bolsa britânica perdia 0,79%, Frankfurt recuava 2,12% e Paris, 2,20%. Nos Estados Unidos o movimento é o mesmo. O índice Dow Jones cai 0,91% e o S&P 500 recua 0,33%.

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