quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

GESTÃO: Apagão repercute na imprensa internacional

De OGLOBO.COM.BR
MARCIO BECK (EMAIL)

Jornais destacaram proximidade da Copa do Mundo e onda de calor no Brasil
RIO - O apagão provocado pelo desligamento automático de uma linha de transmissão que liga o Norte ao Sudeste - por motivos ainda desconhecidos -, que afetou 11 estados brasileiros e deixou cerca de 12 milhões de pessoas sem luz nesta terça-feira foi destaque nos principais jornais do mundo.
As publicações ressaltaram que o país está se preparando para sediar, em junho, a Copa do Mundo, e que passa por uma onda de calor recorde e estiagem - apesar de o governo ter descartado este fator como possível causa do apagão. Também mencionaram a fala do ministro Lobão, no dia anterior, descartando a possibilidade de problemas de abastecimento.
"Os cortes de energia são menos frequentes que no passado, mas ainda acontecem algumas vezes por ano", afirma o texto da estatal britânica BBC. O diário americano "Washington Post" reproduziu reportagem da Associated Press, que lembrou do racionamento de 2001, e diz que as falhas continuam apesar de investimentos na infraestrutura.
A agência Australian Associated Press foi mais incisiva: "Diversos estados brasileiros, incluindo três previstos para sediar atividades da Copa do Mundo em junho (Rio, São Paulo e Paraná), sofreram cortes de energia, dando combustível para os temores sobre a capacidade do país de manter as luzes acesas".
O "El País" criticou a resposta das autoridades do setor de energia. "Durante mais de 20 minutos, o secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, e o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tomalsquim, demonstraram uma incapacidade de dimensionar o problema e uma dificuldade ainda maior em apontar soluções objetivas", escreveu o correspondente do diário espanhol.
Em seu site, a rádio "Voz da Rússia" disse que o governo "agiu rápido para rejeitar as preocupações de que as falhas sejam sintomas de um problema maior". E acrescentou que a presidente Dilma Rousseff "já luta com a economia lenta e a insatisfação dos consumidores por causa dos preços em elevação, e encara uma tentativa de reeleição neste ano".
A agência estatal chinesa Xinhua, mais sóbria, afirmou que uma onda de falhas em 2012 aumentou os receios a respeito da rede de transmissão brasileira "que especialistas na indústria de energia dizem que é inadequada para o país de dimensões continentais".
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